Colocado por: Dias12
Ias bem, até começares a criticar a escolha da bitola.
A bitola é um não assunto.
Todas as renovações de linhas e novas linhas que se tem feito em Portugal desde 2010 estão a ser feitos com travessas polivalentes (ver imagem abaixo das travessas com as furações para as 2 distâncias entre carris - a vermelho bitola ibérica; a azul bitola standard/europeia).
https://prnt.sc/p_6zqn29Jn2z
É preferível também construir a linha de alta velocidade com travessas polivalentes.
Desta vez podemos fazer a construção de forma faseada e começar a explorar a nova linha com material circulante que já temos - Alfas e Intercidades.
Quando ou se Espanha começar a pensar em trocar a bitola nas linhas que chegam à fronteira devemos começar a encomendar comboios com eixo variável e começar a traçar um plano de troca da bitola nas linhas
https://twitter.com/_serjocas/status/1745204788269093338
Depois, caso se avance com a troca em toda a rede nacional, os novos comboios serão só em bitola europeia.
Isto tudo para dizer que a construção da linha de alta velocidade em bitola europeia seria mais cara, menos rentável e menos interoperacional com a restante rede portuguesa. Por exemplo:
O trajeto atual difere da ideia de 2009 em Coimbra. Em 2009 a ideia era a linha de alta velocidade ir à estação Coimbra B o que seria dispendioso porque é uma zona altamente urbana e complicada de contruir uma linha sem mandar casas abaixo.
o trajeto atual, a linha passa uns quilometros a oeste da estação Coimbra B numa zona mais agrícola e é construída duas ligações à linha do Norte para os comboios poderem sair da linha de AV e irem parar à estação de Coimbra.
Colocado por: euTGV: o zé contribuinte vai mais uma vez ser o grande prejudicado.
Vai pagar forte e feio a construção (com as esperadas derrapagens de milhares de milhões), depois vai subsidiar os bilhetes de quem vai usufruir do TGV, e ele próprio só vai ter dinheiro para o FlixBus.
Colocado por: Dias12Não acho que Espanha nos esteja a boicotar.
Espanha ainda tem muitas linhas em ibérica. Só alguns corredores importantes foram construídos já em bitola standard/europeia para poderem se integrar melhor com a rede francesa.
Acho que foi uma aposta segura em fazer a linha Badajoz-Madrid em bitola ibérica porque se do lado de cá está em bitola ibérica, construi-la em standard impediria a Renfe ou outro qualquer operador que trabalhe em Espanha poder "invadir" Portugal e entrar no nosso mercado.
Muito dificilmente um comboio a sair de Badajoz terminaria viagem em Barcelona ou França. Acho que é um "ramo" não muito importante na rede espanhola e, como tal, um passageiro que queira ir para Barcelona/França pode muito bem fazer transbordo em Madrid.
A Renfe já anunciou comboios Madrid-Évora depois de terminada a nova linha Évora-Elvas o que na minha opinião vai ser uma espécie de Dia D para a CP (sendo a CP o lado alemão da coisa). Com a linha do Sul com velocidades interessantes (200 km/h) mais ano menos ano vejo a Renfe a criar uma ligação Lisboa-Madrid.
Maturada essa ligação e com a linha Lisboa-Porto em construção e com alguma fase já concluída, prevejo um futuro muito negro para as galinhas dos ovos de ouro da CP (longo curso) - sem pena nenhuma, concorrência é o melhor para o passageiro. O estado tanto a protegeu a CP (talvez com derrapagens temporais nas obras de renovação de linha, substituição do Convel, AMT sem aprovar novos operadores, etc etc.).
Voltando ao tema da bitola... Neste momento, Portugal já é uma ilha ferroviária.
O grande impedimento de novos operadores ferroviários é a obsolescência do sistema de controlo de velocidade português (o Convel), que já não está disponível para ser instalado em novas séries de material circulante.
Deixo aqui este artigo que explica muito melhor que eu o não problema da bitola.
https://portugalferroviario.net/politicas/2023/01/27/o-problema-da-bitola-ferroviaria-em-portugal/
Calculo que o equipamento que dê para regular a bitola dum comboio facilmente incremente o valor do comboio, mas tem de pensar que um comboio (ou uma encomenda de dezenas ou mesmo centenas de comboios) não é entregue no mesmo dia. Demora anos desde a CP pensar em que precisa de comboios até eles efetivamente chegarem... governo, tribunais de contas, concursos, impugnações estica esta entrega para 5/6 ou mesmo 7 anos.
