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  1.  # 21

    Voltando aos dados e conclusões a tirar do link,
    http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-mundo-nao-esta-a-assim-tao-mal-e-portugal-tambem-nao-1618232

    Em causa estiveram várias análises comparadas envolvendo seis países (Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Chipre): a evolução do risco de pobreza e de exclusão social, a evolução do número de pessoas a viverem em condições de grave privação material e a evolução da desigualdade social. Todos os gráficos apontaram para uma mesma conclusão: enquanto na generalidade dos outros países todos os indicadores sociais se degradaram muito depressa e de forma muito acentuada, isso não estava a acontecer em Portugal pelo menos até 2012, o último ano com dados estatísticos publicados. Daí a perplexidade de Pedro Magalhães: “O que explica que Portugal tenha, pelo menos à luz destes indicadores, escapado ao mesmo grau de aumento da pobreza e da privação material que se verificou nos restantes países, ou que as consequências em termos de desigualdade de rendimentos tenham sido mais graves em Espanha, Grécia ou até Itália?” Será que “as nossas políticas de austeridade foram mais ‘targeted’ de forma não afectar tanto os segmentos mais desfavorecidos, em comparação com os outros países da ‘austeridade’?”

    Este texto suscitou um interessante debate na blogosfera, com outros autores a sugerirem deficiências nos indicadores utilizados – deficiências que de facto existem, mas não explicam tudo – ou a adiantarem algumas explicações possíveis. Infelizmente não dei por o debate ter chegado à comunicação social tradicional, o que é pena, pois estou certo que muitos ficariam tão surpreendidos com aqueles dados como ficou Pedro Magalhães.

    Julgo que uma parte da surpresa tem origem na forma enviesada e pouco objectiva, mas muito melodramática, como temos noticiado e comentado a nossa crise e a nossa austeridade. Na verdade o que aqueles dados parecem indicar – e sublinho o parecem por uma questão de rigor e honestidade intelectual, pois faltam elementos para 2013, o nosso ano mais difícil – é que os “cortes” afectaram em Portugal sobretudo as classes de rendimentos médios ou mais elevados, o que fez diminuir o rendimento disponível mas não afectou de forma dramática os rendimentos mais baixos. De resto basta lembrarmo-nos que os cortes salariais e os cortes nas pensões foram progressivos e que, no caso dos reformados, mais de quatro em cada cinco, os mais pobres, não viram sequer o seu rendimento afectado, para suspeitarmos que esses dados reflectem afinal escolhas de políticas públicas.

    Mesmo assim, como há outros factores que influenciam, e muito, a evolução de indicadores sociais como os referidos por Pedro Magalhães, o principal dos quais será o desemprego, é cedo para podermos responder às questões que coloca, em especial a de saber se a nossa austeridade foi ou não melhor calibrada do que a de outros países da Europa do Sul. Mesmo assim fica a evidência contra-intuitiva de que as coisas não terão corrido tão mal como se tem proclamado. Ou como esperaria quem apenas ouvisse as queixas de quem sofreu os cortes e nos quis fazer crer, porventura até com a melhor das intenções, de que a sua razão de queixa não era em causa própria mas em nome de quem está no fundo da escala social.

    Nada disto transforma num mar de rosas a situação que vivemos, apenas ajuda a ser-se mais objectivo e rigoroso.
  2.  # 22

    Colocado por: J.FernandesNos quarenta anos em que se andou a viver a crédito e a acumular uma dívida pública colossal, onde andava o TC e aqueles que agora tanto clamam pela sua intervenção?

    Para ter uma constituição que garante tudo a todos é preciso que aja quem pague.

    Como diria o Medina Carreira, num país falido como o nosso, a realidade não se compadece com constituições, tribunais constitucionais e direitos garantidos.


    pergunte ao cavaco e seus conselheiros chegados que eles devem saber.
  3.  # 23

    Entretanto baixam o IRC.
    • eu
    • 3 janeiro 2014

     # 24

    Colocado por: jpvngEntretanto baixam o IRC.

    O que é de facto uma contradição...
  4.  # 25

    Colocado por: eu
    O que é de facto uma contradição...


