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  1.  # 241

    Colocado por: RCF




    Não chega! Tendencialmente, desculpabilizamos o mau e o muito mau com algumas coisas boas. Só porque contribuíram para a liberdade, temos de lhes desculpar a má gestão e o enriquecimento duvidoso (para não dizer corrupto)? Recuso-me a isso!



    Eu já nem estava a defender o Soares na nossa discussão... Estava a falar contra os saudosistas que suspiram por um novo "Salazar" como se a vida das pessoas nessa altura fosse alguma coisa digna de ser recordada de tão boa que era e contra os que dizem que a entrada na CEE não trouxe progresso ao país.
    • RCF
    • 11 janeiro 2017

     # 242

    Colocado por: ghost12


    Eu já nem estava a defender o Soares na nossa discussão... Estava a falar contra os saudosistas que suspiram por um novo "Salazar" como se a vida das pessoas nessa altura fosse alguma coisa digna de ser recordada de tão boa que era e contra os que dizem que a entrada na CEE não trouxe progresso ao país.


    Eu também não me referia apenas a Soares... Quanto ao Salazar, apesar de não defender o regresso a esses tempos, como já referi, nem tudo era mau e nem tudo se deveu ao regime. Também como já escrevi, fome, naquele tempo, haveria com qualquer outro regime. Ele até nos livrou da 2.ª grande guerra...
    E antes dele (Salazar) como era? Muitas das pessoas vivas viveram no tempo do Estado Novo, mas já não temos ninguém (ou quase) do tempo anterior. Depois da implantação da República e antes do Estado Novo tivemos tempos de democracia (1910-1926). Rezam as crónicas que não houve menos fome nem menos miséria...
    Concordam com este comentário: CMartin
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 11 janeiro 2017 editado

     # 243

    Colocado por: branco.valter
    Ora o que o governo do Passos Coelho fez, foi exactamente definir uma politica absoluta de austeridade com os resultados conhecidos. Uns dizem bem, outros dizem mal, mas como estamos em democracia e como quem governa precisa do apoio da AR, já não houve segundo mandato.


    Sei bem disso, White Walter.

    Mas (ou, e) o que Passos Coelho fez de diferente de Salazar, é que não reduziu as despesas dos seus estadistas. Enquanto que Salazar andava contido, na governação de Passos Coelho e apenas por exemplo, o ministro Mota que andou de mota toda a vida passou a andar num carro qualquer daqueles deles..Isso eu não posso subscrever. Salazar deu o exemplo, era pobre junto dos pobres.
  2.  # 244

    Colocado por: RCFPodemos é comparar a qualidade de vida em Portugal na década de 60 com a qualidade de vida em França e Alemanha no mesmo período e a qualidade de vida atual nos mesmos países. Onde existirão maiores diferenças? Na atualidade ou nos anos 60? Estamos agora mais próximos ou mais afastados do que se vive nos outros países? Continuamos a emigrar para esses países

    A diferença é que, actualmente, há franceses e alemães , e holandeses e belgas, etc. a imigrar para cá.
    E não são só os reformados!

    Colocado por: RCFAs condições serão tão boas, que a população fora dos grandes centros diminuiu e continua a diminuir...
    O que não é de admirar. Actualmente agricultura conta para menos de 3% do PIB (isto é para aqueles que pensam que Portugal ainda é um país "agrícola". Não é, nem nunca foi). Hoje Portugal é um país industrializado - o que mais exporta é metalomecânica.

    Colocado por: RCFcontinuamos a ter aldeias sem saneamento público...
    Não tem nada a ver a situação actual com a de há 40 anos!!!!!

    Colocado por: BricoleiroIsso digo eu, o que é que colégio tem a ver com um hospital?
    A Maria Barroso foi presidente da Cruz Vermelha durante alguns anos.
    É por isso natural que tenha sido para lá que ele (tal como ela) foi.

