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1. • pguilherme
   • 24 fevereiro 2023

    # 881

   Só para complementar:
   
   Número de avaliações de casas para crédito à habitação caiu 25,8% mas valor subiu
   
   O mercado imobiliário tem uma grande inércia, obviamente.
   As pessoas tendem a esperar para tentar vender pelo preço pedido, em vez de descer muito e acelerar a venda. Há pessoas que até deixam de vender (e de comprar) se não conseguirem o preço que querem.
   
   Mas os créditos estão a cair vertiginosamente.
   Uma quebra de 33% nas avaliações face a Maio (ou seja, fizeram-se 66% das avaliações desse período), e destes 66%, uma parte significativa - que antes era insignificante - são avaliações para mudança de crédito, renegociações, etc.
2. • Varejote
   • 24 fevereiro 2023 ^editado

    # 882

   Número de créditos desce, mas valor das avaliações sobe.
   
   A nível anúncios de venda, também não vejo nada de significativo a baixar, deve ser a tal inércia.
3. • ferreiraj125
   • 24 fevereiro 2023

    # 883

   As familias ainda não estão descapitalizadas, nota-se bem isso nos centros comerciais (zona de restauração com filas que nunca vi), mesmo com a inflação.
   
   Muitos ainda nem sentiram a subida dos juros, os que sentiram, ainda estão a usar as poupanças.
   
   Isto só vai sentir se houver recessão com pessoas a perder empregos e afins.
4. • buraburamono
   • 24 fevereiro 2023

    # 884

   Colocado por: pguilhermeSó para complementar:
   
   Número de avaliações de casas para crédito à habitação caiu 25,8% mas valor subiu
   
   O mercado imobiliário tem uma grande inércia, obviamente.
   As pessoas tendem a esperar para tentar vender pelo preço pedido, em vez de descer muito e acelerar a venda. Há pessoas que até deixam de vender (e de comprar) se não conseguirem o preço que querem.
   
   Mas os créditos estão a cair vertiginosamente.
   Uma quebra de 33% nas avaliações face a Maio (ou seja, fizeram-se 66% das avaliações desse período), e destes 66%, uma parte significativa - que antes era insignificante - são avaliações para mudança de crédito, renegociações, etc.

   
   
   mercado em negação. avaliadores com tiques de só conseguirem bombar as avaliações pq tem ganho a vida assim nos últimos 10 anos. nice

   Concordam com este comentário: ferreiraj125
5. • pguilherme
   • 24 fevereiro 2023

    # 885

   Colocado por: VarejoteA nível anúncios de venda, também não vejo nada de significativo a baixar, deve ser a tal inércia.

   
   Será sim. Ou julga que os preços nunca vão descer, independentemente das circunstâncias e conjuntura económica?
   Se Varejote estivesse vendedor da sua casa, iria começar por pedir um preço semelhante ao que vê na internet pela sua zona, ou iria começar logo a oferta ao desbarato?
   
   Depois, há que lembrar que o preço pedido é uma coisa e o preço efectivo da venda é outra. As quebras começam por ser silenciosas, isto é, com maiores descontos face ao asking...
   Um vendedor publicar uma descida de preços *pode* fazer perder muita força negocial.
   
   E ainda, creio haver muita gente que comprou recentemente, em altas, e agora se está a ver aflita com os juros.
   Já estão à venda mas não podem descer muito porque, no mínimo, têm que liquidar a dívida.
   Por aqui já apareceram 5 ou 6 casas que acredito serem destes casos.

   Concordam com este comentário: ferreiraj125
6. • pguilherme
   • 24 fevereiro 2023

    # 886

   Colocado por: buraburamonomercado em negação. avaliadores com tiques de só conseguirem bombar as avaliações pq tem ganho a vida assim nos últimos 10 anos. nice

   
   Verdade seja dita, os avaliadores fazem, entre outras, uma análise comparativa com base nos asking de imóveis equivalentes na mesma zona.
   
