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  1.  # 41

    Bom... Numa coisa o zemanel8 poderá ter razão.
    Há vários GRANDES Arquitectos que começaram por ser Engenheiros.
  2.  # 42

    E depois, aqui só estamos a falar dum ramo da eng. civil - as construções civis - que trabalha de perto com arquitectos. A eng. civil é muito mais, tanto a nível de projecto como de obra:
    - Obras hidráulicas - barragens, obras portuárias, saneamento básico, ETAs e ETARs...
    - Obras geotécnicas e fundações especiais
    - Vias de comunicação - estradas, ferrovias, portos, aeroportos...
    - Estruturas especiais - pontes, viadutos, tuneis...
    - Planeamento do território
    etc.
    Ou seja, para quê querer fazer arquitectura quando tem um mundo de projectos e obras de engenharia, quiçá mais interessantes para quem tem esta formação?
    •  
      MRui
    • 29 dezembro 2009

     # 43

    Colocado por: Miguel A.Imputo ao álcool a culpa de ter sido otário.

    Se vai comentar não beba.
    • Karura
    • 29 dezembro 2009 editado

     # 44

    j cardoso,

    Não, claro que não gostaria de ser operada por um médico sem formação, mas preferiria ser operada por um médico "sem formação", porém competente, do que ser operada por um médico com formação mas incompetente.

    Não estou a desvalorizar o ensino superior, mas para que tenha uma ideia daquilo que estou a falar, eu terminei o curso em 1999, portanto há dez anos e o professor que na altura era o coordenador queria que nós fizéssemos os projectos todos a régua e esquadro á escala 33 1/3. O professor era competentíssimo.... há uns 20 anos atrás. Por pouco nem a calculadora podíamos usar. Na altura era ainda muito jovem e calava-me e fazia o que me mandavam, agora olho para trás e acho que deviamos ter exigido, enquanto alunos mais actualidade no programa do curso. Evitava que posteriormente andasse á pesca do tal curso complementar que afinal até era bastante acessivel. Claro que enquanto profissional o curso oferece outra consistência diferente de trabalho, sobretudo penso que é o primeiro passo de muitos, o pior é quando esse primeiro passo fica muito aquém do que afinal necessitávamos. E só nos apercebemos disso quando nos confrontamos com colegas de outros países, nacionalidades etc com a bagagem toda e vamos para casa á procura daquilo que pensávamos que estava completo e afinal não está!
  3.  # 45

    Como profissional com formação superior em engenharia (não em Civil) discordo com algumas afirmações relativamente à desvalorização da formação.
    1º lugar, pelo facto de estarmos descontentes com uma escola e/ou professor, não podemos extrapolar para tudo.
    Por outro lado, reconheço algumas dificuldades que tive de adaptação ao mundo do trabalho: tinha a sensação que não sabia nada. passados uns anos (sim, foram necessários alguns), senti que o que aprendi na universidade foi meramente a saber trabalhar com as ferramentas. As universidades dão-nos as bases e cada profissional terá de as explorar e tirar o melhor partido delas.

    Podemos dizer que me deram uma cana e agora já pesco alguma coisa.

    É, no entanto, verdade que a exigência do ensino é cada vez menor, situação não apenas da responsabilidade da instituição "escola", mas de toda a sociedade, de todos nós. E, infelizmente, existem muitos engenheiros mas pouca engenharia.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, SRPP - Arquitectura
  4.  # 46

    Exacto. Há pouca exigência.
    Sobretudo há que verificar se o programa do curso se encaixa nas expectativas futuras, se é realista relativamente ao mercado de trabalho.
    underrun, repare que a postura de um único professor, sobretudo se é o coordenador vem influenciar tudo o resto, outros professores, colegas de outras áreas de trabalho, etc. Não é só receber o dinheirinho das propinas e "agora estão despachadinhos", fico á espera da minha reforma.
  5.  # 47

    Conconrdo cosigo Karura, mas infelizmente em muitas universidades e de nome é assim.

