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    • eu
    • 9 janeiro 2024

     # 1

    Colocado por: gil.alvesEu pagava com coberturas extraordinárias (por viajar) cerca de 320CHF e 1000CHF de franquia.


    Considerando o salário médio na Suíça (cerca de 7000 CHF por mês) esses valores são amendoins.

    Por aqui paga-se (relativamente) muito mais para o sistema público.
  1.  # 2

    Colocado por: AMG1

    Nao levem a mal, mas vocês com tanta preocupação em encontrar o voto ideial, fazem-me lembrar a história do fato do Bocage.
    Vamos ver, quantas são as decisões wue se tomam na vida e podemos dizer; escolhi o ideal!
    Eu arrisco a dizer que muito poucas, ou nenhumas. As decisões são sempre entre as possibilidades existentes, que só muito raramente serão as que cada um de nós queria.
    Eu nunca desisto, escolho sempre entre o existente, nem que seja pela regra do mal menor. Depois temos mais de 20 partidos, não haverá um qualquer que vos sirva?


    Isso é para dizer o quê?
    Concordam com este comentário: Reduto25
  2.  # 3

    Colocado por: eu

    Considerando o salário médio na Suíça (cerca de 7000 CHF por mês) esses valores são amendoins.

    Por aqui paga-se (relativamente) muito mais para o sistema público.


    Quem diria que quando os salários são muito mais elevados consegue-se pagar por melhores serviços...

    Os portugueses parece que querem o milagre de num país com salários muito mais baixos, um PIB baixo, e como tal uma receita fiscal baixa, o estado consiga pagar por serviços ao nível de países muito mais ricos.
    Concordam com este comentário: AMG1
  3.  # 4

    Colocado por: ferreiraj125Mais especificamente, estive numa situação em que estava nas urgencias por potencial contacto com HIV onde poderia tomar uma medicação, que tinha de ser tomada o mais rapido possivel,
    Ora aí está outra das questões que também pode ser abordada no nosso SNS.

    Aqui o ferreira não teria de facto de ser sujeito ao stress pelo qual passou, havendo risco, tomava e pronto...e muito bem a meu ver. Nisso o SNS dá uma ótima resposta e salvaguarda quer a saúde do utente, quer a da sociedade porque previne que uma evantual infeção alastre.

    Contudo há uma questão que no meu entender merece mais reflexão. O SNS também fornece de forma gratuita outra medicação bastante cara por sinal que é a profilaxia pré-exposição (PrEP). E aqui se percebo as razões da sua implementação, já questiono mais a forma como aparentemente é usada. Fruto das minhas relações sociais, sei que alguns utilizadores recorrem a este tipo de medicação de forma mais ou menos regular, simplesmente para poderem não usar proteção fisica em determinado tipo de situações.
    Por outro lado algumas reportagens já apontaram também que existe um filão de turismo a Portugal de alguns países para virem levantar quer a medicação profilática, quer o tratamento.

    Se por um lado é verdade que estamos a atuar na prevenção, por outro, não sei se o SNS deveria funcionar assim em modo de "bar aberto" quando tem graves problemas de gestão de recursos.
    Concordam com este comentário: Carvai, Dias12, Caravelle
  4.  # 5

    Colocado por: AMG1Mesmo quando comprei a barraquita na aldeia da Beira Alta, não descansei enquanto não arranjei forma de encontar parceiros para reactivarmos a associação recreativa, que estava encerrada há mais de 20 anos
    Ok, ok interpretei que se estava a referir a um participação política ativa. E aí de facto, apesar de na faculdade ter estado envolvido em algumas ações de uma das jotas, percebi que não vinha das familia certa, nem tinha um conjunto de soft skills (empatica, carisma, sinismo e bajulação p ex.) para ir muito longe na organização, pelo que nunca me filiei.

    Agora em associações, desde culturais a desportivas e sociais, sempre fui membro activo, e fiz parte da direção de várias. Mesmo agora estando em Lisboa continuo fazer parte da direção de uma associação de solidariedade social de uma terrinha na beira alta. Faço-o porque gosto, porque me divirto e porque acho que melhora a qualidade de vida das pessoas. Mas com isto não consigo mudar verdadeiramente nada do que está errado no país. As mudanças têm de ser bem mais profundas e temo não ver em ninguém a capacidade de as pensar e de as executar.



