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  1.  # 21

    Colocado por: j cardosoSem ironias: qual a fiabilidade dessas informações?

    Depende da fiabilidade das fontes históricas e, sobretudo, da fidelidade das mães.

    (Históricamente, não há quaisquer dúvidas que o rei Radamisto era filho de Farasmenes - ou que Amalrico era filho de Alarico.
    Mas... seria mesmo?!? Isso só a mãe sabe).
  2.  # 22

    Mas... seria mesmo?!? Isso só a mãe sabe

    Isso eu percebo (não esquecer que descendo de desconhecidos - mas galantes - palafreneiros, lol). A minha questão tem a ver com dados objectivos e se calhar a pergunta é parva mas será do género: como sei que XXX, que viveu no séc II por exemplo, é filho de YYY? Onde estão esses registos?

    Radamisto? Farasmenes? Lá vou eu para a Wikipédia ...
  3.  # 23

    Colocado por: j cardosocomo sei que XXX, que viveu no séc II por exemplo, é filho de YYY? Onde estão esses registos? ...
    Não vá tão longe (séc. II).
    Essa dúvida é exactamente a mesma até no século XIX!
    Você acha que registos de baptismo escrito por padres quase analfabetos e completamente bêbados (depois dos festejos) têm credibilidade? :-)

    Ok... admito que a maior parte dos registos paroquiais até deve estar "correcta" - isto é, conforme o que os presentes declararam ao padre.

    E antes dos registos paroquiais (conforme o Concílio de Trento, cerca de 1500's) ?
    Como sabemos que D. João I era filho de D. Pedro I ?
    Resposta: (SÓ) porque os cronistas e os documentos coevos (da época) o afirmam.
  4.  # 24

    Mas isso deve deixar de fora a esmagadora maioria da população da época sobre a qual não haverá dados, ou falha-me alguma coisa?
  5.  # 25

    Colocado por: j cardosoMas isso deve deixar de fora a esmagadora maioria da população da época sobre a qual não haverá dados, ou falha-me alguma coisa?

    PRECISAMENTE.
    No que diz respeito aos tempos antes de 1500, só há crónicas das famílias nobres (nobiliários) e da realeza.

    (a partir daí passou a ser OBRIGATÓRIO o registo paroquial de Baptismo, Casamento e Óbito - o que permite pesquisar - QUASE - "na calma" as árvores genealógicas até cerca de 1600's).

    À medida que se vai pesquisando em tempos cada vez mais recuados, a partir de certa altura só se consegue continuar a pesquisa dos nossos antepassados que tiverem sido pessoas notáveis (nobres, etc.).

    Por isso é que há muita gente que, quando estuda genealogia «vira» monárquico - SÓ porque (inevitavelmente) descobriram um antepassado qualquer que era «nobre».

    Já agora, repare. Se cada geração tiver 30 anos, quando recua 600 anos até ao ano 1400, seriam 20 gerações.
    Quer dizer que nessa época (se não houvesse antepassados que fossem primos-direitos, nem cunhados a casar com cunhadas), teria 2^20 décimo-oitavos-avós.
    2 ^ 20 = 1.048.576 décimo-oitavo-avós! Seriam demasiados dados para gerir. :-)
    E o mais curioso é que em 1400 ainda não havia 1 milhão de portugueses. :-)

    Por isso é que se costuma dizer que, «todos os portugueses (com 8 bisavós portugueses) de HOJE descendem de TODOS os portugueses do tempo de D. Afonso Henriques (que deixaram descendência)».
    Isto é, tanto descendemos do nosso primeiro Rei como do taberneiro da esquina!
  6.  # 26

    PRECISAMENTE.

    Acho que agora percebi.

    Isto é, tanto descendemos do nosso primeiro Rei como do taberneiro da esquina!

    Estou a ficar confuso outra vez ... :-)
  7.  # 27

    Isto é, tanto descendemos do nosso primeiro Rei como do taberneiro da esquina!

    Colocado por: j cardosoEstou a ficar confuso outra vez ... :-)
    Referia-me ao "taberneiro da esquina" do palácio de Guimarães em 1143.
  8.  # 28

    LOL
  9.  # 29

    Excelente discussão meus senhores....excelente!

