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  1. pois e a mim que já tenho uns bons anos, ainda ninguém me explicou porque razão se mexe nos dinheiros da SS e se misturam os mesmos com o orçamento e coisa e tal.
    Concordam com este comentário: PeSilva

  2. . e os milhares e milhares de pessoas que vão continuar com emprego e vão ter um (pequeno) aumento do seu rendimento disponível? Veremos o que acontece ao nível de desemprego geral...


    É verdade que o tipo que passa a receber 505€ fica mais satisfeito, mas não deixo de me espantar com a ideia de que é imoral alguém receber um SMN baixo, mas já não é relevante se pura e simplesmente deixar de o receber.
    Concordam com este comentário: two-rok
  3. e quem é que disse que isso não é relevante???

    já está o luisvv a fazer as contas de acordo apenas com a sua teoria, bolas que distorção e manipulação dos assuntos.
    Concordam com este comentário: eu
  4. Colocado por: PeSilva

    Sim, e?
    Em que anos a SS teve défice e qual o défice do estado nesse ano?
    (só para termos ordens de grandeza)


    Se não houvesse o IGFC, com grande sucesso na sua missão, já a SS estaria prestes a estoirar. A SS não é sustentável com uma pirâmidade etária invertida e com cálculos excessivos de reformas no passado.

    Colocado por: marco1pois e a mim que já tenho uns bons anos, ainda ninguém me explicou porque razão se mexe nos dinheiros da SS e se misturam os mesmos com o orçamento e coisa e tal.


    Artigo 105.º
    Orçamento

    1. O Orçamento do Estado contém:

    a) A discriminação das receitas e despesas do Estado, incluindo as dos fundos e serviços autónomos;
    b) O orçamento da segurança social.

    Agora a parte da inconstitucionalidade:
    4. O Orçamento prevê as receitas necessárias para cobrir as despesas, definindo a lei as regras da sua execução, as condições a que deverá obedecer o recurso ao crédito público e os critérios que deverão presidir às alterações que, durante a execução, poderão ser introduzidas pelo Governo nas rubricas de classificação orgânica no âmbito de cada programa orçamental aprovado pela Assembleia da República, tendo em vista a sua plena realização.
  5. Colocado por: marco1pois e a mim que já tenho uns bons anos, ainda ninguém me explicou porque razão se mexe nos dinheiros da SS e se misturam os mesmos com o orçamento e coisa e tal.



    Primeiro risco de percepção pública sobre a gestão conjunta de receitas e de pagamentos com origens e destinos muito diferente: o Regime Geral de Segurança Social em Portugal é altamente deficitário e é preciso tomar medidas urgentes, radicais, para o reformar.


    A segunda parte do Regime Geral de Segurança Social, a das pensões e dos benefícios de base não contributiva, corresponde a uma função de redistribuição do Estado, dos que mais ganham para os que mais precisam, dos que ganham alguma coisas para os que não ganham de todo – o já referido regime de Protecção Social e Cidadania.
    No caso da função de redistribuição social, os recursos são públicos, deviam vir exclusivamente do Orçamento do Estado … e por vezes não vêm. Os políticos têm ido buscar ao Regime de Previdência, contributivo, grande parte do dinheiro que querem aplicar em politicas sociais activas em áreas não contributivas.
    Isto é, põem o dinheiro guardado para as nossas pensões de reforma ao serviço de politicas sociais que têm servido para ganhar eleições e para favorecer forças partidárias em concreto.


    José Gomes Ferreira in "O Meu Programa de Governo"
    Concordam com este comentário: two-rok
  6. Colocado por: tostexIGFC


    ?


    Colocado por: tostexSe não houvesse o IGFC, com grande sucesso na sua missão, já a SS estaria prestes a estoirar.


    Aponte dados: em que anos a SS teve défice?

    Colocado por: tostexA SS não é sustentável com uma pirâmidade etária invertida e com cálculos excessivos de reformas no passado.


