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    • eu
    • 10 julho 2020
    Enquanto o povão discute futebol, esta corja rouba descaradamente os contribuintes.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  1. Vai ficar tudo bem, até a final da Champions vai ser cá. É só fazer as contas aos impostos directos que isso vai dar 🙊🙈🙉
  2. Hum...
    Vejam quem é a nomeada para directora do museu do aljube, o perfil académico e professional para o cargo e o processo de escolha...
    Disto é que o país precisa...
    Pior são as justificações para a escolha....muito coerentes com a função....

    https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/conselho-dos-museus-surpreendido-com-escolha-de-diretora-sem-perfil-para-o-cargo-no-museu-do-aljube
  3. E entao? Não foi na proteção civil que aconteceu o mesmo pouco antes de Pedrógão grande?
    Os cães ladram e a caravana passa...
  4. Colocado por: smartPior são as justificações para a escolha....muito coerentes com a função....

    Excelente escolha, os comunistas sempre foram especialistas em presos politicos…
    Conheci a Rita pessoalmente e até era simpática quando não se falava de politica. Merece o job, tem filhos para criar.
    • eu
    • 11 julho 2020
    Colocado por: CarvaiExcelente escolha, os comunistas sempre foram especialistas em presos politicos…

    Segundo ela, os Gulag não existiram...
    • eu
    • 11 julho 2020 editado
    E assim se defende a voz do povo: https://www.dn.pt/edicao-do-dia/10-jul-2020/parlamento-peticoes-em-plenario-vao-exigir-mais-assinaturas-12406688.html

    De que vale festejar o 25 de Abril e vociferar palavras bonitas sobre a democracia, se depois fazem coisas destas? Que corja!
  5. Colocado por: euSegundo ela, os Gulag não existiram...


    Ó eu...

    Melhor. Muito melhor!

    Lá no curso de relações internacionais nunca estudou nem leu nada sobre o assunto. Genial!

    Entrevista de 2009

    Suponho que seja isto que se chame revisionismo. Ou será negacionismo? Talvez se deva nomear um tribunal especial...

    Cumprimentos.
    Concordam com este comentário: eu
  6. Mais engenheiros, TGV e soft power. Conheça o plano de recuperação da economia 2020/2030

    O gestor António Costa e Silva já entregou ao primeiro-ministro o plano de recuperação económica para a próxima década que Costa lhe pediu. O PM diz que agora o documento irá para discussão pública. Conheça as principais propostas.

    Imagem
    António Costa Silva, gestor da Partex e agora consultor do Governo© JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

    Portugal deve formar mais engenheiros e começar por atrair os alunos do ensino secundário para a profissão, defende-se na versão preliminar do plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030 elaborado por António Costa e Silva, a que a Lusa teve acesso.




    O gestor contratado pelo primeiro-ministro considera que "é vital Portugal reforçar o seu papel como centro europeu de engenharia" e que o país precisa de "engenheiros, não só de 'software' ou eletrotecnia, mas engenheiros mecânicos, civis, químicos, mineiros, físicos tecnológicos, aeroespaciais e outros".

    Costa e Silva recomenda ainda a expansão das redes do metro de Lisboa e do Porto, incluindo aqui a construção de uma nova travessia do Douro a montante da ponte da Arrábida, com aposta na mobilidade elétrica. Ainda no capítulo das grandes obras públicas, pede a retoma do projeto de ligação entre o Porto e Lisboa por alta velocidade ferroviária e a construção de um novo aeroporto de Lisboa.

    Além disso, o país deve reforçar a cooperação geopolítica e económica para se tornar um 'player' (ator) atlântico, e não só europeu, segundo uma versão preliminar da proposta de plano de recuperação da economia para os próximos dez anos hoje divulgada.

    "O objetivo aqui é transformar Portugal numa potência média do 'soft power' [poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a cooperação geopolítica e económica", lê-se no documento.

    O documento, de 120 páginas, foi intitulado "Visão Estratégica para o plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030", Começa por traçar um cenário negro das consequências económicas e sociais da pandemia.

    Ponto de situação e ação imediata

    - A economia portuguesa poderá cair 12% em 2020, um recuo muito superior ao de 6,9% previsto pelo Governo.

