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      NTORION
    • 29 setembro 2018 editado

     # 381

    Colocado por: desofiapedroAhahahha nada de desafiar :P De de "Dé", uma abreviatura dada por amigos e familiares ao meu primeiro nome, e sim o resto está correto :)


    Boa, cá em casa o meu filho tb tem uma 'Dé'... Mas não desvendo o mistério do nome :)
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  1.  # 382

    Colocado por: CMartinÉ a primeira vez que o vejo como com pernas para andar, em arquitectura..em outros horizontes.

    Não me conhece... eu aqui reporto-me ao que me aparece pela frente...Sou muito pragmático.
  2.  # 383

    bolas.... ainda diziam que a minha planta tinha mesas a mais...


    como é que juntava esta malta toda a comer o borrego? quando começarem a debater arquitectura vou comer para outro lado.
    Concordam com este comentário: two-rok
  3.  # 384

    Partilho da opinião do Pedro Barradas.

    Em Portugal, na nossa classe, vejo que existe uma grande falta de humildade. Ainda continuamos com alguns arquitectos na base de "sou um criativo, um artista", aliado a muito pouco saber técnico efectivo - que é onde e como tudo se materializa.

    Esta questão tem um fundo histórico, como sabemos. Há muitos factores a concorrer para que seja assim.
    Ainda bem que também temos exemplos de excelencia.

    A profissão tem-se vindo a modificar. À semelhança de outras profissões, passou a haver um acesso mais democratizado, o que é acompanhado por um contexto próprio.
    Com a quarta revolução industrial, estão lançadas as bases económicas e culturais para uma reviravolta que também vai influenciar a construção.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, two-rok
  4.  # 385

    Colocado por: Pedro Barradas. eu aqui reporto-me ao que me aparece pela frente...

    Está tramado :o)
    Nunca vai saír do armário.
  5.  # 386

    Colocado por: CMartin
    Está tramado :o)
    Nunca vai saír do armário.


    Bom, eu gostaria de dizer que existe vida fora do fórum....
    não vamos julgar a uva pela videira...

    Há muitas formas em que é preciso sair do armário.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6.  # 387

    Colocado por: ADROatelierEm Portugal, na nossa classe, vejo que existe uma grande falta de humildade. Ainda continuamos com alguns arquitectos na base de "sou um criativo, um artista", aliado a muito pouco saber técnico efectivo - que é onde e como tudo se materializa.


    é preciso ver que existem dois grandes tipos de arquitectos no mercado actualamente, os que tem mais que 50 anos, que tiram o curso na altura que o acesso ao ensino superior era de certa forma priviligiado. onde os "pobres" falavam com desenhadores para desenharem as casas e os arquitectos trabalhavam para quem tinha dinheiro para desvaneios

    e os arquitectos mais novos, em que tiraram o curso na altura em que o ensino superior já está mais massificado (embora arquitectura sempre tenha tido médias altas) e tem que levar com os "pobres" para lhes desenharem casas, onde não existe dinheiro para desvaneios.

    penso que os arquitectos mais novos, tem a flexibilidade suficiente para trabalharem os dois mercados, o mercado dos "pobres" e o mercado dos "ricos", mas não vejo esta felxibilidade nos arquitectos mais velhotes.
    Concordam com este comentário: two-rok
  7.  # 388

    Colocado por: CMartinEstá tramado :o)
    Nunca vai saír do armário.

    AH AH AH AH.. Lololo.....

    Colocado por: ADROatelierBom, eu gostaria de dizer que existe vida fora do fórum....
    não vamos julgar a uva pela videira...

    Ora nem mais...

    Colocado por: ADROatelierHá muitas formas em que é preciso sair do armário.

    Isso deixo para quem se sentir fechado/ afectado ;)
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 389

    Colocado por: ADROatelierEm Portugal, na nossa classe, vejo que existe uma grande falta de humildade. Ainda continuamos com alguns arquitectos na base de "sou um criativo, um artista", aliado a muito pouco saber técnico efectivo - que é onde e como tudo se materializa.
    tem de haver espaço para todos. Por se arqº mais artístico já é mau? não sabia. Isso a que chama falta de humildade. até pode ser falta de humildade, mas não vejo mal nisso. Tem a ver com a personalidade de cada qual. Se esses conseguem vender o seu produto, a sua visão, a sua excentricidade onde está o mal? é porque existe mercado para tal.
    Concordam com este comentário: caboche, CMartin
  9.  # 390

    Colocado por: antonylemostem de haver espaço para todos. Por se arqº mais artístico já é mau? não sabia. Isso a que chama falta de humildade. até pode ser falta de humildade, mas não vejo mal nisso. Tem a ver com a personalidade de cada qual. Se esses conseguem vender o seu produto, a sua visão, a sua excentricidade onde está o mal? é porque existe mercado para tal.
    Concordam com este comentário:caboche


    Discordo.
    O tem que haver é bons técnicos, sabe?
    É como os médicos. Lá porque há procura de coisas mal feitas, nao significa que se dê seguimento. Por isso, espera-se que técnicos competentes não alinhem em determinadas situações.

