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  1.  # 1

    Colocado por: SquirePode colocar aqui exemplos de afirmações do CHEGA que o senhor acha que tenham sido racistas ou xenófobas para nós aqui discutirmos?


    O líder do partido demonizar dia sim dia não, uma etnia populacional em particular e nas redes sociais mencionar as reuniões religiosas no Martim Moniz , categorizar as mesmas como “invasões” e utilizá-las como argumento de combate á imigração ilegal não é suficiente ?

    É para sermos honestos e sinceros ou não ?

    Atenção que não nego que existe dependência de subsídios mas dificilmente atribuo isso a uma etnia específica, aliás se for á janela vejo muitos diariamente á porta de um café … nenhum deles encaixa na dita etnia.
    Basta olhar para os dados da segurança social e vê-se que o problema não é de todo racial e sim de como o país foi governado durante décadas , criando uma população genericamente pobre e utilizando -se subsídios atrás de subsídios como resposta em vez de medidas de combate á pobreza .
    No entanto o argumento é completamente de chavão , popular e racista.


    Obviamente não nego igualmente a necessidade de controlo de emigração e reformulação do sistema de atribuição de autorizações de residência, mas demonizar reuniões religiosas que não sejam católicas ( as jornadas da juventude é na boa … ) é igualmente ediondo, num estado laico que supostamente um cidadão é livre de praticar a sua religião .

    Logo a ação nas redes sociais é claramente xenófoba, ligando x nacionalidade aos problemas de ingerência governamental no que diz respeito á imigração em Portugal


    Diga-se que foi de uma piada extrema nesta última convenção , quando o líder disse que os emigrantes portugueses vão lá para fora para trabalhar e não para ir atrás de abonos e subsídios.
    Quando qualquer um com 2 dedos de testa sabe que qualquer emigrante português , ao emigrar faz trabalho de casa para obter o máximo de apoios sociais de dito país ( e bem o faz ).

    Na lógica do querido líder … o emigrante português é um sonho de ser humano …e desejável a qualquer país . É só fofuras que quer trabalhar e nega apoios e abonos… idílico.
  2.  # 2

    Colocado por: SquireAinda que o voto branco não tenha efeitos práticos, torna todo o processo eleitoral mais transparente, na medida em que a sociedade como um todo percebe o grau de aderência às posições dos partidos políticos. Isto é, se não houvesse abstenção e houvesse 50% de votos em branco, ainda que nada de diferente acontecesse, haveria claramente conclusões a retirar do resultado. E com essas conclusões muito poderia ser feito de diferente.

    Com voto obrigatório, a única conclusão honesta e não especulativa, que se pode retirar de um aumento de nulos e brancos e da descida de abstenções, é que muita gente que antes não votava, passou a votar em branco para não pagar uma multa.
    • Squire
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 3

    Vamos por partes:

    Colocado por: Quilleute
    O líder do partido demonizar dia sim dia não, uma etnia populacional em particular e nas redes sociais mencionar as reuniões religiosas no Martim Moniz , categorizar as mesmas como “invasões” e utilizá-las como argumento de combate á imigração ilegal não é suficiente ?


    Eu peço-lhe para dar exemplos e o exemplo que me dá é a "demonização". O senhor não me está a dar exemplos está-me a dar o seu julgamento dos exemplos. Não me interessa discutir o seu julgamento que para mim, como deve compreender, vale pouco.

    Ponha aqui exemplos para discutirmos. Já agora, categorizar como "invasão" não é xenofobia, ou as pessoas são obrigadas gostar de todas as culturas? É absolutamente normal pessoas não quererem perto de si culturas que não gostam. Aliás, as fronteiras existem justamente por isso, para coincidir a barreira administrativa com a barreira cultural. Uma vez que todos nós não gostamos de determinadas culturas então quer isto dizer que somos todos de uma certa forma xenófobos? Uma vez que as fronteiras permitem impedir a entrada livre de pessoas que não são portuguesas, ou não são europeias (porque interessa proteger a cultura portuguesa e europeia), então as fronteiras são xenófobas em si mesmas?