    - O consumo pode registar uma queda de 11% em 2020, o investimento de 26% e a taxa de desemprego pode chegar aos 11,5%.

    - "A partir de setembro de 2020, a situação de muitas empresas pode deteriorar-se significativamente e é fundamental existir no terreno um programa agressivo para evitar o colapso de empresas rentáveis."

    - Costa e Silva salienta que pode haver um problema com a diferença de tempo entre o agravar da crise no segundo semestre deste ano e a chegada da ajuda europeia no próximo ano.

    Apoio às empresas

    - Criação "de um fundo, de base pública" mas com "capital aberto a fundos privados", para "operações preferencialmente em coinvestimento, dirigido a empresas com orientação exportadora e potencialidades de exploração de escala".

    - Criação de um "fundo soberano" para cumprir este objetivo.

    - Revisão do sistema nacional de garantia mútua.

    - Criação de um banco promocional [tipo Banco do Fomento], "definindo uma matriz clara da operação em torno dos segmentos de empresas com maior capacidade de arrastamento e não numa lógica de assunção das operações de risco que o sistema financeiro convencional não está disponível para aceitar". Por outro lado, esta instituição terá também o mandato de um banco verde para garantir uma maior capitalização de investimentos verdes.

    - "Desenvolvimento de uma abordagem integrada entre financiamento à exportação, seguros de crédito, estímulo ao investimento internacional, que integrem a oferta de soluções, com maior presença dos estímulos públicos".

    - Criação de "mecanismos que facilitem o acesso a seguros de crédito às empresas, o que passa por criar uma verdadeira Cosec portuguesa".




    - "Programa de apoio à reestruturação de empresas, apoiando a recuperação e a realocação de capital em empresas mais produtivas, com reafetação de meios de produção e trabalhadores".

    - "Possibilidade de dedução de lucros nos últimos exercícios, mecanismos de incentivo e créditos fiscais para fomentar a revitalização das empresas, dedução de prejuízos acumulados, incentivos a fusões e aquisições para criar massa crítica na economia".

    Obras públicas

    - "Construir um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros, começando com o troço Porto-Soure (onde existem mais constrangimentos de circulação)".

    - com "uma posterior ligação a Espanha", visando "favorecer todo o litoral português e facilitar o equilíbrio financeiro da exploração.

    - Equacionar no médio-prazo a ligação ferroviária Porto-Vigo.

    - Linhas ferroviárias totalmente eléctricas.

    - Construção do eixo Sines-Madrid e renovação da Linha da Beira Alta, dois "eixos fundamentais" para o tráfego de mercadorias para Espanha.

    - Investimento "nos portos de Sines e de Leixões para aumentar ainda mais a sua competitividade.

    - Construção de um terminal portuário de minérios para exportação dos recursos minerais estratégicos, "em particular o lítio", entre outros.

    - No porto de Lisboa, "estabelecimento de uma plataforma de negociação que conduza a um pacto entre as empresas e as entidades sindicais que salvaguarde o funcionamento" daquela estrutura.

    - Desenvolver um plano para reconverter o porto da praia da Vitória, nos Açores, numa "espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico".

    - Construção de um novo aeroporto para a grande Área Metropolitana de Lisboa.

    Recursos humanos

    - Portugal deve formar mais engenheiros e começar por atrair os alunos do ensino secundário para a profissão.

    - "É vital Portugal reforçar o seu papel como centro europeu de engenharia" e que o país precisa de "engenheiros, não só de 'software' ou eletrotecnia, mas engenheiros mecânicos, civis, químicos, mineiros, físicos tecnológicos, aeroespaciais e outros".




    - Criação de 'kits' pedagógicos ilustrativos das profissões mais necessárias para atrair estudantes do ensino secundário.

    - Implementação de um "novo ciclo de investimento e desenvolvimento" para "cobrir fragilidades que ainda existem na capacidade do sistema científico" na formação de investigadores e acesso às tecnologias. Escolas superiores de sistemas digitais, escolas de pós-graduação e centros colaborativos de formação devem ser dos principais destinatários destes investimentos, defende.

    - "Imperioso incrementar a ligação" de projetos como a rede de laboratórios colaborativos e as parcerias das universidades portuguesas com grandes instituições científicas norte-americanas - MIT e Carnegie Mellon, por exemplo -- com as empresas."