   A avaliação (LTV) é só uma parte.
   Mesmo que esta não limite o financiamento, a taxa de esforço é que está a ser o estrangulador.
7. • pguilherme
   • 26 fevereiro 2023

    # 887

   Agora até imobiliárias já mudaram de discurso:
   
   Imobiliário já inverteu ciclo de crescimento
8. • buraburamono
   • 26 fevereiro 2023

    # 888

   Colocado por: pguilherme
   Verdade seja dita, os avaliadores fazem, entre outras, uma análise comparativa com base nos asking de imóveis equivalentes na mesma zona.
   
   A avaliação (LTV) é só uma parte.
   Mesmo que esta não limite o financiamento, a taxa de esforço é que está a ser o estrangulador.

   
   
   do que eu entendo os avaliadores deveriam ser isentos e independentes, mas uma série temporal que sobe há 12*10 meses parece-me claramente enviezada para que os bancos consigam conceder o maior montante de crédito possível.
   é certo que se a taxa de esforço não dá então acabou, mas com juros negativos e maturidades de 40 anos foi sempre fácil esticar a corda.
   
   o que me faz mais confusão é os bancos terem modelos de risco em que incluem uma série de parâmetros e simulam imensos cenários do futuro. o avaliador só precisa de abrir o idealista e fazer a média de meia dúzia de anúncios convenientes? parece-me um loophole muito relevante na criação desta bolha.
   
   
   
   

   Colocado por: pguilhermeAgora até imobiliárias já mudaram de discurso:
   
   Imobiliário já inverteu ciclo de crescimento

   
   
   imobiliárias devem ser iguais a analistas de wall street: se a ação sobe agora então no futuro sobe mais, se desce agora então vai descer mais.
9. • palmstroke
   • 27 fevereiro 2023

    # 889

   Independentemente do preço real de venda, o que conta é a oferta, e essa continua muito baixa. Os preços não vão descer enquanto existir mais compradores do que vendedores.
10. • MSequeira
    • 27 fevereiro 2023

     # 890

    Colocado por: palmstrokeIndependentemente do preço real de venda, o que conta é a oferta, e essa continua muito baixa. Os preços não vão descer enquanto existir mais compradores do que vendedores.

    Nunca percebi bem esta alegada falta de habitação e a questão de existir mais compradores que vendedores, porque segundo o INE são mais de 723 mil casas habitáveis e sensivelmente metade destas casas estão no mercado.
11. • DuarteM
    • 27 fevereiro 2023

     # 891

    Colocado por: MSequeiraNunca percebi bem esta alegada falta de habitação e a questão de existir mais compradores que vendedores, porque segundo o INE são mais de 723 mil casas habitáveis e sensivelmente metade destas casas estão no mercado.

    
    
    Quer tudo viver no mesmo local, e agora também há aqueles que acham que merecem viver nesse mesmo local "de grátis".
12. • MSequeira
    • 27 fevereiro 2023

     # 892

    Colocado por: DuarteM
    
    Quer tudo viver no mesmo local, e agora também há aqueles que acham que merecem viver nesse mesmo local "de grátis".

    Em Lisboa estimam 153 mil salvo erro.
13. • AMVP
    • 27 fevereiro 2023

     # 893

    Colocado por: MSequeiraINE são mais de 723 mil casas habitáveis

    
    Como é que o INE sabe que as casas estavam habitáveis?
14. • buraburamono
    • 27 fevereiro 2023

     # 894

    Colocado por: DuarteM
    
    Quer tudo viver no mesmo local, e agora também há aqueles que acham que merecem viver nesse mesmo local "de grátis".

    
    
    deve estar a falar de chaves
    
    https://www.wort.lu/pt/portugal/preco-das-casas-obriga-portugueses-a-ir-viver-para-espanha-e-trabalhar-em-portugal-612373fade135b92368090a1
    
    "Trata-se de um fenómeno novo provocado pela especulação imobiliária como acontece há anos no Luxemburgo. Em Portugal, o fenómeno é recente. A norte, em Chaves uma casa custa 120 mil euros, do outro lado da fronteira, em Orense, o valor é de cerca de 44 mil euros."
15. • DuarteM
    • 28 fevereiro 2023

     # 895

    Colocado por: buraburamono
    
    deve estar a falar de chaves
    
    https://www.wort.lu/pt/portugal/preco-das-casas-obriga-portugueses-a-ir-viver-para-espanha-e-trabalhar-em-portugal-612373fade135b92368090a1
    
    "Trata-se de um fenómeno novo provocado pela especulação imobiliária como acontece há anos no Luxemburgo. Em Portugal, o fenómeno é recente. A norte, em Chaves uma casa custa 120 mil euros, do outro lado da fronteira, em Orense, o valor é de cerca de 44 mil euros."