    Eu só fui até aos meus bisavós porque não tive tempo para debruçar-me mais sobre o assunto. No meu caso complica-se porque tenho uma costela açoriana. Na prática e dividindo por regiões eu sou:

    25% açoriano;
    25% nortenho;
    50% saloio (com muito gosto e honra).
  10.  # 30

    Colocado por: branco.valterEu só fui até aos meus bisavós porque não tive tempo para debruçar-me mais sobre o assunto. No meu caso complica-se porque tenho uma costela açoriana. .
    Ao contrário !
    Se há genealogias bem estudadas são as das famílias açoreanas (graças aos descendentes nos EUA, ávidos por conhecerem as suas «raízes»).
  11.  # 31

    Pois...mas vou ter que ir lá e como as coisas estão vou esperar mais uns anos até a minha filhota ter mais uns aninhos de forma a ter recordações...
  12.  # 32

    Colocado por: branco.valterPois...mas vou ter que ir lá e como as coisas estão vou esperar mais uns anos até a minha filhota ter mais uns aninhos de forma a ter recordações...
    NOPE!
    A enorme maioria dos americanos que procuraram as suas raízes nos Açores, e já fizeram árvores genealógicas até ao séc XVI, nunca lá puseram os pés.

    Hoje em dia é tudo por e-mail.
    Até (ou... sobretudo?) nos Açores.
    • neluz
    • 5 abril 2012 editado

     # 33

    Esta teoria: nos não somos deste planeta, imaginem, que como tenho visto no historia, existem indícios de visitas extra terrestres ao longo dos milénios... e que muitos dos acontecimentos bíblicos tem origem em fenómenos extra terrestres. Porque que a arca de noe, não foi a nossa transição de um planeta para outro trazendo os animais que não se tinham extinguido... ate porque nao recolhemos dinossauros nessa arca, esses seriam originarios deste planeta...
  13.  # 34

    Uma coisa é a possibilidade de termos recebido a visita dos homensinhos cinzentos/verdes ao longo da história, outra coisa é a nossa origem.

    Lembro-me de ver no canal história uma série exactamente sobre isso. havia ali muita coisa que é resultado de mentes delirantes, no entanto também havia algumas coisas que me fez pensar um pouco sobre o assunto. Não digo que sim, nem que não, apenas que acho que não se deve ter certezas absolutas sobre nada.

    Recomendo esta série de 10 videos:

    http://www.youtube.com/watch?v=TW_76cd3tfM
  14.  # 35

    Um texto que acho interessante e que faz-me lembrar das curiosidades que podem estar para trás (antepassados recentes):


    O que é feito da tua irmã gémea que abandonaste ao nascer?


    A minha família não pesa na História, não conta, feita de gente do Minho, do Algarve, de sei lá onde, mais uns genes estrangeiros que me fazem sentir mais português ainda. Aqui perto, o mar: uma única onda, sempre a mesma, a que levou o menino Antunes ao Brasil e dura ainda. Casas de granito, ruazinhas, a alegria com que o sol chega



    No alto Minho tentando dar forma a um livro, isto é riscando quase tudo. O que ficará, como ficará? Parte do meu sangue vem desta Província, anda no verde dos campos, nas casas, nas travessas, na chuva que cai agora, mansa, vertical, quase doce, íntima. O pai do avô do meu avô era um camponês muito pobre da Póvoa do Lanhoso, de Darque, que se chamava Antunes. Farto de roer pedras meteu o filho de doze anos num veleiro para o Brasil, sozinho, esperançoso que a sorte da criança melhorasse. Imagino um garoto no Rio de Janeiro, sem conhecer ninguém, sem um tostão, sem sítio onde ficar. Lá se aguentou não sei como, acabou por emigrar para a Amazónia. Chamava-se Bernardo António Antunes. Trabalhou em lojas que vendiam material para os seringais e, como devia ter olho, a sua sorte foi mudando. Olho e se calhar outras características que não me agradam porque ninguém enriquece de maneira honesta. A partir de certa altura, morando em Belém do Pará, ei-lo dono de terras e borracha. Acabou cheio de taco e visconde e, que se saiba, não tornou a Portugal. Mandava engomar a roupa em Paris. Vivia como um nababo. A chuva continua, ainda doce, lenta. Se o Camilo o apanhasse chamava-lhe um figo, ele que adorava brasileiros. Não apanhou. Apanhei eu uns restos do seu sangue nas minhas veias. À volta da casa onde estou brincos de princesa, hortênsias. O meu bisavô herdou a maçaroca e casou-se com uma senhora judia chamada Leopoldina Lobo. Nessa época havia no Brasil Leopoldinas a dar com um pau em honra da imperatriz. Explicaram-me em Jerusalém, ou seja explicou-me um velhote sábio, que passou anos nos campos de concentração, que os Lobos fugiram às fogueiras daqui, há muito tempo, e após várias peripécias foram ganhar raízes para o outro lado do mar. O meu avô, parecidíssimo com a mãe, tinha uma cara de semita que não enganava. Uns restos de sangue dela nas minhas veias igualmente, se calhar os nazis arranjavam-me um fato às listras, sei lá. Meu Deus a quantidade de acasos de que sou feito, de que somos feitos. Ando há anos a jurar a mim mesmo que hei-de ir à Póvoa do Lanhoso, cheirar-me nas esquinas. Ainda não fui, vou adiando. Penso