    Colocado por: AMG1Depois, discordo por completo dessa sua ideia de que temos um problema porque os jovens não conseguem alcançar os lugares de influência. Aliás, o HAL_9000, no seu ultimo parágrafo acaba por se contradizer.
    Não contradigo nada. Falri apenas daquele "jovem" em particular, que na verdade representa tudo do que há errado na política. É um gajo que nasceu em berço de ouro, mas que ao mesmo tempo acha que está do lado dos desafortunados...contudo já candidato a secretário geral do seu partido nem sabia qual era o SMN do país onde é político no activo há 20 anos.
    Um gajo que ascendeu no partido à custa de "trabalhar o partido" mas sem que lhe seja reconhecida uma estratégia própria.
    Um gajo que foi ministro da habitação num período em que a habitação se tornou num dos mais gravez problemas que atingem a nossa sociedade.
    Um gajo que foi ministro das infraestruturas e fez as trapalhadas que lhe são conhecidas, que invetsiu 3 mil milhões de dinheiro público numa empresa, numa operação tudo menos concensual no seio da sociedade.
    Haverá jovens com valor, mas não é este.

    Mas posso pensar em outros jovens. Olhe, estando mesmo muito longe das minhas ideias, considero que trocar a Catarina Martins (e mesmo o Louçã) pela Mariana Mortágua foi uma troca bastante feliz. O PCP por exemplo ganharia muito em ter à frente um João Oliveira, ou um João Ferreira depois do Jerónimo em vez de lá ter o Paulo Raimundo (não entusiasma minimamente, nem sai do registo da cassete, apesar de parecer um gajo porreiro).

    Colocado por: AMG1Vamos la ver, os velhor não vão durar para sempre, um dia seja porque morrem, porque se fartam, ou porque alguém corre com eles, hão-de largar esses lugares. Depois, nada me garante que o simples facto de alguém ser mais jovem o torna apto para desenpenhar a maioria dessas funções, até porque admito que a maoria delas não implique grande esforço físico.
    Espere aí. Eu não disse que devia haver um rejuvenescimento das pessoas nos lugares de influência devido à falta de aptidão dos que lá estão. Até pelo contrário. Eles são aptos….a defender os interesses que melhor compreendem (e que são naturalmente os da sua geração), e que estão muito longe de ser aqueles que o país precisa se quiser inverter o marasmo económico a que tem estado vetado.
    Eu não espero que alguém com 50 -60 anos, perceba por exemplo a dimensão do problema da habitação para os mais jovens. A falta de acesso à mesma. O modo como isso influencia planos futuros, nomeadamente os de constituir família. Não estou à espera que as gerações mais velhas percebam bem a falta de oportunidades de desenvolvimento profissional (e por inerência o baixo poder de compra) que o nosso país oferece a quem entra agora no mercado de trabalho, quando conheceram no seu tempo uma realidade bem diferente.
    Aliás aqui no fórum isso fica bem espelhado, em que cada geração compreende melhor os problemas que lhes estão intimamente mais próximos. Que um exemplo muito concreto? Trabalho numa instituição com muitos TS. A cada dois anos, uma queixa recorrente entre os mais os mais jovens (30-40s), e por norma os mais dinâmicos, mais disponíveis a fazer diferente, a fazer mais, a implementar e desenvolver novas metodologias, é que são preteridos nas avaliações SIADAP para colegas mais velhos que claramente já estão muito mais conformados nos lugares que ocupam e limitam-se a “cumprir calendário”, ainda que o façam bem. Sempre que questionam os avaliadores (por norma na geração dos mais velhos), sobre a justiça da avaliação a resposta que recebem é:
    - X está quase a reformar-se, e os 5 pontos a dão-lhe mais jeito que a si que ainda tem muitos anos pela frente, tem de compreender a situação. Chagará a sua vez. (ou outra variante qualquer disto).
    Ou seja, o avaliador percebe muito melhor as aspirações do TS que está nos últimos anos antes da reforma (por estar na mesma situação), do que as aspirações do TS que entrou há poucos anos e ainda tem o dinamismo que poderia mudar muito do rame.. rame… existente na instituição. O que os avaliadores não dizem é que esses TS mais velhos, fruto das carreiras antigas, já atingiram níveis de remuneração que os mais novos nunca irão conseguir atingir (nem entro aqui com a questão do poder de compra que teria um TS em início de carreira em 2003 e em 2023 por exemplo).
    Qual é o resultado disto? A lógica do sistema de avaliação é totalmente subvertida, o TS mais jovem vai acabar por entrar no rame rame, porque percebe que não vale a pena andar no lufa lufa..
    Repare que eu próprio, que ainda me faltam uns poucos anos para os 40, já noto alguma dificuldade em perceber as angústias, as motivações, os problemas da geração dos 20s. Já há coisas que me parecem demasiado estranhas e demasiado incompreensíveis, embora ainda perceba muito bem todas as dificuldades que enfrentam no mercado de trabalho, na habitação, etc. Aos poucos estou-me a tornar também num velho com mais foco na minha geração do que nas posteriores ou anteriores.
    Era nesse sentido o meu comentário.
  5.  # 6