    Depois de acabar o curso é que me deparei com a realidade do que se produz e como se produz.
    Falta alguma qualidade e noção de mercado de trabalho nos conteúdos programáticos dos cursos, na generalidade os cursos não são elaborados em paralelo com o mercado ,mas numa base "isto já se fez assim as tantas ainda trabalham assim"

    cumps
  6.  # 48

    O problema do pensamento portugues por vezes passa pelo "quantos mais canudos melhore" não digo que seja o caso claro, eu mesmo cheguei a um passo de fazer engenharia civil depois do curso de arquitectura, mas depois de pensar muito cheguei à conclusão que não devia, pois se queremos ser profissionais é complicado dedicarmo-nos a duas áreas exigentes, o problema do profissionalismo"" português é a falta de especialização, falta de exigência e qualidade, é preciso especialização da sociedade e não o faz tudo, ninguém é super homem.
    Como já foi dito tirar curso de arquitectura não é nada fácil e rápido, tirando uma minoria como em tudo, e como temos vindo a assistir com o encerramento de universidades e cursos, da a a z.
    Outra coisa um bom arquitecto sabe fazer cálculos de estrutura, teve ensino para isso, eu sabia e sei se me derem uma semana para pegar outra vez nos newtons""
    Cumps
  7.  # 49

    Colocado por: Fernando Gabriel
    Outra coisa um bom arquitecto sabe fazer cálculos de estrutura, teve ensino para isso, eu sabia e sei se me derem uma semana para pegar outra vez nos newtons""
    Cumps


    Fernando, neste ponto tenho de discordar( hà 10 anos ainda poderia, mas a experiência acumulada, ensinaram-me que quanto mais sei, menos sei...).. o Arquitecto pensa que sabe calcular estruturas.. é pura ignorância... tal como o Eng.º pensa que sabe fazer arquitectura... Pura ignorância...
    Os cursos de Arquitectura ensinam as bases da Estatica/ estruturas, para dialogarmos com os eng.º.... não nos ensinam engenharia.. ou a calcular Estruturas... calcular umas barras, uns porticos, uma consola, dimensionar uma sapata... sempre Estruturas iso-estáticas...
    No meu tempo de faculdade, tive 3 cadeiras anuais dedicadas a Estática/ Estruturas.
    Depois de acompanhar a licenciatura em eng.ª Civil de um amigo meu... è que uma pessoa cai em si... andámos a brincar aos fundamentos da eng.ª Civil...
    Tenho a certeza que já não vou mexer nos apontamentos de estruturas..

    Também o mesmo princípio é valido para os cursos de eng.ªa Civil.. se pensa qu o semestre que tiveram, de Arquitectura ou desenho tecnico... é Arquitectura...
  8.  # 50

    Concordo com o Pedro
    A minha habilitação permite-me fazer calculos, numa semana estaria a dominar o Cype e a saber introduzir uns dados. Mas isso é calcular? Porque creio que não deixo isso para quem realmente sabe e gosta. Como já foi dito atraz não podemos ser bons em tudo. Um bom projecto faz-se com uma equipe multidisciplinar beseado em opiniões e sensibilidades diferentes. O tempo do "homem dos sete instrumentos" já lá vai e não creio que possa voltar.
  9.  # 51

    Pedro eu também tive estática e estruturas I e II tirei o curso na Lusiada também, claro que qualquer engenheiro sabe ou deve saber fazer melhor e fazer cálculos de estruturas mais complexas que uma moradia em estrutura simples, agora não concordo, eu aprendi e custou-me em intelecto 3 cadeiras anuais de muito peso só suplantadas por projecto. Agora como os engenheiros fazem coisas como arquitectura, eu também consigo fazer coisas como estruturas e funciona perfeitamente com os cálculos todos, agora não faço-o porque como disse apenas sei o básico e deixo-o para quem tem conhecimentos mais vastos e é especialista, coisa que pouco acontece com a arquitectura feita por engenheiros, ou não concordas Pedro? Eu não vejo arquitectos a fazerem estruturas apesar de conseguirem fazer um trabalho funcional.
    Aliás eu até acho que deviam ainda colocar mais peso em cadeiras de engenharia na arquitectura e vice versa.
  10.  # 52

    Colocado por: Fernando GabrielAgora como os engenheiros fazem coisas como arquitectura, eu também consigo fazer coisas como estruturas.