    - Dar prioridade ao "projeto para a Rede Ibérica de Computação Avançada e Supercomputação Verde".

    - Reforço dos meios do Centro de Computação Avançada da Universidade do Minho.

    Afirmação externa

    - "Portugal deve reforçar a cooperação geopolítica e económica para se tornar um 'player' (ator) atlântico, e não só europeu". "O Oceano Atlântico está a ressurgir como grande plataforma energética e comercial", afirma, apontando que "vai ser uma das grandes vias marítimas do século XXI", o que representa "uma possibilidade imensa de mudar o estatuto e a trajetória" de Portugal.

    - Objetivo: transformar Portugal numa potência média do 'soft power' [poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a cooperação geopolítica e económica".

    - Exemplos de "soft power": projetos de cooperação com os países do Norte de África "para minimizar o avanço da desertificação, combater a ameaça climática e a escassez de água", e com as nações do Atlântico Sul "para preservar as rotas internacionais de comércio e prevenir os ataques piratas".

    - Parceria científica e tecnológica e a cooperação geoeconómica entre as nações do Atlântico "para o desenvolvimento sustentável dos recursos energéticos e minerais e para proteger o oceano e os seus ecossistemas"

    .- Criação de uma grande Universidade do Atlântico e um centro de previsão do clima, atraindo parceiros internacionais para os Açores.

    Justiça fiscal

    - É recomendado que seja fomentada a utilização dos meios de resolução alternativa de litígios e que os operadores judiciais sejam estimulados a utilizar os meios alternativos de resolução dos litígios, "tendo em conta que são mais rápidos e menos onerosos".

    - "Gestão mais produtiva dos processos judiciais, haver uma simplificação das etapas dos processos judiciais."

    - "Remover dos tribunais os processos que 'parasitam' o sistema como os relacionados com as insolvências, litígios específicos e fiscalidade."

    Pacto entre Estado e empresas

    - "É muito importante o Estado reunir com as empresas dos vários setores, por 'clusters', fazer o levantamento de toda a situação, definir os critérios de apoio e condicionar esse apoio a uma aposta forte das empresas na manutenção dos postos de trabalho e na sua responsabilidade de gestão eficiente dos capitais a que têm acesso para reinventarem os seus planos de negócio e apostarem em áreas e produtos que assegurem uma maior sustentabilidade em termos de futuro.

    - Desaconselhável "um modelo em que o Estado pura e simplesmente despeja dinheiro em cima dos problemas".

    - Pacto Estado/empresas que regule o papel de ambos e em que a concessão de apoios públicos ao tecido empresarial seja condicionada a critérios estabelecidos pelas autoridades públicas.

    Prioridade de produção

    - Portugal deve tornar-se numa "fábrica da Europa" na área dos dispositivos médicos, como ventiladores, e consolidar a fileira dos equipamentos de proteção individual, revendo os sistemas de certificação.

    - Explorar a capacidade de utilizar as valências que existem na metalomecânica ligeira e na indústria de moldes para, com base na impressão 3D e nas tecnologias digitais, "criar produtos inovadores para os profissionais de saúde, da proteção marinha e da proteção civil".

    Reconversão do Centro Nuclear de Sacavém e a criação de um polo de terapia oncológica com protões, baseado em Loures, mas cooperando estreitamente com Coimbra e Porto e integrando a rede de IPO de Lisboa, Porto e Coimbra.

    SNS "mais flexível"

    - Fazer evoluir a organização do SNS para um modelo "mais flexível e mais rápido" mas "mantendo e consolidando a sua qualidade e sustentabilidade".

    - Conclusão da rede do SNS com o novo Hospital de Lisboa Oriental, o novo Hospital do Seixal, o novo Hospital de Évora, o novo Hospital do Algarve.

    - Requalificação do parque e da tecnologia hospitalar e a ampliação da Rede Nacional de Cuidados Continuados para a dimensão já prevista, é essencial para o futuro", diz o documento.

    - Os centros de saúde devem ser dotados de meios de diagnóstico em termos de radiologia e de colheita de análises para diminuir recurso às urgências.

    - "Desenvolvimento de uma cultura nutricional e de atividade física, que deve ser pilotado pela rede de Centros de Saúde, e que comece nas escolas e se propague ao conjunto da sociedade".