    Colocado por: CMartinera pobre junto dos pobres.
    Visto nessa perspectiva, podemos dizer que também foi um tirano rodeado de assassinos.
    •  
      CMartin
    • 11 janeiro 2017 editado

     # 245

    Não percebo a comparação Luis. Salazar foi o tirano, o povo eram os assassinos ?
    • RCF
    • 11 janeiro 2017

     # 246

    Colocado por: Luis K. W.A diferença é que, actualmente, há franceses e alemães , e holandeses e belgas, etc. a imigrar para cá.
    E não são só os reformados!


    Não, não há grandes diferenças.
    Alemães, particularmente na procura de volfrâmio e ingleses, particularmente pelo vinho do Porto, já por cá andavam antes. Antes, tal como agora, a explorar o que vamos tendo de melhor.
    Nós, portugueses, continuamos a emigrar, à procura de melhores condições de vida noutros países. Aliás, recordo-me de há pouco tempo ter lido que estávamos com índices de emigração semelhantes aos dos anos 60.
    Concordam com este comentário: CMartin
  3.  # 247

    Colocado por: CMartin

    Sei bem disso, White Walter.

    Mas (ou, e) o que Passos Coelho fez de diferente de Salazar, é que não reduziu as despesas dos seus estadistas. Enquanto que Salazar andava contido, na governação de Passos Coelho e apenas por exemplo, o ministro Mota que andou de mota toda a vida passou a andar num carro qualquer daqueles deles..Isso eu não posso subscrever. Salazar deu o exemplo, era pobre junto dos pobres.


    O Professor Salazar andava num carro do estado como qualquer PM hoje em dia.

    http://www.tvi24.iol.pt/por/motorclassico/automoveis-de-salazar-regressam-a-lisboa#
    Concordam com este comentário: CMartin
  4.  # 248

    Colocado por: CMartinNão percebo a comparação Luis. Salazar foi o tirano, o povo eram os assassinos ?
    Não, CMartin.
    A Pide.

    A CMartin não viveu em Portugal no tempo em que nem sequer se dizia em voz alta o nome da "PIDE".

    (para quem vinha de Moçambique ou de Angola, habituados a alguma liberdade tropical, era um tremendo choque ver como as pessoas da Metrópole tinham medo de se exprimir)
    •  
      CMartin
    • 11 janeiro 2017 editado

     # 249

    White Walter, eu sei que Salazar andava de carro, e do Estado. No entanto, era pobre e pobre morreu.
    O que quis dizer com o exemplo - e exemplo apenas da mota em que se comprou um carro novo dos muitos carros que existem, penso, na frota - é que enquanto Salazar viveu junto do País a mesma austeridade, o governo de Passos Coelho não impôs a mesma austeridade aos seus membros que impôs ao País.
    Uma coisa é as pessoas apertarem o cinto e verem que o Governo faz o mesmo, como exemplo a seguir, outra coisa é olharmos para os líderes e vermos que não hà restrições para os mesmos, só para os restantes..É apenas algo que não nos inspira.
    Concordam com este comentário: Bricoleiro, RCF
  5.  # 250

    Os meus avôs nunca andaram tão bem vestidos...

    •  
      CMartin
    • 11 janeiro 2017 editado

     # 251

    Colocado por: Luis K. W.Não, CMartin.
    A Pide.

    A CMartin não viveu em Portugal no tempo em que nem sequer se dizia em voz alta o nome da "PIDE".

    (para quem vinha de Moçambique ou de Angola, habituados a alguma liberdade tropical, era um tremendo choque ver como as pessoas da Metrópole tinham medo de se exprimir)


    Luís o Salazar morreu antes de eu nascer. Na Àfrica do Sul, do apartheid, que eu vivi até 1985, não havia a PIDE, mas haveria organizações equivalentes. Eu nunca fui inoportunada, o Luis foi pela PIDE? Alguém aqui foi ?
    A pergunta é de curiosidade sincera e não de liberdade tropical.
  6.  # 252

    •  
      CMartin
    • 11 janeiro 2017 editado

     # 253

    White Walter disparate. Quer ir ver as cuecas ao homem jà agora ?
    Quer ir ver as cuecas de Màrio Soares ?
    Mantenha-se uma conversa com pés e cabeça, ao nível do que se està a conversar se faz favor!
  7.  # 254

  8.  # 255

    Colocado por: CMartin
    Explique ghost o que quer dizer com isto.


