Colocado por: maria rodriguesCMartin, vejo as suas fotos, na sua grande maioria, em posição de deitadas. Será que se passa apenas comigo?
Colocado por: TZWPenso que a grande diferença e que condiciona o tipo de edifícios que vemos hoje em dia é a mão de obra e ainda bem que algo mudou porque um edifício cheio de pormenor é interessante mas raramente tem uma construção com dignidade.
"As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra e a 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário do rei, procedeu-se à sagração da basílica.
È o mais significativo monumento do barroco em Portugal, integrando um Paço Real, uma Basílica, um Convento Franciscano e uma importante Biblioteca, síntese do saber enciclopédico do séc. XVIII.
A construção, que chegou a envolver mais de 50 mil homens, só terminou, oficialmente, em 1750, com a morte do rei,embora muitos pormenores só viessem a ser concluídos nos três reinados seguintes.
As dificuldades para manter os trabalhadores foram enormes chegando a ser tomadas medidas drásticas, para castigar os fugitivos. Os que fossem apanhados teriam de trabalhar 3 meses sem receber pagamento e se fossem reincidentes, esperava-os as galés e açoites. "
Provavelmente uns assim e outros pura escravatura, fora isso, acho que ninguém está disposto a pagar impostos com o intuito de patrocinar novas obras dessa envergadura versus proveito. Preservar as existentes já é um desafio...
Colocado por: CMartinFora de moda
Fonte e autoria de : Blog As Velharias do Luis
http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2017/02/um-bibelot-fora-de-moda.html?m=1
Um bibelot fora de moda
Por vezes os impulsos que nos levam a encher as nossas casas com objectos definitivamente fora de moda ou até mesmo Kitsch são estranhos. Talvez a frieza do mobiliário contemporâneo e o racionalismo da decoração minimalista se adaptem mal a quem tem uma certa visão romântica do mundo e gosta de se rodear de história. No fundo, quem colecciona velharias ou antiguidades está a inventar um passado para si, a encher a casa de objectos cheios de memórias, que pertenceram a outras pessoas e a apropriar-se delas.
Aliás é curioso, que o comércio de antiguidades como o conhecemos hoje teve origem em França, nos finais do II Império (1852-1870), quando os grandes milionários burgueses começaram a comprar cómodas, pinturas, bronzes, tapeçarias e esculturas dos séculos XVI, XVII e XVIII para tornar as suas casas semelhantes às dos velhos aristocratas. Estes grandes financeiros burgueses ao copiarem a decoração das casas nobres, cheias de antiguidades, herdadas de geração em geração, pretendiam confundir-se com a sociedade aristocrática.
Claro, esta jarrinha não tem nada de aristocrática. É um bibelot burguês possivelmente do início do século XX, mas que tem o charme de uma velha casa de família do passado. Nem sequer está marcada, pois na altura que foi produzida, algures na Alemanha, Áustria ou Boémia, os seus fabricantes tentariam que esta jarra passa-se por ser uma peça de Meissen, ou da prestigiada Royal Dux, com as suas jarras e figurinhas em estilo arte nova. Aliás, ainda tive esperança que esta jarra, com a sua decoração assimétrica, copiando as formas vegetais, fosse da Royal Dux. Mas as peças dessa antiga fábrica checa tem uma qualidade muito superior estão sempre marcadas.
A decoração da jarrinha, composta por um putti, uvas e parras representa uma dança dionisíaca, tema já usado na antiguidade e é muito comum na faiança, majólica, porcelana, biscuit e até na ourivesaria. Na pesquisa por imagens da internet vi dúzias e dúzias de jarras, jarrinhas e jarrões decorados com meninos gordos e travessos pendurados na asa, no bojo e no bico e com muitas parras e uvas à mistura.
Em suma, todas as minhas pesquisas para identificar o fabricante desta jarra foram inúteis. Posso apenas presumir que foi fabricada algures na Alemanha, Áustria ou na Boémia nos últimos anos do séc. XIX ou inícios do século XX. É uma peça Kitsch, sem grande valor, pois parte da asa está partida, mas tem o charme dos objectos irremediavelmente fora de moda.
Colocado por: CastelaMas sim, um objecto só pelo facto de ser fora de moda, por isso só, já o torna um objecto potencialmente interessante. :)
Colocado por: ClioII
Aqui está, CMartin, para colocar na parede da sua sala:
Colocado por: Castela
Não, essa esteve/ainda está? muito na moda...
