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  1.  # 261

    ( a ser continuado, que agora vou ver a lista do Luis..)
    Luis, o Luis era de esquerda (curiosidade..) ?
  2.  # 262

    Colocado por: CMartino Luis era de esquerda (curiosidade..) ?
    Eu era oposicionista ao regime, sim.
    Num meio com muitos tipos de oposicionistas - católicos, alas-liberais, trotskistas, e outros istas...
    Concordam com este comentário: CMartin
  3.  # 263

    Colocado por: Luis K. W.Um primo do meu pai, cardiologista, foi detido pela PIDE mais de 10 vezes. Sempre que ele assinava uma petição pela liberdade dos presos políticos, ou regressava de férias no estrangeiro, lá ia parar a Caxias.

    Dois dos meus primos da margem sul (do Tejo) passavam a vida a ir dentro por actividades subversivas, como colar cartazes, distribuir panfletos e fazer comícios à porta de fábricas.

    O meu pai e a minha mãe tinham ficha na Pide. O meu pai por ser dirigente desportivo de um clube conhecido por ter na direcção uma enorme quantidade de oposicionistas (o Benfica, claro!). A minha mãe, porque foi testemunha abonatória de uma colega de curso (condenada por ser militante do PC) e, por isso, só conseguiu entrar para a Função Pública depois da intervenção de uma familiar do presidente do SNI.
    E ambos por terem sido apoiantes da CEUD.

    Podia continuar HORAS, falando dos meus vizinhos (professores; ele era um escultor, pintor e gravurista; comunistas), do pai de um meu falecido sócio sócio (advogado, socialista), do tio de um meu colega de liceu (sobrinho do Álvaro Cunhal), de um meu tio que foi chamado à Pide por causa do conteúdo das cartas que enviava da Guiné (onde cumpria o SMO) para a família, de um meu professor de matemática que "desapareceu" a meio do ano lectivo, ...

    Eu próprio escapei por pouco de ser apanhado nos anos 70 (neste caso, pela PSP) por participar numa assembleia de estudantes na Fac. de Medicina de Lisboa, e por andar a colar cartazes da oposição (durante um período eleitoral) na Estrada de Benfica.

    A PIDE é descendente da PVDE.
    E "mais repressiva" só pode ser um eufemismo para assassina.
    São-lhe atribuídas várias mortes, como as de Alfredo Dinis / "Alex" (1945), Militão Ribeiro (1950), Raul Alves (1958, lançado do 3.º andar da António Maria Cardoso), José Dias Coelho (1961), Humberto Delgado (1965), Eduardo Mondlane (1969), Amílcar Cabral (1973),... Entre as muitas vítimas, estão: António Ferreira Soares, Francisco Ferreira Marquês, Germano Vidigal, José Moreira. Muitos morreram nas cadeias ou depois de libertados após longos anos de cárcere e/ou por não poderem tratar-se, porque obrigados à clandestinidade – entre estes, Soeiro Pereira Gomes, José Gregório, Manuel Rodrigues da Silva...
    Bento de Jesus Carraça morreu aos 47 anos (1948) um ano após ter sido preso pela PIDE, destituído do seu lugar de professor catedrático. Alfredo Caldeira (1938), Bento Gonçalves (1942) e tantos outros foram assassinado no campo da morte lenta (Tarrafal). E digo assassinados porque, como dizia o seu director "quem vem para o Tarrafal, vem para morrer».

    A PIDE comandava e enquadrava os "Flechas" que, para grande orgulho dos nossos dirigentes, conseguiram algumas "vitórias" e aterrorizaram os combatentes dos movimentos de libertação ("turras"), isto é... cometeram algumas atrocidades. Em Angola (e em Moçambique, embora com menos relevo) tiveram sucesso nalgumas acções "pseudo-terroristas" (atacavam alvos no estrangeiro, missões religiosas, etc., fazendo-se passar por "terroristas").

    E no dia 25/Abril/1974, no meio de todo aquele aparato militar (corvetas, artilharia, carros blindados, tanques, metralhadoras, etc.) as únicas vítimas mortais - Fernando Gesteira, José Barneto, Fernando Barreiros dos Reis, José Guilherme Arruda - foram as que caíram assassinadas pela PIDE.

    (depois de ter escrito isto, descobri um site com uma lista de vítimas mortais da PIDE/PVDE:http://paginavermelha.org/docs/assassinados-pelo-fascismo)


    O meu avô tem uma história pelo qual tem muito orgulho. Ele descobriu que um camarada era chibo e sendo tratador de cavalos, conhecia os Oficiais que eram não tão dados ao regime. Pois bem, parece que ele descaiu se frente a um desses Oficiais em relação ao dito chibo.
    .. Como podem imaginar, a história não acabou bem para a pessoa em questão, que foi transferida para o **** de judas.
  4.  # 264

    Colocado por: CMartinAntónio de Oliveira Salazar, Oliveira Salazar ou simplesmente Salazar GCTE • GCSE • GColIH • GCIC (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 — Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista nacionalista português que, além de chefiar diversos ministérios, foi presidente do Conselho de Ministros e professor catedrático

    Quanto ganharia um professor catedrático e um presidente de Conselho de Ministros naquela época?
    E, não tendo mulher nem filhos, para onde foi o dinheiro que ele ganhou (e devia ter amealhado)? Para a dona Maria ?!?
  5.  # 265

    Conhecem a história daqueles comandos que entraram pela selva dentro para ir resgatar dois portugueses que tinham caído nas mãos de um grupo de terroristas?