    Pois Fernando, mas lá está!!!.. isso é q não está correcto, essa maneira de pensar.
  11.  # 53

    Colocado por: Pedro Barradas
    Colocado por: Fernando GabrielAgora como os engenheiros fazem coisas como arquitectura, eu também consigo fazer coisas como estruturas.

    Pois Fernando, mas lá está!!!.. isso é q não está correcto, essa maneira de pensar.


    Mas essa afirmação está fora do contexto!!!!, como disse atrás eu consigo fazer minimamente projecto de estrutura de uma moradia como um engenheiro consegue fazer uma planta de arquitectura, agora como sabemos há muita diferença entre o mínimo e o ideal, aliás pelo menos eu não faço estruturas minimas sei que Nao tenho estudos suficientes para estar nessa área, agora já não é o que acontece com casos de engenheiros que realmente tentam fazer arquitectura. E se o Pedro trabalha em meios pequenos está bem consciente disso.
  12.  # 54

    Está bem, Fernando.

    Outra coisa que ainda não se falou. O curso de Arquitectura, é uma licenciatura (agora Mestrado) que habilita o ARQUITECTO a efectuar PROJECTOS DE ARQUITECTURA... e estes não se resumem a "casinhas"... mas a uma panóplia de outros edificios (Escolas, Museus, Estádios, Tribunais, Lares, Hospitais, etc...) e inclusivé dentro da area do património edificado, reabilitação urbana e no dominio do Urbanismo. além, claro da componente da construção.
  13.  # 55

    Neste momento sei que fiz bem, e não tirei mais o curso, quem disser que domina a arquitectura e engenharia civil por ter as duas licenciaturas está errado, ou é deveras uma pessoa aparte, volto a dizer, o problema que nos deparamos muito no mercado na sociedade, é a falta de especialização e da evolução na própria profissão.
  14.  # 56

    Uma profissão leva anos a fazer-se, senão uma vida. Na minha opinião é completamente impossível ter dois caminhos, duas profissões. Na minha opinião, a resposta está na qualidade superior e especializada do serviço prestado e não no alargamento de competências. O controlo da qualidade e da exigência cabe a todos nós. Se pedirmos qualidade mais tarde ou mais cedo iremos consegui-la. É a única forma de se conseguir ultrapassar uma situação de crise profunda como aquela que atravessamos.
  15.  # 57

    Colocado por: Pedro BarradasOs cursos de Arquitectura ensinam as bases da Estatica/ estruturas, para dialogarmos com os eng.º.... não nos ensinam engenharia.. ou a calcular Estruturas... calcular umas barras, uns porticos, uma consola, dimensionar uma sapata...sempre Estruturas iso-estáticas...

    Exacto.
    E penso que é assim que devemos ver a "formação" em engenharia que tivemos. Apenas deveria ser utilizado para o dialogo com os responsáveis pelos projectos de estabilidade e estruturas, que são os Engenheiros.
  16.  # 58

    Voltamos sempre à mesma questão: a reinvidicação de territórios que para uns deve pertencer a arquitectos e para outros deve ser de engenheiros civis.

    A minha opinião é consideravelmente diferente: porque é que em obras de reduzida complexidade, tipo moradias unifamiliares de até três pisos, por exemplo, arquitectos e engenheiros não podem ter as competências para executar todos os projectos, isto é, arquitectos fazem também as especialidades e engenheiros também fazem a arquitectura? Nem que para isso fosse preciso mudar os curricula dos respectivos cursos.

