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  1.  # 1

    Colocado por: HAL_9000A Única coisa que eu não concordo nesta questão é continuar a existir 2 pesos e duas medidas:
    - Quem fez CH antes de Maio de 2002 tem juros bonificados pagos por todos.
    -Quem fez CH antes de 2011 pode deduzir parte dos juros (para além de ter comprado numa altura em os preços não eram o disparate de hoje).
    - Quem fez após 2011, nem juros bonificados, nem pode deduzir, aguenta a pastilha(e a perda do poder de compra já agora).

    Por este andar em 2030 quem fizer CH paga juros ao banco e ao estado.


    Há que respeitar o princípio da confiança e o da previsibilidade. Quando se toma uma decisão é importante que depois não se mudem as regras a meio do jogo.
    Infelizmente nem sempre se respeita isso.
    • AMG1
    • 13 outubro 2022

     # 2

    No essencial concordo com ambos, mas como é que se altera isto?
    Acredito que não sejam possíveis alterações radicais no curto ou médio prazo, mas não ha nada que se possa ir fazendo a uma escala mais micro?
    Aqui vão duas pequenas questões de indole diferente mas que me parecem relevantes.
    Por exemplo, uma coisa que eu noto é que as casas no norte sao projetadas de forma que resultam muito mais amplas e funcionais do que as nossas que sao cheias de divisões e corredores. Isto nao acaba por se traduzir em muito mais área construída do que aquela que efetivamente seria necessaria para uma vida confortável?
    Outra questão de indole diferente seria a alteração da fiscalidade direcionada para prover a gestao eficiente do parque existente, em vez de simplesmente querer maximizar a receita. Nem precisavamos de inventar nada, bastava copiar os bons exemplos.
  2.  # 3

    Colocado por: rjmsilvaInfelizmente nem sempre se respeita isso.
    Não deveria haver também respeito pelo princípio de justiça entre cidadãos? Repare que não falo em igualdade, mas em justiça.

    Mas tb está mais que visto que o princípio da confiança e da previsibilidade dura, enquanto durar o dinheiro. Por isso vale o que vale, e vale para os dois lados.
    • sltd
    • 13 outubro 2022

     # 4

    Colocado por: rjmsilva

    Há que respeitar o princípio da confiança e o da previsibilidade. Quando se toma uma decisão é importante que depois não se mudem as regras a meio do jogo.
    Infelizmente nem sempre se respeita isso.

    Muito menos se deve penalizar alguém por nascer depois.
    Em portugal ouve-se muito "a idade é um posto", ou "eu já cá estava".
    Concordam com este comentário: Maguna
  3.  # 5

    Colocado por: ThorNPor outro lado, temos países onde uma renda de um T1 chega aos 5000$, mas como o rendimento é muito superior, a compra ou construção de uma casa sé economicamente muito mais viável e em 15 anos a casa está paga.


    Pois, na Europa do Norte não sei.
    Mas 5000$/mês é quando custa um T1 mobilado na zona que o AMG1 enunciou há pouco, em S. Francisco e zonas envolventes é o preço deles, mas mesmo com rendimentos bastante altos não é em 15 anos que se compra um. Tanto é que eles têm um tremendo problema de (falta de) housing, e com os créditos...
    Concordam com este comentário: carlota74
  4.  # 6

    Colocado por: AMG1No essencial concordo com ambos, mas como é que se altera isto?


    Acho que nem alterar seja o objetivo. Creio que virá mais por necessidade que por querer. Acho que a querer, o cidadão comum prefere maior, mais luxuoso, seja em PT ou fora.
  5.  # 7

    Colocado por: AMG1Nem precisavamos de inventar nada, bastava copiar os bons exemplos.


    Ora nem mais.
    É um problema longe de ser novo... outros países têm construção de facto cara há dezenas de anos. Em Portugal apenas agora isso parece começar a acontecer, e em força.
  6.  # 8

    Colocado por: HAL_9000A Única coisa que eu não concordo nesta questão é continuar a existir 2 pesos e duas medidas:
    - Quem fez CH antes de Maio de 2002 tem juros bonificados pagos por todos.
    -Quem fez CH antes de 2011 pode deduzir parte dos juros (para além de ter comprado numa altura em os preços não eram o disparate de hoje).
    - Quem fez após 2011, nem juros bonificados, nem pode deduzir, aguenta a pastilha(e a perda do poder de compra já agora).