    Depois de um montão de peripécias (emboscadas, tiroteios, mortes, etc. - cenas de filme do Stallone incluídas) lá conseguiram resgatar um deles, tendo o outro morrido durante a operação.
    Durante a operação, a rádio foi destruída. Como ficaram sem comunicações tiveram de regressar ao quartel mais próximo a pé.
    No regresso, perceberam que o que tinha morrido era um soldado como eles, mas o que tinham salvo era da PIDE. E este, em vez de agradecido, começou a dar ordens a todos, como se fossem criados dele.
    Os corajosos comandos tiveram de aturar isto durante largos dias - refreando a vontade de lhe ir às trombas - até chegarem ao quartel, o que ocorreu no dia... 30 de Abril de 1974.
    (ou coisa que o valha)
  6.  # 266

    Mais uma vez se verificou a regra, morre o político, cresce desmesuradamente a hipocrisia em todo o espectro político ...
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 12 janeiro 2017 editado

     # 267

    Não sei Luis...estou aqui a ler e a ler e a ler..e parece-me que vocês, os mais velhos do fórum, (foi o Luis que o disse e eu só estou a aproveitar :o) ) afinal me andam a enganar...
  7.  # 268

    Salazar II

    Todo o SAPO


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    SALAZAR O PATRIOTA
    O que fez Salazar...
    QUINTA, 30 ABRIL 2015


    (Salazar: homem, político e governate)

    – Olhando à situação degradante em que Portugal se encontra, depois de abril/74, para que não haja mais críticas à integridade pessoal e moral de Salazar é importante que os cidadãos (ignorantes e céticos) saibam justamente quem foi este político e qual foi, efetivamente, a vivência e qualidade de vida dos portugueses, durante o período (turbulento e controverso) da sua governação.

    Parte l – Do ponto de vista, sócio/económico

    - Politicamente caraterizado de ‘’ditador/fascista’’ e socialmente mal-amado, a verdade é que Salazar foi figura única na reorganização e estabilidade política/social/económica nacional, num período de crise mundial, e indiscutivelmente um governante e político honesto e intelectual, que ficará eternamente na história de Portugal… Os políticos dos pós 25/abril/74 falam de Salazar por mera conveniência política, usando de expressões completamente descabidas e desanexadas, pondo em causa a sua personalidade, vivência dos portugueses e realidade social/económica do seu Governo. Quando dizem: ‘’no tempo do Salazar havia fome e miséria’’ em parte, podemos admitir que sim, mas há fatores de relevo, que justificam os motivos dessa fome e miséria… As estruturas familiares do antigo regime, não estavam dependentes apenas das condições económicas, mas também dos usos e costumes ligados à época. As famílias numerosas (c/muitos filhos), a falta de tecnologias de produção mais avançadas (artefactos metalúrgicos, alfaias e engenhos agrícolas), assim como os meios de transporte adequados para um reabastecimento rápido e proporcional às necessidades básicas de certas regiões, são fatores que influenciaram e contribuíram gradualmente para a dita ‘fome e miséria’ das famílias… (Que culpa tinha Salazar?)

    É preciso não esquecer que quando Salazar entrou para o Governo de Portugal, devido às políticas catastróficas internas, anteriores à sua governação, o país estava na penúria económica/financeira e a crescente falta de produtos (cidade-agrícolas) gerava grande preocupação social. Quando Salazar se empenhava em restabelecer a economia e minimizar as dificuldades do país, sofreu o impacto da guerra civil de Espanha em 1936 até 1938 e logo a seguir, de 1939 a 1945 sofre as consequências da mais atroz e terrível de todas as guerras que a humanidade jamais conhecera - a 2ª Guerra Mundial - que além da destruição humana, destruiu quase na totalidade todos os países e economia da Europa… Corajoso, Salazar aguentou o ’’barco’’ e não se deixou afundar - resistindo a uma economia de subsistência e bem-estar social. O equilíbrio económico é uma das suas maiores referências na demografia do antigo regime… (Agricultura, pescas, indústria e comércio, foram as fontes de produção ativas que garantiram a subsistência e estabilidade social/económica de Portugal, dos anos 30 até abril/1974. (…)

    Parte ll – Do ponto de vista, económico

    - Por via de Salazar… Portugal sobreviveu ao flagelo das guerras, através do equilíbrio económico cidade-campo, produzindo os produtos essenciais à subsistência das populações. Nada faltou aos portugueses, nem ninguém morreu à fome, é prova disso, alguns dos refugiados de guerra alemães e judeus chegados a Portugal (sobretudo na região de Óbidos) onde se instalaram e ao verem a abundância de carne nas montras dos talhos (que já não viam, sabe-se lá, desde quando) e todo um comércio livre e bem recheado de bens alimentares, alguns viveram momentos de alucinação e outros sofreram colapsos cardíacos (há testemunhos escritos) ao verem a sua salvação ali tão perto e poderem viver em paz e tranquilidade, num país que não estava em guerra. (…)

    Mas ainda não é tudo! Hoje por falta de mentalidade de alguns e ignorância de outros, diz-se que naquele tempo, as pessoas tinham que ter uma ‘senha’ para comprar os bens essenciais e só podiam comprar ‘X’ de produtos! Apreciando as circunstâncias, é aqui que se faz notar a diferença e inteligência (podemos assim dizer) de Salazar, em relação aos políticos dos pós 25/abril/74… Pois, foi através desta dita ‘senha’ (muitos assim não compreendem) que Salazar salvou milhões de portugueses de morrer à fome! C/o racionamento dos produtos alimentares evitou que, quem mais favorecido de dinheiro, açambarcasse determinadas quantidades de produtos para depois comercializar a seu belo prazer… inflacionando os preços e - consequentemente as famílias e povo em geral - viam-se em dificuldade para comprar os seus alimentos e outros bens de extrema necessidade à sua sobrevivência… (Louvado seja, Dr. Salazar!)