    Não disse que ser criativo ou artista é falta de humildade - são dois assuntos distintos.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, two-rok
  10.  # 391

    Eu concordo consigo quanto ao ter de haver bons técnicos, e penso que o mercado acaba por filtrar os bons dos maus profissionais. não disse que devia haver espaço para os maus técnicos.. apenas que haver um ou outro com mais mania não era sinonimo de ser mau técnico.

    (agora fui reler o seu post original.. ;)
    Concordam com este comentário: ADROatelier
  11.  # 392

    Não estava a referir-me a má ou boa arquitectura.
    É antes à falta de horizontes, não há abertura nenhuma (no forum).
    Concordo com o Pedro Barradas sobre o excelente caminho dos arquitectos portugueses usando o minimalismo em arquitectura popular e tradicional.
    Não vejo isso aqui, em exemplar nenhum.
    Já nem exijo excentricidades (que geralmente me encantam), mas se aparecesse uma planta de tal, penso se entravam em parafuso os arquitectos (desperdício de área útil, hierarquias, fluxos.. aquelas coisas que põem, aparentemente, acima de outras..tantas outras).
    Uma parede em alvenaria é o mesmo que uma cortina em vidro, em arquitectura. Como assim ? Em construção, sim, agora nunca em arquitectura.
    Criativo e artista, onde mora ?
  12.  # 393

    Colocado por: pauloagsantose os arquitectos mais novos, em que tiraram o curso na altura em que o ensino superior já está mais massificado (embora arquitectura sempre tenha tido médias altas) e tem que levar com os "pobres" para lhes desenharem casas, onde não existe dinheiro para desvaneios.

    Claramente que a essência da questão pior, para mim, não é a económica. É mesmo a pobreza de conhecimentos, presos por eles, fica-se sem alternativas. Os arquitectos também não dão grandes alternativas, embora tenham os conhecimentos para tal (...). As casas aqui (forum) seguem todas as mesmas directrizes. É uma escolha pobre de espírito, mais do que de bolso.
    Quem duvida da importância disto, não sabe diferenciar entre uma construção e uma arquitectura. Nos DOs ainda se entende.
  13.  # 394

    E tendo dito isto.

    “O espaço arquitectónico não é fixo nem rígido: é o espaço-tempo que se experimenta na leitura dinâmica das sequências
    arquitectónicas. (...) por isso nenhuma reprodução gráfica ou fotográfica de um edifício pode substituir a experiência espacial e
    até mesmo a representação cinética de um filme não recolhe senão uma das infinitas sucessões mediante as quais se pode fruir
    um espaço. O ritmo dilatado ou contraído, cerrado ou articulado, nítido ou complexo, elementar ou misterioso e transitório de um
    espaço e, ainda mais, de um conjunto de ambientes, constitui a consequência emergente da fantasia arquitectónica e só pode
    ser compreendido através da leitura meditada que se pode fazer de um edifício observando-o de todos os pontos de vista,
    através de múltiplos itinerários.”
    Zevi, B. (1979) Architectura in Nuce (pag.49-50)
  14.  # 395

    Volume e espaço arquitetónico
    A arquitetura tem ao espaço como elemento primordial, o pormenoriza e o delimita mediante o volume. Volume arquitetónico e espaço arquitetónico são independentes, e às vezes a sua sensação e percepção não coincidem. Também nem sempre coincide o volume com a forma material que o delimita, pois variam: a proporção de níveis interiores; a dimensão visual da cor e as texturas; e a direção das transparências.
    Fonte : https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espaço_arquitetônico
  15.  # 396

    Colocado por: CMartinUma parede em alvenaria é o mesmo que uma cortina em vidro, em arquitectura. Como assim ? Em construção, sim, agora nunca em arquitectura.


    Oi? Como? Quando? Onde? É mais parecida em arquitectura do que em construção, porque a desenhar, se calhar desenham-na igual, mas a executar tem um sem mundo de diferenças, CMartin.

    Esses dois mundos são tão importantes quanto o ter a percepção de que não vivem um sem o outro, e desprezar a parte técnica é um erro crasso de toda e qualquer pessoa que esteja a enveredar por uma área que depende de ambos os mundos. Tem todo o direito de se encantar pela arquitectura e inspirar-se nela, mas se desprezar a parte técnica vai-se espalhar ao comprido.

