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  1.  # 601

    Colocado por: TZWPara que servem as cotas? Os bombeiros não são pagos pelo estado?


    São pagos por nós.
    Os voluntários cobram quotas aos sócios, os profissionais recebem do Estado.
  2.  # 602

    Colocado por: BricoleiroOs voluntários cobram quotas aos sócios, os profissionais recebem do Estado

    Se fosse assim tão simples...

    Continuo a achar estranho que se defenda o voluntariado para algo tão crítico para a segurança do país. Não sou contra a existência de voluntários nas fileiras dos bombeiros mas há muito que defendo a criação a nivel nacional, de corpos de bombeiros profissionais. Se aqui tanto se defende que para um projecto de uma casa é necessário um arquitecto, porque razão será aceitável um voluntário num serviço tão crítico? O mesmo quando se trata de engenheiros e suas estruturas, técnicos de gás e resoectivas instalações, tecnicos de madeiras e tubagens...and so on.
    Virão alguns dizer que desta forma fica mais barato! Pois é, o barato tem saído muito caro ao país. Continua-se a bater palmas ao voluntário, e bem, mas esquecem-se que não passa disso mesmo, um voluntário que, ainda que receba alguma formação específica para o exercício das suas funções, não é um profissional da área. Crie-se um sistema nacional de bombeiros profissionais, seguindo os normais métodos de selecção (extremamente importante) e formação, e depois das várias equipas criadas, quem quer ser voluntário, vai acompanhando estas equipas profissionais.

    Mais países têm este sistema instalado. Mas poucos têm as condições atmosféricas que os países do sul da europa enfrentam. Só assim se percebe a viabilidade de tal sistema no norte da Europa e seu fracasso no sul.
    Concordam com este comentário: 21papaleguas, Bricoleiro
    • TZW
    • 27 junho 2017 editado

     # 603

    Colocado por: Bricoleiro

    São pagos por nós.
    Os voluntários cobram quotas aos sócios, os profissionais recebem do Estado.

    Então se ninguém pagar cotas não há voluntários? Parece-me um contra-senso...Ou são privados, funcionários do estado ou voluntários, parece haver ai uma mistura de estatutos. Também defendo que o serviço de bombeiros é uma obrigação/responsabilidade do estado e que todos pagamos em impostos, quem quiser ser voluntario também me parece pacifico se alinhar em situações de menor risco, apoio, vigilância, etc, e que o estado forneça tudo o que precisem em género quando se deslocam para dar apoio.
  3.  # 604

    Colocado por: treker666Continuo a achar estranho que se defenda o voluntariado para algo tão crítico para a segurança do país.


    Também eu. Não acho que isso seja uma solução eficaz com capacidade e formação suficiente para responder a solicitações nesta área.
    Concordam com este comentário: treker666
  4.  # 605

    "No encalço dos incendiários de Pedrógão"
    "Nas últimas semanas antes da tragédia, registou-se um número anormal de ignições no concelho de Pedrógão Grande. Todas a poucos kms de Escalos Fundeiros. Pelo menos duas carrinhas terão sido vistas a tentar reacender focos de incêndio já dominados".

    fonte:sol

    Os nossos incendiários sempre foram muito mais eficientes que os bombeiros ...
  5.  # 606

    Colocado por: TZWEntão se ninguém pagar cotas não há voluntários? Parece-me um contra-senso...Ou são privados, funcionários do estado ou voluntários, parece haver ai uma mistura de estatutos.


    Contra senso ou não é o que há.
    Veja, eu não inventei nada...

    https://www.bombeiros.pt/perguntas-frequentes-2/

    " Que espécies de Corpos de Bombeiros existem?
    Nos municípios podem existir os seguintes corpos de bombeiros:
    a) Corpos de bombeiros profissionais;
    b) Corpos de bombeiros mistos;
    c) Corpos de bombeiros voluntários;
    d) Corpos privativos de bombeiros."
    • TZW
    • 27 junho 2017

     # 607

    Boa hora em que desisti de uma casita em moninhos cimeiros, acho que era assim o nome do local...fora os que gostam de apenas ver o fogo, há uma enorme quantidade de interessados por questões económicas o que é de lamentar.
  6.  # 608

    Colocado por: pedromdfOs nossos incendiários sempre foram muito mais eficientes que os bombeiros ...


