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  1.  # 1

    Boa noite.
    Estou com um problema em mãos e não estou a ver forma de ser resolvido. É o seguinte :
    Adquiri um apartamento com o marido. Divorciamo-nos e não houve partilhas, foi acordado que ficaria com a casa. Durante 6 anos nunca falhei uma prestação, voltei a casar e tive um filho. Pago 250 de renda. Já fiz alguns melhoramentos etc. O meu ex marido lembra-se e quer tirar o nome do crédito e da casa, óptimo, vamos ao banco e não permite que saia. Já tentei incluir mais um fiador, foram dados bens de garantia, já sugerimos mil hipóteses e nada. A minha taxa de esforço é baixinha mas como o meu actual companheiro é insolvente não entra nas contas para negociar. Já fiz queixa no banco de Portugal e a resposta foi que o banco está a cumprir todos os pressupostos.
    Posto isto, só me resta colocar a casa à venda e aqui é que surgem os problemas. Eu vendendo a casa e saindo daqui não tenho para onde ir viver, as casas por aqui perto é dos 475 para cima, é completamente insuportável, fico sem dinheiro para comer. Já fui ver casas mais longe e os preços continuam nessa ordem. Finalmente este ano consegui vaga para o meu filho numa creche pública aqui na minha área de residência e o meu marido só pode ir para o trabalho de carro, não tem transportes públicos. Se fosse para muito longe talvez a renda fosse uns 75euros mais barata mas teria que colocar o meu filho num privado e gastar muito mais gasolina, ou seja, ainda iria gastar muito mais. Isto já para não falar que para a maior parte das casas teria que comprar eletrodomésticos. Para a casa ser vendida por um preço justo que me desse alguma margem, teria que fazer obras e neste momento não tenho dinheiro para tal. Estou de pés e mãos atadas. O banco está a mandar uma pessoa rigorosamente cumpridora para um poço. Irei passar de uma renda de 250 para uma de 500 e não vamos ter o que comer e tenho um bebé de um ano.
    Permitirá algum juiz ficar com a casa tendo em consideração o meu histórico e a situação em que irei ficar? Resta me alguma hipótese? Algum caminho que eu possa seguir? Todas as sugestões são bem vindas pois já não sei o que fazer :(

    Obrigado.
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    • 21 maio 2018 editado

     # 2

    Se o Banco não aceita a saída do seu ex, não há que forçar. Ambos formalizaram um contrato de financiamento pessoal com o Banco.

    É continuar com a situação que tem decorrido até aqui . Pagar o empréstimo até ao fim,. O chato é estar a pagar sozinha o empréstimo e o apartamento estar em compropriedade com o seu ex.
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  2.  # 3

    Como assim? O meu interesse é do meu ex é convergente, ele quer sair porque quer comprar casa com a sua atual e eu quero que ele saia porque quando a casa estiver paga quero que seja minha.
    O banco não permite nenhuma negociação então o meu ex está a obrigar me a vender a casa. Se eu sair daqui, não tenho mesmo hipóteses, nem família perto nos temos.
    O que faço então? Recuso me vender a casa? E se ele for a tribunal? O tribunal pode obrigar à venda. Não há forma de não perder a casa?
    Concordam com este comentário: ghost12
  3.  # 4

    Muda de banco.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Rcanfora
  4.  # 5

    Colocado por: RcanforaComo assim? O meu interesse é do meu ex é convergente, ele quer sair porque quer comprar casa com a sua atual e eu quero que ele saia porque quando a casa estiver paga quero que seja minha.
    O banco não permite nenhuma negociação então o meu ex está a obrigar me a vender a casa. Se eu sair daqui, não tenho mesmo hipóteses, nem família perto nos temos.
    O que faço então? Recuso me vender a casa? E se ele for a tribunal? O tribunal pode obrigar à venda. Não há forma de não perder a casa?


