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  1. Colocado por: HAL_9000No caso específico da habitação de Familia, e tendo em conta a crise de habitação que existe, não estou a ver o grande interesse.


    Deve ser uma questão de perspectiva então.
    Um tipo que faz um empréstimo de 100k para o apartamento... e vê em 5, 10 anos o valor do mesmo passar para o triplo... sabe que se caso haja um problema e precise de vender, o valor que receberá paga o que falta ao banco e ainda sobra muito. O que faz com essa sobra é outra coisa.

    Acha que o tipo que pediu na mesma 100 e agora o apartamento vale metade, dorme descansado? Vende, e nem a dívida paga. Nem casa, nem dinheiro, e ainda deve.

    Acha que é igual? Para que não interesse?

    Pode que a sua intenção seja nunca, mas nunca vender... ainda assim, acha que é igual saber que a coisa valoriza ou que desvaloriza, ou que se mantém?
  2. Colocado por: N Miguel OliveiraPode que a sua intenção seja nunca, mas nunca vender... ainda assim, acha que é igual saber que a coisa valoriza ou que desvaloriza, ou que se mantém?
    Considerando que na grande maioria das situações a habitação de família é um bem de que se usufrui e não um bem que se converte em liquidez do pé para a mão, não considero que faça grande diferença que a msta tenha duplicado de valor comercial nos últimos 5 anos por exemplo.

    Em caso de não conseguir pagar a prestação, óbvio que é melhor que tenha valorizado, e assim liquidar a dívida. Contudo mais cedo ou mais tarde vai ter de resolver o problema da habitação, e aí a dívida potencial, ou o esforço financeiro potencial será diretamente proporcional à valorização do imovel original (assumindo que se mantém a mesma área de residência), por isso mais uma vez não considero que a valorização traga o ganho que o Miguel elencou.
  3. Colocado por: RCF
    Em Lisboa tenho-me deparado com pessoas, que trabalham, têm emprego a tempo inteiro e recebem o respetivo ordenado, mas vivem em tendas ou casas devolutas, que ocupam ilegalmente, por não terem capacidade para pagar a renda de uma casa


    Até parece que vivemos num país economicamente liberal. :)
    Eu pergunto-me porque é que essas pessoas *têm* de viver em Lisboa. Não conseguem arranjar trabalho em Santarém ou Caldas da Rainha ou noutra terra onde não seja tão caro arrendar? Numa aldeia?
    Não há nenhuma luz que se lhes ilumine na cabeça e lhes diga "Portugal não é só Lisboa"?
  4. Colocado por: HAL_9000por isso mais uma vez não considero que a valorização traga o ganho que o Miguel elencou.


    Pode ser apenas percepção, mas diria que boa parte das pessoas que comprava apartamento não tinha propriamente a ideia de vendê-lo para construir moradia. Esta tendência tornou-se mais evidente quando começamos a ver que os apartamentos trazerem um grande retorno apesar de estar mais velhos e gastos... e daí surgiu a oportunidade (não planeada previamente) de mudar-se para moradia.
  5. Colocado por: HAL_9000Considerando que na grande maioria das situações a habitação de família


    Cada vez mais esta definição de "familia" típica se vai perdendo... o tele-trabalho, o custo da habitação nas grandes AM, os divórcios, a esperança média de vida que vai aumentando... as videochamadas e internet, a globalização, as migrações, vai diluindo a necessidade e/ou vontade de viver toda a vida onde se nasceu.
  6. Colocado por: N Miguel OliveiraEsta tendência tornou-se mais evidente quando começamos a ver que os apartamentos trazerem um grande retorno apesar de estar mais velhos e gastos... e daí surgiu a oportunidade (não planeada previamente) de mudar-se para moradia.
    É verdade e conheço algumas situações dessas, mas sabe o que aconteceu?
    As pessoas que tinham apartamento e que até tinham uma vida financeira estável com um empréstimo baixo. Venderam os apartamentos pelo dobro do preço para terem entrada para uma moradia....mas sobreendividaram-se ainda mais porque as moradias valorizaram na mesma proporção dos apartamentos. Ou seja passaram de o CH confortável de 60k para um CH de 120k que agora "come" grande parte do orçamento familiar.

