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  1.  # 401

    Pós-Modernismo, ou antes, primeiro Pós-Modernidade

    A pós-modernidade é um conceito da sociologia histórica que designa a condição sócio-cultural e estética prevalente no capitalismo após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX, com a dissolução da referência à razão como uma garantia de possibilidade de compreensão do mundo através de esquemas totalizantes.

    O uso do termo se tornou corrente embora haja controvérsias quanto ao seu significado e a sua pertinência.

    Algumas escolas de pensamento situam sua origem no alegado esgotamento do projeto moderno, que dominou a estética e a cultura até final do século XX. Em A Condição Pós-Moderna, François Lyotard caracteriza a pós-modernidade como uma decorrência da morte das "grandes narrativas" totalizantes, fundadas na crença no progresso e nos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade. Outros, porém, afirmam que a pós-modernidade seria apenas uma extensão da modernidade,período em que, segundo Benjamin, ocorre a perda da aura do objeto artístico em razão da sua reprodução técnica, em múltiplas formas: cinema, fotografia, vídeo, etc..

    O conceito de pós-modernidade inclui, portanto, o que se designa como pós-modernismo em arte - especialmente na arquitetura. O crítico brasileiro Mário Pedrosa foi um dos primeiros a utilizar este termo, em 1966 . Em importante artigo sobre a arte de Hélio Oiticica, publicado no Correio da Manhã de 26 de junho de 1966, Pedrosa afirmava:

    "Hoje, em que chegamos ao fim do que se chamou de arte moderna (…), os critérios de juízo para apreciação já não são os mesmos (...) fundados na experiência do cubismo. Estamos agora em outro ciclo, que não é mais puramente artístico, mas cultural, radicalmente diferente do anterior e iniciado, digamos, pela pop art. A esse novo ciclo de vocação antiarte, chamaria de arte pós-moderna."

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 402

    Atenção, falo só de gostos, não de modas ou tendências. Não vou entrar no campo sociológico, ou empírico da coisa,
  2.  # 403

    Modernidade versus Pós Modernidade

    null
  3.  # 404

    Pós Modernidade e Consumo (?)

    null
  4.  # 405

    Colocado por: AXNAtenção, falo só de gostos, não de modas ou tendências. Não vou entrar no campo sociológico, ou empírico da coisa,


    Eu sei.
    Esteja descansado..
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 406

    O que isso tem de haver com a nossa "tertúlia" (espero que não se importe)
  5.  # 407

    Pós Modernidade - História
    Alguns autores, assim como Lyotard e Baudrillard, acreditam que modernidade terminou no final do século XX e apesar de ter definido um período subsequente a modernidade, nomeado pós-modernidade, enquanto outros, tais como Bauman e Giddens, estenderiam a modernidade para cobrir o desenvolvimentos denotados pela pós-modernidade, outros ainda afirmam que a modernidade terminou com a Era Vitoriana em 1900.

    A pós-modernidade tem passado por duas fases relativamente distintas: a primeira começando em 1950 e terminando com a Guerra Fria (quando a mídia analógica com a banda limitada era monopolizada por grupos estatais de mídia autoritários) e a segunda começou no início do fim da Guerra Fria (marcado pela popularização da televisão à cabo e a "nova mídia" baseada em significados digitais de disseminação de informação e transmissão).

    A segunda fase da pós-modernidade é definida pela "digitalidade" - o aumento do poder individual e a descentralização digital através dos meios de comunicação (máquinas de fax, modems, cabo e internet de alta velocidade) que alteraram a condição da pós-modernidade dramaticamente: produção digital de informação passa a permitir que indivíduos selecionem e manipulem virtualmente todo aspecto do ambiente da mídia. Isso tem levado produtores e consumidores a conflitos relacionados ao capital intelectual e vem permitindo a criação de uma nova economia defendida como sendo capaz de alterar fundamentalmente a sociedade devido à queda drástica dos custos gerados pela criação da informação.

    Começou-se a discutir que a digitalidade ou o que Esther Dyson referiu-se ser como "ser digital" tem emergido como uma condição separada da pós-modernidade. Aqueles mantendo essa posição discutem que a habilidade de manipular itens da cultura popular, a World Wide Web (www), o uso de engenharias de busca para indexar conhecimento e telecomunicações foram produzindo uma "convergência" na qual seria marcada pelo surgimento da "cultura participatória" nas palavras de Henry Jenkins e o uso de aparelhos de mídia, tais como iPods da Apple.