    Se calhar é so para empresas que efectivamente criem emprego.
  5.  # 26

    Baixar o IRC não é contradição nenhuma. A medida peca é por não baixar igualmente o IRS e o IVA e em percentagens bem maiores.
  6.  # 27

    ..pormenores..que claro não revelam nenhuma contradição.
    • eu
    • 3 janeiro 2014

     # 28

    Colocado por: J.FernandesBaixar o IRC não é contradição nenhuma. A medida peca é por não baixar igualmente o IRS e o IVA e em percentagens bem maiores.

    Por isso é que é uma contradição...

    Colocado por: jpvng..pormenores..que claro não revelam nenhuma contradição.

    LOL...
  7.  # 29

    Não é contradição nenhuma, é quando muito uma medida incompleta.

    Apesar de tudo sempre é melhor baixar apenas o IRC que não baixar nenhum dos impostos.
  8.  # 30

    Colocado por: J.FernandesApesar de tudo sempre é melhor baixar apenas o IRC que não baixar nenhum dos impostos.


    Baixar o IRC nesta altura é completamente idiota. Não é isso que vai atrair investimento, há problemas bem mais sérios a resolver. Vai obrigar a aumentar os impostos noutro lado. Só vai beneficiar os detentores de capital das empresas que conseguem ter lucros que neste momento são poucas. Não ajuda as empresas que estão em dificuldades.

    Se quisessem fazer alguma coisa ao IRC mais valia obrigar a que uma parte fosse distribuída pelos trabalhadores e quem sabe aumentar o IRC. No caso de empresas com capitais estrangeiros sempre se conseguia que algum lucro passasse a ficar cá e a provavelmente circular pela "economia real". No entanto já há muitas empresas que já fazem isto, partilhar os lucros com os trabalhadores. Não sei se uma medida destas teria algum efeito prático.
    Concordam com este comentário: eu, maria rodrigues
    • beko
    • 4 janeiro 2014 editado

     # 31

    Em primeiro lugar à q esclarecer q a SS nao pertence ao estado,mas sim ao regime contributivo. Os maiores credores do estado sao os pensionistas actuais e futuros. A actual divida da SS vem do regime contributivo ter vindo a pagar à 39 anos o nao contributivo. Tal obrigaçao constitucional do reg. Nao contributivo(rsi/pensoes sociais/rurais/subvençoes,ect)pertence ao estado e nao à SS,mas poem tudo no mesmo saco.Perguntem-se porque razao nao ha 1 unico processo em tribunal contra o estado pela SS?Porque convem ao estado,poupa uns milhoes,mas depois usa o dinheiro do reg contribut para controlar o defice,isto é deve-nos e ainda tira.Lembem-se q a SS é a uniao d todas as caixas d providencia privadas a nivel nacional,e com essa uniao o estado viu em maos uma enorme quantidade d dinheiro,e por sucessivos decretos foi alargando a quem nunca descontou.As caixas providenc eram para pagar para quem descontou/ou familia em caso de morte.O sistema antigamente havia 3representantes,so 1 era do governo.Hoje em dia o ministro nomeado pelo governo tem controlo total de algo q nao lhe pertence.Por isso é sim muito + q um roubo é 1 confisco.
    Concordam com este comentário: hugo miguel
  9.  # 32

    Colocado por: bekoEm primeiro lugar à q esclarecer q a SS nao pertence ao estado,mas sim ao regime contributivo. Os maiores credores do estado sao os pensionistas actuais e futuros. A actual divida da SS vem do regime contributivo ter vindo a pagar à 39 anos o nao contributivo. Tal obrigaçao constitucional do reg. Nao contributivo(rsi/pensoes sociais/rurais/subvençoes,ect)pertence ao estado e nao à SS,mas poem tudo no mesmo saco.Perguntem-se porque razao nao ha 1 unico processo em tribunal contra o estado pela SS?Porque convem ao estado,poupa uns milhoes,mas depois usa o dinheiro do reg contribut para controlar o defice,isto é deve-nos e ainda tira.Lembem-se q a SS é a uniao d todas as caixas d providencia privadas a nivel nacional,e com essa uniao o estado viu em maos uma enorme quantidade d dinheiro,e por sucessivos decretos foi alargando a quem nunca descontou.As caixas providenc eram para pagar para quem descontou/ou familia em caso de morte.O sistema antigamente havia 3representantes,so 1 era do governo.Hoje em dia o ministro nomeado pelo governo tem controlo total de algo q nao lhe pertence.Por isso é sim muito + q um roubo é 1 confisco.
    Concordam com este comentário:hugo miguel


    No seguimento:
    http://apodrecetuga.blogspot.pt/2014/01/pensoes-e-os-golpes-dos-ladroes-estado.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+NoVotemPensem+(Não+votem,+pensem.)
  10.  # 33

    Colocado por: danobregaBaixar o IRC nesta altura é completamente idiota. Não é isso que vai atrair investimento, há problemas bem mais sérios a resolver. Vai obrigar a aumentar os impostos noutro lado. Só vai beneficiar os detentores de capital das empresas que conseguem ter lucros que neste momento são poucas. Não ajuda as empresas que estão em dificuldades.