    
    
    A Amadora, Reboleira, Camarate, etc... são ao lado de Lisboa, e as casas custam menos de metade.
16. • Varejote
    • 28 fevereiro 2023

     # 896

    Colocado por: pguilherme
    Será sim. Ou julga que os preços nunca vão descer, independentemente das circunstâncias e conjuntura económica?
    Se Varejote estivesse vendedor da sua casa, iria começar por pedir um preço semelhante ao que vê na internet pela sua zona, ou iria começar logo a oferta ao desbarato?
    
    Depois, há que lembrar que o preço pedido é uma coisa e o preço efectivo da venda é outra. As quebras começam por ser silenciosas, isto é, com maiores descontos face ao asking...
    Um vendedor publicar uma descida de preços *pode* fazer perder muita força negocial.
    
    E ainda, creio haver muita gente que comprou recentemente, em altas, e agora se está a ver aflita com os juros.
    Já estão à venda mas não podem descer muito porque, no mínimo, têm que liquidar a dívida.
    Por aqui já apareceram 5 ou 6 casas que acredito serem destes casos.

    Concordam com este comentário:ferreiraj125

    
    
    Como sempre, para quem compra é sempre caro, para quem vende é sempre barato.

    Concordam com este comentário: snob
17. • N Miguel Oliveira
    • 28 fevereiro 2023

     # 897

    https://www.kiplinger.com/personal-finance/spending/cheapest-countries-to-travel-to
    
    Ainda assim Portugal é barato (para visitar)...
    
    Há que ser mais eficiente, tudo começa no ordenamento do território. Em Portugal vive-se um paradoxo. Por um lado há demasiada concentração em Lisboa e Porto, por outro há muitos espaços intermédios demasiado difusos, dispersos, pouco amigos da sustentabilidade, da proximidade e da eficiência...
    
    Já o outro dizia: "país rico não é aquele onde o pobre tem carro, é onde o rico anda de transporte público."
18. • Reduto25
    • 28 fevereiro 2023 ^editado

     # 898

    Vamos regredir , vão ser os filhos com as suas mulheres a continuar a morar com os pais irmãos e possivelmente sogros tudo na mesma casa vamos voltar ao antigamente pobre .
    
    
    A comida ainda era uma coisa barata neste país agora e mais caro que muitos países europeus somos todos comidos de cebolada.
19. • buraburamono
    • 28 fevereiro 2023

     # 899

    Colocado por: DuarteM
    
    A Amadora, Reboleira, Camarate, etc... são ao lado de Lisboa, e as casas custam menos de metade.

    
    
    chaves é lisboa e ourense é camarate? 🤣 ok
20. • HAL_9000
    • 28 fevereiro 2023

     # 900

    Colocado por: Reduto25A comida ainda era uma coisa barata neste país agora e mais caro que muitos países europeus somos todos comidos de cebolada.

    Mas há coisas que não compreendo. O país é pobre, eu acho que as pessoas passam muitas dificuldades, mas quando saio de casa de manha, e quando chego à noite, continuo a ver os cafés cheios. Ao preço a que chegou o café e a cerveja, como é possível?
    
    Só posso concluir que as pessoas não sabem fazer contas, e enquanto assim for o PS vai continuar a ter maiorias, e nós vamos continuar a ser "comidos de cebolada" como bem diz.
    
    No que diz respeito à alimentação, é ver o comentário do LMM no domingo, não podia estar mais de acordo: Alguém se aproveitou da onda de inflação para ganhar dinheiro.