    O que está em causa é, unicamente, o vosso contrato de empréstimo com o Banco, que nada tem a ver com os vossos interesses particulares no desenvolvimento do vosso divórcio. O Banco é alheio a tudo isso e não está obrigado a ter que aceitar uma alteração de titulares.
    Quando o Banco aprovou o empréstimo teve por base a possível garantia de 2 titulares com o conjunto dos vossos rendimentos.
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  5.  # 6

    Colocado por: Rcanfora
    O que faço então? Recuso me vender a casa? E se ele for a tribunal? O tribunal pode obrigar à venda. Não há forma de não perder a casa?


    Aqui estamos a falar da partilha forçada da casa. Ou seja, divisão de coisa comum que, efectivamente, pode ser requerida em Tribunal pelo seu ex. Se tal vier a suceder, cada comproprietário terá a opção de adquirir a quota-parte do outro ou, se não houver acordo, será colocada à venda em hasta pública.
    Aqui, o Banco irá estar presente no ato das escrituras para receber o seu dinheiro.
    Assim, este desenvolvimento não resolverá o seu problema especifico .
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Rcanfora
  6.  # 7

    Bom dia, obrigada pelas respostas.
    Há acordo entre nós, ele quer sair e eu quero ficar com a casa.
    Eu se sair daqui simplesmente não vou ter onde viver. É esse o meu problema. Irei passar de uma renda de 250 para uma de 475 para cima (foi a mais barata que vi).

    Se formos a tribunal o banco permite que eu compre a parte do meu ex marido sem me colocar mais entraves?? Isso era óptimo.
    Suponhamos que a casa vale 80 mil, o banco faz me um empréstimo pessoal de 40 mil é isso?
  7.  # 8

    Colocado por: RcanforaSuponhamos que a casa vale 80 mil, o banco faz me um empréstimo pessoal de 40 mil é isso?


    tem que ter em conta que a casa está ainda a ser paga.

    por exemplo: se a casa for avaliada em 100k, mas ainda faltar pagar ao banco 50k, só tem que dar 25k ao seu ex, a responsabilidade de pagar o empréstimo ao banco foi assumida pelos dois, não seria correcto o seu ex ficar com os direitos (50k da casa) e fugir às obrigações (pagar metade ao banco)


    e uma vez que está a suportar totalidade da prestação actual ao banco, ainda pode pedir que dos 25k que terá que dar, abater metade das prestações que pagou na totalidade.

    compreendo que o dinheiro seja pouco, mas gastar ai algum dinheiro num advogado para a informar dos seus direitos, era dinheiro bem gasto.
  8.  # 9

    O meu ex não quer dinheiro meu, só se quer ver livre da casa.
    Eu expressei me mal.. O empréstimo foi de 99 mil mas só estamos a dever 85 mil ao banco (é a volta disto, ainda n confirmei)
    A casa deve valer uns 100 mil ou mais porque eu tb já fiz obras, tudo do meu bolso. O meu ex n quer dinheiro, só quer sair da casa e mesmo que fosse vendida o lucro seria todo para mim.
    Não existe desentendimento entre nós.
    Contudo ele tem direito a fazer a vida dele e quer vender.
    Se sair daqui n tenho onde viver.

    O juiz obrigará mesmo à venda sabendo que n tenho para onde ir nem dinheiro para um arrendamento?
    As nossas advogada tb não dão outras ideias nem formas de contornar para que fiquemos os dois bem..
    Só falam da venda e de caso vá a tribunal fico sem a casa na mesma. Será mesmo assim?
  9.  # 10

    Colocado por: RcanforaBom dia, obrigada pelas respostas.
    Há acordo entre nós, ele quer sair e eu quero ficar com a casa.
    Eu se sair daqui simplesmente não vou ter onde viver. É esse o meu problema. Irei passar de uma renda de 250 para uma de 475 para cima (foi a mais barata que vi).

    Se formos a tribunal o banco permite que eu compre a parte do meu ex marido sem me colocar mais entraves?? Isso era óptimo.
    Suponhamos que a casa vale 80 mil, o banco faz me um empréstimo pessoal de 40 mil é isso?


