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  1.  # 1

    Colocado por: N Miguel OliveiraCaso contrário, sabemos que nos circulos com 2 ou 3 deputados, os votos noutros partidos que não PS ou PSD vão directamente para o lixo. Contam 0%, literalmente. Num país tão pequeno e sem problemas com regiões independentistas... não sei porque não adotam o circulo eleitoral único. Ou melhor, até sei.

    Há boas razões para haver círculos eleitorais em cada distrito, nas regiões autónomas, na europa e fora da europa. A ideia - quanto a mim correta - foi sempre aproximar os deputados dos eleitores e isso só se faz com deputados eleitos por este ou aquele distrito, que de facto prestem contas ao seu eleitorado local. Se isto não acontece em Portugal é porque há falta de sentido de dever dos deputados e falta de exigência das populações. Melhor ainda seriam os círculos uninominais, como em Inglaterra, aí todos os eleitores do mesmo círculo são representados apenas por um deputado. O pior de todos seria mesmo um círculo nacional, a ideia parece-me, completamente, aberrante; aliás, não sei de haverá algum país no mundo com apenas um círculo nacional.
    Concordam com este comentário: AMG1
  2.  # 2

    Colocado por: eu
    Nem mais !


    Colocado por: eu
    Nem mais !


    Podem ainda optar por um circulo de compensação. É um modelo já testado noutros países que junta os votos "caidos" e os promove num circulo diferente com uma fórmula compensatória aos partidos com menor ou nenhuma representação parlamentar.
    Concordam com este comentário: eu, N Miguel Oliveira
    • eu
    • 12 setembro 2023 editado

     # 3

    Colocado por: J.Fernandesa ideia parece-me, completamente, aberrante;

    Aberrante porquê? Principalmente em Países pequenos como Portugal?

    Repare que no sistema atual:

    1-Na prática os deputados não fazem qualquer representação da região, votam com disciplina partidária e defendem apenas e só o partido.

    2-Há deputados eleitos por certos distritos, que nem sequer têm nenhuma ligação ao distrito.

    3-Os eleitores dos distritos pequenos só podem votar PS ou PSD, caso contrário o voto vai para o lixo.

    Aberrante é continuarmos todos a fazer de conta que os deputados representam regiões.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125, N Miguel Oliveira, Caarabina
  3.  # 4

    O círculo único pode fazer sentido (apesar de preferir um circulo de compensação, já temos nos Açores).

    A votação e depois os partidos loco encaixam o deputado que desejem é um desrespeito democrático, as pessoas têm o direito de saber em quem estão a votar.
  4.  # 5

    Colocado por: eu1-Na prática os deputados não fazem qualquer representação da região, votam com disciplina partidária e defendem apenas e só o partido.

    2-Há deputados eleitos por certos distritos, que nem sequer têm nenhuma ligação ao distrito.

    3-Os eleitores dos distritos pequenos só podem votar PS ou PSD, caso contrário o voto vai para o lixo.

    Aberrante é continuarmos todos a fazer de conta que os deputados representam regiões.

    As práticas devem ser de acordo com as regras - na minha opinião boas regras -, o que você está a dizer é que se devem mudar as regras para estarem alinhadas com as (más) práticas. Mais ou menos como dizer que em determinado ponto da autoestrada, como passa quase toda a gente a 180 km/h, vamos passar o limite de 120 km/h para os 180 km/h.
  5.  # 6

    Colocado por: eu3-Os eleitores dos distritos pequenos só podem votar PS ou PSD, caso contrário o voto vai para o lixo.

