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  1.  # 181

    Colocado por: Vítor MagalhãesE se o DO pede um projeto para uma habitação de 150K e o arquiteto faz um projeto para uma habitação de 300K, qual é a conversa?


    Já lhe disse, é conversa que dava pano para mangas.
    O Dono de Obra pede muitas coisas, entre elas um intervalo de preço.
    Ao Arq. toca conciliar as diferentes coisas, mas quem deve atribuir o peso para cada uma das coisas que pede é o Dono de Obra como é lógico... De pouco adianta dizer que só tem X para um carro, se depois insiste no Ferrari.

    Por alguma razão, nesse aspecto, os projectos para promotores imobiliários correm manifestamente melhor que para os utilizadores finais (DO comum). Porque será? A vertente preço vale 90% da equação (porque o interesse maior é o lucro). A emoção fica de fora.
  2.  # 182

    Colocado por: FabioCaseiroGrande festa que aqui vai. Os arquitectos a defenderem-se e os fiscais a promoverem-se. Na prática são todos coitados quando os erros aparecem e os DO's que pagam á malta toda são os que ficam mal servidos


    Ya. Os Donos de Obra que aprendem a gerir obras e equipas de trabalho no Google é que são os coitados realmente.

    Não há muitos anos, numa construtora, apanhei uma Dona de Obra (alguém ligava ao sector da saúde), que fez o projecto de execução da própria casa no PowerPoint & Paint à medida que lhe ia perguntando as coisas :) Na altura, perdia mais energia e tempo a debater as asneiradas que ela fazia, do que a "controlar e gerir a obra propriamente dita". A Sra. não percebia nadinha de nada mesmo. O Arq. autor também não queria fazer porque não seria pago para isso. Por vezes também é desgastante para quem anda nas obras, seja pela ignorância, seja pela mania de que sabe tudo (que viu na Wikipédia na noite anterior). Fora as vezes que mudava de ideias depois de já estarem os materiais encomendados. As dores de cabeça tampouco são exclusivas dos coitaditos dos Donos de Obra. Haverá de tudo, maus Arquitectos, maus Empreiteiros, maus Donos de Obra. O facto de ser o Dono de Obra a pagar, não o isenta de responsabilidades, sobretudo quando não delega e assume muitas das tarefas a levar a cabo, muitas vezes as mais complicadas até.

    Já agora, quanto à "achega": Arquitectos, Fiscais e Empreiteiros não precisam de se defender, tão simplesmente porque nunca chegam a julgamento sequer... num país com uma Justiça de brincar. Enquanto os Donos de Obras andarem a "comer do sono" ou a querer "ensinar a missa ao padre", pouco ou nada irá mudar.

    Quanto à promoção dos fiscais, se não percebe qual é a mais valia de ter um, também não vale a pena insistir consigo.
    A meu ver, o Fiscal até poderia ser o primeiro agente a contactar, mesmo antes de começar o projecto. Mas lá está, só há dinheiro para portas ou telemóveis a 700 paus...
  3.  # 183

    Colocado por: zedasilva2- O arquiteto está-se borrifar para o orçamento do DO e faz aquilo que lhe dá na real gana.


    Depende...

    https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/o-mesmo-gel-de-banho-custa-599-euros-no-pingo-doce-e-199-euros-num-minimercado-local
    (mesmo produto à venda no Pingo Doce pelo triplo do preço)

    De pouco adianta o projectista estimar um preço com base no que conhece, se depois o "sábio gestor" de obra vai ao "Pingo Doce das obras"... ou aos primeiros resultados da pesquisa na net.

    Por alguma razão, quem se dedica ao planeamento e execução tem um quarto cheio de catálogos, amostras de materias, reuniões frequentes com comerciais, anos de pesquisa e contactos, testes, protótipos... Ora, ele vai estimar com base no que sabe? Ou com base na desconhecida habilidade em negociar do dono de obra?

    Por vezes, parece que estamos aqui a inverter a lógica mais elementar de fazer as coisas. Isto dum Dono de Obra ter que tirar doutoramento para levar a cabo a construção da própria casa, só mesmo num país como Portugal, em que "ser desenrascado" é mais visto como uma virtude e habilidade, do que associar isso ao modo trapalhão e forreta de erguer umas construção.

