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  1.  # 861

    Colocado por: treker666é mais uma discussão sem nexo!


    É mais uma discussão de liberdade, a liberdade de pagar apenas os serviços que se pretende consumir e não aqueles que ou não consumimos ou que somos obrigados a consumir, e que mesmo com o consumo forçado não conseguem por a coisa a não dar prejuízo.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 862

    Colocado por: two-rokEntão diga-me lá, como são pagos os salários da função pública? Aliás, como é paga toda a despesa pública?

    Se quiser aprofundar a questão, vai chegar à conclusão que cada um de nós contribui para o salário de todos os outros Portugueses, funcionários públicos ou não.

    Essa perspetiva dos funcionários públicos parasitas é um bocado básica demais. E se se preocupa com a forma como os seus impostos são gastos, comece por perceber para onde vai a maioria desses impostos. Dica: não é para os salários dos FPs.
    Concordam com este comentário: marco1, treker666
  2.  # 863

    No ano passado a recessão aumentou em grande medida porque os funcionários públicos deixaram de receber 2 salários, os subsídios, e isso fez imediatamente com que o consumo diminuísse, a economia caísse e o desemprego aumentasse, o que prova que os funcionários públicos também pagam o salário dos privados.

    Na realidade a sociedade é uma só, e direta ou indiretamente todos acabam por pagar os salários de todos.

    Quem paga os funcionários dos supermercados, dos restaurantes, etc? São os que consomem os seus produtos e serviços, e podem ser públicos e privados.
    Quem paga os funcionários públicos? São todos os que pagam impostos e podem usufruir dos seus serviços de forma quase gratuita, e são tanto públicos como privados.

    Claro que há uma relação menos direta entre o que se paga e recebe no público, o que pode ser bom ou mau, mas isso é inerente ao sistema atual, e os funcionários públicos nada têm a ver com isso.

    Se o público é assim tão mau, e se a maior parte dos eleitores é do privado, porquê que não se elege um partido que simplesmente acabe com o sistema público?

    Obviamente que no público muita coisa está mal e tem de mudar, e tal como no privado, também há maus funcionários públicos.

    As pessoas têm de deixar de olhar para o seu umbigo, e pensar que numa sociedade no médio prazo o bem ou o mal do público será o bem e o mal do privado, e vice-versa. Temos de pensar não no bem do público ou privado, mas no bem da sociedade como um todo.
    A questão é que enquanto houver a ideia de que o público e o privado são autónomos e por inerência adversários, as coisas não avançam já que não se concentra a energia para mudar as coisas realmente importantes. A união faz a força, além disso, há muitos interesses em que esta separação se mantenha, é o chamado dividir para reinar, isto vê-se muito nos governantes.
    Concordam com este comentário: eu
  3.  # 864

    Colocado por: dfserraNo ano passado a recessão aumentou em grande medida porque os funcionários públicos deixaram de receber 2 salários, os subsídios, e isso fez imediatamente com que o consumo diminuísse, a economia caísse e o desemprego aumentasse, o que prova que os funcionários públicos também pagam o salário dos privados.


    Então a solução para a crise está debaixo do nosso nariz: salário mínimo na fp de 10.000€/mês e ficar a ver a economia a crescer e o desemprego a diminuir (às tantas é melhor contratar mais uns 500.000 fp).
    Concordam com este comentário: two-rok
  4.  # 865

    Eu não diria que a culpa é dos governantes, é uma desculpa fácil. Talvez haja algo de verdade quando Carlos Cruz (o famoso apresentador) comparava o povo português ao americano. Dizia ele que o americano vê o vizinho bem na vida e tenta ele ser igual ou melhor. O português pelo contrário, dizia ele, vê o vizinho bem e tenta deitá-lo abaixo. Mentalidade pequena e mesquinha. Muitos quintais para um país tão pequeno.

    Mas dói, dói ver um país com a nossa história e potencialidades estar na situação em que está. Lembro-me dum episódio que me contaram dum israelita que invejava as condições naturais de portugal enquanto que eles tiveram de meter mãos à obra e construir e criar no deserto.

    Se calhar as nossas próximas gerações estão destinadas a voltar à terra.
  5.  # 866

    Colocado por: euDica: não é para os salários dos FPs.


