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    • Gex
    • 23 abril 2013 editado

     # 1

    Boas,
    A minha odisseia para construir casa e conseguir a ferros arrancar autorizações e respostas da Câmara Municipal parece ainda estar longe de terminar... Agora, mesmo na recta final parece quererem arranjar-me problemas...
    Vou fazer uma cronologia dos acontecimentos:
    -Em Novembro são entregues a Telas Finais
    -Algum tempo depois, segundo me foi dito pelos empregados da obra que estavam a trabalhar na casa ao lado (do meu pai), apareceu lá uma senhora a querer "vistoriar" a minha casa, mas como ninguém avisou que ela lá ia aparecer e eu não tenho poderes de adivinhação, não estava lá ninguém para a receber. Entreou pelo lado do meu pai e o primeiro comentário que fez, ao ver a rede que separava as duas fracções (rede essa que foi imposta pela EDP, ainda não sei bem porquê), foi "isto é um galinheiro ou quê?!?". Logo aqui acho que está lançado o mote... Tomou as notas e foi-se embora.
    -Em Dezembro aparece a resposta da Câmara que tinha 3 pontos: 1-Desconformidade no alçado; 2-Lancil partido no passeio da rua e falta do desenho de um traço e não pôde comprovar a permeabilidade do solo no muro a norte.
    -Marquei uma reunião com a arquitecta responsável da Câmara que também não percebia muito bem estes pontos e encolheu várias vezes os ombros, mas chegámos à conclusão que para o ponto 1 era o facto de no projecto o rodapé da casa ser a pedra e na realidade fez-se pintado a cinzento e portanto ia apresentar-se um desenho com essa alteração; ponto dois ia-se corrigir o lancil e pintar o traço e ponto 3 fazia-se uma declaração a dizer que tudo estava de acordo com o projecto.
    -Em Janeiro entraram os novos dados na Câmara
    -O tempo passou, passou, passou... até que em Fevereiro liguei para lá a perguntar o que se passava e parece que alguém se esqueceu daquilo em cima de uma mesa porque até diziam que eu não tinha entregue nada... Lá deram andamento àquilo...
    -Em fins de Março/principios de Abril ligo para lá outra vez e ainda andava às voltas para voltar outra vez ao ponto de partida onde inicialmente ficou encalhado (departamento de fiscalização/vistorias)
    -Já em Abril liguei e disseram que provavelmente ia haver nova vistoria porque da primeira vez não foi vistoria porque não é só ma pessoa que a faz, é uma comitiva e que se foi lá alguém foi para ver do exterior e ainda faltava ver o interior e blábla e que só daí a duas semanas é que podia pegar naquilo...
    -Passado esse tempo ligo para lá outra vez e dizem-me que já tinham os pareceres de toda a gente e que só faltava o parecer da engª que fez a vistoria inicial (a do galinheiro) e que se ela concordasse com os pareceres que emitiam a Autorização de Utilização, mas para eu ligar no dia seguinte (hoje).
    -Hoje liguei para lá e dizem-me que a engª decidiu fazer nova vistoria... Não sei o que pretende ela vistoriar, pois se aparece lá sem avisar bate novamente com o nariz na porta.
    Queria só chamar a atenção que já passaram 3 meses desde que os novos elementos deram entrada e 5 meses desde que as telas finais deram entrada. Parece-me no mínimo vergonhoso. O que desconfio é que poderão eventualmente estar a querer criar problemas propositadamente (talvez para justificar o posto que ocupam).
    Preocupa-me o facto de o "desenho" do quintal não estar exactamente como no desenho de implantação (não houve projecto de exteriores) e vierm dizer que o solo não tem a permeabilidade que deveria e etc.. Porque suprimi algumas zonas que eram de relva (eram encostadas à parede da casa e retirei por causa das humidades) e coloquei calçada, mas por outro lado abri canteiros noutras zonas.
    Se me vierem criar problemas desses (tipo dizerem para levantar a calçada e colocar relva e tapar os canteiros, o que posso fazer para me defender? É que dos três pontos que foram inicialmente apontados, esse é o único por onde podem pegar...
    Obrigado
  1.  # 2

    Conhece os artº 62, 63, 64 e 65 do rjue?
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 3

    Colocado por: PicaretaConhece os artº 62, 63, 64 e 65 do rjue?


    Não...
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 4

    Já estive a ler. Não encontrei nada que me ajudasse assim muito, mas fiquei com a ideia que devem ser tipo elementos da pide e das SS's que fazem essas vistorias (e também pelo que já me contaram de outras vistorias)...
  2.  # 5

    Se não tiver a área permeável obrigatória segundo o regulamento municipal podem pegar por isso. Agora se tiver retirado 10 m2 de área permeável numa zona e tiver aumentado esses 10 m2 de área permeável numa outra zona, deve apresentar uma planta em que mostre essas áreas devidamente contabilizadas.


    www.gabineteop.com
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  3.  # 6

    Colocado por: Gex(não houve projecto de exteriores)


    Não é obrigatório? Eu tive de entregar quando construí.