    Colocado por: AMG1, não haverá um qualquer que vos sirva?
    Sinceramente neste momento não. Não vou votar em partidos irrelevantes, nem em particos com agenda muito própria (PAN), ou partidos lunáticos (CHEGA, BE; PCP). Ainda assim vou ver o programa de todos antes de decidir. Caso contrário, prefiro votar em branco como forma de voto de protesto. Acho que muito votos em branco são capazes de transmitir uma mesagem
  6.  # 7

    Colocado por: AMG1Eu so não percebo porque razão acham que o grupo "dependentes do estado" tem uma motivação diferente p.e. do grupo "trabalhadores da insdustria dos lanifícios", ou outro qualquer, quando o comportamento eleitoral deles é o mesmo.
    O verdadeiro problema para o país, não são o "dependentes do estado" como vocês categorizam. Esses obviamente votam em quem lhes garante melhores condições.

    O verdadeiro problema do pís é esses "dependentes do estado" serem absolutamente essenciais para garantir uma eleição, e, portanto, a grande maioria das propostas de todos os partidos centram-se nesses "dependentes do estado" e não no país em si, ou no que seria melhor para o país a longo prazo.

    Basta ver o congresso do PS, ou o do PSD, ou a intervenções do Chega, e o que temos? Pensionistas...professores...médicos...SMN.... e disto não foge. É por aqui que o país vai começar a ter ganhos de produtividade significativos?
    Por exemplo, existe um tema urgente, que tem de ser feito nos próximos anos que é a sustentabilidade da SS. Porquê que nenhum partido pega nisto? Por medo de perder o voto dos pensionistas certo? No entanto todos, inclusivamente os próprios pensionistas conseguem antever o problema, mas é simplesmente melhor ir arrastando o mais possível na esperança que não nos chegue a afetar a nós...que afete quem vem a seguir.

    Agora o PNS quer o SMN em 1000 euros daqui a 2 anos, mas e medidas para que todos os salários aumentem na mesma proporção? é que aumentar só o SMN é mais uma vez ligar a máquina de fazer pobres, porque se o SMN aumentar para os 1000 eur, arrisco-me a dizer que quem ganhar 1000 euros daqui a dois anos n vai ter mais poder de compra do que quem ganha hoje 820. Agora quem ganha hoje 1200 daqui a 2 anos vai ter perdido poder de compra e será mais um pobre ou perto disso.

    Neste momento todos os partidos (com exceção da IL talvez) estão a apontar para aqueles que vocês aqui chamam de "dependentes do estado" por isso entre PS; PSD, Chega, BE, PCP vai dar tudo ao mesmo, não vai ser pensada nenhuma estratégia de desenvolvimento económico para o país, porque anda tudo distraído a tentar agradar aos fregueses.
    Concordam com este comentário: Dias12
  7.  # 8

    Colocado por: HAL_9000Acho que muito votos em branco são capazes de transmitir uma mesagem

    Transmite a mesma se ficar em casa.
  8.  # 9

    Colocado por: J.FernandesTransmite a mesma se ficar em casa.
    Não necessariamente. Se eu ficar em casa revela desinteresse ou alheamento da minha parte.

    Ir votar, e votar em branco revela que apesar de me interessar pela política, de zelar por cumprir o meu dever cívico, as candidaturas apresentadas, São tão fracas que nenhuma cativou o voto. E mesmo votando em branco, continuo a poder ser um dia presidente da República

    Ter 48% de abstencionistas não transmite o mesmo que ter 48% de votos em branco, ainda nenhuma das situações altere o resultado das eleições.

