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  1.  # 61

    No meu último post onde está autorga ler outorga.
  2.  # 62

    Colocado por: euAs utopias são todas muito interessantes no papel, mas todas se baseiam num modelo de ser humano que não corresponde à realidade.

    Assim, caro luisvv, responda-me a esta pergunta muito simples:qual é o País do mundo que mais se aproxima da perspectiva liberal que defende ?


    Portanto, utopia é o argumento n.9...
    Tem razão quanto aos modelos de ser humano. O liberalismo nao depende de homens bons, precisamente porque supõe que agimos de acordo com o que consideramos ser o nosso interesse - ao passo que sistemas ditos pragmáticos confiam na improvável conjugação de uma comunidade de homens sempre bons.
    • eu
    • 8 fevereiro 2012

     # 63

    Assim, caro luisvv, responda-me a esta pergunta muito simples:qual é o País do mundo que mais se aproxima da perspectiva liberal que defende ?
    • luisvv
    • 8 fevereiro 2012 editado

     # 64

    Concede? Isso não depende da sua … generosidade - ou acha que o direito à vida e o direito à liberdade não fazem parte da carta de direitos?

    Um bocado vaga essa definição, mas adiante.

    parece esquecer-se que a liberdade individual tem um limite: a liberdade individual do outro. Este simples facto impõe um limite á “liberdade individual"

    Ao contrario... Essa definição é perfeitamente liberal - e tábua rasa para quem estabelece direitos que só podem ser implementados por via da coerção de terceiros...

    por muito que o possa chocar esse documento parece-me muito pouco relevante. Foi subscrito por esclavagistas que tinham uma noção muito restritiva de “all men”

    Nao me choca, mas interessa-me o principio: o direito a procurar a felicidade, em vez do direito á felicidade. Enquanto o primeiro deriva da liberdade, o segundo pressupõe a obrigação de outros me assegurarem algo, necessariamente sob coacção.

    Isso é uma falácia e uma leitura enviesada de molde a justificar a conclusão pretendida: depende da noção de “legitimidade” da propriedade, algo que os liberais têm muita dificuldade em discutir.
    È “engraçado “ que estejam prontos a discutir a “legitimidade” de outros interesses mas não o da propriedade - exactamente da mesma forma que os marxistas não aceitam discutir a legitimidade da propriedade colectiva. Há entre os liberais e os marxistas mais pontos em comum do que os liberais gostam de admitir.

    Falácia porquê?
    Para os an-cap, é legitima toda a propriedade obtida de forma pacifica e sem coacção.
    Acresce que a propriedade é uma declinação da liberdade e que a violação de uma é necessariamente uma agressão a outra.

    Também não há motivos para supor o contrário. A questão não passa por ser ou não um monopólio, a questão passa pela instituição de um sistema judicial aceite por todos - para todos. O

    discordo, de novo...o monopólio é intrinsecamente mau, logo é estultícia supor que seria vantajoso entregar a um monopolista o poder de coerção.

    exemplo da sociedade actual prova à saciedade que a tomada do poder político pelo económico passa por fases intermedias de tomada de poderes como o judicial e legislativo que ficam assim à ordem do poder económico.

    Tretas. Isso supõe que política detém o poder de anular leis económicas. Ora, e embora possa distorcer, conter e constranger,nao conhece nem altera a vontade dos agentes económicos.
  3.  # 65

    Acresce que a propriedade é uma declinação da liberdade e que a violação de uma é necessariamente uma agressão a outra.


    o monopólio é intrinsecamente mau


    O facto de ser tão peremptório nesta afirmações não lhes concede validade acrescida; não deixam de ser o que são: opiniões, neste caso a sua, e apenas isso. Mais uma vez parece-me demasiado rápido a "sacar" de "axiomas" que estão longe de o ser - tal qual os Leninistas sempre prontos a "sacar" da respectiva bíblia.

    Tretas. Isso supõe que política detém o poder de anular leis económicas.