    Claro que também há maus técnicos, mas caramba, para um mau técnico saber menos de obras que o cidadão comum vai lá vai...

    Fiscal? Nem vê-lo, não há €€€.
    Custasse 10'000 ou 100, era sempre caro na opinião de muitos.

    Não fosse a obrigação legal de apresentar projecto à câmara, nem isso havia. O empreiteiro desenhava na terra com um pau a planta da casa e siga.
  4.  # 184

    Colocado por: N Miguel Oliveirao "sábio gestor" de obra vai ao "Pingo Doce das obras"... ou aos primeiros resultados da pesquisa na net.
    qual é o técnico que ajuda o DO a distinguir "o pingo doce das obras" do empreiteiro menos lambão?

    O DO mais sábio ou menos sábio, acaba sempre por ter de andar a gerir a obra, quanto.mais noa seja a fazer pressão aos técnicos para que apareça alguma coisa feita.

    Eu acho graça toda gente falar nas portas. Eu na altura entreguei a casa na modalidade chave na mão. Na na carpintaria, lá veio a desculpa da pandemia (ainda se lembram?) E levei com uma correção de 15k, ou aceitava ou entregava eu a outro carpinteiro.
    Pedi + 4 orçamentos além do que me foi cedido pelo empreiteiro. Nos 5, lá estavam as benditas portas de MDF ( os aros variavam) 85*210, todas a custar entre os 390-410 + IVA. Esta-me a dizer que se eu tivesse contratado técnicos.em condições, eles tinham-me encontrado um carpinteiro que nao fizesse vide a aproveitar-se do "sábio gestor"?
  5.  # 185

    Colocado por: N Miguel OliveiraClaro que também há maus técnicos, mas caramba, para um mau técnico saber menos de obras que o cidadão comum vai lá vai...
    .óbvio que sabe mais,a questão é se vale o dinheiro que cobra. Ou se no final o DO vai ficar mal servido na mesma, e gastar mais dinheiro.

    O problema é os portugueses serem uns pés tapados e andarem sempre a contar tostões. Obviamente que quando assim é corta-se aqui, corta-se ali.
    Concordam com este comentário: snob
  6.  # 186

    Colocado por: zedasilvaMuitos DO aventuram se em sonhos muito acima das suas reais possibilidades.
    metem logo as mãos pelos pés quando para o investimento da vida deles 'poupam' na fase mais importante de todas, no planeamento. a partir desse momento é sempre a descarrilar
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  7.  # 187

    Colocado por: HAL_9000qual é o técnico que ajuda o DO a distinguir "o pingo doce das obras" do empreiteiro menos lambão?


    Os que gerem as obras.
  8.  # 188

    Colocado por: HAL_9000Esta-me a dizer que se eu tivesse contratado técnicos.em condições, eles tinham-me encontrado um carpinteiro que nao fizesse vide a aproveitar-se do "sábio gestor"?


    Sem a menor dúvida. Mas não era depois do caldo entornado.

    Por acaso ponderou trocar de portas?
  9.  # 189

    Colocado por: HAL_9000óbvio que sabe mais,a questão é se vale o dinheiro que cobra. Ou se no final o DO vai ficar mal servido na mesma, e gastar mais dinheiro.


    É uma boa questão de facto.
    Os que tendem a achar que não vale a pena, costumam ser também aqueles que mais se queixam... "há coisas fantásticas não há?"
  10.  # 190

    Colocado por: HAL_9000O problema é os portugueses serem uns pés tapados e andarem sempre a contar tostões. Obviamente que quando assim é corta-se aqui, corta-se ali.


    Nem por isso prescindem de viver com 200m² e uns quantos equipamentos extra... quando um qualquer concidadão europeu de maior estatura e que ganhe o triplo consegue viver com menos...
  11.  # 191

    Colocado por: N Miguel OliveiraPor acaso ponderou trocar de portas?
    O planeado eram portas lacadas a branco (a moda portanto), e assim teriam de ser, para não refazer completamente o planeamento dos acabamentos . Mas sinceramente eu acho que já estava dentro da gama mais reles (portas em MDF).só indo para as dos Leroy. Penso que na altura ainda considerei a possibilidade, mas não existia a medida pretendida.

