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  1.  # 1

    Colocado por: ferreiraj125Atualmente não há falta de mão de obra não qualificada.


    Não? Vá às obras e diga qualquer coisa...
  2.  # 2

    Colocado por: HAL_9000É neste ponto que eu não consigo ter a mesma certeza que o N Miguel Oliveira. Ao contrário da Suiça, Portugal não consegue atrair mão de obra qualificada (e a pouca que chega muitas vezes trabalha para empresas estrangeiras).


    Eu até queria ver o que fariam os suíços se dum dia para o outro desaparecessem todos os seus imigrantes pouco qualificados. O país parava.

    Não acho que Portugal viva um drama por si só, por importar gente pouco qualificada. É gente que faz falta. Pois permite aos nacionais dedicarem-se às profissões que querem.

    Nas obras na Suíça, de suíços, só havia patrões, ou quase. Nos USA idem... Em Portugal, a tal "geração melhor preparada de sempre" deverá fazer o mesmo... por os imigrantes pouco qualificados a fazer o que os nacionais não querem fazer.
    Concordam com este comentário: vmontalvao, desofiapedro
  3.  # 3

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Não? Vá às obras e diga qualquer coisa...


    Haverá sempre falta de mão de obra ao preço que os patrões querem.

    Não há falta de pessoas competentes para essas tarefas que as fariam se os salarios fossem atrativos.


    Não percebo porque tanta gente cai na narrativa que é conveniente aos patrões que querem puxar os salarios o mais para baixo possivel.

    É claro que eles vão sempre alegar que há falta de mão de obra e vão sempre querer incentivar a abertura das portas à imigração de mão de obra que pelo seu desespero e pelo simples facto de ser mais abundante vai permitir aos patrões contratarem pessoas para tarefas que de outra forma se teria de pagar um salario digno.
  4.  # 4

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Eu até queria ver o que fariam os suíços se dum dia para o outro desaparecessem todos os seus imigrantes pouco qualificados. O país parava.

    Não acho que Portugal viva um drama por si só, por importar gente pouco qualificada. É gente que faz falta. Pois permite aos nacionais dedicarem-se às profissões que querem.

    Nas obras na Suíça, de suíços, só havia patrões, ou quase. Nos USA idem... Em Portugal, a tal "geração melhor preparada de sempre" deverá fazer o mesmo... por os imigrantes pouco qualificados a fazer o que os nacionais não querem fazer.


    Quando algo acontece "dum momento para o outro" existem sempre impactos nefastos.

    Mas isso não é um cenario realista.


    Se não houver abundancia de mão de obra pouco qualificada, o mercado de trabalho teria de se adaptar.

    No final, acabarias provavelmente com uma menor disparidade salarial entre trabalhos qualificados e não qualificados.

    O mercado chegaria a um novo equilibrio.
  5.  # 5

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Eu até queria ver o que fariam os suíços se dum dia para o outro desaparecessem todos os seus imigrantes pouco qualificados. O país parava.
    A Suíça, tal como Portugal exporta a sua mão de obra qualificada para outros países?



    Colocado por: N Miguel OliveiraPois permite aos nacionais dedicarem-se emigrar para se dedicarem às profissões que querem.

    Muitos nacionais não teriam problema nenhum em exercer as profissões que os imigrantes vêm ocupar, se fossem mais bem pagas. Afinal como alguém disse atrás, muitos nacionais emigram para fazer também esse tipo de trabalhos em outra países.

    A nossa diferença para com a Suíça é que ao contrário deles que apenas importam a mão de obra que lhes faz falta mantendo a mão de obra qualificada, nos por cá trocamos parte da nossa mão de obra mais qualificada por outra menos qualificada.
  6.  # 6

    Colocado por: Varejoteque não tínhamos a geração mais qualificada, mas sim a mais diplomada.
    Talvez fosse boa ideia questionar a Alemanha, os Países baixos, a França, o Reino Unido, a Noruega, o Luxemburgo, a Suíça, etc...qual é a opinião que têm acerca da nossa mão de obra diplomada.

    A formação vai muito além do ensino superior. Mas estar a reduzir a importância do mesmo não nos resolve problema nenhum. O Varejote acha que a maioria dos nossos diplomados não são qualificados, é isso?
    Pode dizer que não têm experiência, e até que possam ser mal preparados para o mercado de trabalho. E contudo terao "armas" ao seu dispor, que lhes permite desenvolver as competências necessárias, que lhes permita adquirir experiência.