    Por outro lado, quando se diz que a ‘miséria’ estava relacionada c/os salários baixos, também não é bem assim, porque apesar dos salários serem baixos, eram compatíveis à época, as pessoas conseguiam viver sem faltas, apesar das guerras, a economia em Portugal era estável e os preços estavam equilibrados em relação aos salários, havia poder de compra e os assalariados, mesmo os camponeses, conseguiam economizar e juntar dinheiro para comprar uma casa a pronto de pagamento. Como exemplo, posso dizer que o meu sogro era almocreve (homem do campo) e quando casou, comprou uma morada de casas, bem grande, por 16.000$00 (16 contos) e tinha com ele 28.000$00. Quer isto dizer, que o meu sogro comprou uma bela casa e ainda ficou com dinheiro suficiente para comprar outra. Eu próprio em 1967 (c/19 anos de idade) ganhava 80$00 por dia e pagava 20$00 por diária (p/almoço, almoço, jantar e dormida), ou seja: pagava uma diária e ainda me sobrava dinheiro para mais três! Se juntarmos o sector agrícola ao sector industrial e comercial de Norte a Sul do país, rapidamente chegamos à conclusão que as classes trabalhistas (cidade-agrícolas) viviam tranquilas, desfrutando de uma economia de prosperidade e riqueza nacional, que lhes garantia bem-estar e os afastava completamente dos limiares da pobreza… Tendo isto acontecido no período das guerras e todo o Governo de Salazar - certifica que, afinal, no antigo regime, não havia assim tanta ‘miséria’ como se diz e os políticos dos pós 25/abril procuram ‘’impingir’’ à opinião pública… (Vão dar banho ó cão!)

    É claro, havia dificuldades, estávamos obstruídos de algumas matérias-primas devido ao bloqueio económico provocado pela guerra mundial, mas Portugal era um país autossuficiente e Salazar conseguiu controlar e estabilizar a crise económica c/algum alento e tranquilidade, compartilhando até alguns produtos c/a vizinha Espanha. Acrescento ainda que no Alentejo (considerado o celeiro da Nação) os camponeses assalariados, tinham ainda outras regalias patronais (‘’comedias’’) que lhes permitia economizar e render mais alguns ‘patacos’ anuais. O patrão (agrário ou latifundiário, como quiserem chamar-lhe) dava-lhes o azeite para o ano inteiro, a semente e dispensava-lhes uma porção de terra para semear à vontade, proporcionando-lhes assim, uma melhor qualidade de vida. Outros agrários (que eu conheci) faziam todos os dias grandes ‘paneladas’ de grãos c/toucinho e minimizavam a fome aos mais pobres e desfavorecidos. Era uma alegria e dava gosto viver no Alentejo, os patrões eram cumpridores, pessoas sérias e honestas e partilhavam parte dos seus bens c/os seus trabalhadores! Salazar também tinha sentimentos humanos, e é bom lembrar uma das suas atitudes generosas… Quando num ano de produção agrícola (talvez menos produtivo) o Ministro da Agricultura subiu o preço do trigo, sem lhe dizer nada, este foi chamado a contas - pronunciou-se e Salazar disse-lhe: ‘’faça o favor, baixe lá o preço do trigo, porque o trigo é o pão dos pobres’’. Lindo! Isto prova que Salazar e os agrários, não eram tão ‘maus’ como dizem. A sua moral funcionava em sintonia c/o coração… (louvados, sejam!)

    Parte lll – Do ponto de vista, social

    Salazar, não agradou a todos, é um facto, mas era um político de imagem transparente e a maioria dos portugueses era seu apoiante e admirador. É prova desse apoio, as enormes multidões de homens e mulheres que enchiam a praça do Comércio para o ver e aplaudir, quado fazia os seus discursos. Aqueles que dizem mal dele e poem em causa o seu Governo deviam lembrar-se que mesmo havendo ‘fome e miséria’ (como dizem) foi nesta ocasião de ‘miséria’, que os seus pais ou avôs amealharam dinheiro e compraram os bens de que hoje se gozam… Talvez se não fossem os seus familiares, no tempo da dita ‘’fome e da miséria’’ a amealhar e comprar esses bens, põe ex: uma casa, provavelmente, muitos tinha vivido numa ‘barraca’ e dificilmente (sobretudo agora) arranjariam dinheiro para a comprar! Há que raciocinar e não fazer juízos errados de um passado, pessoas e factos que não conheceram! Quando falarem de Salazar deviam ter em conta que foi graças a ele, à época, c/a sua inteligência e coragem, que salvou os portugueses de morrer à fome e horrores das guerras… por isso, devíam ajoelhar-se, e no dia do aniversário da sua morte, seria justo prestarem-lhe 1 minuto de silêncio em sua homenagem. No meu entender, por defeitos que tivesse (ninguém é perfeito), merece toda a nossa admiração e respeito. (Que se calem as más-línguas!)

    Outro dos fatores de relevo de Salazar foi a questão escolar e a criação de infraestruturas e organismos de previdência e solidariedade social. A par das chamadas ‘casas do povo’ (mais ligadas ao setor agrícola), foi criada a ‘Caixa de Previdência social’ para fins de solidariedade e pensões de velhice, que abrangia todas as classes ‘oficiais’ e cujo desconto ‘x%’ salarial, passou a obrigatório em 1965. Para o desenvolvimento escolar, Salazar mandou construir escolas em todas as cidades, vilas, aldeias, montes e até nas minas… Todos tinham direito à escola (ricos e pobres) mas o ensino não era obrigatório e muitas crianças, por razões de interesse familiar, viram-se impossibilitadas do frequentar! Os pais obrigavam os filhos (ainda crianças) a trabalhar – no Alentejo, alguns c/apenas 8/9 anos de idade já andavam atrás de um rebanho de ovelhas ou vara de porcos…