    A mais simples demarcação do ponto dessa era é o colapso da união Soviética e a liberalização da China comunista em 1991. Francis Fukuyama escreveu "The End Of History" em 1989 na antecipação da queda do Muro de Berlim. Ele previu que a questão político-filosófica tinha sido respondida, que guerras em larga escala sobre valores fundamentais não mais poderiam se erguer desde que "todas as contradições antes são resolvidas e todas as necessidades humanas satisfeitas". Isso é um tipo de "finitismo" também assumiu Arthur Danto, quem em 1984 aclamou que as caixas de Brillo de Andy Warhol exigiu a questão certa de arte e portanto a arte tinha terminado.

    Fonte: wiki
  6.  # 408

    Colocado por: AXNO que isso tem de haver com a nossa "tertúlia" (espero que não se importe)


    Tem tudo a ver.
    Acho que, porque o AXN é produto do pós modernismo. Não só o AXN claro, mas muitíssimos de nós, a nossa geração..o que explica essa sua individualidade...
    Como estamos a discutir gostos e o que será o belo, e a arquitectura, e estes conceitos foram mudando ao longo dos tempos, como nós próprios, a Humanidade foi mudando, as suas formas e filosofias de vida..até aos dias de hoje, em que cada um terá o seu próprio conceito de belo, já não há escolas que formem o gosto. É quase cada um por si.
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 409

    Aconselho a ler o livro arquitectura e filosofia de Maurício plus
    Estas pessoas agradeceram este comentário: monicaa
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 410

    Colocado por: CMartinAcho que porque o AXN é produto do pós modernismo.


    Quer mesmo entrar nesse campo?
    Concordam com este comentário: CMartin
  7.  # 411

    Colocado por: AXN

    Quer mesmo entrar nesse campo?

    Então não quero?! O que estou para aqui a fazer, a perder tempo e a sair de mãos a abanar?
    Não sei é se consigo (contigo - nesse sentido) vou conseguir..tem mãos para isto?
  8.  # 412

    E também porque tinha prometido o Pós-Modernismo ao m.arq.
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 413

    Pronto, ok, como pode catalogar-me de alguma coisa se eu nunca saí do âmbito ou do plano da arquitectura. Nunca afirmei que eu tenho razão, sempre me debati contra que deva existir um gosto "universal".
    Concordam com este comentário: monicaa
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Extravagancia
  9.  # 414

    Colocado por: AXNPronto, ok, como pode catalogar-me de alguma coisa se eu nunca saí do âmbito ou do plano da arquitectura. Nunca afirmei que eu tenho razão, sempre me debati contra que deva existir um gosto "universal".


    Por essa mesma razão, porque a pós modernidade vem quebrar com os antigos conceitos do estético, do belo, da arte, e vem agora dizer-nos que não existirá um gosto universal. Aliás, se calhar não existe nada universal, para mim, uma profunda tristeza...(ou não, ainda estou a decidir).

    Mas esta suposta falência dos antigos conceitos tem por base a nossa História, não foi por mero acaso que se mudou de teoria ou filosofia de vida, foi com base na nossa "evolução".

    E para fazer a reflexão, temos que ter as bases. Não gosto de saltar as coisas assim.
  10.  # 415

    Post Modernism
      postmodernism.png
  11.  # 416

    Colocado por: AXNAonde eu falei que discordo das leis e regras? Só falei de gostos

    Volto a reafirmar, desde que a lei e regras urbanísticas me permitam, qual o porque de eu não poder construir uma casa que "destoe" dos vizinhos?

    Um pequeno exemplo: a algum tempo passei por uma moradia em que o telhado era de cor verde (tipo verde musgo), e a dos vizinhos era todos telha da cor normal, se eu gosto? Não, mas certamente os donos dessa casa gostam. O que é que os vizinhos tem de haver com isso?

    E mais, ainda bem que existem essas pessoas excêntricas, ou com gostos "fora do vulgar".


    AXN desculpe se o ofendi. Contudo julgo que possa haver um mal entendido.
    Bem sei que este tópico visa discutir e reflectir sobre o gosto, sob o ponto de vista da CMartin, porém a minha postura desde a primeira intervenção tende a relativizar o "gosto", isto é, reconhecendo a legitimidade da expressão individual no espaço publico, porém como espaço publico considerei importante a comunicação formal, numa relação aberta e livre à diferença. A abertura em detrimento do fechamento, quer na relação da casa (individual) com a rua (coletiva) como na relação inversa.

    Eu vejo a arquitetura de que aqui falamos, como uma forma de expressão individual. Noto que tende a manifestar modos de estar no mundo e aceito que entre esses modos possam constar: a total discordância, o fechamento, o egocentrismo, a rutura... Como manifesta (não interessa o quê) comunica. E existem várias formas de comunicar.