    Para mim, mesmo que seja na caixa de um supermercado ou no balcão de um MacDonald's, há uma diferença entre ter uma pessoa com ensino superior ou uma pessoa que apenas terminou o secundário ou o básico.
    Se não houver diferença entre estes dois trabalhadores na mesma função (que também acontece), então o gajo com ensino superior, se andou na universidade pública, apenas desperdiçou investimento público.
  7.  # 7

    Enquanto continuarmos a exportar enfermeiros medicos e bons canalizadores pedreiros em que foi gasto muito tempo e dinheiro entre outros para receber pessoas sem qualquer qualificação e que nem a nossa lingua falam, nunca vamos evoluir. Por exemplo na Suecia qualquer pessoa que emigre para lá enquanto não souber falar sueco, nem para varredor de rua serve.
  8.  # 8

    vmontalvao > discordo de algumas coisas que disse. O nosso tecto para comprar a quinta era 80K com artigo urbano para reconstruir. Todos os que encontrávamos ou bem que acelerávamos o passo ou já nos avisavam que tinham um sr "alemão, um sr "ingles" um sr não sei quê, a pedir para emissão de CPCV. Comprámos a nossa quinta por 55k única e exclusivamente porque não entrou no mercado. Grande parte das comunidades em redor, são estrangeiras e compraram os seus artigos por valores inferiores a 100K.

    Da mesma maneira, o distrito de aveiro (que é o que conheço melhor) está lotado de estrangeiros a trabalhar e estudar. Hoje em dia a muitos proprietários já não compensa estar com turistas a dar maus rattings nos airbnbs da vida. Alugam com um ano de rendas e está resolvido sem taxinhas de limpeza e afins.



    diouf_matos> eu sou a favor tanto da emigração como da imigração, desde que legais. Aliás, o meu pai nasceu em Angola e a minha mãe no Brasil, mas a grande diferença é que com ambos, sempre perceberam que as regras eram as desses lugares, sentiam-se "ameaçados" e "controlados" pela sociedade de lá (no caso da pensão da minha avó no Brasil, dizia que muitas vezes vinham uns srs pedir dinheiro e se não dessem partiam tudo e na carpintaria do meu avô em Luanda ele sabia que os funcionários roubavam parte do dinheiro, então deixava sempre algum na carpintaria para que não entrassem na casa).
    Embora claramente hajam excepções, grande parte dos portugueses iam para regressar e nós estamos a ser alvo de uma entrada em massa, descontrolada e sem precedentes.
    Eu até gosto de visitar a minha aldeia natal e ver uma data de carrinhos de bebés, de crianças e novos casais que vieram trazer nova vida a uma vila envelhecida, mas que sem dúvida há repercussões e perdas de identidade sim.
  9.  # 9

    Colocado por: HAL_9000Talvez fosse boa ideia questionar a Alemanha, os Países baixos, a França, o Reino Unido, a Noruega, o Luxemburgo, a Suíça, etc...qual é a opinião que têm acerca da nossa mão de obra diplomada.

    A formação vai muito além do ensino superior. Mas estar a reduzir a importância do mesmo não nos resolve problema nenhum. O Varejote acha que a maioria dos nossos diplomados não são qualificados, é isso?
    Pode dizer que não têm experiência, e até que possam ser mal preparados para o mercado de trabalho. E contudo terao "armas" ao seu dispor, que lhes permite desenvolver as competências necessárias, que lhes permita adquirir experiência.

    Para mim, mesmo que seja na caixa de um supermercado ou no balcão de um MacDonald's, há uma diferença entre ter uma pessoa com ensino superior ou uma pessoa que apenas terminou o secundário ou o básico.
    Se não houver diferença entre estes dois trabalhadores na mesma função (que também acontece), então o gajo com ensino superior, se andou na universidade pública, apenas desperdiçou investimento público.


    Creio que depende dos cursos superiores.

    Serviço social, sociologia, animação sociocultural, estudos africanos etc.

    É mais sobre este género de licenciaturas, que se inclui na tal fuga de mão de obra qualificada.
  10.  # 10

    Colocado por: VarejoteServiço social, sociologia, animação sociocultural, estudos africanos etc.
    Isso é outra questão. Para mim não faz garnde sentido que a oferta formativa das nossas universidades seja muitas vezes decidida em função do corpo docente existente em vez de ser planeada de acordo com as reais necessidades ou aposta estratégica do país.