    Eu respeito esta nova geração de arquitectos que se interessam em saber se as suas ideias são possíveis de realizar no mundo real, porque felizmente estes têm a percepção de que aquilo que desenham/idealizam, por vezes, é o cabo dos trabalhos para pôr em prática (quando é sequer possível). Estes de que falo, têm mais respeito pela carteira dos clientes. Mas também sabem ir pelo caminho da criatividade. Nenhum arquitecto deixará de pôr o seu cunho criativo em qualquer projecto que faça.
  16.  # 397

    É precisamente isso que digo, two rok. Houve ao longo desta discussão, deste tópico, um arquitecto que tenha dito que uma parede em alvenaria ou uma parede em vidro é igual, e em nada muda o todo. O que está errado, para mim, claramente.
  17.  # 398

    Mas..acho que é importante falar também do purismo, e não posso deixar de o fazer, estaria a ser parcial nesta conversa, porque ele existe, e se me recordo bem, era bastante defendido pelo m.arq. O purismo: o que é, é, em arquitectura.

    "O Purismo foi um movimento artístico advindo do Cubismo, que defendia a purificação da pintura e da arquitetura, com a desvinculação da influência emocional nas obras. Iniciou-se no final da segunda década do século XX, após o fim da Primeira Guerra Mundial.

    O Purismo valorizava a purificação das formas geométricas, e propôs uma arte sem subjetividade ou fins decorativos. Também não utilizava recurso de profundidade nas obras, que sempre eram produzidas em apenas duas dimensões. Já na arquitetura, o uso de formas geométricas básicas e pouco elaboradas refletia o desejo de produzir uma arte completamente racional.

    O movimento surgiu oficialmente com a publicação do livro “Après le cubisme”, de Amédée Ozenfant e Charles-Edouard Jeanneret. Na obra, estes artistas criticam a transformação do Cubismo numa arte decorativa, e reivindicam a volta da arte saudável, baseada na objetividade, clareza e utilidade, como uma luta em defesa da retomada da ordem e dos limites racionais da arte.

    Segundo os artistas adeptos do Purismo, o ser humano possui uma necessidade de ordem para alcançar o equilíbrio, e por isso as obras remetiam a formas proporcionais, para promover certa harmonia espiritual. O advento da máquina, em larga expansão e rápida mutação no início do século XX, também é muito importante no desenvolvimento da arte purista, pois reflete a necessidade de ordem e substituição defendidas pelo movimento, bem como o uso necessário da arte e da arquitetura, levando em consideração a funcionalidade, e não a beleza ou subjetividade.

    Alguns conceitos defendidos largamente pelo movimento purista foram a beleza da funcionalidade eficiente, a razão na arte, a importância da precisão e o destaque do essencial e coletivo. A arte purista retoma muitos temas do Cubismo, como a pintura de instrumentos musicais e temas do cotidiano, e os artistas pertencentes ao movimento negavam que houvesse uma abstração geométrica. Apenas defendiam a construção de “objets types”, que significa “objetos padrão”, inspirados na natureza e na produção humana, como as máquinas. Por conta dessas características, o Purismo remonta a ideais ainda do Humanismo Renascentista.

    Por toda objetividade, ausência de ornamentação, simplicidade e harmonia proporcional, o Purismo não teve vida longa, foram em torno de oito anos de duração, pois não estabeleceu grande popularidade em Paris e não se firmou como escola pictórica.

    Os principais nomes do Purismo foram: Henri Laurens, Jacques Lipchitz, Amédée Ozenfant, Charles-Edouard Jeanneret, Paul Dermée, Maurice Raynal, Pierre Reverdy, Blaise Cendrars e Fernand Léger."
    Fonte:https://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/purismo/
  18.  # 399

    No fundo, existem duas correntes diria, e até hoje, pelo que se vê: quem, até mesmo sem o saber, é defensor do purismo e outro, que admite a subjectividade emocional da arquitectura. Nenhuma delas, coloca em causa a técnica, ambas legítimas forma de defesa da arquitectura e da sua técnica.
  19.  # 400

    De qualquer forma tenho que acrescentar o seguinte : se a arquitectura fosse apenas objectivamente a construção e nada mais, na linha do purismo, não teria havido, ao longo da História da humanidade e até à data de hoje, estilos de arquitectura. E penso que é conhecimento comum que existem estilos de arquitectura. Logo a arquitectura pode ser subjectiva, e é, para além do material construído.
 
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