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  1.  # 1

    O "centro", pelo menos nas cidades mais pequenas, está overrated. Não vai demorar muito até as pessoas perceberem que se transformaram em desertos inabitáveis. Não há uma padaria, uma frutaria, ou minimercado. Apenas ALs, lojas de bugigangas para turistas e pastelarias gourmet.
  2.  # 2

    Colocado por: N Miguel Oliveirahttps://espacodearquitetura.com/projetos/bairro-da-bouca/

    Exemplo de como eram os apartamentos nos anos 70... quando houve necessidade de construir rápido.
    Apartamentos de 74-80m2...


    Murado com arame farpado e com 4 torres de vigia, dava um excelente estabelecimento prisional

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  3.  # 3

    Mas é barato e tens um sítio para viver. Bonito? Não é, mas serve. Se conseguires, mudas para outro sítio 10 ou 15 anos depois, senão, ficas aí, mas pelo menos tens uma casa que consigas pagar.
    Concordam com este comentário: Dias12, desofiapedro, N Miguel Oliveira
  4.  # 4

    100% de acordo.

    Mas acho que estas obras não podem feitas assim às 3 pancadas à pressa como foi o caso desse projecto do Siza Vieira, caso contrário viramos a paisagem do pais com este urbanismo ao estilo da ex-URSS com blocos em massa ultra concentrados.

    Sem ir demasiado para os países do leste, na Alemanha, o lado de lá do muro de Berlin esta cheio de edifícios desses (ao longo da Karl-Marx-Allee por exemplo), autênticas aberrações de arquitectura, tudo em nome de dar habitação barata ao proletariado.
  5.  # 5

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Totalmente de acordo...
    Apenas servem para aumentar a percepção de que está tudo caro...
    Ou seja, antes a malta queixava-se que não havia nada à venda...
    Hoje é porque o que está à venda está super inflacionado...
    Na prática, a situação é a mesma... determinado terreno só é vendido "se valer a pena"... pois não há real interesse em desfazer-se do bem...

    Outro detalhe interessante a meu ver, é o impacto da internet no meio disto tudo.
    Antes, muitos dos negócios eram simples... passo todos os dias na mesma rua, onde há um terreno vazio, a bravo, passo hoje, passo amanhã, vou ficando apaixonado com a ideia... até que um dia, procuro o dono, faço uma proposta... e está feito! Hoje em dia, parece que a única opção é via internet... a malta não sai à caça... espera que tudo lhes caia do céu e a bom preço... Não propõe, não tem iniciativa, precisa de saber o preço primeiro... para refletir...

    Antes funcionava um bocado ao contrário... era "tenho tal fulano que me dá tanto por tal terreno..." Quem refletia era o vendedor, quem propunha um valor era o comprador... No fundo, a mentalidade do "prêt-à-porter" está em quase tudo na vida no sec. XXI. Até pelos inumeros comentários neste fórum se percebe isso, pelo modo como se encaram as propostas de honorários dos gabinetes de projecto, dos orçamentos dos empreiteiros, das simulações do banco, etc etc etc... Temos por base, que o preço define-o o vendedor... Ora, isso não é forçosamente assim... com propriedades únicas e irrepetíveis...


    Estás a ver a coisa ao contrario.

    Se calhar antes poderias dar-te ao luxo de passar por um terreno ou uma casa à venda, pensares "porreiro pah, quero comprar", ligavas, e relmente era um preço que dava para a tua carteira e compravas.

    Hoje em dia, as chances de isso acontecer, para a maior parte das pessoas, é diminuta.

    A internet serve precisamente para poder filtrar todos aqueles imoveis que estão muito além do nosso orçamento.
  6.  # 6

    Por falar em preços aceitáveis
      orca-image--617350466.jpeg
  7.  # 7

    Colocado por: manelvcPor falar em preços aceitáveis


    A situação em Viana do Castelo não está assim tão má. Você escolheu o apartamento mais caro da urbanização com piscina própria e uma área que requer uma empregada para limpar.

    Eu gostei muito desse projeto, aqueles T1's e os T2's parecem muito interessantes. É uma pena não existir nada em Lisboa a preços similares.
  8.  # 8

    Colocado por: HAL_9000A minha questão é que naquela vila, o número de pessoas não aumentou por aí além. Há algumas pessoas a construir casa, mas regra geral são pessoas da terra por assim dizer. Se a procura não aumentou, o que fez aumentar o preço dos terrenos? A simples mudança de percepção do seu valor de mercado.