    Ninguém disse o contrário, mas o facto é que a SS tem contribuído mais positivamente que negativamente para as contas do estado até aos dias de hoje.
    O problema da sustentabilidade (segundo as contas deste governos) só se colocará após 2020 se entretanto não houver alterações.
    • eu
    • 25 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesPortanto, a sua tese é que a culpa não é dos trabalhadores é da gestão

    Sim, não tenho dúvidas sobre isso.

    Colocado por: luisvvÉ verdade que o tipo que passa a receber 505€ fica mais satisfeito, mas não deixo de me espantar com a ideia de que é imoral alguém receber um SMN baixo, mas já não é relevante se pura e simplesmente deixar de o receber.

    Quem disse que não era relevante? Eu duvido é que este aumento do SMN vá provocar um aumento relevante do desemprego... em vez de especularmos, vamos esperar pelos resultados práticos...
    Concordam com este comentário: marco1
  7. Colocado por: euEu duvido é que este aumento do SMN vá provocar um aumento relevante do desemprego



    De tempos a tempos discute-se na blogosfera quais os impactos que aumentos do salário mínimo têm no desemprego. Citam-se sempre uns quantos estudos, alguns dos quais feitos com dados portugueses.

    O trabalho sobre os impactos de aumentos do salário mínimo encomendado pelo Ministério da Economia já está disponível online. Esse estudo conta com cinco co-autores, três dos quais aqui da minha universidade, um dos quais co-autor deste blogue. O estudo pode ser lido aqui.

    Refiro apenas algumas das conclusões, mas, claro, vale a pena ler o estudo completo:
    - o efeito negativo de aumentos do salário mínimo sobre o emprego das mulheres é cerca do dobro do encontrado para os homens;
    - o impacto negativo sobre o emprego dos trabalhadores menos qualificados é particularmente adverso e sente-se em especial na região Norte;
    - os jovens com idade inferior a 25 anos são os mais penalizados pelo aumento do SMN, sofrendo perdas de emprego muito significativas - acima dos 5% desde 2007;
    - os sectores em que o emprego mais diminui em resposta ao aumento do SMN são a Agricultura e Pescas e Indústrias Extractivas, seguidos da Indústria Transformadora e da Construção.

    http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2011/11/salario-minimo-nacional.html
    • mog
    • 25 setembro 2014
    Bem... são tantos os contributos (óptimo!) que um tipo às tantas perde-se:)

    Vejo muitas pessoas preocupadas (certamente de forma sincera, não ponho isso sequer em causa) com o efeito que o aumento do SMN de 20 euros possa ter no aumento do desemprego, quer junto dos trabalhadores que auferem esse salário, quer junto dos desempregados, pois verão diminuídas as hipóteses de serem contratados. Seria interessante fazer um estudo em que se determinasse simplesmente:
    - entre os que defendem o congelamento do SMN (ou, nalguns caso, a sua abolição), quantos estão desempregados ou recebem actualmente o SMN.

  8. A produtividade pode ser medida segundo vários fatores, incluindo o capital, energia, tempo de trabalho, etc. Porque raio é que insistem em passar a ideia que a produtividade depende exclusivamente dos trabalhadores? Eles nem sequer são o fator principal.

    Mas quem "insiste"? É uma mera questão de foco da discussão. Quando se fala de remuneração dos trabalhadores é natural que a referência à produtividade tenha como unidade de referência o trabalhador. Se quiser discutir a remuneração do capital, o raciocínio é o mesmo.


    É fácil desmontar essa falácia. Porque é que algumas empresas (principalmente estrangeiras) têm elevados índices de produtividade em Portugal? Afinal, os trabalhadores dessas empresas não são Portugueses iguais aos outros?


    Por diversos motivos, mas também esse argumento é falacioso. Em qualquer "sector" há empresas mais e menos produtivas, trabalhadores melhores e piores, gestores melhores ou piores. Mas mais uma vez, no fim do dia, os trabalhadores que temos são os que temos, os gestores, o capital e as restantes condicionantes idem. Por isso, apesar de toda a discussão que possa rodear o assunto, resta que em média , o valor da produção das empresas portuguesas por trabalhador é menor que os de outros países.