    Depende. Os pequenos partidos também podem sair beneficiados, vá perguntar ao PCP se quer alguma alteração da Lei Eleitoral!
    • AMG1
    • 12 setembro 2023

     # 7

    Colocado por: J.Fernandes
    Há boas razões para haver círculos eleitorais em cada distrito, nas regiões autónomas, na europa e fora da europa. A ideia - quanto a mim correta - foi sempre aproximar os deputados dos eleitores e isso só se faz com deputados eleitos por este ou aquele distrito, que de facto prestem contas ao seu eleitorado local. Se isto não acontece em Portugal é porque há falta de sentido de dever dos deputados e falta de exigência das populações. Melhor ainda seriam os círculos uninominais, como em Inglaterra, aí todos os eleitores do mesmo círculo são representados apenas por um deputado. O pior de todos seria mesmo um círculo nacional, a ideia parece-me, completamente, aberrante; aliás, não sei de haverá algum país no mundo com apenas um círculo nacional.


    Se o que pretendemos e responsabilizar pessoalmente o nosso representante, concordo por completo que o ideal seria os circulos uninominais, que permitem uma proximidade muito maior, ja que os candidatos, cada um deles tem de obrigatóriamente interagir com os seus eleitores. A probabilidade de existirem paraquedistas seria muito reduzida.
    Contudo, mesmo sem alterar o sistema actual, bastava complementar os actuais circulos distritais, com mais um circulo nacional, por forma a não desperdiçar os votos que não elegeram nos circulos distritais. Isto favorecia bastante os pequenos partidos, sem capacidade para elegerem em muitos circulos distritais.
    Outra possibilidade poderia ser a eleição de listas, em que os partidos apresentam os seus candidatos e os eleitores ordenam os candidatos de acordo com a ordem de eleição pretendida até ao limite dos candidatos a eleger. Nesta caso o cabeça de lista era escolhido pelos eleitores e não pelos directórios partidários.
    Existem multiplas formas de resolver o problema, mas nenhum interesse por parte de quem só tem a perder: os grandes partidos!
    Agora não nos enganemos, isto seriam formas de pulverizar ainda mais a representação política e sem uma cultura forte de compromisso entre os varios agentes, podiamos cair na ingovernabilidade permanente, ou até em esquemas de sindicatos de voto, como p.e. no Brasil.
    Eu continuo a achar que o principal problema é a qualidade do pessoal político, que é cada vez pior, já nem menciono a ética porque isso deveria ser o minimo para quem se propõe representar outros.
    Ora como e que isto se resolve, eu nao sei. Mas suspeito que não vai ser afastando-nos, mas ao contrário, envolvendo-nos mais. Só que isso dá trabalho, implica esforço e sacrificio de muita coisa que muitos não estão disponiveis para fazer. Em resultado disso, os oportunistas aproveitam!
    • AMG1
    • 12 setembro 2023

     # 8

    Colocado por: J.Fernandes
    Depende. Os pequenos partidos também podem sair beneficiados, vá perguntar ao PCP se quer alguma alteração da Lei Eleitoral!


    Pelo caminho que leva (os bastiões estão a desaparecer), já não deve faltar muito para querer mudar a lei.
    • AMG1
    • 12 setembro 2023

     # 9

    Colocado por: Caarabina

    Acho que isto basta para que os jovens ou nao queiram saber ou prefiram alguem autoritario que acabe com este ragabofe.


    Que acabe com o regabofe, ou que o esconda e ai até pode aumentar, porque ninguém vai saber.

    Os politicos providenciais, não me inspiram confiança nenhuma. Prefiro gente comum, com propositos e principios, e simultaneamente um conjunto de regras simples que todos percebam que não podem ser ultrapassadas. A grande noção de cencura para um político, não deve ser a que é dada pelos seus pares, mas por quem o elegeu.
    Os eleitores não se podem demitir das suas obrigações. O caso do Isaltino é paradigmático. O homem foi condenado e cumpriu pena de prisão por actos praticados enquanto autarca, mas os eleitores voltam a elege-lo?
    Devem querer que ele volte a prevaricar de forma ainda mais veemente, só pode!
    Imaginem que o PS resolvia candidatar o Sócrates, que nem sequer está ainda condenado. Será que os eleitores do PS votariam nele?
    Provavelmente em muitos casos sim, mas isso seria completamente insano por quem o fizessem. Se enquanto eleitores não responsabilizamos os eleitos, nem sequer nas urnas, como é que queremos que eles nos respeitem. Só se forem estúpidos ou então se ainda tiverem algum pingo de vergonha e principios, felizmente ainda haverá alguns desses, mas o caminho está aberto para os Sócrates e Isaltinos desta vida, mesmo que nalguns casos até se apresentem como quem vai acabar com o "regabofe".
    • AMG1
    • 12 setembro 2023