    Turismo

    - "Importa direcionar programas de apoio específicos" para a "revitalização" do turismo dado que este setor representa 13% do PIB.

    - "Promover um grande plano para captar a atenção dos mercados mais importantes com base nas valências que [...] apresenta em termos da sua diversidade geográfica e paisagística".

    - "Apostar na qualidade e ter como indicadores não só o número de visitantes, mas também a rentabilidade por turista".

    - Combinar o turismo convencional com o turismo da natureza, o turismo da saúde, o turismo cultural e o turismo oceânico, construindo assim uma oferta competitiva.

    - "Evitar o recurso sistemático a mão-de-obra precária e desqualificada".

    Valorizar a cultura

    - Criação de um fundo público para a criatividade digital, "para projetos inovadores que associem arte e tecnologia", instalação de "incubadoras para a criatividade e arte digital", com ligação a universidades e centros tecnológicos.

    - Mais investimento tanto na investigação científica em cultura e património como na digitalização de conteúdos e obras artísticas, como cinema e obras de artes.

    - Criação de várias redes de cultura, para capitalizar espaços e centros de arte contemporânea, muitos dos quais "fechados, ou com utilização muito reduzida", a necessitarem de "modernização tecnológica".

    - A intenção é que estas redes -- Rede Nacional de Cineteatros e Cineclubes, Rede Nacional de Arte Contemporânea e Rede de Residências Artísticas -- respondam aos agentes culturais que "não dispõem de espaços para criar".

    - Programas de apoio a atividades artesanais, "assentes na tradição" e a reabilitação de património cultural e natural para futuros "programas eco-artísticos".

    - "É altura de o país assegurar e reforçar o mercado de bens e serviços culturais, promover e preservar o emprego nesta área e reconhecer o valor económico e geopolítico da cultura."

    Passos seguintes

    O primeiro-ministro afirmou hoje que o documento divulgado do consultor do Governo António Costa e Silva é a versão preliminar do plano de recuperação que será apresentado no final do mês, seguindo depois para discussão pública.

    António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de hora e meia com o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, sobre a forma como está a ser combatida a convid-19 neste município da Área Metropolitana de Lisboa.

    Questionado se o Governo subscreve o conjunto de propostas apresentadas pelo gestor António Costa e Silva, o primeiro-ministro advertiu que "foi feita uma apresentação preliminar do trabalho".

    "Os diferentes ministros têm estado a apreciar esse trabalho, nos próximos dias vão enviar comentários a esse trabalho e o objetivo que temos é que no final do mês deste mês possa ser apresentado pelo professor António Costa e Silva para discussão pública antes de o Governo o poder apreciar definitivamente."

    Nessa fase, segundo o líder do executivo, O Governo vai então "incorporar" as medidas no desenho do programa de recuperação económica e também na proposta de Orçamento do Estado para 2021.

    "Gostaria de sublinhar que aquilo que foi apresentado é uma primeira versão de trabalho, tendo em vista haver uma primeira contribuição, assim como tem estado a ser apresentado a outros agentes económicos, políticos e sociais. A apresentação para debate público será no final deste mês", insistiu.

    https://www.dn.pt/poder/mais-engenheiros-tgv-e-soft-power-conheca-o-plano-de-recuperacao-da-economia-20202030-12409773.html
    • eu
    • 11 julho 2020
    Há ali coisas interessantes, mas onde vão buscar o financiamento para esses empreendimentos?

    Vamos aumentar ainda mais a colossal dívida pública?
  7. Parece uma carta ao Pai Natal. Monte de desejos e lugares comuns já falados n vezes nos últimos 20 anos. A grande maioria irrealizáveis.
    Concordam com este comentário: branco.valter, eu, Hernandéz
  8. Colocado por: branco.valterMais engenheiros, TGV e soft power. Conheça o plano de recuperação da economia 2020/2030

    O gestor António Costa e Silva já entregou ao primeiro-ministro o plano de recuperação económica para a próxima década que Costa lhe pediu. O PM diz que agora o documento irá para discussão pública. Conheça as principais propostas.