    Os investidores são unanimes em algumas questões que, segundo eles, são determinantes na decisão de investir ou não no nosso país: taxas de impostos e descontos para a S.S. demasiado elevadas, falta de estabilidade das politicas fiscais, burocracias e regulamentos demasiadamente complexos e morosos e ineficácia do sistema de justiça. Se se mexe num destes entraves, ainda que insuficientemente, é óbvio que se está a avançar no caminho certo para atrair mais investimento.
    Só obriga a aumentar outros impostos, se quiserem continuar a não cortar despesa que se veja.
    Quanto a beneficiar os detentores de capital das empresas que têm lucro, a ideia é mesmo essa. A baixa de IRC não se destina a ajudar empresas em dificuldades.


    Colocado por: danobregaSe quisessem fazer alguma coisa ao IRC mais valia obrigar a que uma parte fosse distribuída pelos trabalhadores e quem sabe aumentar o IRC. No caso de empresas com capitais estrangeiros sempre se conseguia que algum lucro passasse a ficar cá e a provavelmente circular pela "economia real". No entanto já há muitas empresas que já fazem isto, partilhar os lucros com os trabalhadores. Não sei se uma medida destas teria algum efeito prático.

    Obrigar a distribuir o IRC pelos trabalhadores?! Esta sim uma verdadeira idiotice. É fácil de imaginar que o contraponto duma medida destas, que na prática aumenta os custos salariais, é menos contratações/mais desemprego e pressão em baixa sobre os salários de novos contratos.
  11.  # 34

    J.Fernandes
    Como diria o Medina Carreira, num país falido como o nosso, a realidade não se compadece com constituições, tribunais constitucionais e direitos garantidos.

    Num país falido como o nosso, digo eu, a realidade é muito mais complacente com as chorudas reformas de Medina Carreira e dos seus correligionários, principescamente pagos.
    E ainda com os fazedores de opinião, ao estilo Medina Carreira e outros, opinando muito ao jeito dos poderes instalados e, com certeza(??), faustosamente pagos, porque não há almoços grátis!
  12.  # 35

    luisvv
    A coberto de exigências(?) dos "credores externos", cometem-se os maiores atropelos à democracia (igual a ditadura consentida pelo voto e pelo P.R.?).
    Como por exemplo?

    Se se ler atentamente o #12 encontram-se muitas respostas, quanto a possíveis dúvidas, evidenciadas (ou comprovadas...??) até à saciedade.
    Aliás o que por aqui não faltam... são opiniões e manifestações de desagrado, com esta política do »quanto pior, melhor«. Dizer o contrário... são mais as vozes, do que as nozes
  13.  # 36

    Colocado por: maria rodriguesNum país falido como o nosso, digo eu, a realidade é muito mais complacente com as chorudas reformas de Medina Carreira e dos seus correligionários, principescamente pagos.
    E ainda com os fazedores de opinião, ao estilo Medina Carreira e outros, opinando muito ao jeito dos poderes instalados e, com certeza(??), faustosamente pagos, porque não há almoços grátis!

    Se você é daqueles que continuam a achar que os problemas do país podem ser resolvidos com o corte das famosas "reformas milionárias", é porque ainda não compreendeu a profundidade do buraco em que nos metemos.

    Quanto aos fazedores de opinião pública, no caso particular do Medina Carreira por mim referido, é público e notório que nos últimos cinco ou seis anos sempre teve uma opinião divergente dos governos, foi aliás das poucas vozes que no devido tempo alertou para a trajectória insustentável das contas públicas.
    Concordam com este comentário: eu, treker666, Jorge Santos - Faro, raulschone, carlosj39
  14.  # 37

    luisvv
    Voltando aos dados e conclusões a tirar do link,
    http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-mundo-nao-esta-a-assim-tao-mal-e-portugal-tambem-nao-1618232

    pc ferreira
    No seguimento:
    http://apodrecetuga.blogspot.pt/2014/01/pensoes-e-os-golpes-dos-ladroes-estado.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+NoVotemPensem+(Não+votem,+pensem.)