    Dai que considere que bem vistas as coisas....Não sei se ficaram a ganhar com a valorização do apartamento
    Concordam com este comentário: zed
  7. Colocado por: HAL_9000Dai que considere que bem vistas as coisas....Não sei se ficaram a ganhar com a valorização do apartamento

    Aqui é um pouco como a história do agricultor chinês. Nunca se sabe o desfecho final de um acção, pois esta nunca é estanque e sim elencada nos contextos futuros.
    Quem sabe se o facto de terem essa moradia agora, mesmo com maior sacrifício, pode trazer outras oportunidades?
  8. Colocado por: pguilhermeQuem sabe se o facto de terem essa moradia agora, mesmo com maior sacrifício, pode trazer outras oportunidades?
    Ir exemplo estou a pensar num casal com 1 filho que de 1500 limpos paga 750 euros de prestação. Podem vir a ter oportunidades é um facto, mas vão passar por um aperto, vão.

    Basicamente o que queria dizer é que apesar de terem vendido em 2020 o apartamento comprado em 2015 pelo dobro do valor, não sei se ficaram a ganhar, tendo em conta que a moradia em 2020 provavelmente tb custou o dobro do que custaria em 2015.
    A vantagem que pode ter havido é que em 2020 tinham a entrada para a moradia apesar de mais cara
  9. Esses casos estão intimamente ligados.
    Se o apartamento vale mais, geram capital para uma casa mais cara.
    Se o apartamento vale menos, mesmo que a moradia não seja cara, não conseguem gerar capital para fazer o negócio.

    É como diz, a valorização da HPP, na maior parte dos casos, é inconsequente.
    Só quando se tem a possibilidade de alienar (liquidar e talvez até investir o capital num outro mercado, ou, no mínimo, numa outra localização) é que se materializa a valorização.
  10. Colocado por: pguilhermeSó quando se tem a possibilidade de alienar


    Mas neste detalhe é que está o que me importa salientar.

    Pela percepção que tenho, esta sobrevalorização desmesurada dos apartamentos em pouco tempo trouxe para cima da mesa uma possibilidade que eventualmente não existia antes.

    A oportunidade de, de um dia para o outro (5 anos vá), se atingir um patamar de património que lhe permita pensar noutros voos também.
  11. Colocado por: N Miguel OliveiraA oportunidade de, de um dia para o outro (5 anos vá), se atingir um patamar de património que lhe permita pensar noutros voos também.

    Num downgrade, o ganho de capital será a valorização da quantia referente à diferença de preço original dos imóveis.

    Por ex.: há 5 anos, comprou uma casa de 200k, embora houvesse outra, mais longe por 150k.
    Se ambas tiveram uma valorização de 100%, valem agora 400 e 300k respectivamente. Logo, ao fazer o downgrade poderá encaixar agora 100k, em vez dos 50k que encaxaria se tivesse optado inicialmente pela mais barata. Ou seja, neste caso, poderia haver um ganho de 50k€, sem contar com despesas de financiamento, IMT, etc, nem com outros factores como deslocação.

    Se contarmos com uma valorização heterogenea, a escolha torna-se mais dinâmica, tanto pode fazer negócios melhores como piores, mas sobretudo mais dependente de uma região qualquer pouco familiar para a pessoa.

    https://www.jornaldenegocios.pt/economia/habitacao/detalhe/ha-27-concelhos-onde-os-precos-das-casas-subiram-mais-de-30-num-ano-veja-como-foi-no-seu
  12. Colocado por: pguilhermeNum downgrade,


    Ora aí está.
    Coisa que faz muito sentido em qualquer lado, sobretudo quando há divorcio, ou os filhos saem de casa, reforma, etc...
    Em Portugal o downgrade teima em não vingar, pois vai contra o conceito de "casa para vida" tão lusitano.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  13. Ao preço que as casas ainda estão, muita gente se tivesse de vender a casa ainda ficaria com um bom lucro para pagar rendas por muito tempo...
  14. Colocado por: N Miguel OliveiraCoisa que faz muito sentido em qualquer lado, sobretudo quando há divorcio, ou os filhos saem de casa, reforma, etc...
    Em Portugal o downgrade teima em não vingar, pois vai contra o conceito de "casa para vida" tão lusitano.

    Estamos a explorar as implicações da valorização dos imóveis nos casos das HPP.
    Em alguns casos a valorização poderá ser vantajosa, noutros casos desvantajosa, e na maioria, indiferente a curto prazo.

    Nos casos de divorcio ou dificuldades financeiras, o downgrade forçado é um caminho lógico.
    Mas estes são casos de contingência e não os caminhos principais.
    Como disse anteriormente, nestes casos, os ganhos são apenas sobre a valorização do valor da diferença entre os preços originais dos imóveis.

    Também haverá casos de upgrades forçados (em termos de localização). Por exemplo, um emprego, ou uma situação familiar.

    Sem essas situações pontuais, de forma normal, as pessoas tendem a querer melhorar. Tanto por aumento de família ou simplesmente para desfrutar, caso tenham aumento de rendimentos.