    Imagem
    António Costa Silva, gestor da Partex e agora consultor do Governo© JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

    Portugal deve formar mais engenheiros e começar por atrair os alunos do ensino secundário para a profissão, defende-se na versão preliminar do plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030 elaborado por António Costa e Silva, a que a Lusa teve acesso.




    O gestor contratado pelo primeiro-ministro considera que "é vital Portugal reforçar o seu papel como centro europeu de engenharia" e que o país precisa de "engenheiros, não só de 'software' ou eletrotecnia, mas engenheiros mecânicos, civis, químicos, mineiros, físicos tecnológicos, aeroespaciais e outros".

    Costa e Silva recomenda ainda a expansão das redes do metro de Lisboa e do Porto, incluindo aqui a construção de uma nova travessia do Douro a montante da ponte da Arrábida, com aposta na mobilidade elétrica. Ainda no capítulo das grandes obras públicas, pede a retoma do projeto de ligação entre o Porto e Lisboa por alta velocidade ferroviária e a construção de um novo aeroporto de Lisboa.

    Além disso, o país deve reforçar a cooperação geopolítica e económica para se tornar um 'player' (ator) atlântico, e não só europeu, segundo uma versão preliminar da proposta de plano de recuperação da economia para os próximos dez anos hoje divulgada.

    "O objetivo aqui é transformar Portugal numa potência média do 'soft power' [poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a cooperação geopolítica e económica", lê-se no documento.

    O documento, de 120 páginas, foi intitulado "Visão Estratégica para o plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030", Começa por traçar um cenário negro das consequências económicas e sociais da pandemia.

    Ponto de situação e ação imediata

    - A economia portuguesa poderá cair 12% em 2020, um recuo muito superior ao de 6,9% previsto pelo Governo.

    - O consumo pode registar uma queda de 11% em 2020, o investimento de 26% e a taxa de desemprego pode chegar aos 11,5%.

    - "A partir de setembro de 2020, a situação de muitas empresas pode deteriorar-se significativamente e é fundamental existir no terreno um programa agressivo para evitar o colapso de empresas rentáveis."

    - Costa e Silva salienta que pode haver um problema com a diferença de tempo entre o agravar da crise no segundo semestre deste ano e a chegada da ajuda europeia no próximo ano.

    Apoio às empresas

    - Criação "de um fundo, de base pública" mas com "capital aberto a fundos privados", para "operações preferencialmente em coinvestimento, dirigido a empresas com orientação exportadora e potencialidades de exploração de escala".

    - Criação de um "fundo soberano" para cumprir este objetivo.

    - Revisão do sistema nacional de garantia mútua.

    - Criação de um banco promocional [tipo Banco do Fomento], "definindo uma matriz clara da operação em torno dos segmentos de empresas com maior capacidade de arrastamento e não numa lógica de assunção das operações de risco que o sistema financeiro convencional não está disponível para aceitar". Por outro lado, esta instituição terá também o mandato de um banco verde para garantir uma maior capitalização de investimentos verdes.

    - "Desenvolvimento de uma abordagem integrada entre financiamento à exportação, seguros de crédito, estímulo ao investimento internacional, que integrem a oferta de soluções, com maior presença dos estímulos públicos".

    - Criação de "mecanismos que facilitem o acesso a seguros de crédito às empresas, o que passa por criar uma verdadeira Cosec portuguesa".




    - "Programa de apoio à reestruturação de empresas, apoiando a recuperação e a realocação de capital em empresas mais produtivas, com reafetação de meios de produção e trabalhadores".

    - "Possibilidade de dedução de lucros nos últimos exercícios, mecanismos de incentivo e créditos fiscais para fomentar a revitalização das empresas, dedução de prejuízos acumulados, incentivos a fusões e aquisições para criar massa crítica na economia".

    Obras públicas

    - "Construir um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros, começando com o troço Porto-Soure (onde existem mais constrangimentos de circulação)".

    - com "uma posterior ligação a Espanha", visando "favorecer todo o litoral português e facilitar o equilíbrio financeiro da exploração.

    - Equacionar no médio-prazo a ligação ferroviária Porto-Vigo.

    - Linhas ferroviárias totalmente eléctricas.

    - Construção do eixo Sines-Madrid e renovação da Linha da Beira Alta, dois "eixos fundamentais" para o tráfego de mercadorias para Espanha.

