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    • eu
    • 22 novembro 2020 editado
    Colocado por: ferreiraj125
    No entanto, se meteres esse dinheiro poupado num investimento que renda 4% ao ano


    Há aplicações seguras a dar esse rendimento líquido?
  1. Colocado por: eu

    Há aplicações seguras a dar esse rendimento líquido?

    Seguras há muitas, mas se quer dizer "garantidas" então é mais difícil
  2. Colocado por: ferreiraj125

    Ok, fui ver na simulação da CGD, para um imóvel de 100 k financiado a 90% a taxa variável dá 229,02 € de prestação mensal a 40 anos versus 255,49 € a 35 anos, dando um valor total de 109 929,60 € a 40 anos e 107 305,80 € a 35 anos.

    A 40 anos poupas 317,64 € em prestações por ano. É dinheiro que pode ser poupado e investido, que ajudaria a diminuir o risco de incumprimento. Em 35 anos são 11 117,40 € poupados.

    No entanto, se meteres esse dinheiro poupado num investimento que renda 4% ao ano, ao fim dos 35 anos não tens apenas 11 117,40 € mas sim 23 394.89 € poupados.

    Nessa altura ainda terás 13 420,99 € de capital em dívida, que podes escolher amortizar por uma taxa de apenas 0,5%.

    Neste exemplo, o dinheiro que poupaste ao ter uma prestação mais baixa, não só permite amortizar a dívida ao fim de 35 anos como ainda sobram quase 10 000 € graças ao rendimento que ter esse dinheiro poupado pode gerar.

    Portanto, neste exemplo pagas uma prestação mensal mais baixa por ser a 40 anos, mas mesmo assim acabas por pagar o crédito no prazo de 35 anos graças ao dinheiro que poupaste com a mensalidade mais baixa.

    Dinheiro gera dinheiro. Pessoalmente, quanto mais dinheiro tiver na minha mão melhor.
    Concordam com este comentário:pguilherme


    Estamos a falar de projeções a 35/40 anos. Repare na quantidade de pressupostos que está a assumir que se vão manter constantes, para chegar à conclusão de que é mais vantajoso o empréstimo de 40 anos:
    -Taxas de juro (nos níveis que estão): uma subida das taxas de juro vai tornar essa diferença bastante mais significativa;
    -Comissões de amortização;
    -4% de rentabilidade anual líquida do dinheiro poupado.

    São muitos pressupostos para o meu gosto. Prefiro amortizar a dívida que tenho, a menos que tenha um investimento sem risco a uma taxa superior.

    Além do mais para conseguir 4% ao ano no contexto atual só vejo duas possibilidades: imobiliário e ações.

    Ambas têm também riscos significativos que me parece que não está a considerar. Só assumo esses riscos com capital próprio e não com dívida. Se investir capital próprio em ações ou imobiliário posso esperar os 35 anos, no entanto se financiar esses investimentos com dívida ela terá que ser reembolsada (mesmo que a taxa de juro seja 0%) algures no tempo.

    São preferências. O importante é ter consciência dos riscos que corremos, quando olhamos para os retornos potenciais.
  3. Colocado por: pguilherme
    Seguras há muitas, mas se quer dizer "garantidas" então é mais difícil


    Como por exemplo?
  4. Colocado por: ferreiraj125

    Qual é a vantagem de pagar em 35 anos em vez de 40?

    A 40 pagas uma mensalidade mais baixa, que permite ter mais dinheiro poupado/investido. E podes sempre amortizar quando quiseres.


    Simplesmente porque a diferença de pagar a 35 ou 40 anos era nem 20 euros de diferença mensal, e a mim e a minha namorada incomoda-nos muito pensar em pagar um imóvel até à idade da reforma, queremos fechar contas de empréstimos uns anos antes se possível. Um dos apartamentos que fui visitar e estive quase a fechar foi precisamente um casal que já estava na sua reforma ainda a pagar a casa ao banco, e o valor da reforma não chegava para pagar tudo (a mulher é bastante doente), ao qual estava a vender a casa para liquidar tudo e ficar com algum para comprar uma mais barata no interior do país de forma a passar a sua reforma. Com isto ficamos a pensar que gostariamos de ter tudo liquidado até ao máximo 60 anos, sem amortizações (depois logo se vê se amortizamos ou não).
  5. Colocado por: macinblack

    Simplesmente porque a diferença de pagar a 35 ou 40 anos era nem 20 euros de diferença mensal, e a mim e a minha namorada incomoda-nos muito pensar em pagar um imóvel até à idade da reforma, queremos fechar contas de empréstimos uns anos antes se possível. Um dos apartamentos que fui visitar e estive quase a fechar foi precisamente um casal que já estava na sua reforma ainda a pagar a casa ao banco, e o valor da reforma não chegava para pagar tudo (a mulher é bastante doente), ao qual estava a vender a casa para liquidar tudo e ficar com algum para comprar uma mais barata no interior do país de forma a passar a sua reforma. Com isto ficamos a pensar que gostariamos de ter tudo liquidado até ao máximo 60 anos, sem amortizações (depois logo se vê se amortizamos ou não).


