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  1.  # 61

    Colocado por: Dias12Essa não me faz tanta confusão porque atualmente há barrigas de aluguer, nem que seja no estrangeiro. E, se o homem quer tanto assim uma criança, que tente a via da adoção.
    A questão não é o querer assim tanto uma criança. Quer aquela criança, que até pode ter gerado sem crer, mas que moralmente, eticamente, sentimentalmente, o que seja quer que nasça.

    Não encaro a IGV como uma mera questão prática, em que se elimina um "monte de células" ou um "maldito zigoto". Se me acontecesse uma situação de uma gravidez não planeada, para mim a questão centrava-se num bebé, uma criança.



    Colocado por: Dias12Não consigo "obrigar" uma mulher a experimentar a gravidez, que quer se queira que não aumenta o risco de desenvolver numerosas doenças e pode inclusive levar à morte dela, só porque o homem quer o filho.
    Eu também não consigo e por isso mesmo votei a favor no referendo. Agora essa gravidez em princípio não surgiu por obra e graça do divino espírito santo. Foi fruto de uma decisão que ela tomou. Todas as nossas ações têm consequências. Assim como o pai também não se pode descartar de responsabilidades se não quiser o filho, mas a mulher decidir levar a sua avante.

    Hoje em dia, mortes da mãe decorrentes de uma gravidez são extremamente raras. Diria que é uma não questão. Aliás eu considero questões médicas que coloquem em perigo a vida da mãe, como uma justificação perfeitamente aceitável para prosseguir com a IGV.
    Aliás os motivos que questiono são sobretudo os fúteis.
    Concordam com este comentário: fadadolar
    • Soliva
    • 7 novembro 2024 editado

     # 62

    Obviamente o assunto é delicado mas confesso não ter paciência para debates sobre “e se o pai quisesse manter o filho ?” … como se fosse uma hipótese comum …
    Deve-se contar pelos dedos de uma mão , mas enfim … para extravasar tudo serve.

    Esta é a minha opinião:

    O maldito do zigoto ( e não digo maldito para acicatar ninguém , mas sim porque a conversa cansa-me psicologicamente ) tem tanta semelhança celular como uma célula cancerígena, atribuírem-se direitos a células em metamorfose é só absurdo.
    As 10 semanas obviamente já não é um zigoto, mas quando nem actividade cerebral existe não é certamente uma pessoa … é simplesmente a possibilidade de se tornar tal…
    Como tal tem tantos direitos como os óvulos que são expelidos mensalmente pela menstruação …

    Depois vamos á responsabilidade de tomar decisões :

    A quem o estado atribui implicitamente a responsabilidade de métodos contraceptivos?
    Á mulher … através de uma parafernálias de pílulas e métodos contraceptivos, comportamentos que atribuem a totalidade da responsabilidade da prevenção a quem ? … a mulher!
    Há uns tempos li que havia a consulta da mulher … onde até deram preservativos no caso dos “rapazes se esquecerem” …
    Ora bolas se a responsabilidade preventiva cabe institucionalmente á mulher não caberá a ela somente a responsabilidade resolutiva ?
    Se uma mulher engravida … já empranhou ..não teve cuidado , é com uns e com outros etc …
    para o lado dele … 🦗🦗🦗

    Depois os aspectos físicos
    O corpo feminino é uma máquina complexa já adaptada para gerar vida … mas teem noção dos impactos na saúde desta ?
    Cabe a mulher querer ou não que tais transformações ocorram com consequências físicas e psicológicas para o resto da sua vida.

    Não me levem a mal … sendo eu homem ( branco e heterossexual como se diz por aí 😂) , o homem não tem NADA a ver com o zigoto.
    Assumo que possam haver implicações jurídicas em caso de casais casados ou juridicamente vinculados.
    Ou até extravasando … se o pai quer e a mãe não , assumirá o pai as consequências económicas para não só criar o “filho” como qualquer tratamento que a mulher insista em ter para que o seu corpo volte aos parâmetro pre gravidez ?

    De forma muito básica … para gerar são precisos dois , mas para viabilizar tudo recai em 1 …

    Atenção que não estou aqui a tentar converter … é somente a minha opinião.
    Concordam com este comentário: Dias12, desofiapedro
  2.  # 63

    Colocado por: HAL_9000Hoje em dia, mortes da mãe decorrentes de uma gravidez são extremamente raras.