    Até porque uma caixa de fósforos é muito mais barata que um auto-tanque ou um heli. :)
  7.  # 609

    O pessoal ainda não percebeu que hoje em dia a profissionalização dos Corpos de Bombeiros é premente. Porque é que não se transforma os Corpos de Bombeiros Voluntários em mistos ou profissionais? A resposta é simples, por causa do vil metal.

    Ter algo como os Sapadores Bombeiros de Lisboa, é caro porque a formação é longa e cara, os salários são melhores, os horários são controlados por causa das horas extraordinárias. Já os "Voluntários" abarcam tanto desde o Pai de família que vai lá bater os costados aos fins-de-semana e quando é preciso pessoal de urgência, como o assalariado que tem como fonte de rendimento o seu trabalho nos Bombeiros. Fazer formação nocturna e depois uns exercícios ao fim-de-semana para quem quiser entrar, não é bem a mesma coisa que passar por um concurso público, passar testes médicos, psicotécnicos e físicos e ter uma formação muito mais completa, muito mais rigorosa em horário de trabalho.

    Os Voluntários fazem o que podem, com o que têm e como sabem, mas há modelos muito superiores.

    Vejam como é no Japão, vejam como é no RU, etc, depois comparem com o que temos por aqui.
    • TZW
    • 27 junho 2017

     # 610

    Colocado por: branco.valterO pessoal ainda não percebeu que hoje em dia a profissionalização dos Corpos de Bombeiros é premente. Porque é que não se transforma os Corpos de Bombeiros Voluntários em mistos ou profissionais? A resposta é simples, por causa do vil metal.

    Ter algo como os Sapadores Bombeiros de Lisboa, é caro porque a formação é longa e cara, os salários são melhores, os horários são controlados por causa das horas extraordinárias. Já os "Voluntários" abarcam tanto desde o Pai de família que vai lá bater os costados aos fins-de-semana e quando é preciso pessoal de urgência, como o assalariado que tem como fonte de rendimento o seu trabalho nos Bombeiros. Fazer formação nocturna e depois uns exercícios ao fim-de-semana para quem quiser entrar, não é bem a mesma coisa que passar por um concurso público, passar testes médicos, psicotécnicos e físicos e ter uma formação muito mais completa, muito mais rigorosa em horário de trabalho.

    Os Voluntários fazem o que podem, com o que têm e como sabem, mas há modelos muito superiores.

    Vejam como é no Japão, vejam como é no RU, etc, depois comparem com o que temos por aqui.

    Parece um bocado a historia do emprego precario misturada com o a do ovo ou a galinha. Se não houverem voluntários o estado tinha que resolver o problema e no caso dos bombeiros não me parece que tenha logica serem voluntários por questões de necessidades económicas. É típico em Portugal criarem-se mil e uma organizações para o mesmo efeito, quanto mais burocráticas as coisas ficarem e embrulhadas umas nas outras mais recursos se gastam sem proveito, esta é a minha opinião, por outro lado não há tanta monopolização mas esta questão não seria problemática num serviço do estado sem corrupção e devidamente organizado.
  8.  # 611

    Colocado por: branco.valterPorque é que não se transforma os Corpos de Bombeiros Voluntários em mistos ou profissionais?

    Espero bem que naoeo façam pois a maioria não tem condições para o desempenho das funções. Não é à toa que para se enttar numa força do género, como referido, é necessário testes fisicos, psicotécnicos, médicos etc etc. Não era só o gasto financeiro, era mesmo esbanjar. A maioria das associações humanitárias servem para copos e patuscadas a baixo custo.

    E não é necessário o nível dos sapadores de Lisboa ou Setúbal. Era desejável mas não obrigatoriamente necessário. No entanto, nas áreas de comando já não digo o mesmo!
  9.  # 612

    Seria mais uma profissão sasonal com todos os problemas associados.
  10.  # 613

    Boa noite,

    Convém desmitificar algumas coisas que são ditas sem conhecimento de causa e de forma errada que ditas tantas vezes já "fazem lei".