    Coloquei no anexo portas folheadas a carvalho, e essas de facto ficaram 25 euros mais baratas :), imagino que me fizeram esse brutal desconto porque quando pedia orçamento para portas lacadas a branco, todos diziam: " pois, portas lacadas é mais caro").

    Devo dizer que adjudiquei a carpintaria sabendo que estava a ser roubado nas portas.
  12.  # 192

    Colocado por: N Miguel Oliveiraquando um qualquer concidadão europeu de maior estatura e que ganhe o triplo consegue viver com menos...
    não sei quais são as casas dos europeus que visita sinceramente. A minha experiência ( que será mais limitada que a sua nesse campo) mostra-me precisamente o contrário. Por exemplo, já nos anos 90 as casas dos europeus estavam todas equipadas com aquecimento central, as nossas só mais recentemente começaram a ser devidamente isoladas, quanto mais aquecimento central.

    Já agora que equipamentos extra? É que eu vejo é o pessoal a fugir a tudo. As casas que aqui aparecem com PRHs para aqui, VMCs para ali, bombas de calor XPTO, estão muito longe de ser uma representação fiel da construção em Portugal. As pessoas que aqui fazem esses relatos pormenorizados, já são DO com gosto pela construção, que a estudam e que portanto estão disponíveis para fazer certos investimentos.

    Eu reconheço o valor dos técnicos, desde o arquiteto, ao engenheiro, ao fiscal, etc. Já por mais de uma vez reconheci que se fosse hoje, procuraria fazer as coisas de de maneira diferente, sobretudo na escolha do arquiteto. Mas dito isto, tenho uma questão:
    "O mercado autorregula-se" não é o que o Miguel defende? Será que o facto de os DO se aventurarem nesta autogestão em vez de contratar os técnicos, não significa que estes últimos praticam honorários que estão desfasados do mercado em que operam?

    Não estou a colocar preço no trabalho de ninguém. Estou só a perguntar a sua opinião.
    Concordam com este comentário: snob
  13.  # 193

    Colocado por: HAL_9000Penso que na altura ainda considerei a possibilidade, mas não existia a medida pretendida.


    Como é que isso é possivel? Fez os vãos sem saber que portas ia levar? Porque não tinha medidas standard?
  14.  # 194

    Colocado por: HAL_9000não sei quais são as casas dos europeus que visita sinceramente. A minha experiência ( que será mais limitada que a sua nesse campo) mostra-me precisamente o contrário. Por exemplo, já nos anos 90 as casas dos europeus estavam todas equipadas com aquecimento central, as nossas só mais recentemente começaram a ser devidamente isoladas, quanto mais aquecimento central.


    Até pelos edificios habitacionais se vê isso, com estacionamento exterior ou lavandarias comuns por exemplo... ou até pelo racio das tipologias mais pequenas, T0, T1, T1+1, etc etc...

    O que levaria a crer que em Portugal as famílias têm muitos filhos... o que não é o caso acho eu.

    O mais comum é contruirem-se mais T2, T3 e T4, um quarto para cada filho, e se der, ainda leva um escritóriozito.
  15.  # 195

    Colocado por: HAL_9000Já agora que equipamentos extra? É que eu vejo é o pessoal a fugir a tudo. As casas que aqui aparecem com PRHs para aqui, VMCs para ali, bombas de calor XPTO, estão muito longe de ser uma representação fiel da construção em Portugal. As pessoas que aqui fazem esses relatos pormenorizados, já são DO com gosto pela construção, que a estudam e que portanto estão disponíveis para fazer certos investimentos.


    Ilhas, lavandarias, despensas, duplas pias, bidés, banheiras, wc para visitas, hall que não se usa, garagem para mais de 2 carros, arrumos, churrasqueiras, piscinas, muros de suporte para ter tudo plano em terrenos inclinados, caves, quarto a mais, muros de vedação + grades, etc etc... são coisas que são possiveis cortar... e que muitas não encontro no estrangeiro.

