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  1.  # 1

    Colocado por: pguilhermeDesemprego volta a aumentar e passa para 7,1% em Janeiro


    As politicas de imigração em massa de paises de terceiro mundo está a surtir efeitos.

    Finalmente estão a conseguir tirar o poder de negociação dos trabalhadores.

    Objetivo atingido.
  2.  # 2

    Aconselho a visualização do programa "Linha da Frente" de hoje.
    O sonho Português
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Nostradamus
  3.  # 3

    Vi metade e sinceramente…..

    Imagino que um português que neste momento se desunha para conseguir pagar as contas, que tem de cortar na alimentação, que não consegue aceder a uma casa, acabe por achar esta reportagem (pelo menos a parte que vi) algo ofensiva.

    Adorei aquele casal super afetado a dizer que paga 3000 eur de renda, mas que é baratíssimo porque até tem garagem. Ou quem nem sabem muito bem qual é a mesalidades ( 3000 ou algo assim, mais talvez) do colégio super fancy. Ao mesmo tempo o Zé português ouve isto e sabe que estes gajos teem benefícios fiscais enormes. Além de pagarem menos impostos, ainda benficiam do SNS, em igualdade de circunstâncias com os nacionais quando nunca descontaram 1 cêntimo para o sistema.

    Não tenho nada de nada contra os imigrantes. Gosto de ambientes multiculturais, sempre trabalhei em ambientes com múltiplas nacionalidades, mas admito que ver estas reportagem me causa alguma comichão.
    Se querem vir para cá, muito bem, pagam os mesmos impostos que nós.
  4.  # 4

    Colocado por: HAL_9000Se querem vir para cá, muito bem, pagam os mesmos impostos que nós.


    Concordo plenamente HAL, mas cada vez que perdemos latim a "falar" dos imigrantes deixámos de focarmos no que realmente importa...

    Sinto muito isso, algo como o que se descreve neste texto:
    https://www.dn.pt/edicao-do-dia/03-mar-2023/a-inveja-a-portuguesa-que-nos-faz-emigrar-15934117.html

    Andámos mais preocupados com o acessório... e como o que parece mais evidente... é sempre mais fácil.

    "Não interessa que a nossa equipa tenha jogado pessimamente durante 90 min, o problema foi que o arbitro expulsou injustamente o nosso craque ao 90+1... e por isso perdemos." Portugal é um pouco isto.
    • AMG1
    • 3 março 2023

     # 5

    Colocado por: HAL_9000

    Não tenho nada de nada contra os imigrantes. Gosto de ambientes multiculturais, sempre trabalhei em ambientes com múltiplas nacionalidades, mas admito que ver estas reportagem me causa alguma comichão.
    Se querem vir para cá, muito bem, pagam os mesmos impostos que nós.


    Três belos exemplos do nomadismo digital, que certa elite nacional, na sua imensa
    parolice, tanto aprecia.


    Pelo que percebi, nenhuma daquelas pessoas tem rendimentos em Portugal, ou sequer desenvolve qualquer actividade que beneficie a economia nacional, salvo serem consumidores e nesse contexto pagam o mesmo que nós. Nem sequer compraram casa. Que impostos é que poderiam pagar mais?
    So se fossem criados impostos especificos para eles.
    Quanto ao acesso a beneficios sociais é óbvio que estão a tirar partido da circunstância desse acesso ter sido estabelecido para outro tipo de estrangeiros, ou seja aqueles que vêm para aqui trabalhar e criar riqueza e a esses nada deve ser negado, porque contribuem da mesma forma que qualquer um de nós.
    Para estes, em meu entender, a unica solução e também a mais justa é a mera reciprocidade. Se um português, salvo excepções bem determinadas, nao pode estar legalmente no EUA, sem trabalho. Porque razão é que um americano pode ca viver em igualdade de direitos com um nacional, bastando para isso comprovar que tem dentro ou fora de Portugal.um rendimento equivalente ao SMN.
  5.  # 6

    Colocado por: AMG1Que impostos é que poderiam pagar mais?
    Impostos sobre rendimentos pois então. Se têm residência fiscal cá, têm de pagar impostos cá. O problema é que um gajo que ganhe aqui 6k brutos para 50% de impostos (SS e IRS). Se for um americano paga 20%. Que lógica tem isto? isto é pior se pensarmos que os rendimentos brutos dos portugueses são ridiculamente baixos quando comparados.