    - Investimento "nos portos de Sines e de Leixões para aumentar ainda mais a sua competitividade.

    - Construção de um terminal portuário de minérios para exportação dos recursos minerais estratégicos, "em particular o lítio", entre outros.

    - No porto de Lisboa, "estabelecimento de uma plataforma de negociação que conduza a um pacto entre as empresas e as entidades sindicais que salvaguarde o funcionamento" daquela estrutura.

    - Desenvolver um plano para reconverter o porto da praia da Vitória, nos Açores, numa "espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico".

    - Construção de um novo aeroporto para a grande Área Metropolitana de Lisboa.

    Recursos humanos

    - Portugal deve formar mais engenheiros e começar por atrair os alunos do ensino secundário para a profissão.

    - "É vital Portugal reforçar o seu papel como centro europeu de engenharia" e que o país precisa de "engenheiros, não só de 'software' ou eletrotecnia, mas engenheiros mecânicos, civis, químicos, mineiros, físicos tecnológicos, aeroespaciais e outros".




    - Criação de 'kits' pedagógicos ilustrativos das profissões mais necessárias para atrair estudantes do ensino secundário.

    - Implementação de um "novo ciclo de investimento e desenvolvimento" para "cobrir fragilidades que ainda existem na capacidade do sistema científico" na formação de investigadores e acesso às tecnologias. Escolas superiores de sistemas digitais, escolas de pós-graduação e centros colaborativos de formação devem ser dos principais destinatários destes investimentos, defende.

    - "Imperioso incrementar a ligação" de projetos como a rede de laboratórios colaborativos e as parcerias das universidades portuguesas com grandes instituições científicas norte-americanas - MIT e Carnegie Mellon, por exemplo -- com as empresas."

    - Dar prioridade ao "projeto para a Rede Ibérica de Computação Avançada e Supercomputação Verde".

    - Reforço dos meios do Centro de Computação Avançada da Universidade do Minho.

    Afirmação externa

    - "Portugal deve reforçar a cooperação geopolítica e económica para se tornar um 'player' (ator) atlântico, e não só europeu". "O Oceano Atlântico está a ressurgir como grande plataforma energética e comercial", afirma, apontando que "vai ser uma das grandes vias marítimas do século XXI", o que representa "uma possibilidade imensa de mudar o estatuto e a trajetória" de Portugal.

    - Objetivo: transformar Portugal numa potência média do 'soft power' [poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a cooperação geopolítica e económica".

    - Exemplos de "soft power": projetos de cooperação com os países do Norte de África "para minimizar o avanço da desertificação, combater a ameaça climática e a escassez de água", e com as nações do Atlântico Sul "para preservar as rotas internacionais de comércio e prevenir os ataques piratas".

    - Parceria científica e tecnológica e a cooperação geoeconómica entre as nações do Atlântico "para o desenvolvimento sustentável dos recursos energéticos e minerais e para proteger o oceano e os seus ecossistemas"

    .- Criação de uma grande Universidade do Atlântico e um centro de previsão do clima, atraindo parceiros internacionais para os Açores.

    Justiça fiscal

    - É recomendado que seja fomentada a utilização dos meios de resolução alternativa de litígios e que os operadores judiciais sejam estimulados a utilizar os meios alternativos de resolução dos litígios, "tendo em conta que são mais rápidos e menos onerosos".

    - "Gestão mais produtiva dos processos judiciais, haver uma simplificação das etapas dos processos judiciais."

    - "Remover dos tribunais os processos que 'parasitam' o sistema como os relacionados com as insolvências, litígios específicos e fiscalidade."

    Pacto entre Estado e empresas

    - "É muito importante o Estado reunir com as empresas dos vários setores, por 'clusters', fazer o levantamento de toda a situação, definir os critérios de apoio e condicionar esse apoio a uma aposta forte das empresas na manutenção dos postos de trabalho e na sua responsabilidade de gestão eficiente dos capitais a que têm acesso para reinventarem os seus planos de negócio e apostarem em áreas e produtos que assegurem uma maior sustentabilidade em termos de futuro.

    - Desaconselhável "um modelo em que o Estado pura e simplesmente despeja dinheiro em cima dos problemas".