    Só que têm vindo a aumentar depois de décadas de descida.
    https://observador.pt/2021/04/16/taxa-de-mortalidade-materna-acima-dos-10-pelo-terceiro-ano-consecutivo-ha-30-anos-que-nao-era-tao-elevada/
    https://sicnoticias.pt/saude-e-bem-estar/2022-05-24-Ha-cada-vez-mais-mulheres-a-morrer-durante-a-gravidez-parto-e-pos-parto-o-que-pode-explicar-a-situacao-invulgar--8991232b



    Colocado por: Solivaqualquer tratamento que a mulher insista em ter para que o seu corpo volte aos parâmetro pre gravidez ?


    Se isso for possível que o corpo humano não é um motor ICE que trocando a biela empenada fica como novo.
  3.  # 64

    Colocado por: Dias12
    Só que têm vindo a aumentar depois de décadas de descida.
    Provavelmente porque o SNS esta ocupado a fazer IGV em vez de estar a prestar os devidos cuidados as mães.


    Óbvio que este comentário é provocatorio. Esses números devem estar relacionados com o estado do SNS. Mas também não se pode discutir questões como a imigração e a pressão sobre o SNS ou o turismo de saude sem sermos rotulados de xenófobos.

    Quanto a questão do corpo voltar aos parâmetro pre gravidez, só tenho a dizer que para que uma gravidez ocorra, existem decisões prévias. Cada decisão tem uma consequência. Tão Simples quanto isto.


    Colocado por: SolivaAtenção que não estou aqui a tentar converter … é somente a minha opinião.
    Por isso mesmo não vou estar a debater os seus argumentos, até porque nem é o âmbito do tópico.

    De qualquer forma, a posição do Trump sobre o aborto, aparentemente não terá sido suficiente para levar a que as mulheres votassem em massa na kamala.
    Concordam com este comentário: Apfm
  4.  # 65

    Colocado por: HAL_9000Votei a favor da despenalização por causa de todas as implicações envolvidas, e hoje votaria de igual modo. Dito isto, tenho de discordar totalmente de si nesta questão. Excluindo aqui situações de violação e outras que tais, se esse aglomerado de células foi gerado com base numa decisão conjunta e tem a carga genética de ambos, a decisão não pode ser só da mulher com base apenas num determinismo biológico que ninguém pode alterar.

    A mulher não vai decidir apenas sobre o corpo dela, vai também decidir sobre a viabilidade de um filho de outra pessoa.
    Depois essa decisão da mulher implica a utilização do erário público, e tem prioridade sobre outros procedimentos num SNS ja de si sobrecarregado, razao pela qual eu acho que a sociedade (homens incluídos) têm sim direito a uma opinião e como tal, direito a lutar por ela.



    Pois .... Dito isto consideraria aceitável que houvesse um número de abortos máximo pago pelo erário público?


    Não interessa se é pago pelo público ou não, não é da sua conta. Pra além de que essa história de fazer montes de abortos é de certeza uma percentagem minima de mulheres capaz de o fazer, é preciso ter muito desconhecimento do corpo feminino pra achar que um aborto é algo simples e que até é fixe fazer como contracepção. Não debato este tema com homens, pelo menos não os fora do meu circulo.
    Concordam com este comentário: Dias12
  5.  # 66

    mas o que tem o aborto a ver com o trump? se fosse à 78 anos atrás ainda compreendia, mas agora já vai tarde.
    Concordam com este comentário: AMG1
    • Soliva
    • 7 novembro 2024 editado

     # 67

    Colocado por: pauloagsantosmas o que tem o aborto a ver com o trump? se fosse à 78 anos atrás ainda compreendia, mas agora já vai tarde.


    Não tanto … só houve há 2 anos , um retrocesso de 49 anos nos direitos das mulheres americanas.
    Graças a quem ?
    Não vai tarde … é assunto de agora .