    Com dados é mais fácil:

    2011
    Receitas com impostos: 61.280,9
    Despesas com pessoal: 19.438,4
    = 26%

    2012
    Receitas com impostos: 57.044,1
    Despesas com pessoal: 16.308,9
    = 28,5%

    Junte-lhe a SS:
    Receitas com impostos: 61.280,9
    Despesas da SS: 31.093.8
    = 50,7%

    2012
    Receitas com impostos: 57.044,1
    Despesas da SS: 29.356.8
    = 51,4%

    Onde é que o estado gasta mais então?
  6.  # 867

    Caro PeSilva, Claro que a solução não é essa. Ou então acha que o problema resolve-se passando o salário no privado para 10 mil euros e com isso aumenta os impostos, deixa de haver défice nem qualquer crise?

    Obviamente que tanto o estado como as empresas devem gerir mediante os recursos disponíveis, e também é bastante consensual que o estado em Portugal tem um peso muito grande, em particular se levarmos em conta o PIB.

    O que disse é que não é correto pensar que o privado paga os salários do público e que o inverso não aconteça, até se pode ver a situação exatamente ao contrário. a sociedade é uma só e o público e o privado estão de tal forma interligados que não pode viver um sem o outro, e não pode um estar mal e o outro bem.
  7.  # 868

    Colocado por: dfserraCaro PeSilva, Claro que a solução não é essa. Ou então acha que o problema resolve-se passando o salário no privado para 10 mil euros e com isso aumenta os impostos, deixa de haver défice nem qualquer crise?


    Associou a diminuição dos rendimentos dos fp à caída da economia e ao desemprego, logo pela lógica, se aumentarmos os fp a economia crescerá e o desemprego diminuirá, certo?
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 869

    Porque é que juntou a Segurança Social aos salários dos funcionários públicos? São dois itens independentes...

    Além disso, não sei se foi de propósito ou não, mas está a cometer um erro falacioso na apresentação dos números: devia comparar o salário dos FPs com o total da despesa pública e não apenas com as receitas fiscais. Assim, está a empolar artificialmente a percentagem...
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 870

    Colocado por: PeSilvaOnde é que o estado gasta mais então?

    Prestações sociais. Cerca de 50% da despesa total é com prestações sociais.

    Os salários dos FPs valem cerca de 20% da despesa total.

    O valor dos juros da dívida já valem cerca de 10% da despesa total.
  8.  # 871

    Colocado por: euPorque é que juntou a Segurança Social aos salários dos funcionários públicos? São dois itens independentes...


    Não juntei, estão em itens separados.

    Colocado por: euAlém disso, não sei se foi de propósito ou não, mas está a cometer um erro falacioso na apresentação dos números: devia comparar o salário dos FPs com o total da despesa pública e não apenas com as receitas fiscais. Assim, está a empolar artificialmente a percentagem...


    Quem falou em impostos foi o eu:
    Colocado por: eucomece por perceber para onde vai a maioria desses impostos.
  9.  # 872

    Se tal fosse possível era certo. Mas como sabe, nem o público nem o privado pode aumentar os salários dessa forma. De todo o modo, também parece certo que austeridade a mais acentua o problema em vez de resolver.

    Eu nunca defendi esse aumento, o que disse apenas é que o público paga também os salários do privado, que está ttudo interligado.

    Então diga-me lá, para si a solução é então reduzir o salário dos FP para 200 euros? Acha que o país iria melhorar?
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 873

    Colocado por: PeSilvaNão juntei, estão em itens separados.


    Colocado por: PeSilvaJunte-lhe a SS:


    Peço desculpa, quando você escreveu "Junte-lhe a SS" e somou os dois valores, percebi, pelos vistos erradamente, que estava a juntar e somar os dois valores.


    Colocado por: PeSilvaQuem falou em impostos foi o eu:

    Sim, mas o valor que apresentou está errado, o valor correto é inferior, porque parte da despesa é paga com empréstimos (o tal défice).
  10.  # 874

    Colocado por: dfserraEntão diga-me lá, para si a solução é então reduzir o salário dos FP para 200 euros? Acha que o país iria melhorar?


    A solução é não criar mercados artificiais ... e se os criarem que sejam pagos APENAS por quem os quer manter.
  11.  # 875

    Tem de se ter algum cuidado a analisar a segurança social.

    Embora o subsídio de doença, desemprego e parte das pensões não sociais sejam considerado despesa da segurança social, na realidade trata-se apenas da devolução às pessoas daquilo que tinham anteriormente pago com essa precisa finalidade.