    Não. Em principio o Banco nunca vai aumentar a sua responsabilidade sobre empréstimo. Teria que ter dinheiro próprio para a operação e, possivelmente, tal valor teria que ser utilizado numa amortização do empréstimo.

    A unica forma que poderá ponderar é propor ao banco a alteração de 1 titular, por desvinculação do seu Ex , mas tal titular tem que suprir a taxa de esforço que o Banco exija para o empréstimo em causa.

    https://gasdeco.net/literacia-financeira/espaco-consumidor/espaco-consumidor-divorcio-alteracao-da-titularidade-do-credito/
  10.  # 11

    Pois.. Foi por isso que recorri ao banco de Portugal. A minha taxa de esforço é de 21% apenas, permitem até 40%, apresentei outro fiador efectivo e bens de garantia, o banco recusa tudo. O banco de Portugal diz que está a ser tudo cumprido e fechou a reclamação. Quando vivia com o meu ex, as prestações estavam em atraso, desde que foi embora cumpri religiosamente durante todos estes anos.
    Não acho justo ficar na rua sem ter onde viver tendo sempre eu pago tudo.
    Os arrendamentos são caríssimos.

    A questão é se no âmbito da divisão do bem, o juiz pode decidir que eu fique com a casa. Além de ter lá todo o meu investimento eu não consigo suportar uma renda de 500 euros, não me sobra dinheiro para comer e tenho um bebé a cargo.
  11.  # 12

    Rcanfora,

    Você já é proprietária de 50% do imóvel.
    Se o seu banco não facilita a compra dos outros 50%, então procure outro banco que lhe empreste o valor suficiente para fazer face às suas pretensões.

    Muito importante, não coloque a questão de que um quer sair do empréstimo.
    Coloque a questão de que você quer comprar a outra parte.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Rcanfora
  12.  # 13

    Talvez possa transferir o credito habitacao para outro banco.

    Ao fazer a transferencia, talvez consiga renegociar essa parte do contracto e portanto retirar o seu ex-marido do credito.
    Talvez o novo banco aceite fiadores e/ou por exemplo que o seu actual marido seja incluido no credito ficando na mesma com 2 titulares.
  13.  # 14

    Acho que no meio disto tudo, o facto de o seu actual marido estar insolvente é que está a fazer com que não lhe aprovem as alterações ao crédito.
    Já agora tente saber ao certo qual o valor da divida ao banco, provavelmente neste momento o montante em divida será igual ou superior ao valor da casa.
    Pergunte ao seu banco directamente quais as condições necessárias para lhe aprovarem as alterações ao crédito.
    Se a casa for para venda através do tribunal será muito pior para si porque eles vão vender a casa por qualquer valor e vai ficar com o resto da divida por pagar.
    O seu ex-marido até à data tem sido correcto consigo, mas também tem o direito de refazer a vida dele e tentar comprar nova casa e neste momento está impossibilitado de fazer um crédito à habitação porque está consigo neste crédito.
    Se tiver que vender a casa não espere que isto se arraste para o tribunal, tente você vendê-la por um preço que ache justo.
    Concordam com este comentário: Rcanfora
  14.  # 15

    O meu marido está insolvente, mas antes de entrar em insolvência divórciei me dele porque podiam ir buscar 1/4 da casa já que casamo nos com regime de adquiridos. Se eu adquiriste a metade do meu ex metade da metade iam penhorar. Enfim.
    Neste momento ele nem entra nas contas.

    Eu n estou contra o meu ex, também quero que ele faça a vida dele e sempre o apoiei e incentivei a tal. Eu é que vou ficar em muito maus lençóis depois de sair da casa. Nunca pensei que o banco colocasse tantos entraves mesmo colocando novos fiadores, dando novas garantias e etc.

    Vou tentar obter crédito em algum banco de forma a pagar a metade do empréstimo dele. Começo a achar que mesmo assim vão colocar algum entrave. Enfim..
    Só não quero ficar sem tecto.
    • JOCOR
    • 21 maio 2018 editado

     # 16

    Perdoem-me se vou parecer insensível, mas, ... há aqui muita coisa mal contada (no mínimo).