    Tal como a advogada da peça mencionou, que lógica têm estarmos a atrair reformados, que beneficiam do SNS na altura em que mais despesa dão e sem nunca terem contribuido cavaco para o sistema, quando o investimento que fazem em Portugal é simplesmente fazer por cá as compras normais? Pergunto-me se alguém faz realmente as contas?

    Não foi a Suécia que teve de começar a tributar os seus reformados a viver em Portugal, porque cá o burgo se recusava a fazê-lo? Somos ricos e não sabemos?
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
    • AMG1
    • 3 março 2023

     # 7

    Colocado por: HAL_9000Impostos sobre rendimentos pois então. Se têm residência fiscal cá, têm de pagar impostos cá. O problema é que um gajo que ganhe aqui 6k brutos para 50% de impostos (SS e IRS). Se for um americano paga 20%. Que lógica tem isto? isto é pior se pensarmos que os rendimentos brutos dos portugueses são ridiculamente baixos quando comparados.

    Tal como a advogada da peça mencionou, que lógica têm estarmos a atrair reformados, que beneficiam do SNS na altura em que mais despesa dão e sem nunca terem contribuido cavaco para o sistema, quando o investimento que fazem em Portugal é simplesmente fazer por cá as compras normais? Pergunto-me se alguém faz realmente as contas?

    Não foi a Suécia que teve de começar a tributar os seus reformados a viver em Portugal, porque cá o burgo se recusava a fazê-lo? Somos ricos e não sabemos?


    Mas se eles nao têm rendimentos em Portugal e os que têm nos USA sao tributados lá, queria cobrar outra vez sobre os mesmos rendimentos?
    No caso da Suecia e de outros na UE, a situação era diferente porque existia um acordo entre estados para evitar a dupla tributação. O pensionista sueco podia escolher pagar em Portugal, os impostos sobre os seus rendimentos na Suecia, o que ate podia fazer sentido, ja que vive cá. O absurdo era o estado português isentar esses rendimentos de tributação. Mais absurdo ainda é que mesmo que esses rendimentos fossem trubutados cá, seria sempre vantajoso para um sueco, porque o imposto seria, em regra, menor.
    Quer ver ainda o mais estranho. Eu sempre tive rendimentos na Suécia, mas como tambem tenho rendimentos cá, a escolha foi sempre muito simples, ou pago lá, como não residente, ou pago cá como residente. Ou seja o estado português, em igualdade de circunstâncias (objectivas), trata pior os nacionais do trata os estrangeiros. Vá-se lá saber porquê.
    Claro que há formas de fazer esta malta pagar, aliás, o fisco já nos mostrou a imensa capacidade de descobrir receita sempre que quer. O problema é que isto só não é evitado, como é incentivado.
    Não somos ricos, mas somos parvos e, pior, ainda gostamos de nos gabar disso.
  6.  # 8

    Colocado por: AMG1Mas se eles nao têm rendimentos em Portugal e os que têm nos USA sao tributados lá, queria cobrar outra vez sobre os mesmos rendimentos?
    Não sei se é bem assim. Tinha a ideia que têm de ser tributados no local onde estabelecem a residência fiscal.
    Tem a certeza que é como diz?

    É que se assim for, ainda é mais grave. Então usam o nosso SNS, as nossas infraestruturas, os nossos serviços, benficiam da nossa segurança como bem elencaram (segurança essa que existe porque pagamos a profissioniais que a garantem), apenas contribuindo com o IVA do que compram? Recuso-me a acreditar. É que se assim for ainda é mais incompreensível para mim.

    "No entanto, o país onde é residente para efeitos fiscais pode geralmente tributar-lhe a totalidade dos rendimentos auferidos em qualquer país do mundo, quer sejam ou não provenientes do seu trabalho. Trata-se, por exemplo, de salários, pensões, prestações, rendimentos provenientes do património ou de qualquer outra fonte e mais-valias provenientes da venda de imóveis e outros rendimentos auferidos em qualquer país do mundo."