    Colocado por: Gexdevem ser tipo elementos da pide e das SS's que fazem essas vistorias (e também pelo que já me contaram de outras vistorias)...


    A vistoria à minha casa foi tão tranquila que nem dei por ela lá terem ido...se é que foram...
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 7

    A questão é que essas áreas nem sequer estão contabilizadas na planta de implantação porque não houve necessidade de apresentar projectos de exteriores. De qualquer forma a superfície mínima é de 30%.
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 8

    Colocado por: becas
    Não é obrigatório? Eu tive de entregar quando construí.


    É porque o seu terreno exterior é mais de 300 e tal m2. Abaixo disso não é necessário.

    Eu queria é que não me chateassem, mas infelizmente a burocracia deste país implica que meio mundo ande sempre a chatear outro meio mundo...
    Colocado por: becasA vistoria à minha casa foi tão tranquila que nem dei por ela lá terem ido...se é que foram...
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 9

    Vendo as coisas por outro prisma:
    O RUEM diz:
    Índice de Permeabilidade
    Sem prejuízo do disposto no Regulamento do PDM, a superfície permeável mínima nos logradouros é de 30 %

    O logradouro tem a zona frontal quase toda em terra (era para ser relva, mas o cão dá cabo daquilo tudo) e tem dois canteiros paralelos que percorrem uma lateral do quintal e outro que percorre a outra. Tenho quase a certeza que isso perfaz os 30%, mas mesmo que não seja, o restante piso é calçada o que significa que, segundo me disseram, é um piso semi-permeável. Isso não será suficiente para cumprir com as regras?
  4.  # 10

    Colocado por: GexJá estive a ler. Não encontrei nada que me ajudasse assim muito

    Estas coisas deviam ser resolvidas pelos técnicos da obra, projectista ou director de fiscalização, e convém sabermos a legislação, para não os deixar-mos fazer o que eles querem:

    "A autorização de utilização é concedida no prazo de 10 dias a contar da recepção do requerimento,

    O presidente da câmara municipal, oficiosamente ou a requerimento do gestor do procedimento e no prazo previsto no número anterior, determina a realização de vistoria,

    Não sendo determinada a realização de vistoria no prazo referido no n.º 1, o requerente pode solicitar a emissão do alvará de autorização de utilização,

    A vistoria realiza -se no prazo de 15 dias a contar da decisão do presidente da câmara

    A vistoria é efectuada por uma comissão composta,no mínimo, por três técnicos,

    A data da realização da vistoria é notificada pela câmara municipal ao requerente da autorização de utilização, o qual pode fazer -se acompanhar dos autores dos projectos e do técnico responsável pela direcção técnica da obra,"



    Colocado por: Gex-Hoje liguei para lá e dizem-me que a engª decidiu fazer nova vistoria...

    Ela já foi a sua casa, e o Gex em vez de ter ido à Câmara falar com ela, foi lá falar com a "arquitecta responsável da Câmara", provavelmente fazer queixinhas da engª. Estas coisas costumam pagar-se caro.
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 11

    Colocado por: Picareta
    "A autorização de utilização é concedida no prazo de 10 dias a contar da recepção do requerimento,


    Já passaram 5 meses...

    Colocado por: PicaretaO presidente da câmara municipal, oficiosamente ou a requerimento do gestor do procedimento e no prazo previsto no número anterior, determina a realização de vistoria,


    Não, isto nem chegou ao presidente...

    Colocado por: PicaretaNão sendo determinada a realização de vistoria no prazo referido no n.º 1, o requerente pode solicitar a emissão do alvará de autorização de utilização,


    Será que ainda o posso fazer? E como...?

    Colocado por: PicaretaA vistoria realiza -se no prazo de 15 dias a contar da decisão do presidente da câmara


    O presidente não foi ouvido nem achado para o caso...

    Colocado por: PicaretaA data da realização da vistoria é notificada pela câmara municipal ao requerente da autorização de utilização, o qual pode fazer -se acompanhar dos autores dos projectos e do técnico responsável pela direcção técnica da obra


    Nunca fui notificado de absolutamente nada!!

    Colocado por: PicaretaEla já foi a sua casa, e o Gex em vez de ter ido à Câmara falar com ela, foi lá falar com a "arquitecta responsável da Câmara", provavelmente fazer queixinhas da engª. Estas coisas costumam pagar-se caro.


    Não fui fazer queixinhas de ninguém. Fui falar com a técnica responsável da zona e que deu a concordância ao parecer da engª.
    Costumam pagar-se caro? Picareta, se um dia você construir uma casa e chegar lá alguém da câmara e perguntar se aquilo é um galinheiro, acho que que as intenções ficam logo completamente claras, não lhe parece? E isso foi antes de ir falar com a arquitecta. Por acaso não referi isso na reunião com a arqª, nem fiz qualquer tipo de "queixinhas", apenas quis compreender o que queriam efectivamente com aquele parecer que ninguém (nem arquitecto, nem técnicos da obra...) percebia muito bem. Mas se a palhaçada continuar vou pedir audiência ao vereador do urbanismo e se necessário ao presidente da câmara e nessa altura quero vê-los a justificar o modus operandi e o tempo que demoram nestas tretas todas!
  5.  # 12

    Colocado por: GexNão fui fazer queixinhas de ninguém. Fui falar com a técnica responsável da zona e que deu a concordância ao parecer da engª.