    Concerteza, esse é o meu ponto. O numero de pessoas não aumentou significativamente (para que estejemos sempre a culpar os estrangeiros num determinado local, que por vezes nem os tem). O que poderá ter acontecido também é simplesmente não haver oferta nenhuma nesse espaço de tempo. O pouco que há vende-se bem... Quanto à percepção, só funciona se realmente forem vendidos imóveis a preços exagerados... pois se a pessoa quiser verdadeiramente vender, venderá ao preço possível para aquele mercado... Se antes achava caro um terreno de 20k€... só o compra por 40k€ se tiver dinheiro para ele, de pouco adianta a percepção... no money, no party.

    Por outro lado, e indo um pouco de encontro ao que o HAL escreveu, na perspectiva de quem vende, poderá haver a percepção que hoje em dia, qualquer cidadão vai ao banco e saca um saco de notas a crédito... Como estas novas leis, sobre os beneficios para os jovens por exemplo...

    Como referi antes, se o cidadão comum só pudesse sacar do banco 100 ou 150mil... não via casas a 400 para esse mesmo segmento de mercado...
  9.  # 9

    Colocado por: HAL_9000Por acaso tinha ideia que a “câmara” la do sítio não via esses complexos habitacionais de apartamentos com muitos bons olhos.


    Nisso é como Portugal... há visões diferentes de municipio para municipio...
    Nas grandes cidades, precisam de housing... essas cidades recebem apoios do seu Estado e County para "criar" novos fogos... Se não os criam é porque não precisam, e esses apoios ser-lhes-ão retirados...
    Exemplo, pequenos municipios tipo Palo Alto, casa de muitos CEOs e gente cujo salário vem em milhões é obviamente contra este tipo de projectos... querem sossego, pouco trânsito, poucas lojas, propriedades tipo quinta, escolas com poucos alunos e excelentes professores... Querem ter empresas que têm lucros maiores que PIBs de países inteiros... e querem os seus trabalhadores no escritório... só não querem que sejam vizinhos deles...
    Ao passo que municipios tipo Berkley, que tem uma universidade mais famosa que a própria cidade acaba de abolir as zonas PDM exclusivas para casas unifamiliares... percebem que é preciso construir para abrigar os seus estudantes, professores, etc etc...
    As cidades maiores costumam ter técnicos que literalmente "ajudam" a aprovar um projecto... Quando vêem que algo não é suportado pela lei... propõem soluções e verdadeiramente ajudam quem quer construir... porque mais residentes, maior receita em impostos e apoios do Estado, mais comercio e emprego, mais impostos, etc etc... É comum os projectos serem alvo de escrutinio público, em que a população que vive a Xm do local da obra é notificada caso queira participar via zoom, ou fisicamente numa conferência... Nessas apresentações o Arquitecto ou Cliente não precisa de "bater-se" muito a defender o projecto... o próprio técnico da Câmara faz isso por eles! Incrível :)
    Só há pouco tempo, é que entenderam que o suburbio da casinha com jardim e pouca densidade... está a "matar" a qualidade de vida dos trabalhadores... que até podem ganhar muito dinheito mas simplesmente não conseguem viver perto donde trabalham... e que ao contrário das cidades europeias, cujo centro é medieval, pequeno, próximo, e com relativa boa rede de transportes... pelo que não lhes sobra outra alternativa que passar 1, 2, 3h no trânsito...

    Ou seja, em parte, o que nos safa na Europa, é que as cidades foram feitas à escala do homem e do cavalo. Na América (continente), muita cidade foi edificada apenas nos sec. XIX e sobretudo no sec. XX... à escala do automóvel...
    • Dias12
    • 15 novembro 2024 editado

     # 10

    Colocado por: N Miguel OliveiraÉ comum os projectos serem alvo de escrutinio público, em que a população que vive a Xm do local da obra é notificada caso queira participar via zoom, ou fisicamente numa conferência...