    O melhor é ter saúde e ficar a pagar com meios até morrer. Quando morrer um, o seguro ate paga o remanescente.


    Ter divida(s) não é necessariamente mau, até pode ser muito bom. A dívida gere-se, já dizia o outro. Havendo meios para a ir liquidando, a dívida é boa.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  6. Colocado por: Principiantedeobras
    Estamos a falar de projeções a 35/40 anos. Repare na quantidade de pressupostos que está a assumir que se vão manter constantes, para chegar à conclusão de que é mais vantajoso o empréstimo de 40 anos:
    -Taxas de juro (nos níveis que estão): uma subida das taxas de juro vai tornar essa diferença bastante mais significativa;
    -Comissões de amortização;
    -4% de rentabilidade anual líquida do dinheiro poupado.

    São muitos pressupostos para o meu gosto. Prefiro amortizar a dívida que tenho, a menos que tenha um investimento sem risco a uma taxa superior.

    Além do mais para conseguir 4% ao ano no contexto atual só vejo duas possibilidades: imobiliário e ações.

    Ambas têm também riscos significativos que me parece que não está a considerar. Só assumo esses riscos com capital próprio e não com dívida. Se investir capital próprio em ações ou imobiliário posso esperar os 35 anos, no entanto se financiar esses investimentos com dívida ela terá que ser reembolsada (mesmo que a taxa de juro seja 0%) algures no tempo.

    São preferências. O importante é ter consciência dos riscos que corremos, quando olhamos para os retornos potenciais.


    - Taxas de juro: tanto afetam o crédito a 40 anos como a 35 anos, e podes sempre amortizar
    - Comissões de amortização: pode ser no máximo 0,5% para créditos a taxa variável
    - 4% de rentabilidade anual líquida do dinheiro poupado: historicamente não é uma rentabilidade difícil de atingir num fundo diversificado de ações e obrigações

    No prazo que estamos a falar, o risco de investir em ações é relativamente baixo se for um investimento suficientemente diversificado, o que hoje em dia é fácil de conseguir ao investir em ETF globais.

    E repara que estamos a falar de investir dinheiro que de outra forma teria de ser pago ao banco sob a forma de uma prestação mais elevada. Podes considerar que é dinheiro emprestado, mas é dinheiro emprestado a um prazo extraordinariamente longo.

    Convenhamos, mesmo que ao fim dos 35 nos pegasse no dinheiro que poupou com as prestações mais baixas e o perdesse todo no casino, o pior que acontecia era em vez de amortizar o crédito ter de continuar a pagá-lo por mais 5 anos tal como fez durante 35 anos.


    Para mim faz sentido pedir crédito pelo maior prazo possível. Fica mais fácil pagar a prestação, podemos aumentar a nossa poupança, o que até pode ser útil para evitar entrar em incumprimento numa situação difícil, podemos usar esse dinheiro extra para basicamente alavancar um investimento e baixar ainda mais o custo do crédito, e de qualquer das formas nada nos impede de amortizar o crédito a qualquer altura.


    Colocado por: macinblack

    Simplesmente porque a diferença de pagar a 35 ou 40 anos era nem 20 euros de diferença mensal, e a mim e a minha namorada incomoda-nos muito pensar em pagar um imóvel até à idade da reforma, queremos fechar contas de empréstimos uns anos antes se possível. Um dos apartamentos que fui visitar e estive quase a fechar foi precisamente um casal que já estava na sua reforma ainda a pagar a casa ao banco, e o valor da reforma não chegava para pagar tudo (a mulher é bastante doente), ao qual estava a vender a casa para liquidar tudo e ficar com algum para comprar uma mais barata no interior do país de forma a passar a sua reforma. Com isto ficamos a pensar que gostariamos de ter tudo liquidado até ao máximo 60 anos, sem amortizações (depois logo se vê se amortizamos ou não).


    Pessoalmente não me faz diferença entre ficar a pagar até aos 70 ou 75.

    Até posso morrer antes disso!