    Colocado por: Quilleute
    Atenção que não nego que existe dependência de subsídios mas dificilmente atribuo isso a uma etnia específica, aliás se for á janela vejo muitos diariamente á porta de um café … nenhum deles encaixa na dita etnia.
    Basta olhar para os dados da segurança social e vê-se que o problema não é de todo racial .


    O CHEGA é populista e explora essa situação.
    Interessa-me discutir a parte do racismo e da xenofobia.

    A questão levantada pelo Chega tem a ver com a prevalência de um determinado tipo de rendimento numa etnia.
    Uma coisa é haver 1000 euros a distribuir pelo Estado por várias etnias e chegar-se à conclusão que os ciganos apenas recebem 50 Euros daquele bolo. Claro que o peso desta etnia no esforço do Estado é baixo.
    Outra coisa, e esta sim mais importante, é saber de todas famílias de etnia cigana, quais as que recebem ajudas de Estado! E há relatórios que indicam que 5.275 famílias de etnia cigana recebem RSI. Tendo em conta que há estudos que indicam que existem 30 mil ciganos e tendo em conta que cada família tem 3 filhos mais o pai, se dividir 30 mil por 5.275 dá 5,6 membros por cada família. Ora, 4 a dividir por 5,6 dá 0,7. Ou seja, 70% das famílias ciganas recebem RSI. Não acha que isto é um problema inerente àquela etnia?
  3.  # 4

    Colocado por: QuilleuteO líder do partido demonizar dia sim dia não, uma etnia populacional em particular e nas redes sociais mencionar as reuniões religiosas no Martim Moniz , categorizar as mesmas como “invasões” e utilizá-las como argumento de combate á imigração ilegal não é suficiente ?

    O combate à imigração ilegal não deveria necessitar desses argumentos, deveria ser consensual que é algo que se deve combater a todo o custo.

    Colocado por: QuilleuteAtenção que não nego que existe dependência de subsídios mas dificilmente atribuo isso a uma etnia específica, aliás se for á janela vejo muitos diariamente á porta de um café … nenhum deles encaixa na dita etnia.
    Basta olhar para os dados da segurança social e vê-se que o problema não é de todo racial e sim de como o país foi governado durante décadas , criando uma população genericamente pobre e utilizando -se subsídios atrás de subsídios como resposta em vez de medidas de combate á pobreza .
    No entanto o argumento é completamente de chavão , popular e racista.

    Em parte é verdade, mas lá porque não queremos ser apelidados de racistas não devemos ficar em estado de negação, quando a verdade todos a conhecemos: temos um problema de uma etnia que não se quer integrar, que tem uma taxa de desemprego muito superior à média do país, com níveis educativos muito abaixo, com taxas de crime superiores, com mais subsidiodependência, entre outro tipo de problemas, como sejam os casamentos com menores.
    • Squire
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 5

    Colocado por: J.Fernandes
    Com voto obrigatório, a única conclusão honesta e não especulativa, que se pode retirar de um aumento de nulos e brancos e da descida de abstenções, é que muita gente que antes não votava, passou a votar em branco para não pagar uma multa.


    Mas eu concordo consigo. Não acho que o voto deva ser obrigatório. Eu quis foi demonstrar a utilidade do voto branco.
  4.  # 6

    Colocado por: SquirePode colocar aqui exemplos de afirmações do CHEGA que o senhor acha que tenham sido racistas ou xenófobas para nós aqui discutirmos?


    Permita-me aqui - infelizmente de forma sumária e simultaneamente extensiva - dar alguns exemplos retirados apenas do mesmo programa político já mencionado (as passagens bold e as reticências foram por mim inseridas):


    17. O CHEGA é nacionalista. Por resgatar o valor identitário, histórico e civilizacional do sentimento nacional. Subjugado ao primado moral da autorresponsabilidade, o [sentimento nacional] gerou, gera e gerará virtudes coletivas inigualáveis. Os mais de oito séculos da nacionalidade portuguesa, incluindo meio milénio de abertura ao mundo, conferem-lhe um potencial humano excecional.

    20. Princípio do interesse geral e não do interesse das minorias. Ao Estado cumpre zelar pelo interesse geral, não pelos interesses particulares de grupos, seja qual for a sua representatividade social, política ou económica, ou a sua capacidade de pressão.