    Apenas quis partilhar o artigo que me apareceu pelo Facebook e que tem a ver com a discussão, dar um pouco de contraditório aos "factos" apresentados muito lá atrás no tópico, lembra-se? ;)
  9.  # 256

    Não me lembro bem jà, dos retornados, é isso ?
    Vou ver melhor ghost..e o seu artigo também :o)
  10.  # 257

    A PIDE só começou a ser mais repressiva (pese embora tenha certamente cometido alguns abusos ) quando a oposição começou a defender as suas ideias á bomba, aliás o então e próprio primeiro ministro Salazar foi alvo de várias tentativas bombistas de assassinato. Se hoje a oposição tb. comecasse a defender as suas ideias á bomba e a fazer atentados bombistas contra políticos é obvio que o SIS teria também de ser mais repressivo.

    Enfim, se a demagogia pagasse imposto, a dívida publica portuguesa era paga num instante...


    Colocado por: Luis K. W.Não, CMartin.
    A Pide.

    A CMartin não viveu em Portugal no tempo em que nem sequer se dizia em voz alta o nome da "PIDE".

    (para quem vinha de Moçambique ou de Angola, habituados a alguma liberdade tropical, era um tremendo choque ver como as pessoas da Metrópole tinham medo de se exprimir)
  11.  # 258

    Colocado por: CMartinEu nunca fui inoportunada, o Luis foi pela PIDE? Alguém aqui foi ?
    A pergunta é de curiosidade sincera e não de liberdade tropical.
    Um primo do meu pai, cardiologista, foi detido pela PIDE mais de 10 vezes. Sempre que ele assinava uma petição pela liberdade dos presos políticos, ou regressava de férias no estrangeiro, lá ia parar a Caxias.

    Dois dos meus primos da margem sul (do Tejo) passavam a vida a ir dentro por actividades subversivas, como colar cartazes, distribuir panfletos e fazer comícios à porta de fábricas.

    O meu pai e a minha mãe tinham ficha na Pide. O meu pai por ser dirigente desportivo de um clube conhecido por ter na direcção uma enorme quantidade de oposicionistas (o Benfica, claro!). A minha mãe, porque foi testemunha abonatória de uma colega de curso (condenada por ser militante do PC) e, por isso, só conseguiu entrar para a Função Pública depois da intervenção de uma familiar do presidente do SNI.
    E ambos por terem sido apoiantes da CEUD.

    Podia continuar HORAS, falando dos meus vizinhos (professores; ele era um escultor, pintor e gravurista; comunistas), do pai de um meu falecido sócio sócio (advogado, socialista), do tio de um meu colega de liceu (sobrinho do Álvaro Cunhal), de um meu tio que foi chamado à Pide por causa do conteúdo das cartas que enviava da Guiné (onde cumpria o SMO) para a família, de um meu professor de matemática que "desapareceu" a meio do ano lectivo, ...

    Eu próprio escapei por pouco de ser apanhado nos anos 70 (neste caso, pela PSP) por participar numa assembleia de estudantes na Fac. de Medicina de Lisboa, e por andar a colar cartazes da oposição (durante um período eleitoral) na Estrada de Benfica.

    Colocado por: carlosj39A PIDE só começou a ser mais repressiva (pese embora tenha certamente cometido alguns abusos ) quando a oposição começou a defender as suas ideias á bomba
    A PIDE é descendente da PVDE.
    E "mais repressiva" só pode ser um eufemismo para assassina.
    São-lhe atribuídas várias mortes, como as de Alfredo Dinis / "Alex" (1945), Militão Ribeiro (1950), Raul Alves (1958, lançado do 3.º andar da António Maria Cardoso), José Dias Coelho (1961), Humberto Delgado (1965), Eduardo Mondlane (1969), Amílcar Cabral (1973),... Entre as muitas vítimas, estão: António Ferreira Soares, Francisco Ferreira Marquês, Germano Vidigal, José Moreira. Muitos morreram nas cadeias ou depois de libertados após longos anos de cárcere e/ou por não poderem tratar-se, porque obrigados à clandestinidade – entre estes, Soeiro Pereira Gomes, José Gregório, Manuel Rodrigues da Silva...
    Bento de Jesus Carraça morreu aos 47 anos (1948) um ano após ter sido preso pela PIDE, destituído do seu lugar de professor catedrático. Alfredo Caldeira (1938), Bento Gonçalves (1942) e tantos outros foram assassinado no campo da morte lenta (Tarrafal). E digo assassinados porque, como dizia o seu director "quem vem para o Tarrafal, vem para morrer».