    (....)
    Igualdade de tratamento
    Segundo as regras da UE, qualquer que seja o país da UE onde é considerado residente fiscal, esse país deve tributá-lo da mesma forma que os cidadãos nacionais.
    https://europa.eu/youreurope/citizens/work/taxes/income-taxes-abroad/index_pt.htm

    Se eles também pagam imposto no país onde está sediada a empresa para onde trabalham, penso que não, mas sinceramente não me interessa. Moram cá, usufruem dos nossos serviços, paga impostos como qualquer outro.
  7.  # 9

    Colocado por: Vítor MagalhãesAconselho a visualização do programa "Linha da Frente" de hoje.
    O sonho Português


    Adorei a advogada dizer que os seus clientes estão bem inseridos na sociedade portuguesa, com:

    * Casas nos centros históricos a 3000 €/m
    * rendimentos de >>> 10 000 dollars / mês
    * colégios privados para os miúdos a 1000 €/filho/mês, ou perto disso porque nem eles sabem ao certo, é peanuts para eles
    * restaurantes a custarem 150€ para 2 pax

    Enfim... estes gajos vivem numa bolha total que eu pergunto-me em que raio de sociedade estão eles inseridos, porque na sociedade portuguesa não é de certeza.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, HAL_9000
    • AMG1
    • 3 março 2023

     # 10

    Colocado por: HAL_9000Não sei se é bem assim. Tinha a ideia que têm de ser tributados no local onde estabelecem a residência fiscal.
    Tem a certeza que é como diz?

    É que se assim for, ainda é mais grave. Então usam o nosso SNS, as nossas infraestruturas, os nossos serviços, benficiam da nossa segurança como bem elencaram (segurança essa que existe porque pagamos a profissioniais que a garantem), apenas contribuindo com o IVA do que compram? Recuso-me a acreditar. É que se assim for ainda é mais incompreensível para mim.

    "No entanto, o país onde é residente para efeitos fiscais pode geralmente tributar-lhe a totalidade dos rendimentos auferidos em qualquer país do mundo, quer sejam ou não provenientes do seu trabalho. Trata-se, por exemplo, de salários, pensões, prestações, rendimentos provenientes do património ou de qualquer outra fonte e mais-valias provenientes da venda de imóveis e outros rendimentos auferidos em qualquer país do mundo."

    (....)
    Igualdade de tratamento
    Segundo as regras da UE, qualquer que seja o país da UE onde é considerado residente fiscal, esse país deve tributá-lo da mesma forma que os cidadãos nacionais.
    https://europa.eu/youreurope/citizens/work/taxes/income-taxes-abroad/index_pt.htm

    Se eles também pagam imposto no país onde está sediada a empresa para onde trabalham, penso que não, mas sinceramente não me interessa. Moram cá, usufruem dos nossos serviços, paga impostos como qualquer outro.


    Eles aqui tem o estatuto de residentes nao habituais, que na pratica significa wue estão apenas sujeitos a tributação os rendimentos auferidos em Portugal e mesmo assim com alguma limitações, sobretudo se esse rendimento for na cat.A e a profissão estiver incluida na lista de profissões que beneficiam de redução da taxa durante um período, julgo que de 10 anos.
    Alguém la pelos idos de 2012 achou que tinha de fazer de Portugal a Florida da europa, nem que fosse a conta dos lorpas dos portugueses e assim continuou até hoje, com o Costa, o Centeno e agora o Medina a assobiarem para o lado.
    Entretanto o idiota que teve a ideia lá zarpou para um belo lugarzinho na OCDE, donde, a tempos, até se dá ao luxo de criticar a coisa.
    O mais engraçado disto tudo é que o Costa vai finalmente por fim a este regabofe fiscal acabando com os vistos gold, que nao têm nada que ver com isto.
    Porreiro pá!
    O escândalo é tal que as benesses desta gente sao maiores do que as dadas a um jovem português altamente qualificado que esteja no estrangeiro e resolva regressar. Por isso e que eles hão-de vir...o tanas!
  8.  # 11

    Colocado por: AMG1Eles aqui tem o estatuto de residentes nao habituais, que na pratica significa wue estão apenas sujeitos a tributação os rendimentos auferidos em Portugal e mesmo assim com alguma limitações, sobretudo se esse rendimento for na cat.A e a profissão estiver incluida na lista de profissões que beneficiam de redução da taxa durante um período, julgo que de 10 anos.
    Parece que tem razão.

    "Outro dos benefícios é a isenção da tributação em Portugal de rendimentos obtidos no estrangeiro. Ou seja, os contribuintes que são tributados noutro país, ficam isentos da tributação em Portugal. "

    A questão é bem mais grave do que tinha percecionado. Não pagam impostos mas beneficiam de tudo o que é pago pelo dinheiro dos impostos pagos pelos lopas.

    Precisamos mesmo assim tanto desta esmola?
    • AMG1
    • 3 março 2023

     # 12

    Colocado por: HAL_9000Parece que tem razão.