    No entanto, a maioria das pessoas andou na escola, fez o ensino primário (4ª classe) e sentindo-se preparados escolarmente a nível de leitura/escrita/matemática, deixavam a escola e dedicavam-se à aprendizagem de ‘ofícios’ (profissões) que muito contribuíram para o desenvolvimento rural, industrial e comercial. Outros (sem exceções sociais) prosseguiam os seus estudos e ingressavam nos liceus, escolas comerciais/industriais e universidades, adquirindo outras habilitações e especializações mais técnicas e científicas, que lhes permitiu alcançar outros patamares mais elevados e remunerados no mercado de trabalho… Contrariamente ao que dizem os políticos dos pós 25/abril/74 e alguns ignorantes de hoje, no tempo de Salazar, muito embora alguns alunos se ficassem pela 4ª classe, não eram por isso analfabetos, antes pelo contrário, eram autênticos sábios - o ensino (logo na primária) era de alta qualidade - e só era analfabeto quem queria ou aqueles que os próprios pais impossibilitavam de frequentar a escola. (…)

    Paret lV – Do ponto de vista, sócio/político (Pide/Dgs)

    - Talvez este seja o passado mais controverso e dramático da história e governação de Salazar. Após a formação do Estado-Novo, foi criada uma ‘’Polícia de Intervenção e Defesa do Estado’’, que mais tarde viria a chamar-se ‘’Direção Geral de segurança’’, e ficou conhecida por PIDE/DGS. Era uma Policia c/poderes especiais de autonomia pessoal e jurídica (arrogante, autoritária, repressiva e agressiva) que defendia a política do Estado e controlava todos os organismos públicos, privados, sociais e ordem pública, limitando de forma repressiva/agressiva a liberdade de expressão dos cidadãos em geral (fossem ricos ou pobres) suspeitos de se oporem, conspirarem ou manifestarem o seu descontentamento às opiniões, actos e decisões de todo o aparelho governativo…

    Da sua justiça repressiva/agressiva, destaca-se a censura, perseguição, prisão e tortura de cidadãos, muitos deles inocentes e sem culpa formada, onde eram submetidos a longos interrogatórios e aos mais variados sacrifícios físicos, durante horas e dias sem dormir e sem comer, até à exaustação e limite máximo das suas forças corporais, morais e mentais… apenas por uma questão de dúvida de conspiração ou para obtenção de informações sobre quem se opunha ao então regime e Governo de Salazar. ‘Pagava tudo pela mesma moeda’, razão pela qual, ainda hoje, é compreensível a indignação e revolta dos presos (políticos e não políticos) humilhados e sacrificados cruelmente pela PIDE/DGS.

    Contudo, há que ver e podemos até interrogar-nos, se no meio de toda esta repressão e agressão política, não havia mesmo alguns conspiradores do Estado (sedosos de poder) que, c/a sua política de oposição convincente, arrastaram c/eles inocentes para as prisões e comprometeram Salazar em determinadas crueldades exercidas pela PIDE, que podiam não ser do seu conhecimento direto! C/o devido respeito para c/todos os sacrificados (não pretendo c/isto dizer que Salazar não tivesse também responsabilidades) podemos colocar algumas dúvidas de interrogação nas ocorrências, tendo em conta que os poderes de intervenção e autonomia política/jurídica desta Polícia – confrontados c/os princípios políticos, éticos, sociais e humanos de Salazar, desde o início da sua governação – a sua colaboração c/os actos da PIDE, parece-nos imparcial e mão colanorava c/tais atrocidades e crueldades… É enigmático. (…)

    Parte V – Do ponto de vista, político (Guerra colonial)

    Salazar era um político honesto, fiel à sua Nação, inflexível nas suas decisões e conservador férrico dos valores patrimoniais históricos, que contribuíram para a riqueza nacional e projetaram Portugal no mundo da expansão comercial! Talvez por ser um governador inflexível (obstinado) nas suas decisões políticas, acabou por cometer alguns erros irreversíveis c/consequências fatais… A sua obstinação no domínio e conservação administrativa das ex-colónias foi um erro grave, por não ter aceitado negociações de transição e proceder em tempo à independência e autodeterminação dos povos africanos. E neste contexto podia ter evitado uma guerra subversiva e polémica que durou vários anos e perderam-se muitas vidas humanas, que podiam ter sido evitadas! Contudo, do ponto de vista histórico e humano, podemos aceitar que Salazar tinha as suas razões (férricas) para não ceder facilmente à independência das ex-colónias… É preciso não esquecer que foram os portugueses a descobrir África, civilizaram os seus povos, e lá construíram as grandes cidades, fábricas e estradas que deram luz e vida a todo o continente africano durante 5 séculos (500 anos) e, tal facto, pode justificar o interesse de Salazar, em querer manter o domínio e conservação governativa/administrativa das colónias! Mais:

    - A guerra colonial em África, não foi iniciada pelos colonos ali residentes há quase ⅔ da história de Portugal, nem por culpa da governação portuguesa, mas sim, pela cobiça e influência de países externos como a URSS e EUA que, c/os olhos postos nos recursos naturais existentes (petróleo, ouro, diamantes, etc.) e por desacordos c/Salazar, apoiaram as elites partidárias e influenciaram as populações negras (mais vulneráveis) à revolta colonial. A guerra ‘rebenta’ mesmo! As populações, influenciadas e apoiadas materialmente pela URSS e EUA, iniciaram a luta armada (Angola, Guiné e Moçambique) e desencadearam uma guerra de ‘chacinaria’, que obrigou Salazar a enviar sucessivos batalhões militares para o Ultramar em defesa do território, dos fazendeiros e populações em geral (homens, mulheres e crianças) que estavam a ser dizimadas de forma bárbara e cruel (chacinados e desmembrados à catanada) pelos negros revoltosos…