    Sim, haverá empresas portuguesas super produtivas, ao nível das melhores da galáxia, mas isso não altera o quadro geral. Sim, seria uma maravilha que todas as empresas fossem altamente produtivas, mas não são, e mesmo assim continuam a ter o direito de existir.

    E sim, podemos sempre dizer às empresas que devem ser mais eficientes, mas isso não chega, porque continuará a haver o mesmo (na verdade, até menos) capital, os mesmso bons e maus trabalhadores, bons e maus gestores, bons e maus regulamentos e leis e taxas e normas, etc.
    • luisvv
    • 25 setembro 2014 editado

    e quem é que disse que isso não é relevante???
    já está o luisvv a fazer as contas de acordo apenas com a sua teoria, bolas que distorção e manipulação dos assuntos.


    Todos aqueles que estão dispostos a trocar desemprego de uns por aumento de ordenado de outros.

    Não vale a pena ir buscar mais exemplos, mas estes comentários objectivamente resultam desse raciocínio:

    Então e devemos manter o salário mínimo em níveis imorais, para que os condomínios possam continuar a ter um porteiro baratinho?


    Um restaurante com 10 funcionários, não consegue pagar mais 10 euros por dia ? Isso são estórias da carochinha...


    Se P emprega E e lhe paga um SMN e ambos estão suficientemente satisfeitos com a situação para a manterem (sabendo que P pode eliminar o posto de trabalho e E é livre de procurar outro empregador e outra função, até..), lá vem um terceiro qualquer com a conversa de que é "imoral" e "barato" esse valor, e portanto tem que ser aumentado.

    Esquece-se que a alternativa não é entre receber X ou X+Y, há outras hipóteses: deixar de receber, por exemplo. Mas aí já deixamos de falar no concreto e podemos desvalorizar com um "veremos qual o efeito no desemprego geral" (não veremos, porque não temos forma de o medir inequivocamente).
    Concordam com este comentário: two-rok
    • mog
    • 25 setembro 2014 editado
    Esta discussão tem vindo a centrar-se (talvez eu próprio com culpas no cartório) naquilo que gostaríamos que fosse, ou naquilo achamos que é justo, etc, quando na verdade a questão deve ser "podem as empresas suportar um aumento (mesmo que de 20 euros) do SMN?".
    Acredito que a resposta para muitas empresas será "não"; acredito que para outras tantas 485 até seja demasiado. Aqui chegados, outra questão pode ser levantada: essas empresas têm lugar em Portugal, quando sabemos que outras (por vezes concorrentes) podem pagar (e pagam) mais? É uma questão dolorosa (para muitos empresários e trabalhadores que deles dependem), mas que tem de ser feita.
    Note-se que eu não defendo a ideia que "sendo assim é fácil, pode-se duplicar o SMN e quem tem unhas toca guitarra". Porque da mesma maneira que na Serra Leoa não se pode pagar o mesmo que em Portugal, também em Portugal não se pode pagar o mesmo que no Luxemburgo.
  9. lá está, novamente a extrapolar e a fazer conclusões de acordo com os "seus" dados.

    opa prove que ali a empresa ali da esquina já não vai contratar o manel porque lhe tem de pagar mais 20 por mês e aumentar o zé em mais 20 euros, e deixe-se de falácias.
  10. Colocado por: marco1opa prove que ali a empresa ali da esquina já não vai contratar o manel porque lhe tem de pagar mais 20 por mês e aumentar o zé em mais 20 euros, e deixe-se de falácias.