    E a maior parte das vezes, essa população também é contra casas não unifamiliares porque... iria desvalorizar a sua casa.
    Passou aqui numas paginas atrás um link sobre o assunto. Cidades governadas pelos Democratas em estados Democratas que as pessoas do bairro são contra a construção de prédios de habitação... resultado: em vez de 100 apartamentos construíram-se meia dúzia moradias de milhão e meio de dólares.
    "Queremos ... (inserir solução milagrosa/eficiente para habitação/indústria/energia/agricultura/etc.), mas no quintal dos outros"

    https://www.youtube.com/watch?v=hNDgcjVGHIw
  10.  # 11

    Colocado por: HAL_9000como alguém que foiçáveis para a periferia da periferia, só lhe posso dizer que o meu afastamento não teve nada a ver com “certos requisitos, de tamanho, privacidade, etc.”, teve sim a ver com um único requisito: o que conseguia pagar sem comprometer o meu equilíbrio financeiro.
    Mesmo assim antes de comprar, usei os transportes disponíveis a diversas horas, para ver o tempo que demorava a fazer o percurso casa- trabalho.
    Não compro muito essa ideia de que as pessoas se afastam dos transportes por alternativa e não por necessidade.


    Mais ou menos...
    Vai de cada um... porque o PDM lhe permite escolher...

    Prefere uma casa de 100m2 a 5km do praça central da cidade... ou 150m2 a 10km?
    Nem toda a gente terá a mesma opinião. Pode dizer que quem vive a 10km é por necessidade...
    Eu digo depende... Eventualmente teria uma alternativa ao mesmo preço, mas a casa era mais pequena.
    Aqui o ponto fundamental... é o PDM lhe permitir construir a 10km sem que o tecido urbano a 5km esteja completamente consolidado.
    Esta disperção prejudica a todos, ao que vive a 10kms que tem pouco transporte, e vê a propriedade agricola retalhada em pequenos reinos, perdendo eficiência... ao que vive a 5km que podia ter muito mais transporte se o autocarro não fosse dar a volta tão afastado do centro... e ao que vive no centro... que não pode usar a estrada como peão ou ciclista como há 200 anos... pois vê o centro, desenhado à escala humana ocupado por carros na rua, estacionados, edificios de estacionamento, pior qualidade do ar, ruído, acidentes, etc etc...
  11.  # 12

    Colocado por: NostradamusMurado com arame farpado e com 4 torres de vigia, dava um excelente estabelecimento prisional


    A minha mulher diz o mesmo.
    Mas é uma "prisão" com Metro a 50 metros, e autocarros a outros 50m...
    Resolveu o problema na altura que recebiamos milhares de retornados de África.
    Queixámo-nos que há falta de habitação, mas só consideramos tipologias grandes... e com bastante área.
    Nos 70s fez-se a festa com 80m2. É assim tão indigno viver em tão pouco espaço?
    Talvez, para quem pode escolher viver em maior... tudo bem.
    Agora, quem não tem capacidad€ de ter um lar, e ainda se queixa do tamanho... pois, assim é complicado.

    Além do tamanho, faltam tipologias pequenas... T0 e T1. Quando precisar de maior, muda para o T3, T4... e regressa ao T0, T1 na reforma. É assim tão complicado entender o reciocício de boa parte dos nossos concidadãos europeus?
  12.  # 13

    Colocado por: rod_2000A situação em Viana do Castelo não está assim tão má. Você escolheu o apartamentomais caro da urbanizaçãocom piscina própria e uma área que requer uma empregada para limpar.

    Eu gostei muito desse projeto, aqueles T1's e os T2's parecem muito interessantes. É uma pena não existir nada em Lisboa a preços similares.

    E 260k por um T1 com 58m2 já é aceitável?
  13.  # 14

    Colocado por: Nostradamustudo em nome de dar habitação barata ao proletariado.


    Claro... que segundo me apercebi, é precisamente o nosso problema em 2024.
    Se antes, um tipo trabalhava e dava para ter a mulher em casa e mandar os dois filhos para a universidade... hoje em dia, boa parte dos agregados têm os dois adultos a trabalhar e mal chega para a creche. Se viver sozinho então, fica complicado.