    42. Natalidade. O CHEGA procurará convergir com os países europeus no que reporta a prestações familiares, direitos laborais e demais benefícios e incentivos que promovam o aumento da natalidade, nos casos em que ambos os pais tenham naturalidade e nacionalidade portuguesas e sejam oficialmente residentes em Portugal.

    55. Forças de Segurança. O CHEGA defende as Forças de Segurança para garantir-lhes operacionalidade e eficácia na resposta a ameaças como atentados terroristas, imigração ilegal, tráfico de seres humanos, tráfico de drogas, redes de crime organizado, corrupção, branqueamento de capitais, enriquecimento ilícito, guetização criminal suburbana e demais práticas ilegais e ilegítimas.

    60. Coesão nacional. O CHEGA garante a salvaguarda de razões humanitárias e de interesses económicos das migrações, porém privilegia o dever de salvaguarda da coesão sociocultural de Portugal e da Europa contra a ascendência do multiculturalismo.

    63. Atribuição da nacionalidade portuguesa. O CHEGA assume o dever de proteger, dignificar e renovar a nacionalidade portuguesa contra riscos da sua descaracterização nas gerações presentes e futuras.

    64. Interdição da nacionalidade portuguesa. O CHEGA: (a) rejeita a regularização e posterior obtenção da nacionalidade a quem tenha entrado em Portugal de forma ilegal (...); (b) rejeita a atribuição da nacionalidade a filhos de imigrantes ilegais nascidos em solo português, ou legais que não tenham residência legal permanente em Portugal há pelo menos dez anos; (...) (d) rejeita a atribuição da nacionalidade a requerentes de asilo; (...) (g) rejeita a manutenção da nacionalidade a naturalizados condenados por crimes violentos, terrorismo, crimes contra a autodeterminação de menores, casamentos forçados, tráfico de seres humanos, estupefacientes ou armas devendo ser-lhes aplicada a pena acessória de perda de nacionalidade cassatória, extraditados após término da pena aplicada, além do impedimento de voltar a entrar no país.

    65. Dignificar o povo acolhedor de imigrantes. Os imigrantes que a sociedade portuguesa acolher, de acordo com os pressupostos legais que ela mesma determine no âmbito da sua soberania, terão no CHEGA um partido político defensor da sua realização pessoal e familiar no seio da nação portuguesa, assim como um partido político respeitador do seu direito à solicitação da nacionalidade portuguesa. No entanto, as políticas migratórias e de atribuição da nacionalidade a estrangeiros, em especial num contexto internacional de forte pressão imigratória sobre a Europa, comportam riscos para a sobrevivência dos Portugueses enquanto povo com identidade própria, assim como para a sua prosperidade e segurança coletivas, riscos que devem ser responsavelmente assumidos.

    Agora é só necessário ler entrelinhas (já agora aconselho também os pontos 35, 40, 61, 62 e 63). Existem vários estudos que abordam o discurso moderno da linguagem da extrema direita, principalmente em língua inglesa e alemã. Em Portugal, pode ser do seu interesse o estudo de Hélder Prior, acessível em https://impactum-journals.uc.pt/mj/article/download/10278/8386.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  5.  # 7

    Colocado por: OliveiroS/NAgora sinceramente não percebo como alguém insatisfeito com as políticas das últimas décadas, "sem nada a perder" mas que nunca fez uso da sua voz eleitoral


    Como alguém que só votou uma vez já depois dos 30, e acompanho politica desde os 15, eu explico:

    No meu circulo eleitoral há poucos deputados, e o PS ou PSD nunca fizeram ou propuseram nenhuma mudança estrutural relevante para mim para eu achar que termos um governo de PSD é muito mais favoravel que ter um governo de PS ou vice-versa.

    Portanto o impacto de ter um governo de PS e PSD sempre foi demasiado irrelevante para a minha vida em comparação àquilo que consegui formando-me numa engenharia com saída e que me permite ter um salario acima de 95% dos portugueses.

    A unica vez que votei foi num partido que não teve qualquer hipoteses de eleger um deputado no meu circulo eleitoral, e por isso foi um voto que praticamente só contou para a estatistica mas que em nada fez a minha voz ser ouvida na assembleia da republica.