    Vou-lhe explicar como é que eu costumo fazer, pode até nem ser a forma correcta, mas é assim que eu acho que deve ser feito, até porque também já sofri no pelo por ter passado por cima de alguém (ficam furiosos quando passamos por cima deles e não lhes damos importância)

    Recebo uma carta da Câmara a levantar problemas, vou SEMPRE falar em primeiro lugar com quem levantou os problemas, e só se não conseguir resolver o problema com essa pessoa, é que passo ao seu superior, e por aí a cima até ao presidente se for preciso.

    Quanto ao seu problema, já passou todos os limites, e está na altura de passar por cima de todos.
    • Gex
    • 23 abril 2013

     # 13

    Eles devem é andar com pouco trabalho e tentam protelar estas situações ao máximo para justificar os seus postos, mas é como diz, isto já passou todos os limites!
  6.  # 14

    é por isto que este País não anda para a frente, são estes indivíduos que não dão lucro nenhum ao pais e ainda atrapalham, e ainda não batemos no fundo, quando batermos a pessoas vão perder a paciencia com esta corja e vai dar bronca, alias chumbo
    • 1255
    • 24 abril 2013

     # 15

    Pois é meus amigos,
    isto não está nada fácil lidar com os caprichos desta malta das câmaras.
    Posso-vos dizer que lido com umas 10 câmaras da minha região e ando esgotado. Ás vezes até dá vontade de rir. Isto é cada cabeça sua sentença.
    Não querendo generalizar mas acho que quase todos querem mimos. Ou melhor: têm sede de protagonismo.
    É do género: Ó p'ra mim aqui...
    Até se baralham uns aos outros. Mas é tudo: desde administrativos, fiscais, engenheiros, arquitectos, juristas, vereradores, todos.
    Tenho cada história que qualquer dia escrevo um livro.
    Ainda não consegui compreender o critério, é como calha. Uma vezes é tudo maravilhas, outras é tudo a encravar.
    Sim, porque se fosse sempre a encravar teria de partir a loiça toda.
    Até processos já me desapareceram e depois pedem-me cópias à pressa para tapar o buraco, enfim.
    E agora com menos processos para apreciarem parece que ainda é pior. Têm mais tempo para lixar a cabeça aos contribuintes.
    Ou então é para justificarem o posto de trabalho.
    • Gex
    • 24 abril 2013

     # 16

    Colocado por: 1255Ou melhor: têm sede de protagonismo.


    No meu caso acho que é mais isto... Parece-me. Porque se é o resto, de mim não leva nada!

    Colocado por: 1255Ainda não consegui compreender o critério, é como calha. Uma vezes é tudo maravilhas, outras é tudo a encravar.


    Sim, também reparei nisso. Há muito do 8 ou 80, embora a maior parte seja a encravar e bem.

    Colocado por: 1255E agora com menos processos para apreciarem parece que ainda é pior. Têm mais tempo para lixar a cabeça aos contribuintes.
    Ou então é para justificarem o posto de trabalho.


    Exactamente o que disse mais acima. As câmaras têm gente a mais e é um salve-se quem puder para justificar o posto de trabalho e depois só sai borrada. Se antes já trabalhavam mal, agora ainda é muito pior. E o mais preocupante é que parece terem orgulho disso!
    • Gex
    • 24 abril 2013

     # 17

    Colocado por: GexO logradouro tem a zona frontal quase toda em terra (era para ser relva, mas o cão dá cabo daquilo tudo) e tem dois canteiros paralelos que percorrem uma lateral do quintal e outro que percorre a outra. Tenho quase a certeza que isso perfaz os 30%, mas mesmo que não seja, o restante piso é calçada o que significa que, segundo me disseram, é um piso semi-permeável. Isso não será suficiente para cumprir com as regras?


    Sabem-me dizer se este argumento é válido...?
  7.  # 18

    calçada nunca ouvi falar, mas grelhas de enrelvamento sei que contam a 50% como área permeável.
    • Gex
    • 30 abril 2013 editado

     # 19

    Bem, ligaram-me há pouca a marcar a vistoria para a próxima segunda feira. Dizem que é interior e exterior. Cheira-me que querem arranjar problemas (já estou por tudo...).

    Algum conselho de como lidar com a "comitiva" que lá vai? Sinceramente estou farto desta ****. Essa gente já me provoca náuseas!
  8.  # 20

    No seu lugar falaria o menos possível; todo e qualquer esclarecimento ou resposta a qualquer questão que coloquem deve ser respondida pela fiscalização da obra, que deve estar presente.
 
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