    Conclusão errada, a conclusão que pode tirar desta afirmação é a inversa : o poder económico tem a capacidade de influenciar e, em última análise, de se apoderar do poder político - e não o inverso, como parece ter entendido.
    A política tem sim senhor o poder de determinar o rumo da economia. Pergunte aos seus "amigos" nos USA e eles lhe dirão porque consomem tantos recursos com os lobby.
    • Neon
    • 8 fevereiro 2012

     # 66

    Colocado por: luisvvTretas. Isso supõe que política detém o poder de anular leis económicas. Ora, e embora possa distorcer, conter e constranger,nao conhece nem altera a vontade dos agentes económicos.


    Ia para intervir, mas o jcardoso já deu o melhor exemplo de todos :)
  4.  # 67

    Quanto as criticas de j Cardoso: nao veja nas técnicas de debate qualquer menosprezo pelos debatentes, nem confunda a convicção da correcção das minhas posições com qualquer sentido de superioridade.
    Agora, a definição de debate supõe que apontemos a fragilidade das posições debatidas. Se para o fazer tiver que levar o debatente a explicitar algumas ideias que subjazem as posições assumidas, nao vejo nisso nada de incorrecto ou sequer paternalista. E sim, é verdade que ate agora todos os argumentos aqui utilizados para questionar a abolição do estado são de ordem utilitária e nao moral, e de modo geral análogos aos aduzidos contra a abolição da escravatura: seria o caos; seria impraticável; é muito difícil; já existe há muito tempo.
    • eu
    • 8 fevereiro 2012

     # 68

    Caro luisvv, responda-me a esta pergunta muito simples: qual é o País do mundo que mais se aproxima da perspectiva liberal que defende ?
  5.  # 69

    nao veja nas técnicas de debate qualquer menosprezo pelos debatentes, nem confunda a convicção da correcção das minhas posições com qualquer sentido de superioridade.

    Não vejo nem foi isso o que disse. O que vejo é uma atitude na discussão que não me parece "séria" no sentido em que pretende "encaminhar" a discussão - método que aprendi a detestar nos idos de 70 com os animados, muito informados e ainda mais dogmáticos "amigos" da UEC (e da FEC-ML, do PUP, da OCMLP, etc.).
  6.  # 70

    Mas encaminhar a discussão nao me parece falta de seriedade. Se estou a rebater uma posição e para isso preciso de demonstrar incoerências ou contradições, naturalmente que tenho que levar a discussão para esse lado. Se acho flagrante a contradição, tenho que a por em evidencia. A provocação que iniciou esta discussão, por exemplo, serve exactamente esse propósito: pegar em algo reconhecidamente inaceitável hoje, mas largamente pacifico há 150 anos e mostrar a similitude entre os argumentos de então e os usados para defender outras realidades hoje.
    Pelo caminho, fazer pensar...

    Evidentemente, a intenção é marcar posição - e ser desafiado e testar pontos de vista faz parte.
  7.  # 71

    As aspas, luís, está entre aspas. Percebo o que quer dizer mas uma coisa é encaminhar a discussão no sentido que convém aos seus argumentos - é natural; coisa diferente é largar aqui e ali umas frases meio feitas como se dogmas se tratassem e não apenas as opiniões que efectivamente são.
    Por outro lado essa estratégia de que fala, sendo aceitável se o objectivo é apenas "ganhar" a discussão, não me parece muito útil se o objectivo for o de convencer o "oponente" - objectivo mais exigente, mais difícil mas também mais aliciante (não que eu tenha a esperança de o convencer).

    Evidentemente, a intenção é marcar posição - e ser desafiado e testar pontos de vista faz parte.

    Vamos a isso, se é verdade que estou em desvantagem por falta de conhecimentos também é verdade que nada tenho a perder: só posso aprender, certo?
    • eu
    • 8 fevereiro 2012

     # 72

    luisvv, a pergunta simples que lhe fiz, incomoda-o de alguma forma ?
  8.  # 73

    Colocado por: euluisvv, a pergunta simples que lhe fiz, incomoda-o de alguma forma ?