    Portanto como vês, para melhorar a minha vida o voto nunca teve relevancia, em comparação ao investimento que fiz na minha educação e na minha carreira.

    Colocado por: OliveiroS/Nvai votar no Chega como forma de protesto. Pelo menos partindo do princípio que esta pessoa se dedicou um tempo mínimo a ler e analisar o respetivo diluído programa político de 2021, que nenhuma solução oferece aos problemas descritos.


    Eu percebo esse voto, embora ache o Chega um pessimo partido.

    Ao abster-me estou a dar uma chapada nos partidos politicos, ao dizer-lhes que são uns inuteis que em nada têm a contribuir para a minha vida para me valer a pena sequer tirar o **** do sofá para ir votar nalgum deles.

    E percebo que para alguns o voto no Chega é uma forma de darem uma chapada ainda maior nos restantes partidos politicos. No fundo é um grito de desespero na tentativa de fazer os restantes partidos mexerem-se.
    Concordam com este comentário: Nostradamus
    Estas pessoas agradeceram este comentário: OliveiroS/N
    • smart
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 8

    Hum..
    Somos um pais rico,
    Ate financiamos cadas e reconstruções de fortes alem fronteiras.
    E o povo...acompanha estes investimentos e decisões.
    E sao razoáveis, considerando os valores
    Nao sei se a direita ou a esquerda, bem ou mal, mas é assim que vai sendo aplicado o dinheiro dos impostos...
    Trabalha companheiro

    Fonte:
    https://expressodasilhas.cv/pais/2023/03/17/parlamento-investiga-casa-para-todos/84891
      Screenshot_20240118-162951_Chrome~2.jpg
      Screenshot_20240118-163545_Chrome~2.jpg
  6.  # 9

    Interessante o pessoal estar tão atento ao programa do Chega e não ligarem nenhum aos partidos que contam.
    E gostei da transformação de uma brutal agressão do Chega a um jornalista do Expresso para
    "A reportagem sobre o evento dos alunos da Católica, de onde o jornalista do Expresso foi retirado à força"
    https://expresso.pt/politica/partidos/2024-01-18-Obrigadao-era-um-sonho-que-tinha-ha-muito-tempo-a-ansiedade-dos-jovens-universitarios-para-conhecer-Ventura-b9191ffa
    e o Chega não teve nada a ver com isso.
    Continuem assim que o Ventura agradece.
    • Squire
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 10

    Colocado por: OliveiroS/N

    Permita-me aqui - infelizmente de forma sumária e simultaneamente extensiva - dar alguns exemplos retirados apenas do mesmo programa político já mencionado (as passagens bold e as reticências foram por mim inseridas):


    17. O CHEGA énacionalista. Por resgatar o valoridentitário, histórico e civilizacional do sentimento nacional. Subjugado ao primado moral da autorresponsabilidade, o [sentimento nacional] gerou, gera e gerarávirtudes coletivas inigualáveis. Os mais de oito séculos da nacionalidade portuguesa, incluindo meio milénio de abertura ao mundo, conferem-lhe umpotencial humano excecional.

    20. Princípio do interesse geral enão do interesse das minorias. Ao Estado cumpre zelar pelo interesse geral, não pelos interesses particulares de grupos, seja qual for a sua representatividade social, política ou económica, ou a sua capacidade de pressão.

    42. Natalidade. O CHEGA procurará convergir com os países europeus no que reporta a prestações familiares, direitos laborais e demais benefícios e incentivos que promovam o aumento da natalidade,nos casos em que ambos os pais tenham naturalidade e nacionalidade portuguesas e sejam oficialmente residentes em Portugal.

    55. Forças de Segurança. O CHEGA defende as Forças de Segurança para garantir-lhes operacionalidade e eficácia na resposta a ameaças como atentados terroristas,imigraçãoilegal, tráfico de seres humanos, tráfico de drogas, redes de crime organizado, corrupção, branqueamento de capitais, enriquecimento ilícito,guetização criminal suburbanae demais práticas ilegais e ilegítimas.

    60. Coesão nacional. O CHEGA garante a salvaguarda de razões humanitárias e de interesses económicos das migrações, porémprivilegiaodever de salvaguarda da coesão sociocultural de Portugal e da Europa contra a ascendência do multiculturalismo.