    O país também precisas de pessoas formadas em erviço social, sociologia, animação sociocultural, estudos africanos etc., mas muito provavelmente em muito menor número do que o número de vagas que abrem todos os anos.
    ´
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  11.  # 11

    Colocado por: HAL_9000Isso é outra questão. Para mim não faz garnde sentido que a oferta formativa das nossas universidades seja muitas vezes decidida em função do corpo docente existente em vez de ser planeada de acordo com as reais necessidades ou aposta estratégica do país.

    O país também precisas de pessoas formadas em erviço social, sociologia, animação sociocultural, estudos africanos etc., mas muito provavelmente em muito menor número do que o número de vagas que abrem todos os anos.
    ´


    Acabamos por voltar à lei da oferta e da procura.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  12.  # 12

    Colocado por: Varejote

    Creio que depende dos cursos superiores.

    Serviço social, sociologia, animação sociocultural, estudos africanos etc.

    É mais sobre este género de licenciaturas, que se inclui na tal fuga de mão de obra qualificada.


    Esses diplomados têm dificuldade em aceder ao mercado de trabalho em todo o lado, não é só em Portugal.
    Na europa, a procura de mão de obra é de outro tipo de formações, tecnologicas, engenharias, saude, ....
    Isto não significa que alguns dos jovens com aquelas formações também não emigrem, mas na grande maioria dos casos não vão trabalhar na area de formação, mas vão sempre ganhar mais do que ganhariam em Portugal a fazer o mesmo.
    Sem escamotear o facto de termos um problema com emigração excessiva de jovens, também convém ter em conta que estas gerações estão a chegar ao mercado de trabalho, num mercado que já não é o nacional, mas europeu e por isso seria sempre natural que houvesse mais jovens a emigrar do que havia antes, até porque já dispõem do conhecimento e da formação que permite e ajuda nessa mobilidade. Este movimento também se verifica noutros países, até nalguns daqueles que são destino de muitos dos nossos jovens.
    Não há forma de manter cá esses jovens, a não ser criando postos de trabalho que precisem deles e que sejam bem remunerados. Estas panaceias dos IRS jovem e outras do mesmo teor não resolvem nada, para além de criarem situações de desigualdade de tratamento entre gerações, o que não augura nada de bom em termos de coesão social. Já tínhamos os estrangeiros que podiam cá viver e trabalhar pagando menos impostos e contribuições do que os nacionais e agora temos também os jovens nacionais.
    Quem serão os próximos beneficiarios?
  13.  # 13

    Colocado por: HAL_9000

    Se a produtividade entre 2013 e 2023 subiu 18% porquê que os rendimentos apenas subiram 10%?
    Concordam com este comentário:ferreiraj125


    Ao ler isto só me veio-me à cabeça um verso de uma cantiga muito ouvida nos últimos dias:

    ...Eles comem tudo, eles comem tudo
    Eles comem tudo e não deixam nada...

    Música a parte, esta é a triste realidade cá do burgo, continuamos a produzir pouco e a distribuir pior.

    Se lhe serve de consolo, imagine que a parte do aumento da produtividade que coube ao capital ainda pagou menos impostos do que a parte que calhou ao trabalho.
  14.  # 14

    Quem acha que um canalizador não é um profissional qualificado nunca lidou com um canalizador nem sabe do que fala .

    Disclaimer:

    ( O meu comentário não visa nenhum utilizador do fórum , caso se sinta ofendido não tenho nada a ver com isso)
    Concordam com este comentário: nunomp
  15.  # 15