    - Pacto Estado/empresas que regule o papel de ambos e em que a concessão de apoios públicos ao tecido empresarial seja condicionada a critérios estabelecidos pelas autoridades públicas.

    Prioridade de produção

    - Portugal deve tornar-se numa "fábrica da Europa" na área dos dispositivos médicos, como ventiladores, e consolidar a fileira dos equipamentos de proteção individual, revendo os sistemas de certificação.

    - Explorar a capacidade de utilizar as valências que existem na metalomecânica ligeira e na indústria de moldes para, com base na impressão 3D e nas tecnologias digitais, "criar produtos inovadores para os profissionais de saúde, da proteção marinha e da proteção civil".

    Reconversão do Centro Nuclear de Sacavém e a criação de um polo de terapia oncológica com protões, baseado em Loures, mas cooperando estreitamente com Coimbra e Porto e integrando a rede de IPO de Lisboa, Porto e Coimbra.

    SNS "mais flexível"

    - Fazer evoluir a organização do SNS para um modelo "mais flexível e mais rápido" mas "mantendo e consolidando a sua qualidade e sustentabilidade".

    - Conclusão da rede do SNS com o novo Hospital de Lisboa Oriental, o novo Hospital do Seixal, o novo Hospital de Évora, o novo Hospital do Algarve.

    - Requalificação do parque e da tecnologia hospitalar e a ampliação da Rede Nacional de Cuidados Continuados para a dimensão já prevista, é essencial para o futuro", diz o documento.

    - Os centros de saúde devem ser dotados de meios de diagnóstico em termos de radiologia e de colheita de análises para diminuir recurso às urgências.

    - "Desenvolvimento de uma cultura nutricional e de atividade física, que deve ser pilotado pela rede de Centros de Saúde, e que comece nas escolas e se propague ao conjunto da sociedade".

    Turismo

    - "Importa direcionar programas de apoio específicos" para a "revitalização" do turismo dado que este setor representa 13% do PIB.

    - "Promover um grande plano para captar a atenção dos mercados mais importantes com base nas valências que [...] apresenta em termos da sua diversidade geográfica e paisagística".

    - "Apostar na qualidade e ter como indicadores não só o número de visitantes, mas também a rentabilidade por turista".

    - Combinar o turismo convencional com o turismo da natureza, o turismo da saúde, o turismo cultural e o turismo oceânico, construindo assim uma oferta competitiva.

    - "Evitar o recurso sistemático a mão-de-obra precária e desqualificada".

    Valorizar a cultura

    - Criação de um fundo público para a criatividade digital, "para projetos inovadores que associem arte e tecnologia", instalação de "incubadoras para a criatividade e arte digital", com ligação a universidades e centros tecnológicos.

    - Mais investimento tanto na investigação científica em cultura e património como na digitalização de conteúdos e obras artísticas, como cinema e obras de artes.

    - Criação de várias redes de cultura, para capitalizar espaços e centros de arte contemporânea, muitos dos quais "fechados, ou com utilização muito reduzida", a necessitarem de "modernização tecnológica".

    - A intenção é que estas redes -- Rede Nacional de Cineteatros e Cineclubes, Rede Nacional de Arte Contemporânea e Rede de Residências Artísticas -- respondam aos agentes culturais que "não dispõem de espaços para criar".

    - Programas de apoio a atividades artesanais, "assentes na tradição" e a reabilitação de património cultural e natural para futuros "programas eco-artísticos".

    - "É altura de o país assegurar e reforçar o mercado de bens e serviços culturais, promover e preservar o emprego nesta área e reconhecer o valor económico e geopolítico da cultura."

    Passos seguintes

    O primeiro-ministro afirmou hoje que o documento divulgado do consultor do Governo António Costa e Silva é a versão preliminar do plano de recuperação que será apresentado no final do mês, seguindo depois para discussão pública.

    António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de hora e meia com o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, sobre a forma como está a ser combatida a convid-19 neste município da Área Metropolitana de Lisboa.

    Questionado se o Governo subscreve o conjunto de propostas apresentadas pelo gestor António Costa e Silva, o primeiro-ministro advertiu que "foi feita uma apresentação preliminar do trabalho".