    Esta é verdade sobre a guerra colonial e não como dizem os políticos dos pós 25/abril/74 e outros interessados: ‘’que Salazar enviou tropas para o Ultramar para matar os pretos’’. Não é verdade! Salazar foi um verdadeiro patriota e agiu de pronto em defesa dos seus concidadãos… Qualquer outra versão contrária, não passa de um equívoco ou de mera especulação e linguagem ordinária completamente descabida. Eu fui militar em África, estive lá 28 meses (Moçambique/70/72) e reparei que as populações ‘negras’ eram tratadas de igual modo que eram os ‘brancos’, sem discriminações e sem racismo - todos vivia-mos de perfeita harmonia uns c/os outros - e orgulho-me de ter ido a África, onde conheci gente humilde (brancos e negros) e vivi num país maravilhoso, que me ficou para sempre no coração. (…)

    Parte Vl – Fim da guerra colonial (Descolonização/Consequências)

    A guerra colonial não passava de um conflito de interesses políticos/territoriais e tinha que ter um termine. Os oficiais superiores recusaram-se a continuar c/a luta armada, e deu-se o que já era de esperar… As chefias militares organizaram-se e decidiram por fim a uma guerra que dividia opiniões e destruía vidas humanas inutilmente. Da organização militar nasceu a resolução de 25/abril/1974 e c/ela acabou a guerra do Ultramar e ‘caiu’ para sempre o império colonial, Governo e regime dito ‘’ditadura’’ de Salazar, sendo implementado um outro c/o nome de Democracia… Como era de prever: depois da revolução, Portugal foi invadido de políticos (assim lhe chamavam) internos e outros externos, que estavam afastados do ‘mercado da política’, mas como tinham algum nome na praça, ao saberem da revolução ‘c/flores’ (…) apressaram o seu regresso a Portugal, juntaram-se à ‘festa’ dos militares e, de cravo na lapela, começaram de imediato a sua propaganda política, procurando convencer as massas de que o novo regime da democracia, iria mudar o ‘’futuro e a qualidade vida de toda a sociedade portuguesa’’. E, de facto, mudou mesmo! (…)

    A começar, aqueles de nome mais opulento, conseguiram rapidamente pôr os pés no corredor e assentos do ‘‘Palácio da Democracia’’ (ex-ditadura) e, como se fosse uma prioridade, planearam logo o processo de descolonização e independência das ex-colónias. Depois de 500 anos de governação portuguesa em África, sem o mínimo de respeito pelo seu valor histórico e dignidade de milhões de cidadãos de raízes africanas, que c/o seu empenhamento contribuíram para o desenvolvimento económico, social e cultural d’África… a descolonização foi feita e, sem medirem consequências, o resultado não podia ter sido mais desastroso; os portugueses africanos, que contemporaneamente foram construindo as grandes cidades, fábricas, estradas, desbravaram matas e prepararam terras para a agricultura, durante 5 séculos, como reconhecimento e gratidão da seu trabalho, foram despojados de todos os seus bens, despidos e praticamente ‘nus’ foram ‘varridos’ para um avião, que os trouxe para um país desconhecido, fora dos seus hábitos, e terem que começar uma nova vida a partir do nada! O medo, a humilhação e as lágrimas, estavam bem plasmados no rosto e ansiedade, sobretudo de mulheres e crianças, que chegavam constantemente ao aeroporto de LISBOA…

    Tudo isto aconteceu perante os olhos e indiferença dos senhores ‘obreiros da descolonização’ (que mais virados para a ação do que para o pensamento) remeteram-se ao silêncio na entrega das ex-colónias, sem ao menos, assinar um acordo que salvaguardasse os direitos e bens pessoais dos espoliados. Como se não bastasse ‘o desastre’ da descolonização, as forças das diversas frações independentistas (c/a sede do poder) não se entenderam entre si, e iniciaram uma nova guerra onde se mataram uns aos outros e destruíram tudo: cidades, fábricas, estradas e campos de cultivo que os ‘escorraçados’ tinham construído e conservado durante os 500 anos ativos da sua permanência em África… Salazar morreu em 1970 e já não assistiu ao processo ‘’exemplar’ ’da descolonização e às consequências seguintes… Já não viu o império de ‘Portugal do Ultramar’ cair por terra, desprezado pelos políticos descolonizadores, e destruído quase na totalidade depois da sua independência. (De mão beijada…)

    Parte Vll – Ditadura de Salazar e Democracia de abril/74 (A diferença…)

    Implementada a democracia em Portugal, liderada por políticos e governantes feitos à medida das circunstâncias, o novo sistema político cedo começou a demonstrar uma clara desorganização interna (…) e muito rapidamente a fazer transparecer que o novo regime (democrático) mais não passava de uma política de interesses pessoais do Governo e longe dos interesses nacionais. Os sucessivos governos provisórios, as festas, as opiniões e as constantes viagens e contatos externos dos políticos, eram mais que evidentes que, Portugal, após a queda do regime de Salazar, estava entregue à demagogia política e uma série de incompetentes que ao longo do tempo se foram apoderando, beneficiando e espoliando todos os bens e riqueza nacional, acabando por conduzir o país a uma ruína económica/financeira sem precedentes.