    Colocado por: AMG1

    Esses diplomados têm dificuldade em aceder ao mercado de trabalho em todo o lado, não é só em Portugal.
    Na europa, a procura de mão de obra é de outro tipo de formações, tecnologicas, engenharias, saude, ....
    Isto não significa que alguns dos jovens com aquelas formações também não emigrem, mas na grande maioria dos casos não vão trabalhar na area de formação, mas vão sempre ganhar mais do que ganhariam em Portugal a fazer o mesmo.
    Sem escamotear o facto de termos um problema com emigração excessiva de jovens, também convém ter em conta que estas gerações estão a chegar ao mercado de trabalho, num mercado que já não é o nacional, mas europeu e por isso seria sempre natural que houvesse mais jovens a emigrar do que havia antes, até porque já dispõem do conhecimento e da formação que permite e ajuda nessa mobilidade. Este movimento também se verifica noutros países, até nalguns daqueles que são destino de muitos dos nossos jovens.
    Não há forma de manter cá esses jovens, a não ser criando postos de trabalho que precisem deles e que sejam bem remunerados. Estas panaceias dos IRS jovem e outras do mesmo teor não resolvem nada, para além de criarem situações de desigualdade de tratamento entre gerações, o que não augura nada de bom em termos de coesão social. Já tínhamos os estrangeiros que podiam cá viver e trabalhar pagando menos impostos e contribuições do que os nacionais e agora temos também os jovens nacionais.
    Quem serão os próximos beneficiarios?


    É o que digo, o mercado europeu não pode servir só para umas coisas.

    Levamos com rendas e preços das casas a niveis europeus, os preços dos restaurantes e afins já se começam a aproximar dos europeus (antes comia pot 6 € onde em espanha era tipo 8 €, agora são 8 € cá e em espanha 9 ou 10).

    O mercado de trabalho também tem de se equalizar, e se as empresas portuguesas não pagam salarios europeus, os portugueses vão atrás desses salarios.
  16.  # 16

    Colocado por: Reduto25Quem acha que um canalizador não é um profissional qualificado nunca lidou com um canalizador nem sabe do que fala .

    Disclaimer:

    ( O meu comentário não visa nenhum utilizador do fórum , caso se sinta ofendido não tenho nada a ver com isso)


    Todos os trabalhos requerem algumas capacidades para os executar.

    Por exemplo, eu nunca servi às mesas nem sequer trabalhei em restauração, e mesmo assim como cliente consigo ver algumas coisas que devem ser feitas que muitas vezes não o são: quando entra um cliente, este deve ser a prioridade, quando se sentam, deve-se tentar servir logo as bebidas e entradas, para captar o cliente o mais rapido possivel, quem já acabou e está por pagar, não tem tanta prioridade. Também deve ser sempre a mesma pessoa a servir a mesma mesa para não haver algumas confusões que vejo, etc. Deve evitar-se contrariar colegas e muito menos repreendê-los à frente de clientes, etc.

    Portanto, a diferença está no facto de serem profissões que geralmente não requerem educação formal para se começar a executar e vai-se aprendendo à medida que se trabalha. Mas não deixam de ser profissões que requerem aprendizagem para se ser competente.
  17.  # 17

    Colocado por: ferreiraj125Haverá sempre falta de mão de obra ao preço que os patrões querem.

    Não há falta de pessoas competentes para essas tarefas que as fariam se os salarios fossem atrativos.


    Não percebo porque tanta gente cai na narrativa que é conveniente aos patrões que querem puxar os salarios o mais para baixo possivel.

    É claro que eles vão sempre alegar que há falta de mão de obra e vão sempre querer incentivar a abertura das portas à imigração de mão de obra que pelo seu desespero e pelo simples facto de ser mais abundante vai permitir aos patrões contratarem pessoas para tarefas que de outra forma se teria de pagar um salario digno.


    Sempre a velha conversa dos patrões...
    E não saímos disto...
  18.  # 18

    Colocado por: HAL_9000A Suíça, tal como Portugal exporta a sua mão de obra qualificada para outros países?


    Um suíço sai da Suíça e vai para onde?
    Noruega?

    Você tampouco deixa Portugal para ir para Marrocos, ou deixa?
  19.  # 19

    Colocado por: N Miguel OliveiraUm suíço sai da Suíça e vai para onde?
    Noruega?

    o ponto é precisamente esse.
    A Suíça já retem a sua mão de obra qualificada e apenas importa aquela que necessita para o seu mercado laboral.

    Já Portugal, exporta mão de obra que pode agregar valor à nossa economia, e importa essencialmente mao de obra pouco qualificada e que vai mantendo a nossa economia assente essencialmente em serviços.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  20.  # 20

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Sempre a velha conversa dos patrões...
    E não saímos disto...


    É simples teoria económica. Se abre as portas à imigração em massa, é normal que num mercado de trabalho como o português os salários estagnem. Olhem para a distribuição salarial dos trabalhadores e tirem as vossas conclusões.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, desofiapedro
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ferreiraj125
 
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