    63. Atribuição da nacionalidade portuguesa. O CHEGA assume o dever de proteger, dignificar e renovar a nacionalidade portuguesa contrariscos da sua descaracterização nas gerações presentes e futuras.

    64. Interdição da nacionalidade portuguesa. O CHEGA: (a)rejeita a regularização e posterior obtenção da nacionalidadea quem tenha entrado em Portugal de forma ilegal (...); (b) rejeita a atribuição da nacionalidadea filhos de imigrantes ilegais nascidos em solo português,ou legais que não tenham residência legal permanente em Portugal há pelo menos dez anos; (...) (d) rejeita a atribuição da nacionalidade a requerentes de asilo; (...) (g)rejeita a manutenção da nacionalidade a naturalizadoscondenados por crimes violentos, terrorismo, crimes contra a autodeterminação de menores, casamentos forçados, tráfico de seres humanos, estupefacientes ou armas devendo ser-lhesaplicada a pena acessória de perda de nacionalidade cassatória, extraditados após término da pena aplicada, além do impedimento de voltar a entrar no país.

    65. Dignificar o povo acolhedor de imigrantes.Os imigrantes que a sociedade portuguesa acolher, de acordo com os pressupostos legais que ela mesma determine no âmbito da sua soberania, terão no CHEGA um partido político defensor da sua realização pessoal e familiar no seio da nação portuguesa, assim como um partido político respeitador do seu direito à solicitação da nacionalidade portuguesa. No entanto,as políticas migratóriase de atribuição da nacionalidade a estrangeiros, em especial num contexto internacional de forte pressão imigratória sobre a Europa,comportam riscos para a sobrevivência dos Portugueses enquanto povo com identidade própria, assim como para a sua prosperidade e segurança coletivas, riscos que devem ser responsavelmente assumidos.

    Agora é só necessário ler entrelinhas (já agora aconselho também os pontos 35, 40, 61, 62 e 63). Existem vários estudos que abordam o discurso moderno da linguagem da extrema direita, principalmente em língua inglesa e alemã. Em Portugal, pode ser do seu interesse o estudo de Hélder Prior, acessível emhttps://impactum-journals.uc.pt/mj/article/download/10278/8386.



    Posso-lhe dizer desde já que no documento que referenciou, não se encontra nenhuma classificação do Chega como partido de extrema-direita. No limite é feita referência a far-right no contexto europeu (que, note-se, inclui partidos que não são fascistas). Isto porque o OliveiroS/N cai no erro típico de muita gente. Que é confundir Extrema Direita com Direita Radical.
    É consensual entre académicos (e o senhor que elaborou esse documento é claramente entendido na matéria ao ponto de nunca se referir ao Chega como de Extrema-Direita) que o principal aspeto que diferencia Extrema-Direita de Direita Radical é que a primeira pressupõe o uso de violência como forma de domínio, enquanto a segunda não.
    Posto isto, acho que está na altura de utilizar os conceitos corretamente e deixar de falar do Chega como partido de Extrema-Direita e sim de Direita Radical. Tal como o BE e o PCP são partidos de Esquerda Radical e não de Extrema-Esquerda.

    Li ponto a ponto o que transcreveu do Programa do CHega. O que lhe peço agora, e porque não o fez, e também porque é o senhor que argumenta que existem elementos racistas e xenófobos, é que me diga ponto por ponto e de uma forma clara e argumentativa onde está o racismo e a xenofobia, dado que não consegui encontrar. Dizer que está a "demonizar" é um argumento fraco, facilmente rebatível, tanto que já o fiz em resposta ao Quilleute.
    Concordam com este comentário: Dias12
  7.  # 11

    Colocado por: QuilleuteDepois de uns anos sem conseguir arranjar um emprego decente ( devido ás suas fracas qualificações) é fácil demais dizer-lhes que a culpa é dos emigrantes , ou estrangeiros.
    Como é difícil admitirem as suas falhas pessoais ( isso se conseguirem ter algum pingo de auto-avaliação) , acabam por acreditar que o mal vem de fora …e começa a demonização de outrem.


    Então para ti quem tem baixas qualificações merece ter uma vida miseravel porque a culpa de terem baixas qualificações é sua?