     # 10

    Colocado por: HAL_9000

    Não sei exactamente o que motiva os resultados deste estudo, mas não deixa de ser preocupante.
    Já por várias vezes referi a minha opinião, até tendo por base a história. Opções políticas que fomentem a desigualdade social, que empobeçam as populações em prejuizo de determinados grupos específicos, leva sempre a consequências políticas nada recomendáveis.


    Deve querer dizer ...empobrecam as populações em prejuizo beneficio de determinados grupos específicos...
    Tambem concordo consigo, o "cimento" social tem de ser a partilha de beneficios e de responsabilidades, sem isso gera-se a anomia social que leva ao aparecimento dos tais lideres fortes e providenciais, que começam por limitar a liberdade, que é a última salvaguarda da democracia. A partir daí é só olhar para a historia e ver os exemplos. Nem todos serão muito extremos, mas são todos péssimos.
    Se o problema dos jovens com a democracia é a tal "sensação de policrise" isso fica resolvido logo e de vez com o cerceamento da liberdade de expressão, um dos alvos principais de qualquer aspirante a ditador seja ele mais ou menos "duro".
    Eu suspeito que esses jovens julgam que a unica alteração seria terem de se "maçar" com essa charopada da política, sem perceberem o impacto que isso teria nas suas vidas.
  6.  # 11

    Colocado por: AMG1Deve querer dizer ...empobrecam as populações emprejuizobeneficio de determinados grupos específicos.
    sim,isto. Enganei-me a escrever.



    Colocado por: AMG1Eu suspeito que esses jovens julgam que a unica alteração seria terem de se "maçar" com essa charopada da política, sem perceberem o impacto que isso teria nas suas vidas.
    Eu suspeito é que estes jovens estão mal, não se sentem representados, não vêem os seus interesses considerados nem perspectivam melhorias num futuro próximo, e portanto querem algo diferente do que têm em termos políticos.

    Mas concordo totalmente consigo, quem prefere regimes totalitários a democracia, não deve estar bem a ver quais sãos as implicações.
    • eu
    • 12 setembro 2023

     # 12

    Colocado por: J.FernandesAs práticas devem ser de acordo com as regras - na minha opinião boas regras -, o que você está a dizer é que se devem mudar as regras para estarem alinhadas com as (más) práticas.


    Não é para alinhar com as más práticas, é para melhorar a representatividade na assembleia da república, de acordo com o número de votos de cada partido a nível nacional. Quanto às más práticas - elas são iguais nos dois sistemas.

    Mas afinal, porque é que considera que um único círculo eleitoral (no continente) é bizarro? Qual é afinal a desvantagem de um único círculo eleitoral?
  7.  # 13

    Colocado por: AMG1O caso do Isaltino é paradigmático. O homem foi condenado e cumpriu pena de prisão por actos praticados enquanto autarca, mas os eleitores voltam a elege-lo?


    Este video de 30 segundos explica esse fenomeno:

    https://www.youtube.com/watch?v=QFgcqB8-AxE
  8.  # 14

    Colocado por: J.FernandesA ideia - quanto a mim correta - foi sempre aproximar os deputados dos eleitores e isso só se faz com deputados eleitos por este ou aquele distrito, que de facto prestem contas ao seu eleitorado local. Se isto não acontece em Portugal é porque há falta de sentido de dever dos deputados e falta de exigência das populações



    Eu quando voto para o parlamento interessa-me o país. Para a câmara interessa-me a comunidade local.