    Por este andar em 2030 quem fizer CH paga juros ao banco e ao estado.


    gerontocracy
  7.  # 9

    Colocado por: RCF
    tanto que há quem não tenha retenção de IRS (por ter baixos rendimentos) e fique chateado, por não perceber o motivo de não receber IRS...
    Já vi vários assim
    Concordam com este comentário:Vítor Magalhães,MS_11


    Há pessoas que pensam que o IRS é um subsidio 😂
    • argo
    • 15 outubro 2022

     # 10

    Essa distinção dos portugueses terem a mania das obras de remodelação e no norte de Europa não também se explica porque lá sai caro para crl... mesmo para os salários deles. Consequência, há muito DIY muito mal parido.
    • argo
    • 15 outubro 2022

     # 11

    Colocado por: pcspinheiroPor falar em rentabilidade (e desculpem o off-topic), alguém está a considerar as obrigações Mota-Engil 2022-2027? Pelo que percebi é um investimento com capital garantido que pode render 5.75% ao ano por 5 anos. Na pior das hipóteses rende zero mas recebe-se na mesmo os 500€ pagos por cada obrigação, é isso? Estive a ler o folheto, mas o prospecto é muito denso para uma dor de cabeça de meio de tarde...

    Esses juros fazem me lembrar as obrigações da ex-portugal telecom.
  8.  # 12

    Colocado por: sltdMuito menos se deve penalizar alguém por nascer depois.


    Quando se pede crédito para gastar em vez de investir, é precisamente isso que faz, prejudica quem nasce depois e terá que pagar a conta.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: tiagolourenco20
  9.  # 13

    Colocado por: HAL_9000Não deveria haver também respeito pelo princípio de justiça entre cidadãos?


    Também acho que sim. Num contrato feito entre dois privados (banco e cliente), não sei porque o Estado tem que vir meter-se.

    Agora a Euribor subiu... meu amigo, toca aguentar... já andou muito tempo demasiado baixa. "Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe", já dizia o outro.
  10.  # 14

    Colocado por: argoEssa distinção dos portugueses terem a mania das obras de remodelação e no norte de Europa não também se explica porque lá sai caro para crl... mesmo para os salários deles.


    Precisamente. Mas cada vez que a malta diz que em PT construir é barato ainda leva um tiro...

    Com estes aumentos constantes que temos visto, a construção de facto ficará menos acessivel, pelo que acredito mesmo que teremos que replicar um bocado aquilo que vemos fora, construir mais simples e pequeno e esquecer um pouco a nossa "cultura latina" das casas com 200-300m2, janelões e um só fogo por terreno. Não por querer mas por não pod€r fazer doutro modo.
  11.  # 15

    Eu não sei o que é barato... Ontem por curiosidade estive a ver o preço de moradias em Coimbra (na cidade), e por volta de 200.000€ só vi galinheiros! Mesmo para apartamentos estão a pedir preços estúpidos, T1 muito mais caros do que paguei pelo meu T4 duplex há 7 anos. Demoro 12 min a chegar á cidade...
  12.  # 16

    Que a construção possa ficar mais inacessível não argumento.

    Mas assim sendo, para o mesmo valor, a malta passa a construir mais básico e pequeno ou simplesmente deixa de construir avulso e compra aos promotores. Seja como for, será mau para muitos profissionais do sector, que no segmento das moradias é a maior parte, que trabalham de forma mais basarouca e sem grande capacidade de escalar para tais necessidades
  13.  # 17

    Colocado por: pguilhermeserá mau para muitos profissionais do sector, que no segmento das moradias é a maior parte


    Terão que adaptar-se, ajustar preço e apostar na qualidade para sobressair, ou procurar noutro lado ou noutro sector.
  14.  # 18

    Colocado por: sltd
    Muito menos se deve penalizar alguém por nascer depois.
    Em portugal ouve-se muito "a idade é um posto", ou "eu já cá estava".