    Eu cá não sei, mas acho que ter politicas que vão ter maior impacto negativo naqueles que têm baixas qualificações não deve ser "ok" só porque essas pessoas "são culpadas" por terem baixas qualificações.
  8.  # 12

    Colocado por: SquireIsto é, se não houvesse abstenção e houvesse 50% de votos em branco, ainda que nada de diferente acontecesse, haveria claramente conclusões a retirar do resultado.

    Sem os votos em branco não é possível concluir o que quer que seja, porque simplesmente não se sabe se as pessoas se abstém porque não querem saber ou porque não se revêm nos atuais partidos.


    Mas tu tiras igualmente conclusões duma abstenção elevada.

    Alguém não querer saber é um reflexo do falhanço de todo o sistema politico.
  9.  # 13

    Colocado por: J.Fernandes
    Com voto obrigatório, a única conclusão honesta e não especulativa, que se pode retirar de um aumento de nulos e brancos e da descida de abstenções, é que muita gente que antes não votava, passou a votar em branco para não pagar uma multa.


    Ou pior, passas a ter o voto de um grande conjunto de pessoas sem interesse na politica e cujo voto provavelmente não será o voto mais ponderado e informado.
  10.  # 14

    Colocado por: ferreiraj125Então para ti quem tem baixas qualificações merece ter uma vida miseravel porque a culpa de terem baixas qualificações é sua?


    Eu disse isso ?
    Eu disse que merecem ?

    O que eu disse é que existe uma relação causa / efeito …
    E sair da escola sem qualificação dificilmente leva a trabalhos qualificados, logo vencimentos acima do SMN.

    Introspecção pessoal é que é difícil , sendo mais fácil culpar os outros das vicissitudes da vida, especialmente quando alguém na Tv diz que a culpa é dos outros.
  11.  # 15

    Colocado por: SquireDizer que está a "demonizar" é um argumento fraco, facilmente rebatível, tanto que já o fiz em resposta ao Quilleute


    Lamento, mas não rebateu nada , simplesmente ignora o que lhe estamos a dizer e querer fingir que nada do que dissemos é válido.

    Cegueira ideológica… mas está no seu direito de a ter, não me cabe a mim mudar a sua opinião.
    • Squire
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 16

    Colocado por: ferreiraj125

    Mas tu tiras igualmente conclusões duma abstenção elevada.

    Alguém não querer saber é um reflexo do falhanço de todo o sistema politico.



    Mas a conclusão de que há um falhanço do sistema politico é ponto assente. Aqui a questão é que há uma diferença entre o eleitor que não quer saber e o eleitor que quer saber. Porque é mais fácil mobilizar ou convencer um eleitor que quer saber do que um eleitor que não quer saber. E isto é importante para a criação de novos partidos. Se eu souber que 50% dos eleitores quer saber, então até estarei disposto a formar um novo partido. Saber apenas que 50% se abstém é arriscado porque não sei se esses 50% são constituídos por pessoas que não querem saber. Ora, não vou gastar o meu tempo a fazer um partido politico para convencer ou mobilizar pessoas que não querem saber.
  12.  # 17

    Colocado por: Quilleute

    Lamento, mas não rebateu nada , simplesmente ignora o que lhe estamos a dizer e querer fingir que nada do que dissemos é válido.

    Cegueira ideológica… mas está no seu direito de a ter, não me cabe a mim mudar a sua opinião.


    Não ignorei. Respondi-lhe com argumentos e até lhe fiz questões. Aguardo a resposta.
  13.  # 18

    Colocado por: OliveiroS/NAcredite que isto até nem é assim tão difícil de compreender. Aconselho a leitura dehttps://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/SistemaEleitoral.aspxe depois.... é só fazer as contas. O sistema pode até não ser perfeito, mas não pode ser assim simples e rapidamente alterado. Caso queira pode sempre, porventura, transmitir as suas opiniões e questões aos deputados do seu círculo.


    Eu conheço o sistema eleitoral em vigor, e não concordo com o mesmo, uma sistema de circulos uninominais serviria melhor o país, mas é a minha opinião. Você vê virtudes no sistema actual, é a sua opinião, mas foi esse sistema que nos trouxe onde estamos, com uma abstenção elevadíssima e os cidadãos a não se sentirem representados na AR.