    Mas sabe outra? os cerca de 86500 votos no CDS em 2022 também não serviram para nada, e não é por isso que valem o mesmo que a abstenção.
    • Squire
    • 9 janeiro 2024 editado

     # 10

    Colocado por: AMG1
    Vamos simplificar ainda mais. Se 70% dos eleitores votam no PS+PSD, qual é a probabilidade de conseguirmos definir um grupo relativamente homogéneo, seja ele qual for, em que a maioria desse grupo não tenha votado nesses dois partidos?
    Eu so não percebo porque razão acham que o grupo "dependentes do estado" tem uma motivação diferente p.e. do grupo "trabalhadores da insdustria dos lanifícios", ou outro qualquer, quando o comportamento eleitoral deles é o mesmo. Ou seja, a maioria desse grupo quase que inevitavelmente votou no PS ou no PSD.


    O seu argumento faria sentido se 70% dos trabalhadores da industria dos lanifícios votasse naqueles dois partidos pelos mesmos motivos que 70% dos funcionários públicos votam. Não é possível saber isso.

    Mas é possível saber o grau de dependência e de autonomia de cada pessoa face ao Estado e neste aspeto os funcionários públicos e os pensionistas estão numa posição de dependência financeira direta, porque é o Governo que decide se o seu rendimento é alterado ou não. Logo, uma vez que existe essa dependência direta, automaticamente as suas expetativas podem ser facilmente manipuladas pelos governos.

    Os trabalhadores da industria de lanifícios estão dependentes financeiramente de uma forma direta com a entidade empregadora, logo podem ser por esta manipulados, não pelos governos. Claro que a empresa pode receber subsídios, mas ainda assim é a empresa que fica sob dependência do governo. E faz todo o sentido que assim seja. Os subsídios os benefícios fiscais são formas de incentivo para a adoção de um determinado tipo de comportamento. Isto é, existe manipulação para um determinado fim.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  9.  # 11

    • AMG1
    • 9 janeiro 2024

     # 12

    Colocado por: HAL_9000Ora aí está outra das questões que também pode ser abordada no nosso SNS.

    Aqui o ferreira não teria de facto de ser sujeito ao stress pelo qual passou, havendo risco, tomava e pronto...e muito bem a meu ver. Nisso o SNS dá uma ótima resposta e salvaguarda quer a saúde do utente, quer a da sociedade porque previne que uma evantual infeção alastre.

    Contudo há uma questão que no meu entender merece mais reflexão. O SNS também fornece de forma gratuita outra medicação bastante cara por sinal que é a profilaxia pré-exposição (PrEP). E aqui se percebo as razões da sua implementação, já questiono mais a forma como aparentemente é usada. Fruto das minhas relações sociais, sei que alguns utilizadores recorrem a este tipo de medicação de forma mais ou menos regular, simplesmente para poderem não usar proteção fisica em determinado tipo de situações.
    Por outro lado algumas reportagens já apontaram também que existe um filão de turismo a Portugal de alguns países para virem levantar quer a medicação profilática, quer o tratamento.

    Se por um lado é verdade que estamos a atuar na prevenção, por outro, não sei se o SNS deveria funcionar assim em modo de "bar aberto" quando tem graves problemas de gestão de recursos.
    Concordam com este comentário:Carvai


    É mais do que sanido que em Portugal se usa e abusa do consumo de medicamentos e uma das razões seguramente que é o facto de estarem acessíveis e de forma quase gratuita.
    Quando os.meus irmãos começaram a vir a Portugal, uma das coisas que mais confusão lhes fez foi o facto de haver em todas as casas que conheciam caixas ou armarios cheios de medicamentos, porque nunca tinham visto isso.
    Os médicos não devem ser condicionados quanto ao receitamento do que for necessário, mas alguma forma se terá de encontrar para evitar este desperdício absolutamente inconcebivel de recursos que são necessários para outras coisas.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024

     # 13

    Colocado por: HAL_9000Ok, ok interpretei que se estava a referir a um participação política ativa. E aí de facto, apesar de na faculdade ter estado envolvido em algumas ações de uma das jotas, percebi que não vinha das familia certa, nem tinha um conjunto de soft skills (empatica, carisma, sinismo e bajulação p ex.) para ir muito longe na organização, pelo que nunca me filiei.