    Portanto quanto menos tiver pago, melhor. :P


    20 € parece pouco, mas são 240 € por ano durante 35 anos

    240 € investidos todos os anos a render em média 4% ao ano dá 17 676,53 € ao fim de 35 anos!

    Ou seja, já teria mais do que aquilo que lhe faltaria pagar ao banco (prestação x 12 x 5 anos)


    E nessa altura poderia optar por amortizar. Essa é a parte boa da coisa. Um crédito ter prazo de 40 anos não significa que não possamos pagar em 35 anos ou menos, mas um crédito num prazo mais curto não pode ser pago num prazo maior sem haver uma renegociação que se pode traduzir num spread mais elevado.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  7. Colocado por: Gambino

    O melhor é ter saúde e ficar a pagar com meios até morrer. Quando morrer um, o seguro ate paga o remanescente.


    Ter divida(s) não é necessariamente mau, até pode ser muito bom. A dívida gere-se, já dizia o outro. Havendo meios para a ir liquidando, a dívida é boa.
    Concordam com este comentário:ferreiraj125


    Exatamente.

    Eu adorava ter casa própria paga.

    Imagino que seja bastante libertador.

    Mas não nasci rico, portanto só tenho duas alternativas: ou pago renda a vida toda, ou pago uma prestação ao banco a vida toda.

    Mal por mal prefiro a segunda, é mais barato que uma renda, estou a construir património, e se morrer alguém ganha uma casa paga.
    Concordam com este comentário: Gambino, eu
  8. Ainda de realçar que dos 20 euros mensais, só irá poupar o referente ao juro (contas de merceeiro). O capital será sempre pago na totalidade.

    Para ver quanto efectivamente poupará poderá fazer uma projecção com as condições actuais e comparar o total pago a 35 vs 40 anos.
  9. Colocado por: pguilhermeAinda de realçar que dos 20 euros mensais, só irá poupar o referente ao juro (contas de merceeiro). O capital será sempre pago na totalidade.

    Para ver quanto efectivamente poupará poderá fazer uma projecção com as condições actuais e comparar o total pago a 35 vs 40 anos.


    Sinceramente, estamos suficientemente confortáveis com estes anos. Se tudo correr bem, e os nossos rendimentos se correrem bem irão aumentar significativamente nos próximos anos (ela está a acabar o doutoramento e tem boas hipóteses de ficar onde está, a ganha bem mais, e eu acabei o curso e também saltar no ordenado). De qualquer forma, mesmo que isso não aconteça, com os nossos ordenados atuais ainda estamos folgados.
  10. Colocado por: Anonimo06122020Bom dia, Em relação ao crédito habitação, deveremos ter em conta, que em 1983 a taxa de juro foi de 28,5%. Seria útil que os bancos fornecem essa simulação. Para os clientes terem uma visão e reflexão da sua taxa de esforço que pode variar por aspetos nao controláveis nos próximos 35/40 anos.


    Em 1983 não havia euro, nem Portugal estava na UE.
  11. Colocado por: Anonimo06122020bancos fornecem essa simulação

    Colocado por: Anonimo06122020aspetos nao controláveis nos próximos 35/40 anos

    Em que ficamos? :)

    macinblack: não invalida os pontos referidos acima. Os números são os mesmos, quer perspectivem aumento de rendimentos ou não.
    De qq forma, um aumento de rendimentos pode influenciar alguma operação imobiliária, sendo que a nível de crédito, a taxa de esforço será um pouco prejudicada (20 de custos, obrigam a um aumento líquido, na pior situação possível de 50 €).
    Se foi contabilizado, excelente, se foi às cegas devido a uma preconceito, é pena.
    • RCF
    • 23 novembro 2020
    Colocado por: Anonimo06122020Bom dia, Em relação ao crédito habitação, deveremos ter em conta, que em 1983 a taxa de juro foi de 28,5%. Seria útil que os bancos fornecem essa simulação. Para os clientes terem uma visão e reflexão da sua taxa de esforço que pode variar por aspetos nao controláveis nos próximos 35/40 anos.


    Colocado por: Gambino

    Em 1983 não havia euro, nem Portugal estava na UE.

    Sim, ir ao exemplo de 1983 não será muito coerente. Mas, ir ao exemplo de 2007 e 2008 já será bem coerente… vejam como estiveram os juros nesses anos!
  12. Nos anos 80 houve muitos anos com uma inflaçao superior aos 20%. Conheço um tipo que por causa disto chegou ao final do crédito nos anos 2000 a pagar mensalidades na casa das dezenas de euros. Mas isto era quando Portugal era "pobre".