Pense assim:
Caso haja sequer 1 km de linha em Portugal em bitola standard, nenhum comboio, nenhuma locomotiva, nenhum vagão passageiros, nenhum vagão de mercadorias poderá circular nesse quilometro.
O que acha que vai acontecer??? num dia inaugura a linha e no dia a seguir fica às moscas sem nenhuma circulação - já parece metade dos estádios do euro04.
Ou em vez de uma encomenda de 10 comboios de longo curso (a CP está a pensar em avançar com esse concurso para reforço/substituição dos Alfas) teríamos de fazer encomenda de 10 comboios, 20 locomotivas, 100 ou mais vagões de passageiros e ficar à espera que eles cheguem sem puder usar o que temos nessa linha dedicada ao transporte de passageiros.
Neste momento os Alfas não circulam muito tempo na sua velocidade máxima (220 km/h) na linha do norte por causa de obras ou congestionamentos. Imaginemos que termina a 1ª fase da nova linha na data prevista - Soure-Porto 2028 - a partir dessa altura um Alfa (ou mesmo IC que pode andar a 200 km/h consoante o tipo de carruagem que tem) pode sair de Lisboa na Linha do Norte e entrar nesta "super linha" em Soure e reduzir substancialmente a duração da viagem até ao Porto.
Tente fazer este exercício caso a linha fosse construída em bitola europeia - a CP teria de encomendar comboios novos e se por sorte tivesse alguns disponíveis em 2028 o que é que acontecia?? O passageiro apanhava o Alfa em Lisboa, chegava a Soure (ou outro lugar porque esta linha não conectava com a atual Linha do Norte) e teria de fazer transbordo para o novo comboio.
Acho isto ridículo. E seria a verdadeira ilha ferroviária. Uma linha de cento e tal quilometros que não conecta com a restante rede.
Volto a dizer que as travessas instaladas em todas as renovações/construções desde 2010 são polivalentes com furações para as 2 distancias de carris. Acho que rapidamente (semanas) e por poucos milhões se pode trocar de bitola caso o problema da inadequabilidade/inexistência de material circulante esteja resolvida.
Colocado por: spvaleA solução é Não construir nada ao que me parece...
Ontem estive a ver o linha da frente e é vergonhoso as gerações mais novas terem que ter 2 trabalhos para sobreviver.
Esperar por Março a ver se existe luz ao fim do túnel 😅
Colocado por: spvaleA solução é Não construir nada ao que me parece...
Colocado por: Dias12Não acho que haja assim tanta necessidade em construir mais hospitais.
Quando falam que faltam camas para internar pacientes não estão a falar que não têm mais macas mas sim que faltam recursos humanos para abrir as enfermarias que estão fechadas por falta de profissionais. Todos os grandes hospitais têm enfermarias fechadas.
Há centros de saúde com gabinetes vazios por falta de médicos.
Na saúde falta mais recursos humanos que infraestruturas.
No transporte ferroviário não há muito mais a otimizar. A linha do Norte de Aveiro para cima está congestionada, já tem todos os canais horários preenchidos o que tem implicações no transporte de mercadorias que é colocado para segundo plano.
Colocado por: eu
A solução é construir as coisas que precisamos com mais urgência,de acordo com as nossas possibilidades.
Por exemplo, na minha opinião, neste momento a prioridade do Estado devia ser construir mais hospitais ou ampliar os existentes.
Em termos de transporte ferroviário, há ainda muito espaço para otimizar o que temos, sem necessidade de construir o TGV.
Apenas a minha opinião de cidadão e contribuinte.
Colocado por: spvaletemos que verificar os preços que vamos praticar
Colocado por: euEnfermarias fechadas?
Então colocam as pessoas nos corredores ao mesmo tempo que têm enfermarias vazias fechadas ?
Fonte:https://visao.pt/atualidade/sociedade/2024-01-04-a-gripe-que-esta-a-entupir-os-hospitais/
Colocado por: smartHum
O futuro do reino tuga afigura-se promissor..