    A destruição agrícola dos cereais, as pescas, as indústrias fabris, a construção civil e naval e o micro comércio, eram meios excecionais de produção e criação de riqueza, que por via das políticas erradas na adesão de Portugal à UE se perderam e, os planos de Governo, não foram além de interesses político/partidários que destruíram todo o setor produtivo, a económia e degradação do Estado social Os hospitais, as escolas, serviços, etc., estão no limite máximo da sua resistência. As classes trabalhistas perderam os seus direitos sociais, os postos de trabalho, e sem outros recursos, muitos dos desempregados, como meio de subsistência, tiveram que se desfazer de alguns bens pessoais, adquiridos. O próprio Estado conduzido por governantes de baixo nível moral e rodeado de ’’sanguessugas’’ sem escrúpulos… foI criando uma dívida pública interna/externa, que atingiu os 136% do PIB, e levou o país completamente à ruína económica/financeira!

    Os ‘propagandistas’ políticos que logo após a revolução de abril/74, diziam que o novo regime democrático ’iria mudar o futuro e a qualidade vida de toda a sociedade portuguesa’’, de facto, tinham razão. Não se enganaram! Realmente passados 37 anos de regime ‘democrático’ mudaram completamente o futuro e qualidade de vida dos portugueses… destruíram todo o setor produtivo, levaram as classes trabalhistas à extrema pobreza e o país à ruína total. Podemos assim dizer que entre a ‘ditadura de Salazar e a democracia dos pós abril/74’ existe uma diferença bem considerável: no regime democrático a governação é de interesse pessoal, exploração de cidadania e bem-estar partidário (o povo é o votante e pagador de impostos e os seus direitos que se lixem…), no regime ditadura de Salazar, a governação era de interesse público e bem-estar social, nada faltava em Portugal e aos portugueses, havia trabalho de qualidade em todas as áreas, riqueza e não havia dívidas públicas. Afinal, parece-nos que a ditadura era mais objetiva e eficaz que a democracia! Assim sendo, concluímos que vale a pena viver num regime DITADOR. (…)

    Parte Vlll – Termos gerais (Fim)

    Salazar foi um político fiel à sua Pátria e seus concidadãos. As décadas 30/40 foram as mais difíceis de toda a sua governação. Passou pelo flagelo das geras, resistiu a uma economia de subsistência e sobrevivência populacional, numa época de escassez e crise mundial e salvou Portugal dos horrores da 2ª guerra mundial! Fez escolas e proporcionou um ensino de qualidade em todos os pontos do país, criou infraestruturas de Previdência e solidariedade social, hospitais (gratuitos) em todas as cidades e vilas c/médicos de assistência às aldeias e montes, durante as 24 h do dia, desenvolveu o setor primário, secundário e terciário, criando riqueza, qualquer cidadão se sentia seguro na sua mobilidade, quer de dia quer de noite, as pessoas tinha caráter (eram honestas e sinceras), havia respeito pelo próximo e, até mos negócios, a simples palavra do homem, era como um ‘’carimbo’’ de compra, que dispensava qualquer escritura pública. Enfim… um sem número de qualidades que credibilizavam e honravam qualquer cidadão. (…)

    Hoje é o contrário… Depois de abril/74 e da democracia, todos estes valores (trabalho, evolução, economia, honestidade e sinceridade) se perderam – a ganância do poder e do dinheiro apoderou-se da mente dos políticos e do patronato – e destruíram toda a riqueza nacional, amealhada por Salazar. Agora sim, podemos dizer e afirmar que há fome, miséria e desespero das famílias, porque os políticos e banqueiros fizeram ‘’voar’’ as notas e o patronato é livre de fechar portas, os trabalhadores vão para o desemprego, c/o corte nos salários e aumentos de impostos (ilimitados) entram em desespero, e ficam à mercê dos ‘dentes e garras dos tubarões’ descrupuleados. Os ricos são cada vez mais ridos e os pobres são cada vez mais pobres! Passados 37 nos de ‘’democracia’’ e, c/tanta a evolução tecnológica, há muito mais fome e miséria, que no no tempo da ‘ditadura’ e Governo de SALAZAR! (Que haja justiça…)

    ‘’Há que regular a máquina do Estado com tal precisão, que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e amigos.’’ (Salazar, 1932). Talvez isto ajude melhor os ignorantes/céticos e os políticos do pós 25/abril/74 a compreender (e a mudar mentalidades) porque é que Salazar era um ‘‘ditador’’. É simples! Salazar era um político sério/justo e não deixava ninguém ‘‘MIJAR FORA DO PENICO’’. (…)

    NOTA: Esta é a minha opinião sobre o regime e governação de Salazar, e subscrevo integralmente as declarações de Otelo S de carvalho ao ‘Jornal de Negócios’, onde tece elogios à personalidade de Salazar. Quem assim não o entender, é livre para o dizer! O Prof. José Hermano Saraiva dizia: ‘’Salazar foi um ditador, Santo’’. Eu diria mais: Salazar foi um ditador ‘’santo’’, (HERÓI…!

    (Bem-haja, descanse em paz, Dr. Salazar!)

    AMPF - Alentejo

    (08/11/2012)
  8.  # 269

    Colocado por: CMartinO que fez Salazar...
    O que fez o fascismo:
    «Mas ainda podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927.
    Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, às ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.
    Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931.
    Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene.
    Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos “Viriatos” na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas.
    Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953.
    Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos “Flechas”, etc.»
    •  
      CMartin
    • 12 janeiro 2017 editado

     # 270

    Não leu o copy&paste que fiz em cima. Sei disso porque eu li e demorei bastante mais, e eu leio ràpido.
    Demonstra, Luis, que as suas ideias estão feitas, e que a nossa conversa não està a ser "ouvida"..estamos apenas a contestar, ou a desconversar.
    •  
      CMartin
    • 12 janeiro 2017 editado

     # 271

    Sim. Eu li a sua lista Luis.
    Achei esta parte particularmente chocante

    • 1954:
    – Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços
  9.  # 272

    Colocado por: RCFMário Soares foi o primeiro presidente eleito no pós 25 de abril, a falecer. Teve funeral com honras de Estado.
    E agora, o que se segue? Os próximos a falecer também terão funeral com honras de Estado?
    Ramalho Eanes? Jorge Sampaio? Cavaco Silva?

