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  1.  # 41

    Desta vez leva mais um agradecimento por engano porque eu queria mesmo era citar ;-) Porque é um bocadinho chato dizer "Eu até fazia, mas não faço!" :-)) Ao menos dê-me uma dica de como ou aond hei-de procurar alguém que faça esse trabalho: um velho carpinteiro reformado que tenha gosto em fazer coisas a moda antiga, como eu ja vi pessoas pintar paredes com um rabo de bacalhau, numa grande excitação por estarem a usar uma técnica que aprenderam com o pai aind quase crianças? Alguém que até preferia fazer outros trabalhos mais faceis mas os tempos estão maus? As minhas obras não vão ser tão grandes (pelo menos nesta fase) que esta parte possa ser absorvida por outros trabalhos mais rentaveis, portanto eu, pessoalmente, não estou a ver outra coisa se não uma espécie de biscateiro (que digam vocês o que disserem também são filhos de Deus e o sol quando nasce é para todos).

    E ja que estamos em maré de aforismas, deixe la falar quem fala, que os cães ladram e a caravana passa :-)
    • palomo
    • 11 dezembro 2009 editado

     # 42

    ja fiz muito isso ,lixe bem o suporte de uma demão de sub-capa , depois repare as massa (vidraceiro)ou silicone depois barra -se o suporte com aquaplast standard ,lixe tudo isso novamente e de uma demão de sub capa novamente ,e em corra uma lixa bem fina ,depois é so esmaltar indico a marca dirulux ou dirumatt ou reallux ,muito bom acabamento rendimento diario duas janela com guarniçoes por dia [pub]se for em lisboa e região faço esse biscate 918215549[/pub]
  2.  # 43

    Obrigada, Palomo, entrarei em contacto consigo no princípio da próxima semana, embora me pareça que a obra talvez seja longe demais para si.
  3.  # 44

    Lobito

    Não me entenda mal, mas eu não sou dono da empresa e a única vez que abri uma excepção, as coisas correram muito mal, fiquei mal visto sem culpa nenhuma e não pretendo repetir a experiência.

    O sistema e a mentalidade é tão corrupta que ninguém acredita que alguém possa trazer uma obra para uma empresa, sem que esteja a meter ao bolso uma qualquer comissão.

    O único activo que tenho é o meu nome e não posso correr riscos. Lamento que assim seja, mas as coisas são como são e não como gostaríamos que fossem.

    Se a minha empresa fosse fazer a obra, eu não teria qualquer controle ou influência após a obra iniciar-se. Caso algo corre-se menos bem, ficara numa posição de advogado do diabo.
  4.  # 45

    Eu estava meio a brincar, Paulo, percebo perfeitamente. Sei que você não é o dono da empresa, sei que não tem controlo nenhum sobre os operários e a minha ideia é que, neste tipo de obras, a qualidade da mão de obra é tudo, daí que eu prefero mil vezes trabalhar com um jeitoso que o seja verdadeiramente e, se ele for também honesto, pagar o justo preço que ele pedir pelo seu trabalho, do que com uma grande empresa com N equipas em que uns são bons e outros maus e nunca se sabe quem é que se vai apanhar. E gosto é de lidar com pessoas que dizem que o único activo que têm é o nome delas.

    Já agora, e desviando-me um pouco deste tema (mas só um pouco!), tenho estado a pensar em como o sistema e a mentalidade nesta área da construção civil me faz pensar num lacrau capaz de se ferrar a si próprio:

    A percentagem das renovações em relação às obras novas em Portugal é ridícula em comparação com o resto da Europa, incluindo Espanha (7%em Portugal, 24%em Espanha, penso que uma média de 35% no resto da Europa). A mão de obra lá fora é muito mais cara, toda a gente sabe disso. Mesmo tomando em consideração métodos de construção mais caros e/ou menos eficientes em Portugal, mais a "desforra" que os portugueses querem muitas vezes fazer da sorte madrasta através de uma casa nova a estrear e que empurra o mercado para a construção nova, acho que isso não chega como explicação. Há neste momento, por exemplo, imensos estrangeiros vindos do norte da Europa interessados nas casas que muitos portugueses abandonaram pela cidade. Muitos desses estrangeiros vêm com longos anos de experiência de construção na terra deles e, tal como alguns portugueses aqui já disseram várias vezes, sentem-se perfeitamente capazes de fazer uma grande parte do trabalho por suas próprias mãos, inclusivamente talvez até trazendo inovações técnicas que podiam ser uma mais-valia. Vêem-se defrontados com uma cabazada de regulamentos, RGEUS, isto, mais aquilo mais aqueloutro que, se por um lado partem de uma ou várias boas intenções, chamemos os bois pelos nomes, são em grande parte uma defesa corporativista da(s) profissõe(s). E eu acho que ninguém ganha com isso, especialmente em tempo de vacas magras: nem os clientes que não conseguem pagar, nem as empresas que não conseguem quem lhes pague.

    E agora voltemos às janelas de madeira ;-)
  5.  # 46

    Olá amigos. Parece que essa busca por informações sobre o restauro das janelas já vai longe. Não sei se o Pauloms já pos mão à obra. O que posso colaborar é o seguinte:
    trabalho exatamente com esse tipo serviço no Brasil - o de restauração de janelas antigas e há que se considerar algumas coisas, antes de dar as orientações de acordo com as minhas experiências.
    1o. Realmente as madeira antigas não têm a mesma qualidade das madeiras novas por que no passado, quando havia madeira "sobrando" os madeireiros usavam somente a parte nobre da árvore, o cerne, o centro do tronco, o qual é mais resistente ao ataque biológico e à ação do sol. Hoje em dia, pelo preço que a madeira vem atingindo, imaginem quanto custa esse tipo de madeira, aqui no Brasil é possivel encontrar mas a um preço.....
    2o. A ação do sol, antigamente, não era tão devastadora como atualmente. Há 20, 30 ou 40 anos atrás nem se falava em camada de ozonio, protetor solar para a pele etc. O mesmo mal que causa à pele, afeta também qualquer matéria orgânica. Hoje em dia os fabricantes estão numa corrida para ver quem chega na frente, no mercado, lançando o produto ideal para proteger madeira. As madeiras que antes duravam 5 ou 7 anos, não duram mais que 1 ou 2. Além do mais as madeireiras deixavam as madeiras secando 10, 15 anos. Hoje em dia a secagem é forçada, o que, ao meu ver, interfere na estrutura da madeira
    3o. O tratamento a ser dado nas madeiras antiga é diferente do tratamento das madeiras novas, pois as madeiras antigas já sofreram algum ataque biológico e, na remoção da cobertura velha, sempre fica um resíduo que vai atrapalhar na absorção da nova pintura.
    4o. Para remover a tinta com eficiência eu não utilizo nada além de um bom raspador confeccionado por mim em cada situação exigida pelo formato da madeira (curvas, entalhes, detalhes de enfeites, etc). O soprador só é eficiente na superficie plana, mas nos detalhes ele pode queimar a madeira e, se tiver qualquer parada no movimento da mão a madeira também pode sofrer queimaduras e, depois de aplicado deixa sempre um resíduo nos veios da madeira sendo necessário aplicar um raspador. Removedores químicos (decapantes) só são bons em remover tintas recentes, as mais antigas, por serem normalmente artesanais, o decapante é ineficiente e, em muitos casos, fez com que a tinta nova "colasse" na tinta antiga dificultando ainda mais a remoção. Alguns profissionais utilizam a soda cáustica (existe isso em Portugal?) A soda é um produto altamente corrosivo, solúvel em água e tira a tinta que é uma beleza. Para eliminá-lo é necessário jogar muita, mas muita água mesmo, até que ela fique totalmente transparente e a madeira não tenha mais a textura "melada", mas tem o perigo de ficar um resíduo que vai "comendo"a madeira ao longo do tempo, causando um enfraquecimento da sua estrutura. Alguns usam o vinagre (ácido aceptico) para quebrar essa ação, mas mesmo assim, os dois, por serem ácidos, podem causar efeitos maléficos ao longo do tempo
    4o. Depois de raspar toda a tinta é preciso quebrar as moléculas dos residuos das tintas antigas com um solvente muito forte. É necessário saber aplicá-lo pois ele dissolve também parte da lignina (o que dá a cor) da madeira e pode causar manchas. O solvente ajuda abrir os poros da madeira, facilitando a penetração da nova camada de tinta.
    5o. Depois de usar o solvente é interessante aplicar um protetor contra ataques biológicos onde, na composição do produto que uso (cepermetrina associado a algum óleo bastante fino, do tipo querosene), proporciona uma proteção contra a penetração de água, evitando que se formem condições ideais de umidade para que os agentes decompositores se instalem.
    6o. Por último deve-se aplicar um produto transparente e que não feche os poros da madeira. Transparente porque assim é possivel "vigiar" o que acontece com a madeira: qualquer mudança de cor na superfície pode ser sinal da presença de decompositores, o que não é possível constatar se aplicar uma tinta com cor que cubra a madeira.
    E que não feche os poros para que a madeira "respire", isto é, que seu movimentos de dilatação e contração em dias quentes ou frios seja acompanhado pelo mesmo movimento da camada de proteção. Se foi aplicado um verniz, podem causar microrrachaduras com o passar do tempo, abrindo passagem para a agua e agentes decompositores. O produto que eu uso no Brasil chama-se impregnante (em sua formulação ainda tem fungicida e protetor solar), o qual tem exatamente essa função: a de impregnar a madeira sem tampá-la
    E por último, os fabricantes investem muito dinheiro em pesquisas e o que colocam como orientação na embalagem não é so para encher espaço escrevendo coisas desnecessárias. Leia a embalagem e se tiver dúvidas entre em contato com o fabricante. Se ele for idoneo se prontificará a responder todas as dúvidas.
    Agora eu gostaria que alguém me dissesse a composição de um produto citado: o Lasur. Na embalagem vem escrito algo sobre a composição? Quem souber me escreva, por favor.
    Espero ter ajudado
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, j cardoso, Fernando Gabriel, lobito, oskar
  6.  # 47