    «E mais, ainda bem que existem essas pessoas excêntricas, ou com gostos "fora do vulgar".»
    Em nenhum momento, parece-me, ter defendido o contrário.

    Mas onde começa o espaço público e o privado?
    Imagine-se a bater à porta de alguém e esse alguém atende-o à porta nu. Ou, imagine-se a fazer o quarteirão para ir ao café da esquina e encontra o seu vizinho a cortar a relva nu, "-Bom dia Sr. Manel, quer vir tomar um cafézinho?"
    ... nem uma palavra a declarar...
  12.  # 417

    Muito, muito grata pela referência bibliográfica que facultou.
    Li a sinopse, estou de acordo e ansiosa para ler.
    Vamos ver se o encontro...
  13.  # 418

    Para entender o pós-modernismo
    [notas de pesquisa]

    A idéia de "pós-modernismo" surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em "As Origens da Pós-Modernidade" (1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Moderna" (1979), a expansão do uso do conceito.

    Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da "grande narrativa" - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado.

    A densa obra de Frederic Jameson"Pós-Modernismo" (1991), enumera como ícones desse movimento: na arte, Andy Warhol e a pop art, o fotorrealismo e o neo-expressionismo; na música, John Cage, mas também a síntese dos estilos clássico e "popular" que se vê em compositores como Philip Glass e Terry Riley e, também, o punk rock e a new wave"; no cinema, Godard; na literatura, William Burroughs, Thomas Pynchon e Ishmael Reed, de um lado, "e o nouveau roman francês e sua sucessão", do outro. Na arquitetura, entretanto, seus problemas teóricos são mais consistentemente articulados e as modificações da produção estética são mais visíveis.

    Jameson aponta a imbricação entre as teorias do pós-modernismo e as "generalizações sociológicas" que anunciam um tipo novo de sociedade, mais conhecido pela alcunha "sociedade pós-industrial". Ele argumenta que "qualquer ponto de vista a respeito do pós-modernismo na cultura é ao mesmo tempo, necessariamente, uma posição política, implícita ou explícita, com respeito à natureza do capitalismo multinacional em nossos dias".

    Vale observar que Perry Anderson, ao ser convidado a fazer a apresentação do livro de Jameson, terminou escrevendo o seu próprio “As origens da pós-modernidade”, constituindo assim uma espécie de ‘introdução’ ao conceito. Nele diz que o modernismo era tomado por imagens de máquinas [as indústrias] enquanto que o pós-modernismo é usualmente tomado por “máquinas de imagens” da televisão, do computador, da Internet e do shopping centers. A modernidade era marcada pela excessiva confiança na razão, nas grandes narrativas utópicas de transformação social, e o desejo de aplicação mecânica de teorias abstratas à realidade. Jameson observa que “essas novas máquinas podem se distinguir dos velhos ícones futuristas de duas formas interligadas: todas são fontes de reprodução e não de ‘produção’ e já não são sólidos esculturais no espaço. O gabinete de um computador dificilmente incorpora ou manifesta suas energias específicas da mesma maneira que a forma de uma asa ou de uma chaminé” (citado por Anderson).

    Fonte : http://www.espacoacademico.com.br/035/35eraylima.htm
  14.  # 419

    Pos Modernismo
      ps-modernismo-gabriel-z-34mp-2-638.jpg
  15.  # 420

    Para Gianni Vattino (2001)

    “a chamada "pós-modernidade" aparece como uma espécie de Renascimento dos ideais banidos e cassados por nossa modernidade racionalizadora. Esta modernidade teria terminado a partir do momento em que não podemos mais falar da história como algo de unitário e quando morre o mito do Progresso. É a emergência desses ideais que seria responsável por toda uma onda de comportamentos e de atitudes irracionais e desencantados em relação à política e pelo crescimento do ceticismo face aos valores fundamentais da modernidade. Estaríamos dando Adeus à modernidade, à Razão (Feyerabend) Quem acredita ainda que "todo real é racional e que todo real é racional"(Hegel)? Que esperança podemos depositar no projeto da Razão emancipada, quando sabemos que se financeiro submetido ao jogo cego do mercado? Como pode o homem ser feliz no interior da lógica do sistema, onde só tem valor o que funciona segundo previsões, onde seus desejos, suas paixões, necessidades e aspirações passam a ser racionalmente administrados e manipulados pela lógica da eficácia econômica que o reduz ao papel de simples consumidor”.
    Fonte : mesma
 
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