    Hoje nao ha inflaçao e as taxas estao proximas de 0. Tudo medidas para dopar uma economia doente.

    Todos que se estao a lançar nos créditos a 40 anos façam um favor a voces mesmos, e perguntem aos bancos:

    "Actualemente a euribor esta negativa, diga-me agora quanto ficaria a pagar de mensalidade se amanha ela vier a estar nos 2 ou 3%"

    Nao se iludem durante os 40 anos, a euribor vai continuar negativa mais uns anitos. Mas durante os 40 anos de crédito ela de certeza vai subir para os valores "normais".
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020, ferreiraj125
    • RCF
    • 23 novembro 2020
    Colocado por: Nostradamus
    Todos que se estao a lançar nos créditos a 40 anos façam um favor a voces mesmos, e perguntem aos bancos:

    "Actualemente a euribor esta negativa, diga-me agora quanto ficaria a pagar de mensalidade se amanha ela vier a estar nos 2 ou 3%"

    Não precisam perguntar aos Bancos. Eles dizem-no. Aliás, os Bancos são obrigados a informar formalmente os clientes sobre essas possibilidades de subida, com as respetivas simulações.
    Concordam com este comentário: NTORION, pguilherme
  13. Os bancos fazem esse alerta.
  14. Colocado por: NostradamusNao se iludem durante os 40 anos, a euribor vai continuar negativa mais uns anitos. Mas durante os 40 anos de crédito ela de certeza vai subir para os valores "normais".


    Não sabemos quanto. Estou farto de referir o exemplo do Japão, quando optou por este modelo de tx 0%, nunca mais conseguiu sair, há 25 anos com a taxa abaixo de 1%. Neste momento o BCE tb ficou refém da tx 0%, será preciso um grande crescimento económico, sem crises pelo meio, para p BCE voltar a ter tx de juro superior a 1%.
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020
    Estas pessoas agradeceram este comentário: NLuz
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  15. Colocado por: NTORION

    Não sabemos quanto. Estou farto de referir o exemplo do Japão, quando optou por este modelo de tx 0%, nunca mais conseguiu sair, há 25 anos com a taxa abaixo de 1%. Neste momento o BCE tb ficou refém da tx 0%, será preciso um grande crescimento económico, sem crises pelo meio, para p BCE voltar a ter tx de juro superior a 1%.
      ScreenHunter_01 Nov. 23 10.05.gif


    Japão é exemplo pelos piores motivos.
  16. Colocado por: Anonimo06122020Bom dia, Em relação ao crédito habitação, deveremos ter em conta, que em 1983 a taxa de juro foi de 28,5%. Seria útil que os bancos fornecem essa simulação. Para os clientes terem uma visão e reflexão da sua taxa de esforço que pode variar por aspetos nao controláveis nos próximos 35/40 anos.


    Atenção que é preciso analisar o diferencial entre os juros e a inflação.

    Se a inflação for muito elevada, quando a dívida é paga o dinheiro já vale muito menos.

    Se os juros não forem acima da inflação na realidade o devedor vai-nos pagar "menos" do que aquilo que lhe emprestámos.
  17. Os bancos até podem dizer essa questao da euribor mas nao sao suficientemente transparentes.

    Porque ao dizer que a taxa pode aumentar 1 ou 2 % o tipico zé sem iliteracia financeira pensa que isso se transmite em apenas um aumento de 1 ou 2% da mensalidade, o que nao é de todo verdade.

    Tambem é verdade que a ultima vez que vi um caso desta falta de transparencia foi de um amigo que contraiu um crédito em 2017/2018, hoje pode ser diferente.

    NTORION, o Japao é um monstro industrial mundial. A UE podia tambem ser assim se nao tivesse membros com gangrena. Nem nas pintelhices conseguimos estar de acordo, o que é realmente triste porque podiamos ser como o japao.

    Os niponicos dopam a economia de uma forma "saudavel". Ao facilitarem o crédito, estao a fomentar a sua formidavel industria que vai da naval, automovel, aeronautica, electria etc etc. Os gajos fazem literalmente tudo.

    Mas depois tem o aspecto negativo desta dopagem porque da mesma maneira que as taxas estao praticamente nulas ha 25 anos no japao, tambem a inflaçao deles se manteve muito horizontal. Basicamente andou meio mundo civilizado a crescer e eles estagnados.

    Mas com a China e Korea do Sul ali ao lado, até compreendo esta abordagem, mas isto era um topico completamente novo.
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020
 
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