    - Para o ano sem falta

    e recuo, embaraçado sei lá com quê, salmão que hesita em subir o rio para morrer. Talvez se mantenham por lá uns primos Antunes, do mesmo sangue de pobre que é o meu. Foi-se refinando, claro, mas visto de perto continua o mesmo. E depois Antunes, caramba, é feio como o caneco, com o Lobo sempre disfarça um bocadinho mas as minhas origens, para onde quer que olhe, são mais ou menos todas assim. E nobreza, felizmente, não possuo nenhuma. Venho, por qualquer costado que me olhe, do povo, o que, secretamente, me agrada. A chuva, os brincos de princesa, as hortênsias. A minha família não pesa na História, não conta, feita de gente do Minho, do Algarve, de sei lá onde, mais uns genes estrangeiros que me fazem sentir mais português ainda. Aqui perto, o mar: uma única onda, sempre a mesma, a que levou o menino Antunes ao Brasil e dura ainda. Casas de granito, ruazinhas, a alegria com que o sol chega. Estes cheiros, capelinhas perdidas no meio da serra. Apetece-me tanto deixar Lisboa, o sítio feio onde moro, habitar longe, sei lá onde, céu aberto, calor:

    - Quando acabares o livro o que vais fazer?

    Quando acabar o livro escrevo outro. Se for capaz. Se ainda existirem livros em mim, a gente não sabe. Se não existirem sento-me no chão, a contar os dedos: contando-os muitas vezes começam a ser menos. Quantos tenho? Na mão esquerda cinco, na direita não vi. O senhor Ernesto trouxe cerejas amarelas num cestinho: tão sério atrás dos óculos. Os mortos andam por aí, há dias estive com eles, corpo contra corpo, feições misturadas. Não sei qual de nós falou mais, eram vários, eu só um. Eu só um? Quantos encontra em mim, mãe? É melhor não perguntar, deve achar que eu só um, as mães acham sempre que a gente só um. O americano perguntava: o que é feito da tua irmã gémea que abandonaste ao nascer? O que lhe fiz de facto? Tenho-a procurado a vida inteira, em vão. Desistiu de mim, da minha falta de amor, foi-se embora. Se me pedirem contas, e hão-de pedir-me contas

    - O que fizeste da tua irmã gémea que abandonaste ao nascer?

    o que lhes respondo? Ninguém lhe deu um nome que tenho de o encontrar dentro de mim. Encontrar não: eu sei, finjo que não sei mas sei. Qual de nós dois escreve isto? Ela? Eu? Que homem não abandonou a sua irmã gémea ao nascer? A chuva interrompeu-se uns minutos, voltou: não andes por aí à chuva, mana, volta para dentro, de cabelo molhado, tão magra. Comprei este bloco numa papelaria minúscula: um euro. Perguntei

    - Quanto custa?

    responderam-me

    - Um euro

    e fiquei parvo. Um euro com tanto papel dentro, já escrito, basta passar o bico da esferográfica por cima das palavras e, portanto, isto que escrevo já cá estava. Só se escreve o que já está nas páginas desde o princípio, à espera, não criamos nada. E, na minha ideia, foi a minha irmã gémea quem disse isto para mim. Se olharem com atenção vêem-na espreitar por cima do meu ombro. Que estranho: eu à sua procura e ela aqui, comigo desde sempre. Não voltou: não me abandonou apenas. Fui eu que deixei de olhar para ela, esteve sempre à minha espera. Passa a tua mão na minha cabeça, mana. A tua mão na minha cabeça durante muito tempo. Até eu adormecer, por exemplo, para que não volte a acordar.



    Ler mais: http://visao.sapo.pt/o-que-e-feito-da-tua-irma-gemea-que-abandonaste-ao-nascer=f674797#ixzz20WcFipb5
  15.  # 36

    Uma incursãozinha na Genealogia...
    Colocado por: branco.valter« ... Chamava-se Bernardo António Antunes. .... Acabou cheio de taco e visconde e, que se saiba, não tornou a Portugal .... O meu bisavô herdou a maçaroca e casou-se com uma senhora judia chamada Leopoldina Lobo. »
    O Lobo Antunes não escreve lá muito bem,... e também não conhece lá muito bem a própria família.