    Agora em associações, desde culturais a desportivas e sociais, sempre fui membro activo, e fiz parte da direção de várias. Mesmo agora estando em Lisboa continuo fazer parte da direção de uma associação de solidariedade social de uma terrinha na beira alta. Faço-o porque gosto, porque me divirto e porque acho que melhora a qualidade de vida das pessoas. Mas com isto não consigo mudar verdadeiramente nada do que está errado no país. As mudanças têm de ser bem mais profundas e temo não ver em ninguém a capacidade de as pensar e de as executar.



    Não contradigo nada. Falri apenas daquele "jovem" em particular, que na verdade representa tudo do que há errado na política. É um gajo que nasceu em berço de ouro, mas que ao mesmo tempo acha que está do lado dos desafortunados...contudo já candidato a secretário geral do seu partido nem sabia qual era o SMN do país onde é político no activo há 20 anos.
    Um gajo que ascendeu no partido à custa de "trabalhar o partido" mas sem que lhe seja reconhecida uma estratégia própria.
    Um gajo que foi ministro da habitação num período em que a habitação se tornou num dos mais gravez problemas que atingem a nossa sociedade.
    Um gajo que foi ministro das infraestruturas e fez as trapalhadas que lhe são conhecidas, que invetsiu 3 mil milhões de dinheiro público numa empresa, numa operação tudo menos concensual no seio da sociedade.
    Haverá jovens com valor, mas não é este.

    Mas posso pensar em outros jovens. Olhe, estando mesmo muito longe das minhas ideias, considero que trocar a Catarina Martins (e mesmo o Louçã) pela Mariana Mortágua foi uma troca bastante feliz. O PCP por exemplo ganharia muito em ter à frente um João Oliveira, ou um João Ferreira depois do Jerónimo em vez de lá ter o Paulo Raimundo (não entusiasma minimamente, nem sai do registo da cassete, apesar de parecer um gajo porreiro).

    Espere aí. Eu não disse que devia haver um rejuvenescimento das pessoas nos lugares de influência devido à falta de aptidão dos que lá estão. Até pelo contrário. Eles são aptos….a defender os interesses que melhor compreendem (e que são naturalmente os da sua geração), e que estão muito longe de ser aqueles que o país precisa se quiser inverter o marasmo económico a que tem estado vetado.
    Eu não espero que alguém com 50 -60 anos, perceba por exemplo a dimensão do problema da habitação para os mais jovens. A falta de acesso à mesma. O modo como isso influencia planos futuros, nomeadamente os de constituir família. Não estou à espera que as gerações mais velhas percebam bem a falta de oportunidades de desenvolvimento profissional (e por inerência o baixo poder de compra) que o nosso país oferece a quem entra agora no mercado de trabalho, quando conheceram no seu tempo uma realidade bem diferente.
    Aliás aqui no fórum isso fica bem espelhado, em que cada geração compreende melhor os problemas que lhes estão intimamente mais próximos. Que um exemplo muito concreto? Trabalho numa instituição com muitos TS. A cada dois anos, uma queixa recorrente entre os mais os mais jovens (30-40s), e por norma os mais dinâmicos, mais disponíveis a fazer diferente, a fazer mais, a implementar e desenvolver novas metodologias, é que são preteridos nas avaliações SIADAP para colegas mais velhos que claramente já estão muito mais conformados nos lugares que ocupam e limitam-se a “cumprir calendário”, ainda que o façam bem. Sempre que questionam os avaliadores (por norma na geração dos mais velhos), sobre a justiça da avaliação a resposta que recebem é:
    - X está quase a reformar-se, e os 5 pontos a dão-lhe mais jeito que a si que ainda tem muitos anos pela frente, tem de compreender a situação. Chagará a sua vez. (ou outra variante qualquer disto).
    Ou seja, o avaliador percebe muito melhor as aspirações do TS que está nos últimos anos antes da reforma (por estar na mesma situação), do que as aspirações do TS que entrou há poucos anos e ainda tem o dinamismo que poderia mudar muito do rame.. rame… existente na instituição. O que os avaliadores não dizem é que esses TS mais velhos, fruto das carreiras antigas, já atingiram níveis de remuneração que os mais novos nunca irão conseguir atingir (nem entro aqui com a questão do poder de compra que teria um TS em início de carreira em 2003 e em 2023 por exemplo).
    Qual é o resultado disto? A lógica do sistema de avaliação é totalmente subvertida, o TS mais jovem vai acabar por entrar no rame rame, porque percebe que não vale a pena andar no lufa lufa..
    Repare que eu próprio, que ainda me faltam uns poucos anos para os 40, já noto alguma dificuldade em perceber as angústias, as motivações, os problemas da geração dos 20s. Já há coisas que me parecem demasiado estranhas e demasiado incompreensíveis, embora ainda perceba muito bem todas as dificuldades que enfrentam no mercado de trabalho, na habitação, etc. Aos poucos estou-me a tornar também num velho com mais foco na minha geração do que nas posteriores ou anteriores.
    Era nesse sentido o meu comentário.