    Imagine-se uma empresa onde trabalham 100 pessoas que recebem o salário mínimo. Um aumento do salário mínimo de apenas 20 euros traduz-se num aumento dos custos de 34 650 euros anuais. Do ponto de vista desta empresa, a situação é equivalente a um aumento de impostos de quase 35 mil euros. Ao se aumentar o salário mínimo penalizam-se empresas que exercem uma acção social muito importante que é a de empregar trabalhadores pouco qualificados, muitas vezes envelhecidos e sem hipóteses de requalificação profissional. Negar esta evidência é negar a realidade do nosso país.

    http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2013/11/sobre-o-aumento-do-salario-minimo.html
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 25 setembro 2014
    Colocado por: luisvvQuando se fala deremuneração dos trabalhadoresé natural que a referência à produtividade tenha como unidade de referência o trabalhador.

    Desde que se assuma que a "produtividade por trabalhador" é uma medida estatística que mede na realidade a eficiência da empresa e não propriamente dos trabalhadores (no sentido de determinar se eles trabalham muito ou pouco).

    Colocado por: luisvvEm qualquer "sector" há empresas mais e menos produtivas, trabalhadores melhores e piores, gestores melhores ou piores. Mas mais uma vez, no fim do dia, os trabalhadores que temos são os que temos, os gestores, o capital e as restantes condicionantes idem. Por isso, apesar de toda a discussão que possa rodear o assunto, resta queem média, o valor da produção das empresas portuguesas por trabalhador é menor que os de outros países.

    De acordo. E é isso que me intriga: com salários tão baixos, como é que as empresas Portuguesas não são mais competitivas? É uma vergonha para os gestores...

  11. Seria interessante fazer um estudo em que se determinasse simplesmente:
    - entre os que defendem o congelamento do SMN (ou, nalguns caso, a sua abolição), quantos estão desempregados ou recebem actualmente o SMN.


    Pode aproveitar o balanço e incluir, entre os que defendem o aumento: quantos pagam salários.


    Aqui chegados, outra questão pode ser levantada: essas empresas têm lugar em Portugal, quando sabemos que outras (por vezes concorrentes) podem pagar (e pagam) mais? É uma questão dolorosa (para muitos empresários e trabalhadores que deles dependem), mas que tem de ser feita.
    Note-se que eu não defendo a ideia que "sendo assim é fácil, pode-se duplicar o SMN e quem tem unhas toca guitarra". Porque da mesma maneira que na Serra Leoa não se pode pagar o mesmo que em Portugal, também em Portugal não se pode pagar o mesmo que no Luxemburgo.


    Questão prévia: se acha que não se pode pagar o mesmo em Portugal e no Luxemburgo, e creio que o acha instintivamente, porque raio há-de se pagar o mesmo em Bragança ou em Lisboa?
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 25 setembro 2014
    Colocado por: PeSilvaImagine-se uma empresa onde trabalham 100 pessoas que recebem o salário mínimo. Um aumento do salário mínimo de apenas 20 euros traduz-se num aumento dos custos de 34 650 euros anuais. Do ponto de vista desta empresa, a situação é equivalente a um aumento de impostos de quase 35 mil euros.

    Numa empresa com 100 funcionários, 35000 euros anuais deveriam ser amendoins. Se não o forem, essa empresa está muito mal gerida e no limiar da falência.
  12. quer dizer por aumentar 20 euros por mês um trabalhador está a dizer que a empresa vai pagar 346 euros a mais por mês ao estado???

    será mesmo assim ??? tem a certeza???
  13. Colocado por: marco120 euros por mês


    Colocado por: PeSilva34 650 euros anuais
    • eu
    • 25 setembro 2014
    Caro PeSilva, eu não me limitei às suas conclusões e fui mesmo ler o estudo. E a conclusão geral do estudo é bem diferente do que o PeSilva aqui escreveu.

    A conclusão geral é:

    "Com base nos resultados obtidos, é possível prever que o aumento imediato do SMN para 500 Euros originará uma diminuição do emprego que variará entre -0.34% no cenário de baixo aumento dos preços da produção interna (1%) e -0.01% no cenário e aumento dos preços alta."
 
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