    Quem ganha 1240 euros mensais e paga 500 para a casa ainda fica com 740 euros para o resto das despesas, incluindo a alimentação.

    Como é que fica sem dinheiro para comer ???

    Num dos posts acima, diz que paga de "renda" 250 e depois diz que isso equivale a uma taxa de esforço de 21%, o que significa que ganha 1240 euros por mês.

    Diz também que o seu ex-marido quer comprar agora uma casa e depois diz que ele está insolvente.
    Diz também que o seu actual companheiro também está insolvente ...

    Diz que a casa onde agora vive vale cerca de 100 mil euros e a dívida ao Banco é de cerca de 85 mil euros o que significa que se forem vocês a venderem a casa ainda ficarão com vários milhares de euros para dar de entrada numa futura casa (mais barata, talvez).
    Já lhe mostraram acima que segundo a DECO há legislação que defende casos como aquele que você está a relatar.


    Em último caso, larga a casa e arrenda outra pois com 1240 euros mensais vai conseguir isso MELHOR do que muitos portugueses hoje conseguem.

    Repito, não quero parecer insensível mas tudo me leva a crer que o que foi relatado não corresponderá à realidade.
  15.  # 17

    JACOR,
    Eu tenho um ex marido, do qual me divórciei há uns anos e com o qual contrai empréstimo habitação.
    Entretanto anos mais tarde voltei a casa e como o meu marido teve de entrar em insolvência devido a uma situação com a ex mulher dele, então como já tinha ideia de adquirir metade da casa, tive de me divorciar do meu actual marido para, quando adquiriste metade da casa, não irem penhorar 1/4 da casa. Portanto teoricamente sou divorciada duas vezes, mas quando me refiro ao meu ex, refiro ao ex com quem tenho o tal crédito, o outro considero marido.
    O meu ex não está insolvente. Quem está é o meu actual e por isso não entra nas contas.
    Sim a minha taxa é muito baixa, contudo não tenho só a casa, tenho o colégio do meu filho, tenho o condomínio, tenho muita despesa em gasolina e estou a pagar uma máquina de roupa. Consegui vaga finalmente no público e por isso não posso sair da zona. Não temos vícios, já cortei muitas despesas incluindo na alimentação.
    Se não estivesse realmente aflita não viria aqui expor a minha situação.. Não tenho nenhum intuito de enganar ninguém.

    Comprei a casa por 100 mil. Neste momento devo 85 mil euros. As casas aqui têm se vendido por esse valor e estão em melhores condições que a minha. Vou ter de fazer obras para que consiga algum lucro. Se vender como está, ou não se vende ou tenho que vender abaixo do valor que devemos.
    Por isso de uma forma ou de outra irei desembolsar dinheiro que não tenho para ir viver para uma casa que não vou conseguir pagar.
    Esta é a minha situação atual.
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  16.  # 18

    E há quantos anos tem o empréstimo 85mil é quase o valor total...
  17.  # 19

    Olhe parece-me que uma possível solução é procurar outros bancos que lhe possam fazer o crédito para comprar a outra metade da casa. Não é obrigada a estar só a falar com o seu banco. Se outro banco lhe arranjar uma solução pode transferir o credito. Vale a pena falar com vários bancos e às vezes até com agências diferentes dentro dos vários bancos. A ideia que tenho é que a altura em que dão mais facilidades é no final do anos pois têm os objectivos anuais para cumprir. Espero ter ajudado e desejo-lhe boa sorte
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  18.  # 20

    se tem uma taxa de esforço de 21% a pagar a totalidade desse empréstimo e o que o ex que é apenas sair do crédito e não pretende dinheiro nenhum, o caminho passa por tentar fazer um crédito habitação num outro banco para pagar esse. O seu companheiro estando insolvente pouco ajuda, então o melhor é nem falar dele a banco. Diz que tem um fiador, pelo que é começar a visitar os bancos.
 
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