    Não via qual o problema de ser o partido a decidir qual o seu deputado que vai parar ao parlamento. Afinal isso é o que já acontece com as listas, ou não?

    Quando você vota, vota a pensar no primeiro ministro, ou no deputado da sua terra que vai para o parlamento?

    O único que haveria que aferir é que os circulos (ou regiões nesse caso) tivessem o mesmo numero de deputados que antes, de resto não vejo mal.

    Porque como está, milhares de votos vão literalmente para o lixo nos circulos mais pequenos...

    Nem levo ao limite de termos só um circulo... mas ter tanto pequenos faz com que tenhamos imensos deputados, e nem assim a repartição dos votos é justa.

    Circulos do Norte, Centro, Sul, AML, Madeira e Açores, cada um com 15 deputados em média... 90 a 100 deputados. Por mim era assim.

    Isso faria que os 5 ou 10% que votaram em determinado partido num circulo se vissem representados por terem pelo menos 1 ou 2 deputados no parlamento...
  9.  # 15

  10.  # 16

    não tem nada a ver mas...por cima de mim em Oeiras só agora no espaço de 5 minutos passaram 4 aviões para aterrar no aeroporto da portela, que movimento!
  11.  # 17

    Colocado por: MS_11é um desrespeito democrático


    Quer maior desrespeito que deitar votos ao lixo?
    Concordam com este comentário: eu, Nostradamus
  12.  # 18

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão se iluda.


    Bem o sei, mas eles tambem tem parlamento para legislar. O referendo só obriga o parlamento a ter mais cuidado no que legisla porque podem correr o risco de levar com um referendo contra a referida lei. Coisa que no nosso modelo nao existe e gosto particularmente desse instrumento. Concordo consigo que por vezes podem ser um pouco ilusorio mas agrada me a ideia de o povo poder ir contra o parlamento independentemente de terem votado neles.



    Colocado por: N Miguel OliveiraCaso contrário, sabemos que nos circulos com 2 ou 3 deputados, os votos noutros partidos que não PS ou PSD vão directamente para o lixo. Contam 0%, literalmente.



    Ja tive boas e acesas discussoes com grandes amigos sobre isto. Concordo consigo que o sistema esta feito para nao dar projecçao aos partidos mais pequenos. Quem construio o sistema sabia muito bem o que estava a fazer.

    Vejo que de um sentido pratico nao tem valor o voto sim mas nao deixa de ser a sua opiniao e se toda a gente pensar assim entao viramos um estado bipartidario, que é o que somos na verdade, mas acho importante nao nos deixarmos levar nessa cantiga do voto util. A nossa opiniao deve ser expressa e nao condicionada por essa narrativa.
  13.  # 19

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Quer maior desrespeito que deitar votos ao lixo?
    Concordam com este comentário:eu


    Sem dúvida, mas há modelos e modelos. O dos circulos de compensação é claro, as pessoas conhecem as listas, e sabem quem pode ser eleito, não é um partido após a dimensão eleitoral a fazer as escolhas. Sendo já utilizado nos Açores creio ser aquele que mais facilmente se poderá replicar.
  14.  # 20

    Colocado por: J.FernandesSe isto não acontece em Portugal é porque há falta de sentido de dever dos deputados e falta de exigência das populações. Melhor ainda seriam os círculos uninominais, como em Inglaterra, aí todos os eleitores do mesmo círculo são representados apenas por um deputado.



    Nao sabia que em Inglaterra eram uninominais. Pensava que eram municipais ou algo parecido. Mas sei que lá funciona pelo que vejo e falam. Realmente os deputados batem se por medidas para a populaçao que representam.

    Podemos mudar tudo o problema nao é o sistema mas sim os seus constituientes.
 
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