    Julgo que em outros países, não há este "drama" recorrente e para constuir uma casa chapa5 qaulquer destes técnicos superiores está habilitado.

    Eu que sou eng., não me importo nada que os arquitectos possam fazer as especialidades de moradias.
  17.  # 59

    Colocado por: J.FernandesVoltamos sempre à mesma questão: a reinvidicação de territórios que para uns deve pertencer a arquitectos e para outros deve ser de engenheiros civis.

    A minha opinião é consideravelmente diferente: porque é que em obras de reduzida complexidade, tipo moradias unifamiliares de até três pisos, por exemplo, arquitectos e engenheiros não podem ter as competências para executar todos os projectos, isto é, arquitectos fazem também as especialidades e engenheiros também fazem a arquitectura? Nem que para isso fosse preciso mudar os curricula dos respectivos cursos.

    Julgo que em outros países, não há este "drama" recorrente e para constuir uma casa chapa5 qaulquer destes técnicos superiores está habilitado.

    Eu que sou eng., não me importo nada que os arquitectos possam fazer as especialidades de moradias.


    Uma nova e boa visão no que toca à relativização e introdução de novos factores
    • Neon
    • 31 dezembro 2009

     # 60

    Viva caro ZeManel

    Em 1.º lugar manda a educação que os meus paizinhos me deram, dar-lhe os parabéns pela conclusão do seu curso.

    Em 2.º lugar acho que também merece os meus parabéns por almejar continuar a aprender(isso é mesmo muito importante).

    Respondendo às suas questões...Sim, é possível tirar um “curso” de Arquitectura a seguir ao de Engenharia Civil. Agora como “Self-made man” que parece que é, o que deve fazer é procurar os planos curriculares dos estabelecimentos de ensino que leccionam o mestrado em Arquitectura. E anexando o seu plano curricular, procurar saber junto de cada um deles quais as equivalências que lhe são dadas.
    Depois de saber as equivalências que lhe são dadas e analisando o que lhe falta do plano curricular poderá avaliar, dependendo da sua dedicação, de quanto tempo irá necessitar para atingir o seu objectivo. Já agora penso não estar muito enganado referir que para poder “assinar” tem de ter mestrado em Arquitectura e admissão na Ordem dos Arquitectos.

    À partida, pelas suas afirmações adivinha-se que minimamente (sim só minimamente) já se informou que há umas cadeiras “que são do mesmo caracter que as do curso de engenharia civil” – (palavras suas).

    Essa de ser juiz em causa própria fica-lhe bem hehehe.

    Ter noções de alguma coisa não o torna especialista ou um bom profissional em nada.
    Eu sou licenciado em Engenharia Civil e no meu tempo tive noções de Química....!!! acha que sei alguma coisa de Engenharia Química?
    Sou eu quem cozinha a maior parte das vezes cá em casa, mas não sou chefe de cozinha :)
    Tenho noções de informática mas não sou Engenheiro Informático.
    Eu sei o que são instrumentos Cash, instrumentos derivados, Acções ordinárias, Acções preferenciais, Obrigações, Fundos de Investimento, Seguros de Capitalização, Swaps, Warrants, Spot, Forwards e esse conhecimento serve para eu dialogar com o meu gestor de conta...o que com grande pena minha não faz de mim um gestor financeiro :)
    Percebe?

    O que você adquiriu em algumas das cadeiras foi uma preparação base, cultura geral, senso, capacidade de perceber e dialogar com outros profissionais da sua ou de outras áreas.