    Provavelmente o partido mais prejudicado por um sistema desses até seria o Chega, porque o partido não vai muito para além do Ventura e circulo próximo, e seria muito dificil apresentar candidatos crediveis em todos os circulos locais, por isso não precisa de ter tanto medo da mudança.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  14.  # 19

    Colocado por: ferreiraj125E percebo que para alguns o voto no Chega é uma forma de darem uma chapada ainda maior nos restantes partidos politicos. No fundo é um grito de desespero na tentativa de fazer os restantes partidos mexerem-se.


    Obrigado, isso eu compreendo perfeitamente. Até o facto de se querer protestar com votos "alheios". Neste caso há que ter consciência que o voto dado com intenção de protesto intensifica a força política do partido votado, com as respetivas consequências. Dando força ao Chega estou a dar-lhe não só um maior palco político (p. ex. durante o "Direito de Antena"), como também a proporcionar financiamento e eventual poder legislativo. Qual é então a minha prioridade? Protestar ou ampliar tendências extremistas e enfraquecer a democracia em Portugal? Não será um protesto mais útil votar no PURP, no PPM ou no RIR?



    Colocado por: BesidroglioVocê vê virtudes no sistema actual, é a sua opinião, mas foi esse sistema que nos trouxe onde estamos, com uma abstenção elevadíssima e os cidadãos a não se sentirem representados na AR.


    Não é essa a minha opinião. Agora o sistema atual está constitucionalizado e só dificilmente poderá ser alterado. A minha crítica prende-se mais no facto de ver no sistema a fonte de todos os males.

    Colocado por: SquirePosso-lhe dizer desde já que no documento que referenciou, não se encontra nenhuma classificação do Chega como partido de extrema-direita. No limite é feita referência a far-right no contexto europeu (que, note-se, inclui partidos que não são fascistas). Isto porque o OliveiroS/N cai no erro típico de muita gente. Que é confundir Extrema Direita com Direita Radical.


    Se os meus erros fossem só esse ;)

    Eu não referenciei o estudo como fonte para uma classificação definitória da ideologia no sentido de uma ciência política, muito menos baseada numa teoria de Cas Mudde, mas sim lexical. A minha primeira referência alude à retórica e à terminologia que compõe o discurso do partido. E se me permite a divagação, sob o lema diz-me com quem andas..., o "Chega faz parte da aliança europeia Identidade e Democracia, um grupo de partidos políticos nacionalistas e de far-right, fundado em 2014, e onde se incluem partidos nacionalistas como o La Lega, de Itália, o Partido da Liberdade, da Áustria, o Partido pela Liberdade, dos Países Baixos, a Alternativa para a Alemanha" (Prior, 2022), onde se encontra em "ilustre" companhia. Para tal recomendo p. ex. as publicações de Anton Pelinka ou da bpb (https://www.bpb.de/die-bpb/ueber-uns/federal-agency-for-civic-education/) e os vários artigos sobre personalidades da AfD (https://www.euronews.com/2021/09/20/has-the-afd-s-nazi-rhetoric-doomed-it-to-electoral-oblivion), um partido classificado como de "extrema-direita" pelos serviços de inteligência internos alemães (https://www.dw.com/en/germanys-far-right-afd-can-be-put-under-surveillance/a-61058359).



    Colocado por: SquireDizer que está a "demonizar" é um argumento fraco, facilmente rebatível,


    Neste ponto deve ter-se confudido, já que não me recordo de argumentar a demonização pelo Chega. Mas eu compreendo muito bem que seja difícl seguir acuradamente toda a discussão. Tão bem, que peço que me permita mais um pouco de tempo livre para explicar ponto a ponto as minhas transcrições no respetivo contexto.
    • smart
    • 18 janeiro 2024 editado

     # 20

    Hum..
    Interessante a democracia e direito de voto na UE.
    Chamaria a isto outra coisa...

    https://executivedigest.sapo.pt/noticias/eurodeputados-pedem-ao-conselho-europeu-para-retirar-direito-de-voto-a-hungria/
 
1.3998 seg. NEW