    Pela lógica, dir-se-á que sim! Com hipotéticas nuances, tendo em consideração, também, a vontade da família ou do próprio, caso o tenha expressado em vida.
    •  
      CMartin
    • 12 janeiro 2017 editado

     # 273

    E, Luis, do meu texto, gostei especialmente desta parte :

    ‘’Há que regular a máquina do Estado com tal precisão, que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e amigos.’’ (Salazar, 1932). Talvez isto ajude melhor os ignorantes/céticos e os políticos do pós 25/abril/74 a compreender (e a mudar mentalidades) porque é que Salazar era um ‘‘ditador’’. É simples! Salazar era um político sério/justo e não deixava ninguém ‘‘MIJAR FORA DO PENICO’’. (…)


    Porque é precisamente este o problema com que nos deparamos actualmente, e desde o 25 de Abril de 74.

    Estranho.
    •  
      CMartin
    • 12 janeiro 2017 editado

     # 274

    Colocado por: larkheNão concordo,

    Se portugal nao tem entrado para a Cee hj em dia em vez de estarmos na vanguarda em muitos setores ( embora ainda atrasados em alguns) estaríamos a anos luz.... seriamos uma Albania ou uma Romenia da Europa.


    A Cee pode ter trazido muita desgraça, mas tambem trouxe muita modernizaçao a todos os setores em geral.
    Concordam com este comentário:CMartin,Luis K. W.


    Larkhe,
    Verdade e concordo também consigo. O que noto é que actualmente e de hà uns 4 ou 5 anos para cà està a haver um decréscimo nos vencimentos (até por causa da escassez de empregos, os desempregados são admitidos com maior facilidade por menos vencimento). É uma redução salarial de forma generalizada, e que estamos, por exemplo na minha àrea a voltar a ser "competitivos" ou seja, mão de obra barata comparativamente aos restantes países da CEE. Tal como saía nas notícias hà tempos que era o que Merkle achava parte da solução para Portugal de forma a atraír investimento. Era um pouco o que parecia estar a ser seguido pela política de Passos Coelho.
    Ainda não formei opinião se isto da nossa "competitividade" através da baixa de salàrios é bom ou mau para o futuro.
    Uma pessoa especializada està a ganhar menos agora do que ganhava hà uns 6 anos atràs. Às vezes esse menos é quase metade.
  10.  # 275

    Colocado por: Luis K. W.O que fez o fascismo:

    O que fez o fascismo:
    Colocado por: SalazarSe juntarmos o sector agrícola ao sector industrial e comercial de Norte a Sul do país, rapidamente chegamos à conclusão que as classes trabalhistas (cidade-agrícolas) viviam tranquilas, desfrutando de uma economia de prosperidade e riqueza nacional, que lhes garantia bem-estar e os afastava completamente dos limiares da pobreza
    Criou gente acéfala que acredita em coisas destas!

    Colocado por: Salazar‘’faça o favor, baixe lá o preço do trigo, porque o trigo é o pão dos pobres’’
    Treta! Desde o Afonso Henriques que Portugal é deficitário em cereais e tem de os importar! Se conseguiam "baixar o preço" do trigo, é porque o Estado o subsidiava.
    Aliás, com o incentivo ao consumo de vinho, porque «o vinho dá de comer a um milhão de portugueses», criou um país com uma percentagem de alcoólicos superior à da União Soviética (mas estes ainda têm a desculpa do frio...).
    Em 1970, o consumo de vinho em Portugal era de 75 litros de vinho POR HABITANTE (de idade superior a 15 anos).
    E deixou sequelas gravíssimas. Em 2000 ainda se consumiam 50 litros de vinho por habitante (de idade>15 a.).
    Em 2015 , deixámos de estar no Top-3, mas ainda éramos o 10.º país do mundo que mais álcool consumia (13 litros de álcool puro por ano!!).
    Em 1987 (publicação do Centro Regional de Alcoologia de Coimbra) havia 735 mil alcoólicos e 1.010 mil bebedores excessivos em Portugal!!

    Querem saber as razões do nosso "atraso", etc. etc. Aqui está uma delas!
  11.  # 276


    Querem saber as razões do nosso "atraso", etc. etc. Aqui está uma delas!"


    O vinho ???
    Concordo !!
    Isso, as sopas de cavalo cansado!
  12.  # 277

    Mas os Ingleses bebem mais do que nós...quase nem comem, e só bebem.
  13.  # 278

    Eu quando seu deu o 25 Abril era criança, portanto mal me apercebi como é que era viver no anterior regime. Ora bem do que tenho lido e ouvido é mentira que a oposição mais organizada ( não falo da CEUD mas sim do PCP e de algumas organizações-apêndices, como a Luar) ao anterior regime puseram muitas bombas, isto desde o principio ?- uma bomba quase apanhou o Salazar , ainda no principio do seu mandato- que ia no carro tendo aberto uma enorme cratera na estrada- ao fim do regime. No prinicipio dos anos 70 umas bombas destruiram dezenas de helicopteros em Tancos quando milhares de portugueses muitos dos quais combatiam por Portugal embora não fossem adeptos do regime, lá combatiam com pouco apoio aéreo.

    Agora pessoas como as referidas no seu comentaário que de facto tenham sido comprovadamente mortas pela PIDE, e não por ajustes de contas internos por exemplo, só por terem ideias contrárias ao regime, e sem que tenham tido cometido crimes de sangue ou colocado bombas isso é de facto condenável, isto em qualquer regime político.