    Relativamente às suas duvidas sobre o que pode ou não pode fazer com a licenciatura em Engenharia Civil, aconselho-o a consultar a lei n.º 31/2009 e as Portarias n.º 1379/2009 e 701-H/2008. Deverá também deslocar-se junto da sua associação profissional, para estes o informarem de tudo o que necessita para que possam passar uma declaração em como está apto a subscrever projectos no âmbito da regulamentação do térmico e/ou da acústica.
    Pelo que sei, os arquitectos podem subscrever projectos de cálculo térmico pelo simples facto de se encontrarem inscritos na respectiva associação profissional.
    Não vejo o porque dos engenheiros não poderem usufruir do mesmo critério. Mas reitero, vá até uma sede ou delegação da ordem, que eles vão lhe explicar como a coisa funciona.



    RELATIVAMENTE A ALGUMAS OBSERVAÇÕES QUE VOCÊ FAZ.

    Aqui não se trata de julgar ou não as suas decisões (como você referiu). Se quer tomar uma decisão, força homem, pés ao caminho e vá à sua vida.
    Agora se aqui veio colocar questões é porque quer respostas, e elas ai estão.
    Aqui todos somos pessoas que opinam e partilham um pouco do seu "know how" e da sua experiência profissional e de vida.
    Não é o fórum da concordância ou militância. Quando escrevemos pomo-nos a jeito de “ouvir” o que queremos e o que não queremos. Tal como eu neste momento me estou a sujeitar às suas opiniões e de terceiros sobre o que estou a escrever.
    Parece que você ficou melindrado por as pessoas o contrariarem ou por lhe dizerem o contrário daquilo que quer ouvir.Dá ideia que meteu na cabeça que com a licenciatura em Engenharia Civil, já é detentor de metade do Mestrado em Arquitectura. E agora só lhe faltariam fazer uns desenhos, e que isso até seria sopa no mel e já cá canta mais uma competência. Quando outras pessoas lhe dizem que a realidade é outra, ou que a experiência delas é diferente fica aborrecido, acha que não têm lógica e ainda deixa bem claro que se borrifa para a opinião dos outros porque se fosse ligar a essas opiniões estava bem lixado.
    Caro amigo faça-se à estrada, não há nada como bater com a cabeça, como experimentar. Não pergunte, faça, mexa-se e no final venha aqui contar a sua historia e experiência seja ela de sucesso ou insucesso. É assim que a sociedade cresce e se desenvolve.

    Mas já agora um conselho...se quiser é claro.
    Nunca diga que não liga às opiniões dos outros. Todas as opiniões são válidas por mais disparatadas que sejam, nem que sirvam pela exclusão pelo ridículo, mas já são um referencial.
    A mim ensinaram-me que quem não escuta pouco aprende.
    Vou-lhe contar uma historia de um individuo que também concluiu uma licenciatura, também “perdeu tempo” com Químicas, Historia da Arquitectura e do Urbanismo; Até mesmo com cadeiras estruturais...não sei se actualmente ainda falam em métodos de diferenças finitas no calculo de lajes...mas era matéria chatinha vocacionada para quem ia para investigação, e não para quem procurava outro tipo de componente mais prática.
    Mas adiante, dispendido tanto tempo com tanta coisa, recebeu como primeiro trabalho projectar uma ETAR. Coisa que nunca lhe ensinaram no curso.
    Sabe o que o individuo teve de fazer...1.º toca de meter a viola no saco e assumir que não sabia fazer, 2.º pedir a colegas desenhadores e administrativos que o ajudassem a procurar legislação, projectos antigos, desenhos de pormenor e todos os elementos sobre o assunto. 3.º investigar e estudar muito, desenvolver o trabalho e por ultimo pedir humildemente aos técnicos da competente direcção regional do ambiente que o ajudassem a aperfeiçoar o trabalho.
    Haverá pessoas com outra postura, mas lhe garanto que se sairá muito melhor profissionalmente (para já não falar de outros campos) quando chegar a um sitio, escutar o que as pessoas tem para lhe dizer e ensinar sejam eles hierarquicamente acima ou abaixo de si. Depois faça a sua compilação e tire os frutos e rejeite o que considera dispensável, mas procurando nunca ferir susceptibilidades. :)

    Já agora quanto à comichão, eu não sou arquitecto...mas não acha que é muita presunção sua?....Se é recém licenciado, se pelo vistos nem sabe quais são as suas competências...não será ainda muito pequenito para fazer comichão caro zemanel.