    Nao, mas isto de escrever no telefone é chato, e temos que manter uma linha de argumentação de cada vez. Por outro lado, a resposta a ess pergunta é mais complexa do que imagina.
  9.  # 74

    (via Ordem Natural) :
    http://lei-natural.blogspot.com/2010/08/breve-resposta.html

    «A liberdade individual depende de um sistema político que reconheça os direitos cívicos e que reprima de forma objectiva qualquer violação desses mesmos direitos.»

    Certo. Mas o facto desse sistema político ser necessário não implica que ele tenha de ser levado a cabo por um monopolista.

    «a sociedade confere ao Estado o monopólio da repressão da violência física. Para que essa repressão obedeça à Lei e não dependa de caprichos individuais.»

    Só indivíduos podem conceder legitimidade a uma instituição, nunca «a sociedade». Por outro lado, a mera existência e manutênção de um Estado viola os princípios que o Estado deve proteger. E visto que só indivíduos podem conceder legitimidade, como poderia formar-se um monopolista territorial? A mim o Estado nunca me ofereceu qualquer contrato.

    «Acabando com o Estado, como pretendem os anarquistas, acaba-se também com o regime de direitos cívicos que constituem a fundação do libertarianismo. Neste sentido, os anarquistas e quaisquer inimigos de um Estado adequadamente concebido são também inimigos do libertarianismo.»

    «Um Estado bem concebido» é apenas um julgamento de valor da parte do Joaquim, que em nada avança o debate sobre a necessidade e legitimidade de um monopolista territorial de lei e de ordem. O que para ele é bem concebido para outros será excessivo ou insuficiente. E para que um Estado concebido segundo as luzes do Joaquim cumpra o propósito para que foi concebido (proteger a propriedade e os direitos individuais), esses princípios têm de ser abandonados da sua parte. Ou seja: o Estado pode fazer aquilo que é proibido a todos os outros cidadãos que não fazem parte do Estado. E assim, o Estado não produz «um sistema político que reconheça os direitos cívicos e que reprima de forma objectiva qualquer violação desses mesmos direitos». Produz um sistema de violação sistemática dos direitos cívicos.

  10.  # 75

    coisa diferente é largar aqui e ali umas frases meio feitas como se dogmas se tratassem e não apenas as opiniões que efectivamente são.

    São um pouco mais que opiniões, e não são axiomas - porque são logicamente dedutíveis.

    Por outro lado essa estratégia de que fala, sendo aceitável se o objectivo é apenas "ganhar" a discussão, não me parece muito útil se o objectivo for o de convencer o "oponente" - objectivo mais exigente, mais difícil mas também mais aliciante (não que eu tenha a esperança de o convencer).

    Aqui, discordo de novo. Sendo certo que não espero converter ninguém, nem por isso deixo de pensar que a melhor forma de refutar posições é levar o arguente a tomar consciência das fragilidades e inconsistências da sua posição.
    Se daí não resultar uma revisão da posição (seja no sentido do seu abandono, seja numa eventual reformulação..) o problema já não se coloca no plano da discussão racional, mas sim no da crença quasi-religiosa.
  11.  # 76

    Colocado por: euCaro luisvv, responda-me a esta pergunta muito simples:qual é o País do mundo que mais se aproxima da perspectiva liberal que defende ?


    A pedido de uma família: não há uma resposta simples. Se de uma forma geral o som da palavra "liberal" evoca imediatamente os EUA, isso deve-se em grande medida à associação liberal / capitalista. Acontece que a liberdade económica não esgota a dimensão do liberalismo. Se é geralmente assumido que nos EUA há alguma propensão para defender mercados livres, também é verdade que há inúmeros constrangimentos a esses mercados. Já em termos de costumes, aos meus olhos é lamentável a estranha mistura de liberdade pura com intervencionismo intolerável.