    O pai do avô do meu avô era um camponês muito pobre da Póvoa do Lanhoso, de Darque, que se chamava Antunes
    Na realidade chamava-se Francisco Maria Antunes, e era casado com Teresa Bernardino Barbosa.

    O trisavô do Lobo Antunes chamava-se Bernardo António de Brito Antunes, e foi 1.º visconde da Nazaré (desde 29-III-1883 - o título refere-se a uma sua propriedade no Pará), Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (1886), fidalgo-cavaleiro da Casa Real (desde 29-IX-1886).
    Depois de ter frequentado a escola na sua freguesia, Bernardo António partiu muito novo para o Brasil, onde esteve durante 39 anos, dedicando-se ao comércio.

    MAS A frase "sem conhecer ninguém, sem um tostão, sem sítio onde ficar" é completamente fantasiosa!
    Bernardo António teve um irmão DEZANOVE ANOS mais velho, chamado António José Antunes Sobrinho (nasc. em Caniçadas-Braga em 1814, e morreu em Braga a 16.05.1888), que também foi comerciante no Pará, e também foi visconde - 1.º visconde de Penedo (por decreto de 1885).
    Isto é, quando Bernardo António foi para o Brasil com uns 12 anos, não era uma criança sozinha e abandonada. O irmão, então com 31 anos, já era um comerciante estabelecido e casado (desde 1840, com Joaquina Rosa Vieira).

    Além disso, Bernardo António TORNOU a Portugal sim senhor! Morreu em Lisboa! (nasc. Vila de Frades a 20.08.1833; faleceu em Lisboa a 27.11.1905). Foi um dos beneméritos protectores da Associação de Beneficiência Portuguesa (no Pará e em Lisboa).

    Por último: Bernardo teve uma filha legítima Maria Isabel de Brito Antunes, e um filho (ilegítimo?!) chamado João de Brito Antunes, que casou com Leopoldina Danin Lobo.
    Portanto a frase «o meu bisavô herdou a fortuna»... só se foi da mulher!
  16.  # 37

    Minha nossa senhora, isso não é uma incursãozinha na Genealogia, isso é um relatório!
  17.  # 38

    Colocado por: branco.valterMinha nossa senhora, isso não é uma incursãozinha na Genealogia, isso é um relatório!

    LOL! (e não precisei da ajuda dos serviços secretos!)

    Havia de ver a minha árvore genealógica!
  18.  # 39

    Imagino... ;o)
  19.  # 40

    Cultura moderna surgiu mais de 20 mil anos antes do que se imaginava

    Pesquisadores encontraram fósseis de adornos usados por seres humanos modernos há 44 mil anos no sul da África

    Cientistas afirmam que a idade da Pedra surgiu 20 mil anos mais cedo do que se acreditava, quase ao mesmo tempo que o ser humano moderno migrava da África para o continente europeu. Dois estudos publicados nesta segunda-feira (30) no periódico científico PNAS da Academia Nacional de Ciências dos EUA afirmam que artefatos descobertos em uma caverna na África do Sul indicam que a cultura moderna teria emergido há 44 mil anos. As descobertas incluíam pontas envenenadas e joias, características do povo bosquímano, cujos descendentes vivem hoje no sul da África.

    Análise de datação de carbono dos objetos encontrados no sopé das montanhas Lebombo em KwaZulu-Natal, África do Sul, revelou que a cultura dos bosquímanos é mais antiga que 44 mil anos, muito mais do que estudos anteriores que afirmavam se tratarem de um povo de 10 mil ou 20 mil anos de idade. Os pesquisadores afirmam que estes itens foram amplamente utilizados e servem para antecipar a cultura moderna. O período conhecido como Fim da Idade da Pedra, chama do por arqueólogos com o Período do Paleolítico Superior, marca a migração de humanos modernos da África para a Europa, cerca de 45 mil anos atrás. Eles se espalharam rapidamente e, eventualmente, conduziram os neandertais à extinção.

    "Eles se adornavam com ovo de avestruz e contas de conchas marinhas, e também usavam ossos. Eles conseguiram modelar ossos finos para usar como furadores e pontas de flechas envenenadas. Um dos lados era decorado com sulco espinhal e preenchido com ocre vermelho, algo que se aproxima muito das marcas utilizadas pelo povo bosquímano para identificar as lanças para caça ", disse Lucinda Backwell, uma das pesquisadoras do estudo.

    De acordo com a pesquisadora sul-africana, os objetos são as primeiras provas de “comportamentos modernos como os conhecemos”. Ela afirma ainda que a descoberta reforça que os homens modernos se originaram do Sul da África.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-07-30/cultura-moderna-surgiu-mais-de-20-mil-anos-antes-do-que-se-imaginava.html
 
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