    Posto isto, concordo em absoluto com uma estratégia a contar com um downgrade futuro e que a casa não deva ser necessariamente "para a vida".

    Agora um twist para N Miguel Oliveira! ;)
    Como a longo prazo o mercado imobiliário valoriza sempre, é um bom investimento comprar/fazer uma casa "grande" (e não o mínimo como por vezes se advoga) justamente a contar com a sua liquidação após valorização, por exemplo na reforma.

    Na altura da reforma os rendimentos desse ganho de capital podem fazer um excelente complemento à pensão (quiçá até superior).

    Colocado por: ferreiraj125Ao preço que as casas ainda estão, muita gente se tivesse de vender a casa ainda ficaria com um bom lucro para pagar rendas por muito tempo...

    Tentar capitalizar com a alienação só para de seguida gastar num serviço, sem mais nenhuma outra operação, é uma estratégia terrível. Passado algum tempo está sem dinheiro e sem casa.
    Para não dizer que, se as casas estão caras, imagino que as rendas também. Mas não tenho acompanhado.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  15. Já agora, o que acham desta notícia?

    Venda de casas cai para níveis de 2017

    Transacções com queda de 22,9% e o preço, ainda assim, subiu 8,7%.

    De reparar também em:

    A venda de casas a estrangeiros também acompanhou esta tendência de quebra. Segundo o INE, verificou-se uma descida de 8,9% na alienação de habitações a compradores com domicílio fiscal fora do território nacional, para um total de 2 535 unidades.
  16. Colocado por: pguilhermeJá agora, o que acham desta notícia?

    Venda de casas cai para níveis de 2017

    Transacções com queda de 22,9% e o preço, ainda assim, subiu 8,7%.

    De reparar também em:


    Temos tendência para escolher as notícias que gostamos no que toca a este tema controverso.
    Do que vou falando e vendo as Imobiliárias estão a entrar em crise mas ainda ninguém quer admitir ou andam a aguentar o barco.
    Com a incerteza das políticas muita gente está em stand by nas compras.
    Eu por exemplo não comprava nada neste momento
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  17. Colocado por: spvaleTemos tendência para escolher as notícias que gostamos no que toca a este tema controverso.

    Não procurei/filtrei, nem tão pouco tenho algum apego a determinada evolução do mercado.
    E ao que parece, são dados do INE.
    Encontra alguma notícia com dados contrários?

    Como sabemos, o imobiliário tem uma grande inércia. Mas face à situação actual, é natural que haja uma redução significativa da procura.
    Que consequências isso terá, dependerá de muitos factores, inclusive da própria duração da actual conjuntura.

    Não me espantaria se o aumento do preço médio fosse apenas devido à quebra de transacções dos imóveis abaixo desse valor, o que faria aumentar o valor médio.
    Se assim for, é bem possível que até os imóveis mais caros se possam estar a vender com "descontos" face ao ano passado.
    Ou então os imóveis continuam a subir. Não há como saber e cada um deverá interpretar estes dados e a actual conjuntura, como melhor entender.
  18. E verdade já vi inúmeras pessoas a vender casas e depois seguem para arrendamento em menos de 4 anos estavam sem dinheiro
  19. Colocado por: pguilhermeJá agora, o que acham desta notícia?

    Venda de casas cai para níveis de 2017

    Transacções com queda de 22,9% e o preço, ainda assim, subiu 8,7%.

    De reparar também em:



    Pode dar-se o caso de as casas de luxo não terem tido uma quebra tão acentuada.
  20. Colocado por: pguilherme
    Tentar capitalizar com a alienação só para de seguida gastar num serviço, sem mais nenhuma outra operação, é uma estratégia terrível. Passado algum tempo está sem dinheiro e sem casa.
    Para não dizer que, se as casas estão caras, imagino que as rendas também. Mas não tenho acompanhado.


    Estou a falar duma situação em que já não consigam pagar as prestações e sejam forçados a vender.


    Em comparação, eu ando a pagar de renda mais do que muita gente andou a pagar de prestação.

    Quem é que está pior, eu que continuo a pagar rendas e não tenho nada para vender, ou quem tiver de vender a casa mas ainda fica com algum lucro?

    E aí surge a questão… Faz sentido os meus impostos serem usados para ajudar essas pessoas a não terem de vender a casa?


    Ter de vender a casa é chato. Afinal de contas acaba por ser uma forma de investimento e é como muitos portugueses têm patrimonio. Mas cabe ao estado beneficiar esse investimento em detrimento de tantos outros que nada têm, vivem em casa arrendada, e não tiveram o privilegio de andar anos a pagar prestações mais baixas que as rendas?
 
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