    Sobre a causa do grande incêndio, restam poucas dúvidas sobre a origem, daquilo que tenho lido e recolhido de quem esteve no local, foram as trovoadas.
    O não terem ouvido o som característico que as trovoadas provocam não quer dizer nada. Existem dois tipos de raios, negativos e positivos, os negativos são a maioria, entre 90 a 95%. As cargas positivas formam-se no topo das nuvens, a uma elevada altitude do solo, cerca de 14km, sendo os mais perigosos, uma vez que podem alcançar uma zona da superfície terrestre a longas distâncias do local da trovoada (10 a 16km), sendo que a descarga eléctrica poderá ser até 10 vezes superior aos raios negativos. O fenómeno da queda de um raio sem se ouvir o trovão é chamado de relâmpago térmico, sendo que ocorre com maior frequência no verão. Logo cai por terra o mito de que não se ouviu o trovão, visto que pode ser gerado a uma distância muito grande.
    Em imagens do meteosat foi possível verificar que na zona de Pedrogão ocorreram a formação de nuvens de evolução que provocam as trovoadas.
    Nos registos do meteosat foi possível verificar às 14h45 a descarga de um raio positivo, ou seja, o popular diz que deu o alerta às 14h38, são horas muito próximas.
    Acho que a investigação que está a ser dirigida pela PJ vai manter a tese de ter sido um raio e todos os dados apontam para que na realidade tenha sido.

    Quanto aos fogos controlados, só não são realizados mais, porque ainda se vai realizando alguns, por mera falta da vontade política, das CM e do ICNF. Existem técnicos credenciados, equipas de apoio, terreno não falta, então porque não se fazem mais? Os senhores presidentes de câmara quando os seus concelhos são atingidos por esta calamidade vêm logo à procura dos holofotes criticar o poder central (isto quando não são da sua cor), demagogia autêntica porque não fazem NADA no campo da prevenção. Têm gabinetes técnico florestais para colocarem lá os amigos em autênticos tachos, não vão para o terreno verificar o estado dos caminhos florestais, pontos de água para abastecimento de meios aéreos, nada mesmo. Atenção que ainda existem bons exemplos neste campo, mas infelizmente contam-se pelos dedos das mãos.

    SIRESP, quando tem boa cobertura é sem dúvida um sistema de comunicação muito bom. Quando o estado abriu o concurso, foi este sistema que apareceu, se existe melhor ou não, isso não sei porque não percebo nada desse campo. Agora o sistema anteriormente utilizado nos incêndios, rede operacional bombeiros, chamada ROB era bastante deficitária, em terrenos muito acidentados era impossível comunicar. O SIRESP permite colocar em comunicação várias entidades, tem o problema de existir uma cobertura deficiente em muitos locais, alguns deles bem urbanos. Aqui tem o estado como cliente de exigir que se cumpra o contrato.

    Bombeiros, passa-se a imagem do coitadinho, imagem essa que interessa à associação humanitária e muito pouco ao bombeiro. A ANPC paga à associação o serviço que a mesma presta durante a época dos incêndios, desde o combustível, refeições (pequeno almoço, almoço, jantar, lanche e dois reforços), montante diário ao pessoal, montante diário aos veículos e todo o material que é danificado. Existe também a lei do financiamento das associações dos bombeiros, onde anualmente o estado transfere uma verba, calculada mediante determinadas variáveis. Por último as câmaras municipais comparticipam, umas mais que outras, com subsídios anuais, bem como com material e viaturas.
    Ainda podemos acrescentar a estes valores os diversos serviços que a associação presta e são cobrados, sejam eles a particulares, empresas, seguradoras...
    Financiamento das associações como podem ver não falta, não chega como devia ao voluntário que lá presta serviço.