    "Outro dos benefícios é a isenção da tributação em Portugal de rendimentos obtidos no estrangeiro. Ou seja, os contribuintes que são tributados noutro país, ficam isentos da tributação em Portugal. "

    A questão é bem mais grave do que tinha percecionado. Não pagam impostos mas beneficiam de tudo o que é pago pelo dinheiro dos impostos pagos pelos lopas.

    Precisamos mesmo assim tanto desta esmola?


    Olhando para o que viu, acha que precisamos daquilo para quê?
    Precisamos é de criar condições para atrair investimento produtivo estrangeiro que crie emprego em quantidade e qualidade, com salarios decentes e que pelo menos retenha os jovens que ainda cá estão dando-lhes emprego e condições de permanência se o desejarem.
    Estas atividades ligadas mais ao turismo e afins, também tem o seu lugar, mas não podem ser o nosso desígnio.
    Os estrangeiros são todos bem vindos, desde que venham para cá viver sob as mesmas condições que nós, sejam fiscais ou outras.
    Alguns terão mais poder aquisitivo do que outros, tal como os portugueses que ja cá estão e isso nunca foi um problema, tambem nao o tem de ser agora.
    Sermos abertos e tolerantes para com os estrangeiros que escolhem viver entre nós é essencial, mas isso nao tem de significar sermos os "otarios" de serviço para quem tem uns cobres para cá gastar. A verdade é que os portugueses parecem mais preocupados com os paquistaneses ou nepaleses que vem para cá trabalhar 12 horas por dia e viver em condições miseráveis do que com estes.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, ferreiraj125
  9.  # 13

    Colocado por: AMG1e que pelo menos retenha os jovens que ainda cá estão dando-lhes emprego e condições


    https://www.vidassemfronteiras.com/voltar-para-portugal/#more-8870
    • zed
    • 4 março 2023

     # 14

    Colocado por: AMG1O escândalo é tal que as benesses desta gente sao maiores do que as dadas a um jovem português altamente qualificado que esteja no estrangeiro e resolva regressar. Por isso e que eles hão-de vir...o tanas!

    Não é verdade, o jovem português pode também requerer o estatuto de Residente Não Habitual desde que cumpra as condições (não ter tido residência fiscal em Portugal nos últimos 5 anos).

    Um facto que muita gente parece ignorar, inclusive na comunicação social.
    • AMG1
    • 4 março 2023

     # 15

    Colocado por: zed
    Não é verdade, o jovem português pode também requerer o estatuto de Residente Não Habitual desde que cumpra as condições (não ter tido residência fiscal em Portugal nos últimos 5 anos).

    Um facto que muita gente parece ignorar, inclusive na comunicação social.


    Claro que pode, mas a questão está exactamente nas condições para poder usufrir desse estatuto.
    Até pode estar a falhar-me alguma coisa, mas deixe-me dar-lhe um exemplo.
    Um jovem português acaba a licenciatura em Portugal e vai para a Alemanha fazer o mestrado e de seguida o doutoramento. Naturalmente que nesse período não altera a situação fiscal em Portugal, até porque ou não tem rendimentos ou, se os tiver, com grande probabilidade serão em Portugal. Findo esse periodo de formação começa a trabalhar numa empresa na Alemanha. Três ou quatro anos depois, essea empresa
    abre uma sucursal em Portugal e tem 2 vagas para doutorados. O jovem português candidata-se, tal como outro alemão. Vêm os dois ganhar o mesmo salário, o alemão paga 20% de IRS, mas ao português é aplicada a tx normal, porque nao esteve pelo menos 5 anos sem residencia fiscal em Portugal, apesar de ter vivido fora nos últimos 9 ou 10 anos.
    Claro que eu percebo que a ideia é nao gerar aproveitamentos indevidos, mas o que pode ser mais indevido (e injusto) do que poder haver p.e. um reformado estrangeiro que por viver uma parte do ano em Portugal podia, ate há pouco tempo, não pagar qualquer imposto, ou mesmo agora, pagar menos do que pagaria no seu país ou do que um português, em Portugal, com os mesmos rendimentos?
    Ao contrário dos portugueses, os estrangeiros por regra nunca foram contribuintes em Portugal. Aplicar-lhes as mesmas regras só aparenta dar-lhes tratamento igual, na verdade, não o é.
    O estatuto de NRH até pode fazer sentido para atrair estrangeiros qualificados, mas está longe de ser necessário para atrair os nacionais a regressar, já nem falo dos restantes incentivos, porque são pouco mais do que ridículos.
  10.  # 16

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    https://www.vidassemfronteiras.com/voltar-para-portugal/#more-8870
    Nao questiono a opinião do Hugo, até porque em parte concordo com ela. Emigrar é uma oportunidade de ganhar mundo.