    Os dois links abordam (ou fazem?) análises estatísticas credíveis(??!), que põem em confronto realidades desiguais. Uma há-de ser mais autêntica do que a outra, com certeza!
    Perante os factos, que levam o insuspeito presidente do Conselho Económico e Social a tecer as mais duras críticas à actual governação (ele próprio favorável ao envio do OE para o Tribunal Constitucional, antes da sua promulgação), passando pelo presidente da Cáritas Portuguesa, a" pôr o dedo na ferida", com denúncias alarmantes sobre a fome "envergonhada", em Portugal, porque teimamos (quem??!!), em escamotear a verdadeira realidade?! »O pior cego é aquele que não quer ver«
  15.  # 38

    Andaram todos a roubar e os que lá estão que "coitados" ainda não tiveram tempo para roubar é que pagam as favas !

    Ainda vamos sofrer muito mais, podem ter a certeza ! Deixem vir o sr. que se segue ... Anda muita gente ansiosa para voltar a gastar o que é nosso !

    Se isto melhorar aparecem logo os grandes e velhos sábios para mamar, e correm com estes putos todos que andam a brincar aos políticos.

    Agora, os "bons" os sabios estão como os leões à espera da presa para devorar

    Um coisa é certa em casa sem pão todos se zangam e ninguém tem razão.

    Alguém pensava que um governo conseguisse fazer milagres depois de descalabro !...

    Ainda podemos vender os Magalhães para ajudar a pagar a divida .

    Uma coisa é certa se hoje os reformados estão com menos rendimento e isso é muito mau, mas quando for a nossa vez vai ser bem pior !
  16.  # 39

    Colocado por: J.FernandesOs investidores são unanimes em algumas questões que, segundo eles, são determinantes na decisão de investir ou não no nosso país: taxas de impostos e descontos para a S.S. demasiado elevadas


    Tretas. Quem paga os impostos são os trabalhadores. O capital está-se a borrifar para os impostos. Se pagam mais impostos num país que noutro, para produzir os bens ao mesmo preço pagam menos aos trabalhadores e mais ao estado. Em termos de despesas de produção o que interessa é o somatório dos custos num sítio quando comparado com o outro e a única despesa que dá para ajustar é a remuneração do trabalho.

    Colocado por: J.FernandesObrigar a distribuir o IRC pelos trabalhadores?! Esta sim uma verdadeira idiotice. É fácil de imaginar que o contraponto duma medida destas, que na prática aumenta os custos salariais, é menos contratações/mais desemprego e pressão em baixa sobre os salários de novos contratos.


    Idiotice é não o fazer. Se pensar bem redistribuir os lucros como forma de retribuição do trabalho é uma maneira de ter "ordenados" mais flexíveis. Quando a empresa está bem paga mais aos trabalhadores, quando está mal paga menos. Neste momento o que acontece é que as empresas aumentam os ordenados até ao que conseguem pagar e quando a coisa dá para o torno já não os podem descer e está o caldo entornado. Uma obrigação deste género criaria uma tendência natural para baixar os ordenados fixos nas empresas com lucros padrão.

    Teria também outra vantagem. Corrigir as situações pontuais e temporárias em que por falha de concorrência ou mera oportunidade o capital conseguisse ter lucros fora do normal sem que ao mesmo tempo o distribuísse minimamente por quem o ajudou a criar.

    De qualquer maneira penso que com algum malabarismo financeiro dá para dar a volta a este tipo de obrigação por isso, bah.
    Concordam com este comentário: Psilippos
  17.  # 40

    J.Fernandes
    no caso particular do Medina Carreira por mim referido, é público e notório que nos últimos cinco ou seis anos sempre teve uma opinião divergente dos governos, foi aliás das poucas vozes que no devido tempo alertou para a trajectória insustentável das contas públicas.

    Também outros criticaram e denunciaram, ainda hoje o fazem, os desmandos de sucessivo governos, desde finais do século XX, com toda a pertinência; críticos coerentes que dão a conhecer os atropelos aos direitos dos cidadãos contribuintes, perpetrados por excessos de governação e que nunca comeram [nem comerão(??!!)] da "gamela pública".
    Concordam com este comentário: jpvng
 
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