    O caminho será criar à imagem de Espanha uma unidade tipo UME nas forças armadas. Em Espanha não assistimos ao circo de ter num incêndio 1000 ou mais combatentes como acontece cá. Desses 1000, efectivamente estão a trabalhar 30%, os outros estão encostados em sítios que nem o posto de comando sabe, porque é impossível comandar tanta gente. No incêndio às dias em Huelva estavam 500 homens e ao fim de 3 dias o incêndio estava apagado.
    Os grandes incêndios em Portugal tornam-se uma feira de vaidades, onde tudo quer ser protagonista e de produtivo pouco faz.
    Concordam com este comentário: treker666, eu
  11.  # 614

    Esqueci-me de comentar sobre a nossa floresta.
    Temos assistido na TV, alguns ditos especialistas, basta darem tempo de antena que são logo apelidados de especialistas, que temos de parar com a plantação de eucalipto.
    Da minha experiência o que digo é que no dia que colocarem travão no eucalipto teremos incêndios iguais ou piores do que assistimos, razão para isso é que vai crescer na mesma eucalipto mas de forma desordenada. A UE financia projectos florestais, mas esse financiamento tem de chegar aos pequenos produtores, chamado minifúndio.
    Têm de ser criadas áreas tampão com recurso a árvores autóctones, têm de ser efectuados fogos controlados em áreas de pinheiro para reduzir o combustível presente no solo, criar corta fogos (em alguns casos é reabilitar os que já existiam).
    Este caminho vai levar décadas, não vamos recuperar o atraso de 20/30 anos em 2 ou 3.

    Faço aqui um pedido, criem em vocês uma cultura de protecção civil, grande parte das pessoas que vêm um incêndio não se dão ao trabalho de ligar 112, ficam inclusive à assistir, isto foi presenciado por mim.
    Concordam com este comentário: treker666, eu, branco.valter, ktm333
  12.  # 615

    Bem, o relatório do SIRESP diz que não houve falhas durante o incêndio de Pedrogão, as entidades envolvidas dizem que sim e apontam isso como principal falha de coordenação das forças... das duas uma, ou estão a encobrir algum cabeçudo ou estão a gozar com as pessoas. Convinha esclarecer, ao menos em respeito com os familiares de quem lá perdeu a vida.
  13.  # 616

    Colocado por: pedromdfSeria mais uma profissão sasonal com todos os problemas associados.


    Sazonal? Eu nos Bombeiros trabalhava tanto de Verão como de Inverno. Não há fogos Florestais, mas há transportes de doenças, urgências, cheias, etc. Não me digas que acreditas na tona da Romena?!
  14.  # 617

    Colocado por: BricoleiroBem, o relatório do SIRESP diz que não houve falhas durante o incêndio de Pedrogão, as entidades envolvidas dizem que sim e apontam isso como principal falha de coordenação das forças... das duas uma, ou estão a encobrir algum cabeçudo ou estão a gozar com as pessoas. Convinha esclarecer, ao menos em respeito com os familiares de quem lá perdeu a vida.

    Basta ver só quem são os envolvidos no negócio e o modo como foi feito (sem concurso público), para tirar conclusões.
    Infelizmente, a partir do fim de Agosto passa a tormenta e rapidamente nos iremos esquecer do que aconteceu.
  15.  # 618

    Colocado por: zeuza
    . Em Espanha não assistimos ao circo de ter num incêndio 1000 ou mais combatentes como acontece cá. Desses 1000, efectivamente estão a trabalhar 30%, os outros estão encostados em sítios que nem o posto de comando sabe, porque é impossível comandar tanta gente. No incêndio às dias em Huelva estavam 500 homens e ao fim de 3 dias o incêndio estava apagado.
    Os grandes incêndios em Portugal tornam-se uma feira de vaidades, onde tudo quer ser protagonista e de produtivo pouco faz.


    concordando com o que disse, questiono-me como se fizeram as grandes operações da WWII (D day, market garden, etc..) com meios muito menos sofisticados.... quando se vê uma militarização da proteção civil. Inicialmente foram as chefias, e lentamente (e defendido em muitos dos comentários por aqui) e progressivamente o resto do dispositivo.

    a sua ultima frase resume muita coisa, mas a mudança da farda, em nada muda o problema.
  16.  # 619

  17.  # 620

    Colocado por: zeuzaTemos assistido na TV, alguns ditos especialistas, basta darem tempo de antena que são logo apelidados de especialistas, que temos de parar com a plantação de eucalipto.

    Não sei se teve a oportunidade de ver o programa Pós e contras sobre o tema.
    Eu vi, e um especialista como você lhes chama, professor de uma universidade, que estuda o fenómeno à vários anos, disse precisamente o contrário.
    O problema não tem a ver com a plantação do eucalipto, tem a ver com a forma desordenada e monocultura do mesmo.
 
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