    Voltando ao assunto , claramente os democratas focaram-se demais no segmento feminino/aborto… antagonizando o segmento masculino / feminino que prioritizava a economia e imigração.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
    • AMG1
    • 7 novembro 2024

     # 68

    Alguns destes comentários já me fizeram rir. A ideia de querer retirar as mulheres o direito de decidir sobre abortar ou não, das duas uma, ou pensam em proibir que o façam, ou então não passa de uma discussão sobre o sexo dos anjos.
    Ou será que se esqueceram de que a maternidade é uma prerrogativa das mulheres a que nós homens nunca acederemos, a não ser que a que a ciência resolva a questão, só espero que não seja como no filme do Danny de Vito com o Schwarzenegger.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  6.  # 69

  7.  # 70

    Colocado por: desofiapedroNão interessa se é pago pelo público ou não, não é da sua conta.
    A partir do momento que é usado dinheiro do erário público, e se faz recurso a um serviço obsolutamente essencial e que está sobrecarregado, óbvio que é da conta de todos os contribuintes. Tanto é, que a despenalização ocorreu após referendo nacional.
    Pode-me dizer que não é da minha conta o destino de um embrião que não foi gerado por mim, aí até poderia aceitar. Mas a título mais particular, se o embrião tiver sido gerado também por mim, obviamente que é da minha conta. Pode ter a sua opinião, mas não aceito que me digam que eu não devo ter opinião no assunto por ser homem. Cometer as ações que resultaram na gravidez, foi uma decisão de ambos os envolvidos, as consequências para o mal e para o bem devem dizer respeito a ambos também.



    Colocado por: desofiapedroPra além de que essa história de fazer montes de abortos é de certeza uma percentagem minima de mulheres capaz de o fazer, é preciso ter muito desconhecimento do corpo feminino pra achar que um aborto é algo simples e que até é fixe fazer como contracepção.
    Segundo os últimos dados que encontrei de 2010, forma efectuados 54 mil abortos sendo que 4651 eram repetições de aborto, das quais 978 representaram duas ou mais repetições.
    4650 (9% do total)repetições de IVG, não diria que é minimo.

    Colocado por: desofiapedroNão debato este tema com homens, pelo menos não os fora do meu circulo.
    Está no seu direito, não é isso que lhe confere, ou lhe tira a razão.



    Colocado por: AMG1A ideia de querer retirar as mulheres o direito de decidir sobre abortar ou não, das duas uma, ou pensam em proibir que o façam, ou então não passa de uma discussão sobre o sexo dos anjos.
    Não considero que a discussão em si seja "discutir o sexo dos anjos". Eticamente eu não conseguiria votar "não" no referendo, porque tinha a noção que os abortos iriam ser feitos de qualquer maneira, com maiores riscos para as mulheres. Daí que proibir não fosse solução. Da mesma maneira tenho reservas éticas quanto ao facto de o "pai" não ter palava no assunto, ou se não existir qualquer limitação para que se recorra á IVG de forma repetida.

    Colocado por: AMG1Ou será que se esqueceram de que a maternidade é uma prerrogativa das mulheres
    E a paternidade é uma perrogativa dos homens. Pode dizer é que a gravidez é exclusiva das mulheres. Ainda assim a mulher não auto-fecunda o óvulo...ainda.
  8.  # 71

    Colocado por: Soliva
    As 10 semanas obviamente já não é um zigoto, mas quando nem actividade cerebral existe não é certamente uma pessoa … é simplesmente a possibilidade de se tornar tal…
    Concordam com este comentário:Dias12,desofiapedro


    A desvalorização do potêncial da vida é das perdas mais tristes da atualidade.
    Concordam com este comentário: HAL_9000, fadadolar
  9.  # 72

    Colocado por: desofiapedro


    Exato, sim, ta correcto. Só uma pessoa decide se um aglomerado de células passa a ser humano ou não. Enquanto for essa pessoa a ter o poder de o fazer, enquanto for essa pessoa a única geneticamente e fisicamente capaz disso, as outras só têm que aceitar as regras dela. Enquanto não meterem na cabeça esse facto a discussão do aborto não termina.