    A PIDE comandava e enquadrava os "Flechas" que, para grande orgulho dos nossos dirigentes, conseguiram algumas "vitórias" e aterrorizaram os combatentes dos movimentos de libertação ("turras"), isto é... cometeram algumas atrocidades. Em Angola (e em Moçambique, embora com menos relevo) tiveram sucesso nalgumas acções "pseudo-terroristas" (atacavam alvos no estrangeiro, missões religiosas, etc., fazendo-se passar por "terroristas").

    E no dia 25/Abril/1974, no meio de todo aquele aparato militar (corvetas, artilharia, carros blindados, tanques, metralhadoras, etc.) as únicas vítimas mortais - Fernando Gesteira, José Barneto, Fernando Barreiros dos Reis, José Guilherme Arruda - foram as que caíram assassinadas pela PIDE.

    (depois de ter escrito isto, descobri um site com uma lista de vítimas mortais da PIDE/PVDE: http://paginavermelha.org/docs/assassinados-pelo-fascismo)
  12.  # 259

    Colocado por: CMartinWhite Walter disparate. Quer ir ver as cuecas ao homem jà agora ?
    Quer ir ver as cuecas de Màrio Soares ?
    Mantenha-se uma conversa com pés e cabeça, ao nível do que se està a conversar se faz favor!


    Não é disparate, mas eu nunca percebi porque é que as pessoas acreditam na propaganda acerca do dito senhor. Era pobre? Ele era professor catedrático em Coimbra, depois foi ministro e finalmente chegou ao poder onde ficou décadas sem fim. Como é que uma pessoa com este historial podia ser pobre?
  13.  # 260

    Colocado por: branco.valterNão é disparate, mas eu nunca percebi porque é que as pessoas acreditam na propaganda acerca do dito senhor. Era pobre? Ele era professor catedrático em Coimbra, depois foi ministro e finalmente chegou ao poder onde ficou décadas sem fim. Como é que uma pessoa com este historial podia ser pobre?

    Parte I (fonte wiki)
    António de Oliveira Salazar, Oliveira Salazar ou simplesmente Salazar GCTE • GCSE • GColIH • GCIC (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 — Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista nacionalista português que, além de chefiar diversos ministérios, foi presidente do Conselho de Ministros e professor catedrático de Economia Politica, Ciência das Finanças e Economia Social da Universidade de Coimbra.[1] Doutor Honoris causa, em 1940, pela Universidade de Oxford. [2][3]

    Nascido no seio de uma família humilde de pequenos proprietários agrícolas,[4] o seu percurso no Estado português iniciou-se quando foi escolhido pelos militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas, na sequência da Revolução de 28 de Maio de 1926. Foi substituído pelo comandante Filomeno da Câmara de Melo Cabral após o golpe do general Gomes da Costa. Posteriormente, foi de novo Ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.[5] Ficou também para a história como o estadista que mais tempo governou Portugal, desempenhando funções em ditadura entre 1932 e 1933, e de forma autoritária, desde o início da segunda república até ser destituído em 1968.

    Figura de destaque e promotor do Estado Novo (1933–1974) e da sua organização política, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal como presidente do Ministério de forma ditatorial entre 1932 e 1933 e, como Presidente do Conselho de Ministros entre 1933 e 1968. Os autoritarismos e nacionalismos que surgiam na Europa foram uma fonte de inspiração para Salazar em duas frentes complementares: a da propaganda e a da repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT e da Mocidade Portuguesa, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa ao estilo do fascismo, enquanto que a sua polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e mais tarde ainda DGS), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores do regime que, eram julgados em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).

    Inspirado no fascismo e apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grandes impactos positivos e negativos durante todo o período em que exerceu funções.
 
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