    O mundo em que você vive não existe.
    • AMG1
    • 16 outubro 2022

     # 19

    Colocado por: argoEssa distinção dos portugueses terem a mania das obras de remodelação e no norte de Europa não também se explica porque lá sai caro para crl... mesmo para os salários deles. Consequência, há muito DIY muito mal parido.


    Não sei se percebi, mas eu acho que no norte da europa se reconstroi muito mais do que por cá. O que se pode ver facilmente pelo numero de ruinas que temos espalhadas por todo o território e que é dificil de encontrar paralelo no norte da europa. Eu pelo menos nao vejo isso em lado nenhum.
    Quanto ao ser mais caro reconstruir do que cá, obviamente que sim, pois se a mão de obra é muito mais bem paga. Bem ja vão aparecendo uns "empreiteiros" (em geral estrangeiros) com mão de obra clandestina, que fazem tudo muito mais em conta. O problema é se são apanhados mas para pequenas obras, que nao estejam à vista é um fartote.

    De qualquer modo e tendo em conta uma situação que conheço bem, nao tenho nada a certeza de que o custo relativo de uma remodelação lá seja muito mais elevado do que em Portugal. Acho que a explicação está na eficiencia com que se trabalha e o tempo consumido. Em geral tudo funciona dentro dos prazos e nao ha atrazos. Os prazos sao para cumprir, não é como cá. Eu agendo com o canalizador para amanhã e com o pedreiro para o dia seguinte e com o carpinteiro tres dias depois e é mesmo assim todos aparecem no dia acordado e fazem o trabalho no prazo estabelecido. Por cá onde é que isto acontece assim?
    Tudo se eterniza, sejam obras grandes ou pequenas, os prazos contratados nunca sao cumpridos, tudo o que é burocracia demora uma eternidade e fazem-se exigencias completamente absurdas a quem quer reconstruir uma casa. Aqui falo por experiencia propria porque ja o fiz em Portugal e num país do norte da europa. Eram obras muito diferentes, mas enquanto numa tudo correu +/- como estava estabelecido, na outra foi o que já todos sabemos, tinhamos um plano para completar a obra em 5/6 meses, pois demorou um ano e meio e as surpresas foram sucessivas. Talvez tenha custado um pouco menos, mas eu pagava mais 20 ou 30% para nao ter de passar pelo calvário porque passei.
    No fim, num dos casos fiquei com a casa que tinha projetada, no outro, as cedências foram tantas que o resultado final foi o que podia ser depois de tanta trapalhada.
    Em resumo, pesando tudo isto nao sei mesmo se é mais barato reconstrir uma casa em Portugal ou no norte da europa. Talvez seja por isso que há mais ruínas aqui do que lá.
  15.  # 20

    Colocado por: AMG1Não sei se percebi, mas eu acho que no norte da europa se reconstroi muito mais do que por cá.



    Creio que isso está igualmente ligado ao factor "tamanho". Uma casa pequena com 70 anos lá fora, muito provavelmente acomoda uma familia dos tempos modernos... já em Portugal, a "casita da avó" onde se criaram 7 ou 8, mais parece uma casinha de bonecas que não chega para a muito necessitada familia portuguesa actual.

    Parece-me que por PT as ruínas também estão num estado bem pior. 1o porque valorizámos pouco a história, o património, a herança edificada. 2o porque muitas dessas ruínas sobraram para gente que entretanto emigrou (para fora ou para as AML ou AMP).

    Quanto aos atrasos... há muito autodidata em Portugal, que faz tudo a pensar que sabe, sem dedicar a menor atenção aos projectos ou ao modo de negociar. Paradoxalmente acreditam tanto na virgem de Fátima como que com eles, o calvário das obras será diferente do que o que aconteceu ao vizinho. Lá fora são sobretudo promotores que constroem e fazem disso vida, e não marinheiros de primeira viagem como em PT... que tudo o que sabem viram na wikipédia no dia anterior. A tendência costuma ser culpar o empreiteiro e assunto encerrado.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
 
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