    O meu ponto aqui é que em qualquer regime, seja ele de esquerda ou direita, quando as oposições começam a meter bombas, as polícias sobretudo as polícias respectivas têm obviamente de reagir em conformidade sob pena desse regime obviamente colapsar.

    Essa história de ter sido preso só por colar cartazes - hoje também creio que é proibido andar a colar cartazes sem autorização prévia- ou só por por dizer alto o nome da PIDE para mim soa-me a excessiva, ou seja cola mal,faz-me lembrar o brinde á liberdade que supostamente deu origem à Amnistia Internacional após o fundador em Londres ter lido a notícia do brinde. Só que quando a AInternacional veio cá há poucos anos para celebrar os 30 ou 40 anos de vida e procurou os intervenientes do tal brinde, não encontraram ninguém.

    Conclusão: a notícia era falsa, tinha sido o "jornalista"- comissário politico inglês a inventar a notícia para denegrir a imagem do regime e de Portugal.


    Colocado por: Luis K. W.Um primo do meu pai, cardiologista, foi detido pela PIDE mais de 10 vezes. Sempre que ele assinava uma petição pela liberdade dos presos políticos, ou regressava de férias no estrangeiro, lá ia parar a Caxias.

    Dois dos meus primos da margem sul (do Tejo) passavam a vida a ir dentro por actividades subversivas, como colar cartazes, distribuir panfletos e fazer comícios à porta de fábricas.

    O meu pai e a minha mãe tinham ficha na Pide. O meu pai por ser dirigente desportivo de um clube conhecido por ter na direcção uma enorme quantidade de oposicionistas (o Benfica, claro!). A minha mãe, porque foi testemunha abonatória de uma colega de curso (condenada por ser militante do PC) e, por isso, só conseguiu entrar para a Função Pública depois da intervenção de uma familiar do presidente do SNI.
    E ambos por terem sido apoiantes da CEUD.

    Podia continuar HORAS, falando dos meus vizinhos (professores; ele era um escultor, pintor e gravurista; comunistas), do pai de um meu falecido sócio sócio (advogado, socialista), do tio de um meu colega de liceu (sobrinho do Álvaro Cunhal), de um meu tio que foi chamado à Pide por causa do conteúdo das cartas que enviava da Guiné (onde cumpria o SMO) para a família, de um meu professor de matemática que "desapareceu" a meio do ano lectivo, ...

    Eu próprio escapei por pouco de ser apanhado nos anos 70 (neste caso, pela PSP) por participar numa assembleia de estudantes na Fac. de Medicina de Lisboa, e por andar a colar cartazes da oposição (durante um período eleitoral) na Estrada de Benfica.

    A PIDE é descendente da PVDE.
    E "mais repressiva" só pode ser um eufemismo para assassina.
    São-lhe atribuídas várias mortes, como as de Alfredo Dinis / "Alex" (1945), Militão Ribeiro (1950), Raul Alves (1958, lançado do 3.º andar da António Maria Cardoso), José Dias Coelho (1961), Humberto Delgado (1965), Eduardo Mondlane (1969), Amílcar Cabral (1973),... Entre as muitas vítimas, estão: António Ferreira Soares, Francisco Ferreira Marquês, Germano Vidigal, José Moreira. Muitos morreram nas cadeias ou depois de libertados após longos anos de cárcere e/ou por não poderem tratar-se, porque obrigados à clandestinidade – entre estes, Soeiro Pereira Gomes, José Gregório, Manuel Rodrigues da Silva...
    Bento de Jesus Carraça morreu aos 47 anos (1948) um ano após ter sido preso pela PIDE, destituído do seu lugar de professor catedrático. Alfredo Caldeira (1938), Bento Gonçalves (1942) e tantos outros foram assassinado no campo da morte lenta (Tarrafal). E digo assassinados porque, como dizia o seu director "quem vem para o Tarrafal, vem para morrer».

    A PIDE comandava e enquadrava os "Flechas" que, para grande orgulho dos nossos dirigentes, conseguiram algumas "vitórias" e aterrorizaram os combatentes dos movimentos de libertação ("turras"), isto é... cometeram algumas atrocidades. Em Angola (e em Moçambique, embora com menos relevo) tiveram sucesso nalgumas acções "pseudo-terroristas" (atacavam alvos no estrangeiro, missões religiosas, etc., fazendo-se passar por "terroristas").

    E no dia 25/Abril/1974, no meio de todo aquele aparato militar (corvetas, artilharia, carros blindados, tanques, metralhadoras, etc.) as únicas vítimas mortais - Fernando Gesteira, José Barneto, Fernando Barreiros dos Reis, José Guilherme Arruda - foram as que caíram assassinadas pela PIDE.

    (depois de ter escrito isto, descobri um site com uma lista de vítimas mortais da PIDE/PVDE:http://paginavermelha.org/docs/assassinados-pelo-fascismo)
    Concordam com este comentário: CMartin
  14.  # 279

    Colocado por: CMartinMas os Ingleses bebem mais do que nós...quase nem comem, e só bebem.
    Segundo as estatísticas, os portugueses bebem mais álcool puro que os ingleses.
    Em 2015 a "classificação" era a seguinte: 1.º Moldávia, com 17,4 litros de álcool per capita, seguida pela Bielorrússia, Lituânia, Rússia, República Checa, Sérvia, Roménia e Austrália. Portugal surgia a seguir, ex-aequo com a Eslováquia.
  15.  # 280

    Colocado por: RCF

    Têm direito a ter funeral de Estado. Mas, não têm necessariamente de ter!
    Os próprios e respetivas famílias quererão que seja funeral de Estado? É essa a questão.
    Ramalho Eanes, por exemplo, poderia ser Marechal, mas declinou...
    Concordam com este comentário:Paio


    É de lei!
    Concordam com este comentário: CMartin
 
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