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  1. Colocado por: N Miguel OliveiraRepare, não estou a criticar, apenas acho interessante este tema da área (porque está de facto muito ligada à minha profissão). A curiosidaďe leva-me a perguntar. Como vive o HAL num T2 de 65m2, e passa para uma casa com o triplo do tamanho? O que justificou isso? O quarto a mais do T3?
    Simples. Valor comercial. Construi a casa como se fosse para vender. Se lhe digo que para a zona a casa em si até é pequena...Mais pequena não iria ter grande valor. Depois foi feita com uma perspetiva de rentabilizar uma parte.
    Ainda assim podia ter poupado em área, porque na verdade, e por agora, não preciso daquele espaço todo, porque quando lá estamos, há 3 divisões que estão permanentemente fechadas. Mas já deram jeito porque os sogros agora até estão lá e têm o espaço deles.


    Colocado por: N Miguel OliveiraE ainda vai com sorte. Ainda há uns meses saiu um noticia do JN anunciando que um Arq. ganha em média 800 e tal paus, média a incluir os Sizas desta vida veja lá. Pelo que se a sua anda nos 1500 já não é nada mau.
    Óbvio que o valor está alavancado pelos dinossauros, imagino que mais 10 anos e caia mais 200 ou 300 euros. É este andar em marcha atrás que me exaspera. É impossível todos os jovens profissionais da área serem incompetentes quando comparados com os colegas mais antigos.


    Colocado por: N Miguel OliveiraAinda assim, a escolha duma profissão não é desculpa para nada. Há tantas profissões condenadas socialmente ao fracasso, mas ainda assim não falta quem leve o barco a bom porto.
    Acho bem pior escolher uma profissão apenas focado na remuneração... mas uma vez mais, é apenas a minha opinião.
    Primeiro eu não escolhi a profissão só pelo ordenado, mas por ser uma área que gostava e na qual achava que tinha valor a acrescentar. Mas eu também não sou lunático ao ponto de escolher a minha formação apenas pelo gostasse de fazer se fosse uma área que não remunerasse minimamente. Será alguém feliz a fazer aquilo que gosta se ao fim do mês não receber para o arroz?

    Quanto ao "não falta quem leve o barco a bom porto", obviamente que não. Conheço pessoas que com a 4ª classe ganham mais dinheiro que eu algum dia vou ganhar na vida. Contudo são exceções e não a regra. Óbvio que me basta ter uma ideia, apostar nela até ter sucesso, o problema é que nem todas as ideias têm sucesso (eu aprendi com experiência esta). É uma questão de talento e resiliência.
    Mas aparte desses casos excecionais (e que não raras vezes dependem da conjuntura económica do momento em que arriscam), alguém que faz um trabalho e o faz bem, deveria receber condignamente tendo em conta o nível de vida do país onde habita. É tão simples como isto. Nem todos os arquitetos têm ser Siza Vieira para receberem condignamente.
    • AMVP
    • 25 setembro 2022
    Agora nao, mas daqui a um ano ou dois poderei estar interessada em comprar uma casa T1 ou T1+1, desde que nao diste a muitos km de Lisboa, que seja na aldeia Junto a outras casas que eu ca nao gosto de viver isolada, rc com espaco exterior, basta que seja um pequeno pateo. Caso alguem venha a ter ou saiba quem tenha é que nao a queria ja sabe, alguem a podera querer.
    Nota: Nao estou a ironizar ou a brincar, nao temos é todos os mesmos gostos ou modos de vida.
  2. Colocado por: pguilhermeTalvez até estejamos em paridade com outros países, no que diz respeito no rácio entre o preço das casas e vencimentos médios.
    Lembro-me de ver uma estatística em que estávamos longe da paridade. Precisávamos de muitos mais anos de trabalho para pagar a habitação que a média da UE. Situação que foi muito agravada nos últimos 5 anos.
    • AMVP
    • 25 setembro 2022
    https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2021/09/24/49027-comprar-casa-portugal-e-o-7o-pais-europeu-onde-mais-se-demora-a-pagar

    Mas diria que seria interessante analisar a concentração de população now paises que estao em extremos opostos dessa lista. Portugal tem uma elevadissima concentração populacional nas AM pelo que essa media fica desvirtuada quando se compara com outros paises que nao a tenham.
  3. Colocado por: HAL_9000Lembro-me de ver uma estatística em que estávamos longe da paridade. Precisávamos de muitos mais anos de trabalho para pagar a habitação que a média da UE. Situação que foi muito agravada nos últimos 5 anos.

    Então ainda estamos *pior* que o resto da UE.

    Creio que N Miguel Oliveira estaria a dizer que a habitação por cá seria barata, comparativamente, e que não havia razão para não ficar mais cara, tal como acontece em outros países.
    Pelos vistos é ao contrário.
  4. Em Portugal não existe a cultura moradia como em outros países por isso e que este tipo de comparação não tem muito por onde pegar , a maior parte das pessoas sente se confortável em apartamento.
  5. Colocado por: Reduto25Em Portugal não existe a cultura moradia como em outros países por isso e que este tipo de comparação não tem muito por onde pegar , a maior parte das pessoas sente se confortável em apartamento.