    O problema é que factualmente a maior parte dos emigrantes não o faz pelos mesmo motivos do Hugo. O N Miguel Oliveira realmente acredita que a maior parte das pessoas que decide emigrar, o faz nas mesmas circunstâncias do Hugo:
    -"tínhamos uma ótima vida em Portugal!"
    -"No nosso caso, eu trabalhava para a mesma empresa onde trabalho atualmente… Tinha aquilo a que muitos chamariam “uma boa posição”, assim como boas perspetivas de progresso a curto e médio prazo."

    Basicamente o Hugo teve foi uma oportunidade de progredir na Novartis, mas isso implicava emigrar. Quem é quadro em empresas multinacionais, é algo que pode acontecer com alguma frequência. Mas este está muito longe de ser o emigrante tipico. Eu diria até que este sim é o emigrante desejável.

    Continuo a convicto que a maior parte das pessoas o faz puramente por motivos económicos e não tanto movidos pelo ideal de "ganhar mundo".

    Tivessem os portugueses os rendimentos e oportunidades semelhantes às de um Alemao, e a taxa de pessoas a emigrar iria ser residual tendo em conta tudo de bom que o país nos oferece.
  11.  # 17

    Colocado por: HAL_9000O problema é que factualmente a maior parte dos emigrantes não o faz pelos mesmo motivos do Hugo.


    Não sei se é tão simplista assim.
    Até acredito que o seja na hora de partir... alguma frustração que leve a procurar novo rumo, outra estabilidade... quando já vivam no "melhor país, no melhor clima, com a melhor comida, etc..."

    Mas depois de estar fora, seja porque motivo for, começa-se a ver que há muito mais além disso (clima, comida, etc...) também.

    Ou seja, até percebo que ter tudo isso (condições de trabalho, estabilidade) fixasse os que tencionariam emigrar... mas não sei até que ponto isso convenceria os 2,6 milhões que estão fora a regressar.

    Não é tudo a preto e branco, nem é tudo puramente matemático. Há quem se identifique mais com outras culturas até, quem casa com estrangeiros, quem acha piada ao nomadismo, ou a experimentar coisas diferentes, etc...

    Até acredito que sejam minoria, mas também concordo com o artigo, emigrar não é como era antes. Às vezes até se vê/visita mais a familia quando se está longe, do que quando se vive ali na freguesia do lado.

    Colocado por: HAL_9000emigrante tipico.

    Pois, cada vez tenho mais dificuldade em saber quem é esse emigrante típico.
  12.  # 18

    Colocado por: N Miguel Oliveira



    Ora, o efeito psicológico do mercado para estrangeiros só funciona quando se vende HAL... ou agora vou aumentar os preços em Barcelos porque há mais suecos em Lisboa? É que estando as coisas por vender há meses não há efeito psicológico que valha a quem vende...



    De facto em Barcelos ou todo o Minho não são estrangeiros de passaporte, mas sao estrangeiros de rendimentos. No final até acredito que em termos percentuais sejam mais os estrangeiros de rendimentos no Minho que em Lisboa ou Porto, ainda que sejam de pleno direito Portugueses.

    Esta questão dos estrangeiros de passaporte nas estatísticas de quem compra casa em Portugal, é muito enganosa... o que deviam tentar saber é se os rendimentos dessas pessoas advém do estrangeiro. Assim acredito que se pintariam de um outro tom esta questão entre os portugueses, ou pessoas que compram casas com rendimentos de Portugal, versus as que compram casas com rendimentos do estrangeiro.