    Pegando aqui numa crítica do j cardoso, o excessivo foco nas questões económicas faz esquecer o resto: em Portugal, as posições mais liberais tanto se encontram à direita (nas questões económicas), como à esquerda (questões de costumes).

    Por outro lado, perguntar a alguém que sugere a abolição do Estado, qual é o Estado que mais lhe agrada, é como perguntar a um sportinguista se prefere SLB ou FCP...
    •  
      FD
    • 9 fevereiro 2012

     # 77

    Colocado por: luisvvem Portugal, as posições mais liberais tanto se encontram à direita (nas questões económicas), como à esquerda (questões de costumes)

    Mas, não é só em Portugal. Os republicanos nos EUA também são tacanhos em questões de costumes e liberais em questões económicas.
  12.  # 78

    Mas, não é só em Portugal. Os republicanos nos EUA também são tacanhos em questões de costumes e liberais em questões económicas.


    Certo. E em ambos os países a palavra é usada em tom de insulto - mas por cá "liberal" é associado às questões económicas, e por lá às questões de costumes (os "damn Hollywood liberals" e tal...).

    De onde chegamos ao meu ponto: de uma forma ou de outra, estamos a falar de estatistas, colectivistas ou o que quisermos chamar, mas todos advogam a presença e interferência do Estado para prosseguir os seus objectivos particulares.
    • Neon
    • 9 fevereiro 2012

     # 79

    Ola a todos

    Colocado por: luisvv
    Por outro lado, perguntar a alguém que sugere a abolição do Estado, qual é o Estado que mais lhe agrada, é como perguntar a um sportinguista se prefere SLB ou FCP...


    Acho que o Luis se está a fazer desentendido...ao fim ao cabo a pergunta que lhe estava a ser colocad apelo EU, é a exemplificação, a obtenção de um caso pratico ou materializado dessa corrente de pensamento.
    A sua resposta a mim não me estranha pois esse é um dos maiores obstaculos que os liberais tem na fundamentação sa sua ideologia. É a obtenção do caso pratico e explicar como as liberdade individuais de todos se encaixam umas nas outras.

    Quanto à questão de crença

    Colocado por: luisvvAqui, discordo de novo. Sendo certo que não espero converter ninguém, nem por isso deixo de pensar que a melhor forma de refutar posições é levar o arguente a tomar consciência das fragilidades e inconsistências da sua posição.
    Se daí não resultar uma revisão da posição (seja no sentido do seu abandono, seja numa eventual reformulação..) o problema já não se coloca no plano da discussão racional, mas sim no da crença quasi-religiosa.


    E ao fim ao cabo qual é o problema de sairmos do discussão lógica para o plano emocional?
    O liberalismo, também parte de um pressuposto de fé e de crença no funcionamento de uma série de comportamentos.

    Se ao longo da minha vida eu assimilei uma serie de valores, de experencias, etc. Se os aceitei, e se concordo com eles, porque razão haveria de reconhecer qualquer similaridade ou descrebilização dos meus argumentos, só pelo facto de outros também os usarem com intuitos (que quanto a mim, na tal minha experiencia e fé) que são menos nobres ou mesmo errados e nefastos?

    Para mi esta coisa da corrente liberal è muito jeitosa e maravilhosa, o problema (e ja lhe disse isto muitas vezes) è que na prática a teoria è outra.
    Eu não consigo deixar de simpatizar com o conceito de ter direito à minha liberdade individual...mas olhe que na prática esse conceito encerra-se logo mesmo da porta da minha casa para dentro.
    È que se a minha filha mais velha diz que não quer comer,ou não quer ir à escola eu não consigo respeitar a liberdade individual dela....è mais forte do que eu (entenda-se ...o estado a uma micro escala)

    Abraços
    •  
      FD
    • 9 fevereiro 2012

     # 80

    Durante milhões de anos o ser humano foi liberal, no sentido em que não existia um estado, ou não?
 
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