    O “assinar” é realmente uma concepção totalmente descabida (infelizmente vulgarizada e praticada) do que é o funcionamento deste meio.
    A questão da ilegalidade e moralidade, até fiquei sem palavras com tamanhas alarvidades.
    Você deve saber que ao contrario do lenocínio a prostituição não é ilegal?
    Ora não sendo ilegal, pelo seu pensar não será imoral, certo?
    Quer dizer que se eu precisar dar umas pirocadas e a minha esposa não estiver em casa, vou ao vizinho do lado e pago-lhe para ele me emprestar a mulher, ou vice versa, a mulher dele paga à minha para eu ser emprestado.
    Pois é caro amigo isso que você defende e acha muito bem de assinar de favor para uns e outros, a fiscalização pela assinatura, eu chamo de prostituição. E espero sinceramente que se acabe com essa pouca vergonha de uma vez por todas.

    Você pela suas palavras, entende que ao "assinar" o que se paga é a responsabilização.
    Errado, o cliente paga o seu serviço, que se espera que seja desempenhado com brio, com qualidade, com profissionalismo.
    Espera-se que você depois de escutar a pretensão do seu ciente, lhe apresente uma ou várias propostas com as melhores relações qualidade/preço.
    A responsabilização é o ónus, é o peso, que o Zemanel tem que carregar e que o obriga a prestar um bom serviço. É o que simboliza perante a administração pública que aquela proposta, ou aquele projecto, foram desenvolvidos por um individuo capaz e que as regras foram cumpridas.
    Por isso é que as falsas declarações são punidas...não pelo cliente mas sim pela administração publica (civil ou criminalmente) ou pela associação profissional.

    Os casos de engenheiros e arquitectos que assinam os trabalhos de estagiários... eu sei que funciona assim mas funciona mal.
    Não vejo problema que tal aconteça quando o trabalho é coordenado e acompanhado pelo técnico que o assina, deveria ser assim, e não haveria nada de imoral nisso. Infelizmente não é assim que acontece.

    Você diz que esta preocupado porque colegas seus com menores médias, ou que demoraram muito a concluir o curso poderem ser responsáveis pela execução de um projecto. Diz também que as regras de dimensionamento já acautelam azelhices.
    Vou-lhe contar outra historia de um individuo desses que demorou muitos anos a concluir o curso talvez por ser cabulão ou pelo tal baixo QI, ou até mesmo por ambos.
    Fique sabendo que o pobre azelha, apontou e chegou a corrigir alguns erros a muito engenheiros desses que acabam os cursos num piscar de olhos e que são espertissimos. Mas que vai-se a ver a qualidade nivela por baixo:
    - não sabem a importância de juntas de dilatação em certo tipo de edifícios
    - não sabem a importância de um dimensionamento aos estados últimos de deformação
    - não sabem a importância vital de um estudo geotécnico numa obra de arte por mais singela que ela seja
    - não sabem dimensionar uma rotunda de forma a simultaneamente assumir um bom grau de eficiência na fluidez do escoamento e no conforto e segurança de quem circula
    - não sabem que um açude tem que ter uma escada de peixe
    ...coisas tão simples, tão do senso comum e que algumas delas se esqueceram de ensinar nos nossos cursos...e que ao fim ao cabo se aprendem com a pratica, com a especialização e com a humildade de saber escutar e aprender com os outros.