Colocado por: CMartin
Coincidência. Hoje fui para visitar o Palácio de Mafra, esqueci-me de novo que está fechado às Terças e então visitei, novamente, a igreja.
Foto também tirada com telemóvel.
Fico sempre a pensar se a humanidade que foi capaz desta arquitectura assim, seria outra humanidade diferente da humanidade de hoje em dia. E acredito que sim.
A industria (lização) fez perder a pureza da beleza e da autenticidade e fez de nós macacos de imitação, consumimos o mesmo que vemos, e que nos vende a indústria, e não sabemos - pior, nem queremos na maioria, repudiamos até - saír deste compasso muito pouco inspirado ou inspirador. Matámos a essência da beleza, que não se faz por imitação, mas, antes nasce dentro de nós, vem da alma. Somos outros, e não somos nada notáveis.
O seu avô, tenho ideia que já tinha falado nele aqui no fórum.
Colocado por: CMartinNão sei porque a Administração não resolve isto.
Colocado por: CastelaO autor começa logo mal no primeiro parágrafo, ao criar um cenário dual entre decoração kitsch e decoração moderna, minimalista e racional, há muito mais para lá disso...
Colocado por: CMartinAliás é curioso, que o comércio de antiguidades como o conhecemos hoje teve origem em França, nos finais do II Império (1852-1870), quando os grandes milionários burgueses começaram a comprar cómodas, pinturas, bronzes, tapeçarias e esculturas dos séculos XVI, XVII e XVIII para tornar as suas casas semelhantes às dos velhos aristocratas. Estes grandes financeiros burgueses ao copiarem a decoração das casas nobres, cheias de antiguidades, herdadas de geração em geração, pretendiam confundir-se com a sociedade aristocrática.
Colocado por: CastelaDepois, os grandes milionários burgueses já compravam (e valorizavam) obras artísticas desde pelo menos finais do séc XIV, coincidindo com a transição da idade média para a idade moderna, no dealbar do Renascimento, pois em inícios do século XV, o desenvolvimento e intensificação do comércio interno e externo na europa, contribui para um forte dinamismo produtivo, fermento de uma verdadeira economia monetária, em que se respirava um ambiente económico de grande fulgor, que se traduziu no crescimento e enriquecimento das cidades, tornadas autênticos centros de negócios onde as actividades burguesas, desenvolvidas por mercadores e artesãos, geravam bem estar económico e social, tornando as sociedades mais dinâmicas, plurais e diversificadas, contribuindo também para isso uma maior alfabetização a par do conhecimento cada vez mais acessível.
É a génese de uma mudança de gostos e mentalidades na sociedade, que se torna mais racional e pragmática, com uma maior confiança no futuro o que leva a que se valorize a realidade vivida, o quotidiano. Este novo estilo de vida urbano e cortesão materializa-se em novas exigências culturais, ao mesmo tempo que hábitos de luxo e ostentação emergem como forma de afirmação de prestígio e poder, sobretudo no topo da sociedade, em que reis, nobres, altos eclesiásticos e burgueses ricos promovem nas suas “cortes” abundante e diversificada actividade cultural.
Esta prosperidade alicerçada numa burguesia industrial e mercantil é um dos elementos que concorreram para gerar o excepcional florescimento artístico da época.
Com a difusão do colecionismo, e em particular a pintura deixou de ser um privilégio apenas de uma elite e a paixão colectiva por pinturas gerou o desenvolvimento de um mercado vivo, capaz de satisfazer diferentes gostos, necessidades e fins.
Ou seja, nessa altura, já havia um verdadeiro mercado livre de arte, quer de antiguidades, quer de obras contemporâneas que à época seriam antiguidades mais tarde, tendo em conta também que o Renascimento é um retorno às grandes referências da antiguidade clássica.
que o comércio de antiguidades como o conhecemos hoje?
Colocado por: ClioII
Aqui está, CMartin, para colocar na parede da sua sala:
Colocado por: Castela
Não, essa esteve/ainda está? muito na moda...
Colocado por: branco.valterA construção deste edificio tem que ser visto como uma campanha militar,
Colocado por: Administração FórumEm princípio estará resolvido
Colocado por: ClioII
Aqui está, CMartin, para colocar na parede da sua sala: