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  1.  # 101

    Não sei se é bem isso. Conheço uma empresa criada por uma pessoa que tinha estudos, mas não devia passar do equivalente ao secundário. Essa pessoa morreu com uns 60 anos e ainda capaz de dirigir a empresa de forma adequada durante uns 10-15 anos.

    A gestão da empresa foi confiada aos descendentes (2), que têm formação na área.

    Embora a empresa não tenha fechado como com tantas outras em situação idêntica, a verdade é que esta não está a carburar ao seu verdadeiro potencial, tendo sido reduzida a um quase esqueleto. A gestão não é só uma coisa que se aprende teoricamente. É preciso um temperamento para isso.

    É por isso que:

    Colocado por: J.FernandesPois se os mal qualificados o fizeram, os bem qualificados, os superiores, a elite que tanta se queixa, conseguirá muito mais facilmente fazê-lo.


    É, muitas vezes, uma falsa questão. Eu sou trabalhador por conta de outrem e muito provavelmente não conseguiria gerir uma empresa minha. Conseguiria gerir bem a minha microempresa onde seria "tudo". Isso não implica que não consiga ver os problemas onde eles existem. Parte do meu trabalho é, quando confrontado com avarias, arranjar soluções. Também acontece que sou crítico de algumas soluções da minha empresa, mas procuro que o meu trabalho seja positivo, no sentido de trazer valor acrescentado ao meu empregador. Tenho plena consciência que um trabalhador que não traz esse valor acrescentado não é atractivo e também, se quiser mudar de vida, não terá tantas oportunidades.

    Nesse contexto, aceito que o meu empregador tenha lucro, pois tem também o ónus da responsabilidade última. Sou crítico do que tiver que ser, - na medida do possível - pois não tenho vontade que a minha empresa (e eu - em alguns casos) saia prejudicada por decisões desadequadas ou desajustadas à realidade.

    J.Fernandes,

    Outra história para si:

    A mulher de um ex-colega meu trabalhava há 14 anos numa empresa, desempenhando um cargo de coordenação de um grupo de pessoas, cerca de 12. Não era aumentada há uns 7 anos e ganhava uns €800.

    Certo dia a patroa chegou-se a ela e disse-lhe: Venha ver o que o patrão me ofereceu. Era o último SUV da Porsche. A mulher teve um treco e despediu-se quase imediatamente. Nem um ai dos patrões, nem um aumento. Felizmente esta família nem precisa que a mulher esteja empregada para ter um nível de vida aceitável. É assim que se recompensa a lealdade.

    Cumprimentos.
    Concordam com este comentário: smart
  2.  # 102

    O mal do nosso país é falta de profissionalismo na gestao das empresas. Quando sao familiares só olham para os interesses deles. Enquanto empresaa de dimensão maior, o colaborador é mais um meio para atigir os fins.
    Nada tem haver com terem estudos ou nao. O sucesso de uma empresa ou o que leva a alguem arriscar e montar uma empresa são um conjunto de variaveis que conjugadas num determinado tempo, espaço, oportunidade e necessidade, levam a mesma ao sucesso.
    As vezes alguem sem ler nem escrever monta uma empresa e ganha dinheiro. Tudo tem haver com risco vs informaçao. Os mais informados tendem a analisar o risco com muito cuidado e isso leva a desistências. Os menos informados tendem a arriscar porque nao vêem os riscos.
    O nosso pais precisa de trabalhar a meritocracia. Só assim aumentamos a nossa produtividade e competitividade.
    Trabalhas muito e bem, entao deves ganhar mais do que aqueles que nao se esforçam tanto e bem.
  3.  # 103

    Colocado por: JoelMgostava que comentassem o estudo!

    Não faltam estudos sobre isso, esse de uma comissão constituída pelo governo com uma conclusão pré-definida à partida para ficar alinhado com a visão esquerdista-venezuelana do momento, vale o que vale.

    Toda a gente sabe que a falta de qualificações de patrões e empregados é a principal causa da baixa produtividade nacional.
  4.  # 104

    geografia social, sociologia económica explicam muita coisa.

    alias basta por observar o que aconteceu no auge dos descobrimentos.
  5.  # 105

    Colocado por: Picareta
    Qualquer um pode ser empresário...é só sair da zona de conforto.
    Concordam com este comentário:Diogo999
    Picareta, o problema é qualquer um achar que pode ser empresário. Depois aparecem os famosos patos bravos que estragam quer o negócio deles quer o dos outros
  6.  # 106

    Colocado por: jorgferro problema é qualquer um achar que pode ser empresário.

    Não é problema nenhum, é uma coisa natural que muita gente queira ter a sua empresa. Se há problema em Portugal é o baixo número daqueles que, efetivamente, o fazem.


    Colocado por: jorgferrDepois aparecem os famosos patos bravos que estragam quer o negócio deles quer o dos outros

    Mais uma vez não vejo aqui problema nenhum, as más decisões e os erros dos empresários pagam-se caríssimo, o incentivo a fazer bem é enorme.
  7.  # 107

    Colocado por: JoelME eu a pensar que o problema era a falta de produtividade!

    Referi essa como a causa de os salários serem baixos em Portugal. Agora que estava a responder ao comentário do jorferr não estava a falar nem de salários nem de produtividade.



    Colocado por: JoelMQual o estudo de referência para o J.Fernandes?

    Não faltam dezenas de estudos de vários institutos e universidades, o que podemos e devemos excluir à partida são os relatórios de estudos encomendados pelos diversos governos.
    • RCF
    • 31 março 2019

     # 108

    Há muito bom trabalhador por conta de outrem, que apenas não teria sucesso como patrão por uma questão de ética. E há muito patrão que, também, apenas tem sucesso por uma questão de ética.
    No primeiro caso por ter ética e no segundo caso por falta de ética.
    Não. Não são todos assim. Mas, alguns são.
    Concordam com este comentário: alexp
  8.  # 109

    Colocado por: RCFHá muito bom trabalhador por conta de outrem, que apenas não teria sucesso como patrão por uma questão de ética. E há muito patrão que, também, apenas tem sucesso por uma questão de ética.
    No primeiro caso por ter ética e no segundo caso por falta de ética.
    Não. Não são todos assim. Mas, alguns são.

    Podemos então chegar à conclusão que só a falta de ética de alguns permite o sustento a milhares de famílias?!
  9.  # 110

    Colocado por: jorgferrQualquer um pode ser empresário...é só sair da zona de conforto.


    Se não se conseguir gerar uma boa rede de contactos e bons clientes não se consegue.
    • eu
    • 31 março 2019 editado

     # 111

    Colocado por: J.FernandesEstamos parados no tempo de facto, a produtividade do país continua uma vergonha comparada com a média europeia; e é devido a essa baixa produtividade é que os salários têm de continuar baixos para que as empresas possam sobreviver.

    A relação entre salários e produtividade é muito ténue. A produtividade depende acima de tudo do valor acrescentado, ou seja, da qualidade e exclusividade dos produtos e serviços criados.

    Aliás, os países com melhor produtividade até têm salários altos. E não conheço nenhum país de elevada produtividade com salários baixos.
    • RCF
    • 31 março 2019

     # 112

    Colocado por: J.Fernandes
    Podemos então chegar à conclusão que só a falta de ética de alguns permite o sustento a milhares de famílias?!

    Talvez sim... nos casos em que, por exemplo, o patrão paga €600, quando podia e devia pagar €1000. Nestes casos, o patrão permite o sustento a uma família ou a uma pessoa, apesar da falta de ética. E creio que a palavra “sustento” será mesmo a palavra certo, pois não é mais do que isso.
    O exemplo que um forista atrás deu, da familiar, que tinha um ordenado miserável, apesar de até desempenhar um cargo de responsabilidade e muitos anos de trabalho, enquanto o patrão oferecia um Porche à mulher, será um bom exemplo do que escrevo. Nesse caso, o patrão, não obstante a falta de ética, garantia o sustento daquela empregada.
  10.  # 113

    A bolha imobiliária pode rebentar mas estou convencido que os preços das casas dentro da cidade de Lisboa e Porto nunca mais irão ficar tão baratos e manter-se-ão sempre muito elevados. É a lei do mercado. Quem tem dinheiro mora no centro das cidades e quem tem menos dinheiro mora nos subúrbios. Ainda assim ainda mora muita gente pobre (e classe media baixa) em Lisboa. É chato dizer isto, mas é necessário que assim seja porque no dia em que os mais pobres morarem nos subúrbios e os mais ricos nos centros das cidades a qualidade de vida nas cidades será melhor. Ainda não há muito tempo, no prédio em frente á minha casa em alguns andares quando se partiam os vidros das janelas metiam plásticos. E isso para mim é mais por pobreza de espirito porque para essa gente nunca falta o dinheiro para o vinho nem para o cigarro só falta para o que é essencial...
  11.  # 114

    Colocado por: RCFTalvez sim... nos casos em que, por exemplo, o patrão paga €600, quando podia e devia pagar €1000.

    O que você me está a dizer é que um patrão podendo ter um empregado por 600€ devia pagar 1000€ porque senão é uma pessoa sem ética. Gostava de lhe perguntar a si, se também prefere pagar 50€ numa loja havendo uma loja ao lado onde pode comprar o mesmo produto por 40€, se souber que o dono da primeira loja vende mais caro porque paga mais ao empregado.

    Obviamente, que ninguém faz isso, e bem. Mas para a mentalidade pequena de alguns marxistas de pacotilha, a ética é muito bonita mas é para os outros.
  12.  # 115

    Colocado por: euAliás, os países com melhor produtividade até têm salários altos. E não conheço nenhum país de elevada produtividade com salários baixos.

    Sim, foi o que disse. Também não conheço nenhum país com baixa produtividade que tenha salários médios altos - no privado claro, porque a irracionalidade dos vencimentos da função pública é outra história.
  13.  # 116

    Colocado por: J.Fernandes
    O Gostava de lhe perguntar a si, se também prefere pagar 50€ numa loja havendo uma loja ao lado onde pode comprar o mesmo produto por 40€, se souber que o dono da primeira loja vende mais caro porque paga mais ao empregado.

    Obviamente, que ninguém faz isso, e bem.


    Se calhar até há quem faça isso mas acredito que não seja coisa para qualquer zequinha...
    https://www.fairtrade.net/
  14.  # 117

    Colocado por: J.Fernandes(...) um patrão podendo ter um empregado por 600€ devia pagar 1000 (...) Gostava de lhe perguntar a si, se também prefere pagar 50€ numa loja havendo uma loja ao lado onde pode comprar o mesmo produto por 40€ (...)


    Caro J.Fernandes, o exemplo que eu dei acima referia-se a uma redistribuição mais equitativa da riqueza. Como é evidente, se o mercado não comporta o aumento de salários, isso põe a sobrevivência da empresa em risco. É diferente de chegar uma pessoa que se passeia na empresa com um Porsche novo. Um Ford Focus também anda e custa menos.

    Cumprimentos.
  15.  # 118

    Colocado por: terraverdeA bolha imobiliária pode rebentar mas estou convencido que os preços das casas dentro da cidade de Lisboa e Porto nunca mais irão ficar tão baratos e manter-se-ão sempre muito elevados. É a lei do mercado. Quem tem dinheiro mora no centro das cidades e quem tem menos dinheiro mora nos subúrbios. Ainda assim ainda mora muita gente pobre (e classe media baixa) em Lisboa. É chato dizer isto, mas é necessário que assim seja porque no dia em que os mais pobres morarem nos subúrbios e os mais ricos nos centros das cidades a qualidade de vida nas cidades será melhor. Ainda não há muito tempo, no prédio em frente á minha casa em alguns andares quando se partiam os vidros das janelas metiam plásticos. E isso para mim é mais por pobreza de espirito porque para essa gente nunca falta o dinheiro para o vinho nem para o cigarro só falta para o que é essencial...



    Peço desculpa mas Terraverde, se bem entendi o que escreveu os ricos e civilizados irão ficar a viver no centro da cidade de Lisboa e Porto e os pobres/sem educação nos suburbios. Pois eu lamento que pense assim. Eu não sei que suburbios costuma frequentar mas digo-lhe que há muito suburbio com melhores condições e com pessoas com mais dinheiro do que determinadas zonas da Cidade de Lisboa. Quanto a educação, aí ainda é pior a relação que tenta estabelecer. Há ricos educados e mal educados, conheço ambos, e há pobres exatamente iguais, bem e mal educados. E sim... vivo num subúrbio, sempre vivi. Mais … até cometi o pecado de registar o meu filho como natural desse mesmo suburbio. Mas olhe… sabe… neste subsurbio onde vivo também existem casas a passar de M€, por estranho que isto lhe possa parecer. E mais… vivo no subúrbio que por acaso também é cidade e tenho a dizer-lhe que deixei de gostar de cá viver desde que foi inundado de pessoas que viviam em Lisboa e tiveram de adquirir casa no dito Subúrbio. Como era bom cá viver antes de chegarem. Lamento mas é mesmo assim. E sim, acho que a ideia é mesmo essa a de criar uma cidade apenas para a elite, mais estrangeira do que nacional.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
    • RCF
    • 1 abril 2019

     # 119

    Colocado por: J.Fernandes
    O que você me está a dizer é que um patrão podendo ter um empregado por 600€ devia pagar 1000€ porque senão é uma pessoa sem ética. Gostava de lhe perguntar a si, se também prefere pagar 50€ numa loja havendo uma loja ao lado onde pode comprar o mesmo produto por 40€, se souber que o dono da primeira loja vende mais caro porque paga mais ao empregado.

    Obviamente, que ninguém faz isso, e bem. Mas para a mentalidade pequena de alguns marxistas de pacotilha, a ética é muito bonita mas é para os outros.

    Só uma evidente falta de argumentos poderá levar a tal comparação...
    Quando eu compro algo numa loja, pago o preço que a loja pede. O patrão quando paga o ordenado a um empregado, quem estabelece esse ordenado não é o empregado.
    Mas, adiante. Para baixar ao nível da sua última frase, prefiro retirar-me da conversa.
  16.  # 120

    Colocado por: CaravelleÉ diferente de chegar uma pessoa que se passeia na empresa com um Porsche novo. Um Ford Focus também anda e custa menos.

    A verdade é que a questão nem se põe da forma que a temos estado a discutir, não é uma questão de ética a forma como o patrão dispõe do seu dinheiro vs. os salários que paga aos empregados.

    O patrão tem a sua empresa porque pretende ter um nível superior de rendimentos, mas se os tem também assume responsabilidades pessoais que, obviamente, nenhum empregado tem.
 
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