    O problema está nas restantes prestações sociais, e na fórmula de cálculo das pensões que esteve em vigor até uns anos atrás, que fazia com que se venha a receber mais do que foi pago.
  12.  # 876

    Colocado por: euSim, mas o valor que apresentou está errado, o valor correto é inferior, porque parte da despesa é paga com empréstimos (o tal défice).


    O valor está correcto de acordo com os impostos cobrados que foi o que o eu referiu.
    São esses 26/28% que contam para quem diz que o estado é sustentável.
    O estado gasta 75 a 80% dos impostos que cobra em pensões e salários, ficando com 20 a 25% para tudo o resto (que vai quase tudo para juros).
    Para um estado ser sustentável tem de jogar com estes números ...
  13.  # 877

    Colocado por: dfserrana realidade trata-se apenas da devolução às pessoas daquilo que tinham anteriormente pago com essa precisa finalidade


    Não é bem verdade quando se defende o sistema com o argumento da solidariedade.
  14.  # 878

    Essa questão nem de forma académica pode ser colocada...é mais uma discussão sem nexo!


    Não pode ser colocada? Claro que pode. O objectivo da pergunta é levar o raciocínio "os FP pagam impostos" até ao seu corolário lógico.

    Se quiser aprofundar a questão, vai chegar à conclusão que cada um de nós contribui para o salário de todos os outros Portugueses, funcionários públicos ou não.

    Mais ou menos. O que o eu quer dizer é que em princípio todos contribuímos para o salário de alguém vírgula (e agora entra a parte relevante) mediante as escolhas que voluntariamente fazemos.

    Essa perspetiva dos funcionários públicos parasitas é um bocado básica demais.

    Não é uma questão de parasitismo tout court. É apenas a constatação de que a conversa "os FP também pagam impostos" é algo falaciosa.

    E se se preocupa com a forma como os seus impostos são gastos, comece por perceber para onde vai a maioria desses impostos. Dica: não é para os salários dos FPs.

    E se me preocupar com todos, em vez de apenas com a maioria?

    No ano passado a recessão aumentou em grande medida porque os funcionários públicos deixaram de receber 2 salários, os subsídios, e isso fez imediatamente com que o consumo diminuísse, a economia caísse e o desemprego aumentasse, o que prova que os funcionários públicos também pagam o salário dos privados.

    A recessão aumentou, não porque os FP deixaram de receber, mas porque deixou de haver quem emprestasse €€ ao Estado para pagar aos FP. O que em anos anteriores se traduzia em "dinheiro a mais" (€€ que o Estado gastava sem nos cobrar, pedindo emprestado), começou lentamente a diminuir.

    Eu nunca defendi esse aumento, o que disse apenas é que o público paga também os salários do privado, que está tudo interligado.

    O funcionário público paga ordenados aos privados se voluntariamente adquirir um bem ou serviço. Imaginando que amanhã somos todos "privados", os privados continuarão a ter salário. O contrário já não é válido.
    Concordam com este comentário: two-rok
  15.  # 879

    A segurança social na realidade contempla prestações previdenciais e prestações de solidariedade.

    Quanto às segundas são efetivamente despesa, e tem de ser financiada com impostos, quanto às primeiras, quando bem calculado o valor, são na realidade devolução de valores pagos, pelo que se fosse esse a vontade política, poderiam não fazer parte do estado e ser um sistema exclusivamente privado e não estávamos aqui a falar como despesa pública.

    Claro que se a despesa não era pública, a receita também não era, e até ao momento as receitas do sistema providencial são maiores que as despesas pelo que neste momento o défice do estado sai a ganhar por esta componente estar dentro da esfera do estado.
  16.  # 880

    Embora o subsídio de doença, desemprego e parte das pensões não sociais (..)na realidade trata-se apenas da devolução às pessoas daquilo que tinham anteriormente pago com essa precisa finalidade.

    Não é verdade. É fácil de perceber que se alguém tem 5 meses de subsidio de desemprego a 65% da remuneração de referência ao final de 1 ano de trabalho, não está a receber o que descontou. E que se alguém que ganhava 2000 euros vê o subsídio limitado a 1050, salvo erro, também não está a receber o que descontou.
    A finalidade do desemprego e do subsídio de doença não é devolver o que se descontou mas ser uma rede de segurança.


    O problema está nas restantes prestações sociais, e na fórmula de cálculo das pensões que esteve em vigor até uns anos atrás, que fazia com que se venha a receber mais do que foi pago.
    Concordam com este comentário: two-rok
 
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