    "Os diferentes ministros têm estado a apreciar esse trabalho, nos próximos dias vão enviar comentários a esse trabalho e o objetivo que temos é que no final do mês deste mês possa ser apresentado pelo professor António Costa e Silva para discussão pública antes de o Governo o poder apreciar definitivamente."

    Nessa fase, segundo o líder do executivo, O Governo vai então "incorporar" as medidas no desenho do programa de recuperação económica e também na proposta de Orçamento do Estado para 2021.

    "Gostaria de sublinhar que aquilo que foi apresentado é uma primeira versão de trabalho, tendo em vista haver uma primeira contribuição, assim como tem estado a ser apresentado a outros agentes económicos, políticos e sociais. A apresentação para debate público será no final deste mês", insistiu.

    https://www.dn.pt/poder/mais-engenheiros-tgv-e-soft-power-conheca-o-plano-de-recuperacao-da-economia-20202030-12409773.html



    Uma mão cheia de nada.

    Algumas coisas estamos fartos de saber, outras fartos de ouvir, outras ainda nem se percebe e são meras preferências pessoais do autor, como por exemplo formar mais engenheiros(!!)...Que nem se entende para quê, nem é explicado concretamente porquê.
  9. O hidrogénio, a nova aventura ruinosa para o contribuinte português:

    https://eco.sapo.pt/opiniao/as-potencias-eletricas-intermitentes-e-a-quimera-do-hidrogenio/
    Concordam com este comentário: Gambino, eu
    • eu
    • 11 julho 2020
    Não chega termos que pagar o défice deste ano devido ao Covid?

    Ainda vamos ter que pagar essas aventuras "estratégicas" ?
    • eu
    • 11 julho 2020
    Colocado por: Gambinoformar mais engenheiros(!!)...Que nem se entende para quê, nem é explicado concretamente porquê.

    Eu até entendo a razão: as economias do futuro vão depender cada vez mais da tecnologia e engenharia.

    Mas formar mais Engenheiros não é algo que se faça por vontade política: aliás há muitos cursos de Engenharia (Por exemplo Civil) que ficam às moscas...
  10. hum
    aos que defendem o investimento na TAP, uma opinião diferente ...

    https://eco.sapo.pt/opiniao/a-nossa-tap-e-as-taps-dos-outros/
    • smart
    • 11 julho 2020 editado
    Colocado por: euNão chega termos que pagar o défice deste ano devido ao Covid?

    Ainda vamos ter que pagar essas aventuras "estratégicas" ?


    hum..
    e o pior é que quem vai ganhar estes concursos é espanhles e outros....
    subcontratando alguns a portugas e outros a mão de obra duvidosa, fomentando a imigração não qualificada.., além de comprar composições à ALSTOM e Siemens e no fim...ficamos com um elefante branco para pagar..
    impecável..
    acho que deveriam fazer uma ponte de leça da palmeira ao Porto por mar tb...
    país de imbecis...
    façam investimento publico, mas obra de valor acrescido
    não tarda a SSocial e o estado estão falidos, ma so estado continua a endividar-se para obras megalomenas..
    se não é para servivios à UE, não percebo nada disto...
    qual é o retorno do TGV nos proximos 5 anos ?
    entretanto o tecido empresarial e comercial continua a morrer todos os dias....
    • eu
    • 11 julho 2020
    Não se preocupem, isto resolve-se com um programa "anticapitalista e ecossocialista" ;)

    https://www.publico.pt/2020/07/11/politica/noticia/be-tirou-11-licoes-pandemia-quer-alternativa-programa-anticapitalista-ecossocialista-1924091
    Concordam com este comentário: Gambino
  11. Colocado por: eu
    Eu até entendo a razão: as economias do futuro vão depender cada vez mais da tecnologia e engenharia.

    Mas formar mais Engenheiros não é algo que se faça por vontade política: aliás há muitos cursos de Engenharia (Por exemplo Civil) que ficam às moscas...


    Exactamente e além disso há falta em Portugal??? Não creio, de forma alguma! Eng Civil outraora um curso "nobre", actualmente é uma garantia de fraca empregabilidade. Talvez faltem engenheiros informáticos...e mesmo esses não sei.
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 12 julho 2020
    O que falta em Portugal são empresas competitivas que precisem de Engenheiros ;)
    Concordam com este comentário: manelvc, Carvai, Caravelle
 
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