    Você diz que sabe o que quer, e que com as habilitações que têm sabe enquadrar uma moradia numa urbanização respeitando os planos de ordenamento e a regulamentação em geral.
    Hahaha :)
    Você faz ideia dos problemas e arrelias, do inferno que pessoas provavelmente com o triplo ou mais da sua experiência, passam nas autarquias e outras instituições do estado para aprovar a pretensão aos clientes, face às diferenças de opinião e entendimentos que há entre serviços e ás vezes até desntro dos mesmos serviços?
    Ó amigo, como se costuma dizer na prática a teoria é outra. A realidade é muito diferente do que você sonha, as coisas estão a mudar mas continuam muito difíceis.

    A expressão do “desenrascar-me” vou apenas pensar que foi uma expressão infeliz e que não é isso que quer transmitir no sentido estrito das sua intervenção.

    PARA FINALIZAR
    Não é que os arquitectos sejam os únicos capazes de desenvolver trabalho com qualidade.
    Já vi excelentes trabalhos desenvolvidos por todas as classes profissionais. Aliás, já trabalhei com um desenhador que é capaz de meter muito arquitecto e engenheiro no saco, um profissional que é um poço de competência. Assim como já vi muito trabalho porco apresentado por arquitectos, ou vi arquitectos com uma grande falta de lealdade e humanidade para com os seus colaboradores.
    Em suma bons e maus profissionais haverá sempre em todo o lado.
    Mas em termos médios o trabalho de um arquitecto distingue-se dos trabalhos dos outros profissionais.
    Além do facto do arquitecto demonstrar um certo brio, um carinho e até mesmo uma grande vaidade nos trabalhos que desenvolve que muitas vezes até se nota logo na legenda e na moldura e nas próprias peças desenhadas.Acaba por desenvolver uma quantidade de trabalho em termos de pormenor, de preocupação de integração, de controlo de custos, de controlo de qualidade, de explicação das soluções apresentadas, que outros não fazem.
    Conheço trabalhos de outros profissionais em que os desenhos de pormenor ou o mapa de vãos é sempre o mesmo em 10 projectos distintos que apresentem....eu até já desisti de chamar a atenção...pura e simplesmente não ligam, não querem saber, não acham importante que essas coisas sejam definidas correctamente.
    Posso dizer que já fiz milhares de apreciações de projectos, e salvo algumas excepções, venha quem vier, a diferença de trabalhos é substancial.


    Fecho reiterando muito do que se disse aqui, aposte na especialização, no brio, no profissionalismo.
    Não parta do principio que o final do curso é o fim da aprendizagem, você ainda não aprendeu nada, ganhou uma excelente ferramenta e agora sim é que vai começar a aprender, experimentando, errando batendo com a cabeça.
    Todos nós erramos e fazemos borrada; não deve haver dia em que eu não tenha um deslize, mas o positivo está em detectar o erro e corrigi-lo (só não erra quem não trabalha)


    Se quer mesmo ser arquitecto não deixe de o ser, mas garanto-lhe que só com a Engenharia se consegue muita sarna para se coçar, sem falar na necessidade de actualização constante.
    Se o seu objectivo inicial era elaborar projectos de arquitectura, você tomou algures no passado a decisão errada e agora que lhe fecharam a porta só lhe resta redimir-se voltando um pouco atrás e recomeçar ou então resignar-se.


    Quanto à situação do consumo de alcool durante os posts...desde que ingerido com moderação até traz alguma “alegria” aos temas debatidos ;) Hic, hic,....não hic, ..acham? hic


    Bolas, leram isto tudo até aqui?

    Alô...ainda estão ai ou já adormeceram...alô?

    Olhem abraços do Neon (licenciado em engenharia civil, inscrito na ordem dos engenhocas como membro efectivo por estágio curricular. Actualmente, pelas vicissitudes e filosofia de vida enveredou pelos serviços autárquicos tendo optado por se tornar o vulgarmente designado Eng.º mangas de alpaca, mas um mangas de alpaca que se preocupa em ser especializado, profissional e em prestar serviço público e não descurou a formação nem a actualização do conhecimento.)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, j cardoso, Fernando Gabriel, Luis K. W., naar, Carlos M Silva, underrun
 
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