    Colocado por: paulomsOlá a todos,

    Ando metido em trabalhos, mas pelo menos dos bons... Como sou muito teimoso e forreta, decidi que seria eu que trataria de recuperar as janelas de uma casa antiga que comprei e que está em restauros. Isto porque, para além do preço exorbitante pelo qual me orçamentaram o trabalho, também sei que é muito difícil arranjar quem efectivamente saiba verdadeiramente do assunto para que o serviço fique bem feito e por um bom tempo (pelo menos 5-7 anos, dependendo do tratamento).

    A coisa é a seguinte. Já li muita coisa sobre a teoria dos restauros de janelas em madeira mas existem algumas contradições que gostaria de esclarecer com quem já efectivamente restaurou e verificou o bom resultado do seu esforço. Isto porque o que há mais é exemplos de janelas de madeira pintadas que passado pouco mais de 1 ano já estão com o esmalte empolado.

    A minha primeira dúvida é qual o tipo de produto a aplicar nas janelas. Se esmalte ou se algo do tipo do Lasur da Cin que embora seja menos resistente, a sua reaplicação é mais fácil. Para mim, o que interessa é fundamentalmente, para além do custo, é a durabilidade e a facilidade de reaplicação para a manutenção periódica.

    No caso de seguir para o esmalte, quantas demãos são realmente aconselhadas? Pergunto isto porque um suposto especialista disse-me que no exterior a janela não devia levar mais do que uma demão de primário e uma de esmalte, pois quanto mais espessa essa camada fosse, mais rapidamente iria "partir" e empolar. Por dentro deveria levar uma demão de primário e duas de esmalte.