    Mais do que uma questão de Arquitetcura, de que se parece uma prisão ou se é feio... o problema é do âmbito do Urbanismo... densidade, numero de pisos, afastamentos, índices de ocupação e utilização do solo, altura, usos, etc... Depois é lidar com isso com sentido estético e que caiba no orçamento... Não significa necessariamente fazer coisas feias ou que destruam a paisagem... Aliás, boa parte dos edificios centenários dos nossos centros históricos têm espaços interiores minusculos... e são considerados património. Uma coisa (densidade) não implica a outra (fazer feio).
  14.  # 15

    Colocado por: ferreiraj125Estás a ver a coisa ao contrario.

    Se calhar antes poderias dar-te ao luxo de passar por um terreno ou uma casa à venda, pensares "porreiro pah, quero comprar", ligavas, e relmente era um preço que dava para a tua carteira e compravas.

    Hoje em dia, as chances de isso acontecer, para a maior parte das pessoas, é diminuta.

    A internet serve precisamente para poder filtrar todos aqueles imoveis que estão muito além do nosso orçamento.


    Isso só é necessário para quem quer comprar não tem a menor noção do valor das coisas.
    Aliás, o que menos falta também é gente que herdou e quer vender e não tem noção do bem do que herdou.
    Outrora muita coisa se desbloqueava falando... propondo, trocando... permutando bens... apalpando terreno.
    Hoje é escrito... pergunta na caixa de mensagem da REMAX, "quanto custa tal imóvel..." e a resposta que recebe parece taxativa. Só o é para quem aceitar isso como resposta. Um imóvel não é a sua ação da Tesla, não é uma TV... não tem o seu preço definido à partida. É único e irrepetível, com um valor totalmente passivel de ser negociado...
    Se o descarta logo num filtro informático... nem sequer sabe disso, que tal bem está à venda.

    Os melhores negócios, os melhores empregos, as melhores compras, fazem-se antes mesmo de estarem anunciadas... Fica a dica ;)
  15.  # 16

    Colocado por: manelvcPor falar em preços aceitáveis


    Passei por lá há uns meses... bem porreiro.
    Ainda que depois de ver o que aconteceu em Valência, Espanha... ponho em causa a proximidade do rio Lima... hmmm
  16.  # 17

    Colocado por: N Miguel OliveiraMais do que uma questão de Arquitetcura, de que se parece uma prisão ou se é feio


    O problema da construção barata e rápida em densidade, é que tal como esses blocos "soviéticos", actualmente ninguém quer la viver. São espaços frios e nada acolhedores, reminiscentes de uma época de miséria.

    uma casa tem de ser a cima de tudo acolhedora. Não vale a pena construir assim se daqui a 20 anos o problema da falta de habitação estiver resolvido, e termos monstruosidades arquitectónicas às portas da cidade.

    E é aqui que vocês, arquitectos, tem de traçar umas linhas hoje, mas a pensar no amanhã, para não cometer estes erros do passado.
  17.  # 18

    Colocado por: Dias12E a maior parte das vezes, essa população também é contra casas não unifamiliares porque... iria desvalorizar a sua casa.
    Passou aqui numas paginas atrás um link sobre o assunto. Cidades governadas pelos Democratas em estados Democratas que as pessoas do bairro são contra a construção de prédios de habitação... resultado: em vez de 100 apartamentos construíram-se meia dúzia moradias de milhão e meio de dólares.
    "Queremos ... (inserir solução milagrosa/eficiente para habitação/indústria/energia/agricultura/etc.), mas no quintal dos outros"

    https://www.youtube.com/watch?v=hNDgcjVGHIw


    ahahahah, sim, fui eu que partilhei o link :)
    Bem sei... Desenhamos uma torre em Palo Alto, será o edificio residencial mais alto do concelho. Levou paulada de todo o lado... mas o Estado tem mais poder que o Municipio. E é segundo a lei estatal que o desenhamos... Ainda não lançamos os foguetes mas deve estar quase.
    Só as cidades ricas podem "ir contra o Estado"... para demover os promotores e ganhar pelo cansaço. As pequenas não têm hipoteses. A lei do Estado sobrepõe-se, pelo que a probabilidade de ganharem contra o Estado é quase nula. Perdendo, além de aprovarem o projecto, ficam com uma conta de 3-4 milhões em custos judiciais para pagar... Se fazem isso com 4 ou 5 projectos fica dificil de explicar aos municipies a estupidez de entrarem em processos judiciais destes, sabendo que irão perder. O detalhe dalguns municipios é que têm municipes que até doam esses 3-4 milhões como quem dá uma esmola na missa.
    É esta mesquinhez do NIMBY - "Not in my back yard"... que tem causado o problema da falta de habitação nalguns Estados... e depois ainda vêm "defender o direito à habitação". Parece que custa a entender, que a malta só contrói se a "folha Excel" funcionar. Sem lucro, sem economia de escala, não vale a pena... Construir casa a casa funcionava mal há 100 anos... Hoje em dia, é quase impossível, já não há "escravos" para andar nas obras...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
  18.  # 19