    Disto excluo obviamente qualquer abuso do aborto e uso dele como ferramenta de contracepção activa.
    Concordam com este comentário:Dias12,Soliva


    Então porque é que eu, que não tenho nada a ver com as decisões dessas pessoas tenho que as pagar?
  10.  # 73

    Colocado por: rjmsilva

    Então porque é que eu, que não tenho nada a ver com as decisões dessas pessoas tenho que as pagar?


    Isso já é negar o princípio do SNS:
    * Porque hei de pagar o tratamento do cancro do fumador?
    * Porque hei de pagar a cirrose do bebedor?
    * Porque hei de pagar o acidente do automobilista?
    * Porque hei de pagar o tratamento das criancinhas, logo eu que não tenho filhos?


    Se assim fosse, então saúde só privada a sair do bolso de cada um.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
  11.  # 74

    Colocado por: ClioIISe assim fosse, então saúde só privada a sair do bolso de cada um.

    É um pouco como acontece na terra do Trump e parece que se dão bem, pois a questão da saúde publica nem sequer é tema de debate.
  12.  # 75

    Colocado por: Carvai
    É um pouco como acontece na terra do Trump e parece que se dão bem, pois a questão da saúde publica nem sequer é tema de debate.


    Claro que é, não se lembra do "ObamaCare"?

    Em Portugal: "Experimente" ter um problema oncológico (sentido figurado, não lhe desejo mal nenhum) e rapidamente descobre que o "plafond" dos seguros de saúde habituais não dá para mandar cantar um cego. Por isso é que estes pacientes acabam todos no IPO (tirando os bolsos ultra-fundos que se podem dar ao luxo do Champalimaud).
  13.  # 76

    Quais foram os direitos que as mulheres perderam nos EUA que retrocederam 49 anos só assim por curiosidade meu caro.

    Por falar em minorias falam sempre dos homomemsexuais dos transgénios das pessoas negras então e os deficientes e as pessoas com mobilidade reduzida essas minorias á esquerda não interessa

    Gostei dessa do "sou um homem branco heterossexual" deu para rir como se fosse um dado relevante para a discussão
  14.  # 77

    Colocado por: ClioIIEm Portugal: "Experimente" ter um problema oncológico (sentido figurado, não lhe desejo mal nenhum) e rapidamente descobre que o "plafond" dos seguros de saúde habituais não dá para mandar cantar um cego.

    Ando há mais de 45 anos a pagar um elevado saque fiscal sem quase nunca ter usado o SNS. Portanto se precisar espero ser atendido. Neste momento tenho um pequeno problema de saúde que vai implicar usar um aparelho que custa cerca de 2000€. Em 8 dias consegui marcar uma consulta de um especialista no privado. Desde Setembro que tento marcar uma consulta com a minha Médica de Família que finalmente consegui para Janeiro. Só depois ela iria encaminhar-me para o tal especialista que em principio iria demora 1 a 2 anos.
  15.  # 78

    Colocado por: HAL_9000A partir do momento que é usado dinheiro do erário público


    Quando é que foi o referendo a favor dos transplantes de fígado e emodialises de quem abusou do álcool?
    Devo ter-me esquecido de votar nele?
    E o referendo sobre o tabaco?
    Tenho andado distraído sobre o que pode ou não fazer o SNS.

    Mas olhe. Diga-me lá, já que está preocupado com custos dos contribuintes, quanto custa mais. Um aborto ou uma criança numa instituição até à maioridade?

    Olhe, no aborto aplico a mesma máxima da justiça: antes 100 abortos que 1 criança não desejada sem pais que a amem e institucionada.
    Concordam com este comentário: AMG1, Soliva
  16.  # 79

    O estado devia era demitir muita FP inútil proibir o aborto e abrir instituições para receber estas vidas indesejadas por alguns até pagaria mais impostos se for preciso
    Concordam com este comentário: 4por1
  17.  # 80

    Colocado por: ClioII

    Isso já é negar o princípio do SNS:
    * Porque hei de pagar o tratamento do cancro do fumador?
    * Porque hei de pagar a cirrose do bebedor?
    * Porque hei de pagar o acidente do automobilista?
    * Porque hei de pagar o tratamento das criancinhas, logo eu que não tenho filhos?


    Se assim fosse, então saúde só privada a sair do bolso de cada um.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Dias12


    Porque a gravidez não é uma doença.
 
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