    Por fim, como devo colocar vidros novos em todas as janelas pois os originais têm 2,5-3 mm de espessura e embora um único vidro de 5 mm não faça as vezes de um vidro duplo, creio que sempre será melhor. A minha dúvida é se deva aplicar massa tradicional de vidreiro para suporte ou se opto antes por aplicar silicone próprio.

    Fico a aguardar pelas vossas opiniões.

    Abraço


    Olá pauloms...

    Cá para mim acho que não está com ideias de ir morar para essa casa com janelas de madeira...ou então onde se encontra a casa;só pode ter um clima excepcional...
    ehehehehe

    Cumps
    Manuel Rocha
  7.  # 48

    Tudo o que alguma vez quis saber sobre reparação de janelas de madeira:

    http://www.quintacidade.com/wp-content/uploads/2008/04/reparacao-de-janelas-em-madeira.pdf
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, Fernando Gabriel, fidelis
  8.  # 49

    Agradeço muitissimo a indicação do lobito. é sempre muito bom aprender e acrescentar conhecimentos. Quanto ao tratamento das ferragens posso acrecentar uma outra indicação muito util para o caso de as ferragens serem de latão. Eu estava a procurar esse assunto e num sitio, espanhol, de engenharia me foi indicado esse caminho:
    www.boletinpatron.com/articulos/mantenimiento_laton.asp
  9.  # 50

    boa noite!
    ando à procura de uma empresa ou alguém capaz de restaurar janelas antigas de madeira.
    é preciso:
    Restauro da moldura da janela, partes apodrecidas + pintura
    Aplicaçao de portadas inclusas nas janela
    Restauro de duas janelas (dimensoes L 120 x A190 aprox)

    em Lisboa.

    grata!
      IMG_4965.JPG
  10.  # 51

    Colocado por: paredesboa noite!
    ando à procura de uma empresa ou alguém capaz de restaurar janelas antigas de madeira.
    é preciso:
    Restauro da moldura da janela, partes apodrecidas + pintura
    Aplicaçao de portadas inclusas nas janela
    Restauro de duas janelas (dimensoes L 120 x A190 aprox)

    em Lisboa.

    grata!
      IMG_4965.JPG

    Ponha mas é umas novas e esqueça a madeira.
  11.  # 52

    Julgo que existe um mal entendido sobre janelas antigas ou janelas velhas.
    Se forem do com mais de 90 anos, para mim já são antigas. Agora com 40, 50 anos são velhas.
    É como o que se começa a ouvir com o avançar do tempo, ó pai não sejas cota, ou então a professora é uma dinossauro. Se for no saber não fico preocupado, agora quando falam na mentalidade ou da idade, tem que se por um travão na conversa.
    Mas já estamos habituados, pois temos uma " múmia " como Presidente da Republica, sem ofensa.

    Agora se forem janelas e portas do tempo da Monarquia são para recuperar, tanto mais é um crime se tal não acontecer, pois faz parte da identidade integral do edifício. Agora que fica mais caro do que fazer novo, fica. Mas isso também acontece com o próprio edifício.

    Ases
    • Vice
    • 1 março 2012

     # 53

    Boas,
    desde já congratulo todos os participantes nesta discussão, pois a qualidade das sugestões e comentários aqui postados mostram que realmente existe uma vontade de saber, e saber fazer que não é comum hoje em dia.
    Venho também questionar os participantes acerca do melhor sitio onde encontrar informação sobre reabilitação de caixilharias de madeira, visto que nem sempre a reabilitação deste tipo de janelas é tão fácil como decapar e voltar a pintar. Muitas vezes temos ataques de xilofagos, partes podres que precisam de próteses, e tantas outras coisas que afectam a madeira, que têm de ser resolvidas, da melhor maneira possivel.

    Este meu interesse surge no âmbito de uma pesquisa para uma dissertação de mestrado, que esperamos vir a contribuir para uma reabilitação de maior qualidade deste tipo de caixilharia em portugal.

    Atentamente
 
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