    Antigamente a percentagem de casas com preços desfasadas dos rendimentos portugueses era menor que agora, essa realidade é clara. Eu sou engenheiro civil, sempre trabalhei desde que sai da universidade por volta de 2008, e nessa altura consegui comprar um apartamento sozinho para mim,agora nao conseguiria. E para piorar as coisas, eu cheguei a ter um maior ordenado em 2008 saido da universidade, do que passado uns anos em 2011, até sei la 2015... claro que não aceitei, mas aceitei o conselho de um nosso antigo primeiro ministro, há tanto mundo por ai fora, fui e não olhei para trás, e infelizmente porque tenho a minha familia em Portugal não pretendo voltar a trabalhar em Portugal. Por tanto a mistura explosiva de desinflação dos ordenados em Portugal desde da crise, que não foi totalmente compensada até agora, e aliás é agora exacerbada pela a questão da inflação alta. Juntar a isso a inflação nos preços das casas, esta o caminho traçado para o crescimento de movimentos de extremas esquerdas e direitas. E nesse caso venha o diabo e escolha qual a menos má....

    O estado, no qual insiro todos os partidos e movimentos politicos, não souberam nunca olhar para a habitação como ela é consagrada na constituição, logo deixaram por um lado degradar um vasto conjunto de patrimonio imobiliário e por outro sempre a meter areia na engrenagem de quem quer construir, e isso ajuda sim a esta inflação nas casas. Principalmente por via de não haver da parte do estado imóveis para arrendar para as pessoas que nao conseguem no privado. Se houvesse um vasto parque habitacional publico, os privados teriam que competir com o mesmo, não podendo na maioria dos casos fazer preços muito diferentes, nao falo em casa de luxo neste comparativo. Por outro lado o estado portugues deveria alinhar os preços dos arrendamentos ou vendas com uma pequena percentagem lucro para nao distorcer por completo o mercado, e tambem permitir reinvestimento desse lucro em mais parque habitacional, ou caso nao necessite mais parque habitacional noutras politicas publicas, transportes, SNS, educação, etc.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  13.  # 19

    Colocado por: bruno.encarnacaoPor tanto a mistura explosiva de desinflação dos ordenados em Portugal desde da crise


    ...se Eng. Civil estiver como a Arquitectura, não melhorou nada entretanto (pela imagem, dum inquérito da OArq, 53% diz que recebe menos de 1200€ líquidos). Mas se preguntar a qualquer pessoa dir-lhe-á que os projectos estão caros. Nem tudo pode fazer o Estado. De resto concordo com o que escreveu.

    Quanto à habitação, continuo a achar que muitas medidas podia tomar o governo que não implicariam o custo por ali além.
  14.  # 20

    Eu sou RNH e português. Esta é uma discussão verdadeiramente interessante, porque sendo fácil cair em questões puramente ideológicas, acho que muitos criticam alguns destes programas sem perceberem muito bem como funcionam. Eu gostava (sinceramente) de entender pontos de vista que possam ser opostos ao meu.
    Nos 15 anos que trabalhei fora de Portugal, em todos os países Europeus (e não só) em que vivi, com uma única excepção, beneficiei de vantagens fiscais em relação a residentes “locais”. Em todos esses países senti que os programs eram vistos como vantajosos e traziam crescimento para o país, o que aliás era suportado por estatísticas económicas.
    Em Portugal, temos esta ideia de que quem tem mais dinheiro anda a roubar. Muitos, parece-me, continuam apenas a considerar o produto final sem considerar os sacrifícios para se chegar lá.
    Olhemos para um exemplo de alguém que trabalha na mesma empresa que eu.
    Estrangeiro, presidente de uma empresa da Fortune 250. Decidiu mudar-se para Portugal. Paga, mesmo com uma taxa de IRS a 20%, vários milhões de impostos sobre o salário. Paga segurança social. Está neste momento, como muitos aqui com um processo de licenciamento para construção numa câmara deste país.
    Tem seguros privados e, embora possa ir parar ao SNS numa situação de emergência, não me parece que vá ser utilizador assíduo do mesmo.
    Se este benefício fiscal não existisse, embora adore o país, não estava cá. Em vez de entrar milhões, entrava 0. Como é que ele prejudica o país?
    Tenho todo o prazer em discutir o meu caso particular, sem ter rendimentos dessa ordem de grandeza.
    Excluindo questões demagógicas, como o cenário descrito acima do português que, infelizmente era prejudicado, porque era “enviado para Portugal” com apenas 4 anos fora do país, e por isso sem acesso ao RNH, expliquem me por favor, os vossos pontos de vista contrários a programas deste género.
    É que mesmo neste caso específico, este jovem português, pode aceder ao Program Regressar, que até é mais vantajoso, em relação aos descontos sobre os rendimentos da atividade profissional durante 5 anos.
    Grato desde já pela discussão.
    Concordam com este comentário: Alto_moinhos_1978
 
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