    Se eu tiver 60 anoe e for responsável pelos recursos humanos de uma organização seja 3la pública ou privada, há uma coisa que eu sei que não posso descurar que é a sustentabilidade da organização e consequentemente a necessidade de manter a renovação de quadros que for necessária.
    Depois uma coisa é eu saber isso e outra é saber se tenho as ferramentas necessárias para o fazer. Se for uma organização privada, em última analise a responsabilidade final para disponibilizar esses meios é do dono. Claro que numa organização pública, estes processos são todos muito mais difusos, mas isso não implica que não possam haver responsabilidades bem atribuidas e um sustema de controlo do cumprimento dessas responsabilidades com a consequente contrapartida.
    No fundo, o que quero dizer é que se numa organização privada a avaliação sistemática do desempenho de cada um é importante, numa organização publica é absolutamente essencial, exactamente por causa dessa maior diluição de responsabilidades.
    Mas volto a repetir e não vi no seu texto qualquer contradição disto. Os lugares sevem ser ocupados pelos mais aptos e competentes, independentemente da idade. Agora eu não sou tonto e sei, até por experiência propria (no sector privado), que isto é muito dificil de conseguir e por maioria de razao no público devera ser ainda pior. Mas só vejo uma solução: avaliação exigente, mas em que a idade do avaliado não seja atributo para nada.
    Voltando ao exemplo do PNS, é absolutamente óbvio que a sua qualidade de jovem não o qualifica particularmente para o cargo de PM, mas também não o desqualifica, ou seja, o atributo idade desde que estejamos perante pessoas no pleno exercício da suas faculdades, nao têm qualquer valor.
    No limite, para o desempenho de certas funções talvez uma certa idade minima deva ser tida em conta, p.e. a nossa constituição tem esse limite para o exercício da função de PR, mas fora de situações muito pontuais como essa, a idade não deveria ser levada em conta para nada, mas apenas a sua aptidão para o lugar.
  10.  # 14

    😐
    Concordam com este comentário: eu
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    • AMG1
    • 9 janeiro 2024

     # 15

    Colocado por: HAL_9000
    O verdadeiro problema para o país, não são o "dependentes do estado" como vocês categorizam. Esses obviamente votam em quem lhes garante melhores condições.

    O verdadeiro problema do pís é esses "dependentes do estado" serem absolutamente essenciais para garantir uma eleição, e, portanto, a grande maioria das propostas de todos os partidos centram-se nesses "dependentes do estado" e não no país em si, ou no que seria melhor para o país a longo prazo.

    Basta ver o congresso do PS, ou o do PSD, ou a intervenções do Chega, e o que temos? Pensionistas...professores...médicos...SMN.... e disto não foge. É por aqui que o país vai começar a ter ganhos de produtividade significativos?
    Por exemplo, existe um tema urgente, que tem de ser feito nos próximos anos que é a sustentabilidade da SS. Porquê que nenhum partido pega nisto? Por medo de perder o voto dos pensionistas certo? No entanto todos, inclusivamente os próprios pensionistas conseguem antever o problema, mas é simplesmente melhor ir arrastando o mais possível na esperança que não nos chegue a afetar a nós...que afete quem vem a seguir.

    Agora o PNS quer o SMN em 1000 euros daqui a 2 anos, mas e medidas para que todos os salários aumentem na mesma proporção? é que aumentar só o SMN é mais uma vez ligar a máquina de fazer pobres, porque se o SMN aumentar para os 1000 eur, arrisco-me a dizer que quem ganhar 1000 euros daqui a dois anos n vai ter mais poder de compra do que quem ganha hoje 820. Agora quem ganha hoje 1200 daqui a 2 anos vai ter perdido poder de compra e será mais um pobre ou perto disso.