    Colocado por: NostradamusE é aqui que vocês, arquitectos, tem de traçar umas linhas hoje, mas a pensar no amanhã, para não cometer estes erros do passado.


    O problema está a montante dos Arquitectos.
    Está no promotor, que tem que saber, estudar e definir o que quer, que tipologias, numero de pisos, tamanho, quanto quer gastar, por quanto quer vender, etc... E ainda mais acima, no PDM, no que a cidade deixa fazer ou não.

    Há 160 anos, Cerdà planeou uma malha urbana para conectar Barcelona e as "cidades" satélite... Essa malha, foi sendo corrigida de modo preencher os espaços verdes vazios, dotando a cidade duma maior compactação. Essa densidade é o que lhe permite ter um sistema de transporte altamente eficiente hoje em dia. Uma cidade cheia de vida, vibrante... e obviamente com os seus múltiplos problemas também. Se há falta de habitação é precisamente pelo atractivo que a cidade é. Acho que vai de cada um, mas acho que não vê nada de "soviético" ali, apesar da mega densidade que a cidade tem.

    Outro exemplo é o norte de Madrid, complexos de apartamentos altamente densos que ocupam quarteirões inteiros. É isso que permite deixar depois livres certos espaços e assim construir parques e zonas verdes. Esse bairro, ali ao redor da "ciudad BBVA" tem inumeros blocos "monstruosos" que são hoje bons exemplos de Arquitectura.
    https://www.google.com/maps/@40.4906311,-3.656129,2245a,35y,21.94h/data=!3m1!1e3?entry=ttu&g_ep=EgoyMDI0MTExMi4wIKXMDSoJLDEwMjExMjMzSAFQAw%3D%3D
    Tem muitos exemplos desse bairro neste livro:
    https://actar.com/product/vivienda-envolvente-hueco/

    Veja o Parque da Cidade do Porto... aquele espação livre todo... só é sustentado por ter Matosinhos, a Foz e Boavista altamente construído... e poderia ser mais ainda...
    • AMG1
    • 15 novembro 2024

     # 20

    Colocado por: Nostradamus
    ...
    uma casa tem de ser a cima de tudo acolhedora. Não vale a pena construir assim se daqui a 20 anos o problema da falta de habitação estiver resolvido, e termos monstruosidades arquitectónicas às portas da cidade.
    ...


    Concordo completamente. O exemplo de algumas cidades suecas mostra isso mesmo.
    Nos anos 60 e 70, para resolver o problema da habitação, sobretudo dos novos operarios que chegavam às cidades, a solução foi construir blocos desse tipo. É certo que na altura resolveram o problema: alojar um enorme contingente de gente que aportava às cidades. Passados 20 anos, começaram a ser abandonados e trocados por outras soluções e localizações muito mais cómodas. Algumas dessas zonas, sobretudo nos arredores das cidades mais industriais tornaram-se quase bairros fantasma.
    Os precos eram óbviamente muito baratos e comecaram a ser ocupados pelos novos imigrantes, ao mesmo tempo que os suecos saíam. Em parte foi tambem a existência deste parque habitacional que contribuiu para a "guetizacao" dos novos imigrantes.
    Claro que houve alguns bairros que escaparam a este destino e acabaram integrados na paisagem urbana das cidades, até porque nem todos eram feios e nalguns casos até estavam bem integrados no espaço que foram ocupar.
    Em resumo, construir cidade deve ter em conta muito mais do que fazer casas para aumentar a oferta de habitação. Por isso concordo com muito do que o Nuno aqui tem escrito.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
 
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