    Em que se baseia para dizer isso?
    • AMVP
    • 25 setembro 2022
    Olhem, fui ver constancia e ai as casas ainda sao acessíveis.
  6. Colocado por: AMVP
    Olhe, fui ver Barcelona e a coisa tb nao anda barata por la

    https://www.idealista.com/pt/alquiler-habitacion/barcelona-barcelona/


    Estive em Barcelona em Fevereiro deste ano e, nos anúncios afixados nas janelas das imobiliárias, tanto para comprar como arrendar, os preços eram iguais ou até, no que me pareciam zonas prime, ligeiramente abaixo de Lisboa.
    É curioso, porque Barcelona tem muito mais "nómadas digitais" que Lisboa.
    Concordam com este comentário: DonaRute
  7. Colocado por: lardocelar

    Em que se baseia para dizer isso?


    Eurostat .
  8. Colocado por: palmstroke

    Estive em Barcelona em Fevereiro deste ano e, nos anúncios afixados nas janelas das imobiliárias, tanto para comprar como arrendar, os preços eram iguais ou até, no que me pareciam zonas prime, ligeiramente abaixo de Lisboa.
    É curioso, porque Barcelona tem muito mais "nómadas digitais" que Lisboa.


    Sem falar que Barcelona é muito mais interessante do que Lisboa, e a qualidade de construção dificilmente é pior que dos predios em Lisboa.

    Lisboa está na moda, mas essa moda não deve durar muito.
  9. Colocado por: Reduto25

    Eurostat .


    O Eurostat não vincula qualquer tipo lógica cultural, que era o que estava a defender.

    Portanto, não me parece que possa afirmar que existe ou não existe uma cultura de moradia no nosso país.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  10. Colocado por: lardocelar

    O Eurostat não vincula qualquer tipo lógica cultural, que era o que estava a defender.

    Portanto, não me parece que possa afirmar que existe ou não existe uma cultura de moradia no nosso país.


    Isso e a minha conclusão
  11. Colocado por: pguilhermeEntão ainda estamos *pior* que o resto da UE.

    Creio que N Miguel Oliveira estaria a dizer que a habitação por cá seria barata, comparativamente, e que não havia razão para não ficar mais cara, tal como acontece em outros países.
    Pelos vistos é ao contrário.



    Se reparar, eu mencionei "era cara" pois desconto a capital. Desconheço parte da realidade. Apenas comparo as casas que desenho, vejo e visito em igualdade de circunstâncias. Regra geral, uma casa em banda mede 7x7 em 2 ou 3 pisos. Nos USA talvez 8x8. Idem para apartamentos ou tipologias. Mas pode variar muito isto também.

    Se vejo que pela minha zona (Braga) "qualquer um" constrói e logo aos 200-300m2. E lá fora só os via aos 45-55 anos a construir 100-150m2, pessoas com profissões de certo modo bem remuneradas, não consigo, por muito que me esforce de chegar à conclusão que para eles é mais barato que para o português. Agora para o "lisboeta" apenas não sei, talvez.
    • AMVP
    • 25 setembro 2022
    Colocado por: N Miguel OliveiraAgora para o "lisboeta" apenas não sei, talvez.

    Para o lisboeta o problema é identico ou londrino ou parisiense.
  12. Colocado por: AMVPPara o lisboeta o problema é identico ou londrino ou parisiense.


    Se comparar só os centros mesmo, acho que é igual em todo o lado. Eu refiro-me sobretudo aos suburbios, que é onde se constroem as casas. Até pelo tamanho dos lotes se vê.

    Ou nas zonas rurais, onde a tendencia é construir maior.
    • AMVP
    • 25 setembro 2022
    Colocado por: N Miguel OliveiraEu refiro-me sobretudo aos suburbios, que é onde se constroem as casas. Até pelo tamanho dos lotes se vê.

    Nao entendo o que quer dizer
  13. Colocado por: AMVPNao entendo o que quer dizer


    Depois deixo-lhe exemplos. A ideia que tenho é que ao lotear, segmentar, parcelar, a ideia em Portugal tem sido a de possibilitar lotes maiores (vs espaço publico), em comparação com outras paragens. Isto pelo menos na zona Porto-Braga. Quando vou aos suburbios de Lisboa acho que é idêntico.

    Fora, o mercado parece pedir coisas mais contidas. Creio que não é por querer ou apenas cultural, mas que tem que ver sobretudo com o preço da terra e do tijolo.

    A falta de T1 em PT é apenas reflexo disso. Repare, por um lado tem os promotores a defender que T1 não rende, por outro tem o morador a dizer que está caro. Haja saúde.
  14. Colocado por: HAL_9000Será alguém feliz a fazer aquilo que gosta se ao fim do mês não receber para o arroz?


    Totalmente de acordo com o que escreveu.
    Ainda assim, a desculpa de que "tive azar" com a profissão é apenas isso, uma desculpa. Porque se fosse a pensar assim, nem eu nem a minha irmã teriamos escolhido estas profissões. Agradeço muito aos meus pais, que nunca nos desencorajaram apesar das péssimas nuvens negras no horizonte e preconceito com profissões que não dão para a sopa. Se o HAL tinha prespectiva de ganhar 2000k ao entrar para a faculdade, imagine a espectativa de um Arq. ou Artista. São escolhas, é preciso saber lidar com as adversidades.
  15. Colocado por: AMVPQuanto ao mundo ser global, ja o tinha referido mas isso tb aumenta a concorrencia.


    Concorrência é a melhor coisa que temos. Só em Portugal vejo a conotação negativa para tal termo. Não percebo. Concorrência melhora o produto e baixa o preço.

    Quando faz bem alguma coisa destaca-se da concorrência, não tem porque temê-la. É como no ciclismo, uns puxam pelos outros.
    Concordam com este comentário: AMVP
 
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