    Como disse, vejo que por vezes nem é por uma questão de dinheiro, simplesmente as pessoas dão valor a outras coisas na vida além da casa. Constroem-na com algum desapego emocional e de forma mais pragmática. Também por isso lhes custa menos vender, mudar de casa, de cidade, etc...
  16.  # 196

    Colocado por: N Miguel OliveiraFez os vãos sem saber que portas ia levar? Porque não tinha medidas standard?
    Essa pergunta tem de fazer ao arquiteto, eu limitei-me a dizer que queria portas. As portas são de 85*210.
    Como eu disse, tenho a ideia que não havia as medidas precisas no leroy, mas posso ter desistido da ideia por outro motivo, já não me recordo. De qq forma, eu não as conseguia aplicar, por isso se não era comido na compra, seria na mão de obra, na articulação com o carpinteiro do chão, etc...

    Facto é, que pedi 5 orçamentos, e o preço era padrão. Logo imagino que o aproveitamento fosse generalizado.

    Por quanto consegue arranjar uma porta com guarnições, ferragens e fechadura, já aplicada? Apenas curiosidade.
  17.  # 197

    Colocado por: HAL_9000não sei quais são as casas dos europeus que visita sinceramente. A minha experiência ( que será mais limitada que a sua nesse campo) mostra-me precisamente o contrário. Por exemplo, já nos anos 90 as casas dos europeus estavam todas equipadas com aquecimento central, as nossas só mais recentemente começaram a ser devidamente isoladas, quanto mais aquecimento central.

    Já agora que equipamentos extra? É que eu vejo é o pessoal a fugir a tudo. As casas que aqui aparecem com PRHs para aqui, VMCs para ali, bombas de calor XPTO, estão muito longe de ser uma representação fiel da construção em Portugal. As pessoas que aqui fazem esses relatos pormenorizados, já são DO com gosto pela construção, que a estudam e que portanto estão disponíveis para fazer certos investimentos.

    Eu reconheço o valor dos técnicos, desde o arquiteto, ao engenheiro, ao fiscal, etc. Já por mais de uma vez reconheci que se fosse hoje, procuraria fazer as coisas de de maneira diferente, sobretudo na escolha do arquiteto. Mas dito isto, tenho uma questão:
    "O mercado autorregula-se" não é o que o Miguel defende? Será que o facto de os DO se aventurarem nesta autogestão em vez de contratar os técnicos, não significa que estes últimos praticam honorários que estão desfasados do mercado em que operam?

    Não estou a colocar preço no trabalho de ninguém. Estou só a perguntar a sua opinião.
    Concordam com este comentário:snob


    É um bom ponto sim Sr.
    Como comentei, vejo que no estrangeiro, os tecnicos aplicam 10, 12, 15% do valor de uma obra... só para que tenha uma ideia. Coisa algo impensável para o Mercado português sinceramente. Por vezes só o estudo prévio+licenciamento é uma autêntica fortuna.


    Não acho que os técnicos cobrem muito. Acho precisamente o contrário e que isso é em boa parte a razão pelos problemas que aqui relatam. Mas pronto, também sou supeito... e percebo que quem pague achará sempre caro, sejam 100 ou 200...
  18.  # 198

    Colocado por: N Miguel OliveiraConstroem-na com algum desapego emocional e de forma mais pragmática.
    Isto concordo. Na verdade eu acho que o apego emocional dos portugueses à casa, está intimamente relacionado com a sua crónica falta de dinheiro. Género de pensamento: "ao menos à chuva não fico".

    Aliás a situação actual prova isso memso. A falta de habitação é dramática, e os únicos que escapam ao drama, são aqueles que já tem a sua situação mais ou menos resolvida. Por isso vao-se apegar emocionalmente à habitação, como não.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  19.  # 199

    Colocado por: N Miguel OliveiraComo comentei, vejo que no estrangeiro, os tecnicos aplicam 10, 12, 15% do valor de uma obra... só para que tenha uma ideia. Coisa algo impensável para o Mercado português sinceramente.
    Eu sei que cobram. Mas por lá, os rendimentos dos DO, também são algo impensável para o Mercado Português. No fundo acaba por estar tudo interligado.
  20.  # 200

    Colocado por: HAL_9000Eu sei que cobram. Mas por lá, os rendimentos dos DO, também são algo impensável para o Mercado Português. No fundo acaba por estar tudo interligado.


    Não Hal.
    Sendo em percentagem, deveria ser idêntico.
    Pois as obras tanpouco custam "míseros" 200-300k€.
 
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