    Neste momento todos os partidos (com exceção da IL talvez) estão a apontar para aqueles que vocês aqui chamam de "dependentes do estado" por isso entre PS; PSD, Chega, BE, PCP vai dar tudo ao mesmo, não vai ser pensada nenhuma estratégia de desenvolvimento económico para o país, porque anda tudo distraído a tentar agradar aos fregueses.


    Mas qual e o país da UE, com sistemas de apoio sociais tao abrangentes como os nossos, em que o conjunto de FP, pensionistas e subsídio dependentes vários, não garantem a vitoria eleitoral de um partido?
    A Suécia tem quase o dobro dos FP (emprego publico vs emprego total), um rol de dependentes do estado que até faria corar o Costa e muita da responsabilidade dessa situação é do partido social democrata, que acaba de ser apeado do poder. Na Holanda, que eu não conheço bem, parece que aconteceu o mesmo excactamente ha meses. Isso significa o quê que os dependentes do estado sueco ou holandês sao menos manipuláveis que os dependentes portugueses?
  11.  # 16

    Colocado por: HAL_9000Não necessariamente. Se eu ficar em casa revela desinteresse ou alheamento da minha parte.

    Na prática é a mesma coisa, os motivos por que não se vai votar ou porque se vai votar em branco são vários e ficam com cada um, não são suscetíveis de serem interpretados pelos outros.
  12.  # 17

    Colocado por: HAL_9000Mas sabe outra? os cerca de 86500 votos no CDS em 2022 também não serviram para nada, e não é por isso que valem o mesmo que a abstenção.

    Eu disse que votar em branco é na prática a mesma coisa que se abster, não disse que votar num partido não representado na AR é a mesma coisa que a abstenção. Dificuldades de leitura?
  13.  # 18

    Colocado por: HAL_9000E mesmo votando em branco, continuo a poder ser um dia presidente da República

    Quem nunca votou na vida também pode ser PR. Não há nada na constituição que o impeça, nem podia haver, já que votar não é um dever, é um direito, que, como todos os direitos, pode ser exercido ou não.
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024

     # 19

    Colocado por: Squire

    O seu argumento faria sentido se 70% dos trabalhadores da industria dos lanifícios votasse naqueles dois partidos pelos mesmos motivos que 70% dos funcionários públicos votam. Não é possível saber isso.


    Claro que não é possivel saber a razão pela qual.o trabalhadores dos lanifícios votam no PS e no PSD e, em boa verdade, também não nao se sabe porque razão a maioria dos FP tambem voraram.nos mesmos partidos.
    O meu ponto é não entender, porque assumem que as razoes desse voto igual, afinal é diferente nas motivações, apenas porque a situação de uns está mais exposta a tentativas de manipulação.
    Eu nao sei porque razão a maioria dos FP ou reformados vota.no PS e no PSD, mas arriscaria dizer que será pelas mesmas razões que todos os restantes eleitores, wue também não sei e por isso não me ponho a fazer especulações sem qualquer base factual.
    Que é o governo que decide o salário dos FP, ou que é também o governo que sobe ou desce impostos disso não tenho qualquer dúvida. A minha dúvida está em admitir que a maioria dos FP vai votar no PS, apenas porque lhe é prometido um aumento de salário, ou p.e. que a maoria dos que votam na IL. o fazem exclusivamente porque esperam vir a pagar menos impostos.
    Eu parto do principio de que a decisão de voto acarreta, para todos, uma dimensão que ultrapassa meramente os seus interesses pessoais, mas obviamente que muito tomem essa decisão apenas com os seus interesses pessoais. Talvez esses tenham maior facilidade, do que eu, em antecipar as razões por detras do voto dos outros.
  14.  # 20

    Colocado por: AMG1é absolutamente óbvio que a sua qualidade de jovem não o qualifica particularmente para o cargo de PM,
    A questão é que ele já nem é jovem nenhum. O gajo tem 47 ou 48 anos.



    Colocado por: AMG1Voltando ao exemplo do PNS, é absolutamente óbvio que a sua qualidade de jovem não o qualifica particularmente para o cargo de PM, mas também não o desqualifica, ou seja, o atributo idade desde que estejamos perante pessoas no pleno exercício da suas faculdades, nao têm qualquer valor.
    A idade não qualifica nem desqualifica (nem foi isso que eu disse), mas tem influência nas decisões tomadas. O meu ponto, como depois expliquei foi precisamente esse.
 
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