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  1.  # 461

    Já que é para participar. Confesso que não gosto, é muito barulhenta, com janelas, janelinhas, varandas, varandins, alpendres, coberturas redondas e retas, colunas... já para não falar das ameias.
    Concordam com este comentário: Castela
  2.  # 462

    Se está bem projetada? Não sei, faltam as plantas :)
  3.  # 463

    Colocado por: CMartinEstou a pensar , m.arq, que se o pós-modernismo (pós-modernidade) veio como resposta de desilusão ao modernismo (modernidade)..não sei se ficàmos melhor. Não há regras?
    Em que nos baseamos então?


    No sentimento, na emoção, no coração, .. no " je ne sais quoi ".
    Tem regras para o " je ne sais quoi "?

    Cmps!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  4.  # 464


    Colocado por: CMartin
    Não há regras?
    Em que nos baseamos então?


    Colocado por: m.arq
    No sentimento, na emoção, no coração, .. no " je ne sais quoi ".
    Tem regras para o " je ne sais quoi "?
    Cmps!


    ;o)
    Fim. Retomado
  5.  # 465

    :)
  6.  # 466

    a
  7.  # 467

    Já vim tarde e isto já acabou? (ainda que bem)

    Logo agora que estava a ficar interessante. 
    Indo um pouco atrás, Monicaa #395

    O paralelismo belo-bom, feio-mau é um erro, um preconceito.
    O bom não é uma qualidade do belo, as belezas estéreis de significado são exemplo disso.
    Por outro lado pode eventualmente o belo ser uma qualidade do bom, mas isso implica que o belo não seja nem a perfeição nem a harmonia, um exemplo disso são trabalhos fotográficos que captam solidão, destroços, ruínas, miséria, que não sendo realidades que nos façam sentir bem nos levam a pensar o bem, por exemplo a compaixão.
    As mãos gretadas pelo trabalho, os sulcos de um rosto gasto e cansado... é bonito?


    E Cmartin #402

    O classicismo diz-nos que existem na beleza 3 princípios, o bom - o verdadeiro - o belo. Acho que esta é a verdadeira beleza.
    E não acho que seja um preconceito ou visão preconceituosa. Acho que tudo o que vem depois da beleza clássica interpretada desta forma é que é, comparativamente, subjectivo.

    Quando falo de sensação serà a sensação prazerosa, o prazer que nos dà contemplar algo belo.

    Pode perfeitamente ser qualquer imagem ou qualquer conteúdo. As tais mãos gretadas ou os meus animais empalhados, podem não ser grotescos (daí eu ter colocado a sua imagem) porque um tema negativo pode de facto e apesar disso ser belo e proporcionar-me um sentimento bom. Se for arte.
    Isto, a meu ver, tem a ver mais com a arte (o equilibrio, a harmonia, a proporção da medida, as cores..) do que propriamente com o tema. É independente do tema.
    Tem a ver com a arte com que foi trabalhado o objecto, mais do que o objecto em si.



    Concordo no geral, esse paralelismo é um preconceito, assim como é um preconceito negar a possibilidade de algo, apenas porque é diferente.
    A arte, seja ela qual for, não tem que ser homogénea, e é bom que assim seja! Nem tem que ser só uma ideia de construções do "belo", baseadas em fórmulas culturalmente enraizadas e conhecidas e que são facilmente entendíveis. Ou não tem que ser apenas fruição visual. A sua função é sobretudo questionar, provocar a reflexão, abrir novas possibilidades, estimular a descoberta.
    A riqueza do nosso património cultural assenta e funda-se precisamente nessa diversidade de todas as formas de expressão, ao longo dos tempos.
    Goste-se ou não, e o gosto é só nosso, e não é naturalmente o espelho da qualidade intrínseca de determinada obra, como já aqui disse, o importante é não se rejeitar só porque está fora dos nossos (de alguns) parâmetros, é não ter esse preconceito, e é apreciar as diversas manifestações, sejam elas mais clássicas ou mais contemporâneas, e sobretudo, é fazer o esforço de refletir sobre elas, haver essa disponibilidade, algo que diga-se, louvadamente, está aqui a ser feito.

    AXN #462
    Por que alguns edifícios são considerados belos? Este livro analisa os principais argumentos apresentados pelos filósofos ao longo da história para explicar a beleza arquitetônica. Desde a Antigüidade, a arquitetura sempre representou um problema difícil para a estética, já que nela a relação entre o homem e a obra de arte não se resume ao elo entre o sujeito que percebe e o objeto percebido. Enquanto as demais artes criam obras destinadas apenas à contemplação, as construções existem para serem manipuladas: o prédio não é apenas um objeto para a reflexão, mas um objeto para a vida. O problema é que só consideramos artísticos os objetos que dizem alguma coisa sobre nós, que narram algo que nos diz respeito. A obra de arte constitui a expressão material do sujeito em um objeto. Mas se a arte é um espelho do sujeito, como uma construção pode ser artística? Ora, o edifício nada mais é do que o lugar do homem no mundo: a arquitetura é a forma do homem. Por isso ela não espelha a aparência do sujeito, mas seu modo de ser, sua essência. Contudo, como os homens diferem entre si, os edifícios não são avaliados do mesmo modo por indivíduos diversos, pois cada sujeito percebe o objeto a partir de uma dada perspectiva. Nenhum edifício consegue agradar a todos os homens ao mesmo tempo, pois eles são avaliados a partir de pontos de vista diferentes. Essas perspectivas se baseiam na posição de cada sujeito no mundo: uma construção não parece idêntica aos olhos do produtor, do consumidor, do proprietário e do distribuidor, já que eles não se relacionam com o objeto da mesma maneira. Cada personagem social retalha subjetivamente o edifício, valorizando algumas faces da obra e descartando outras. Homens diferentes avaliam a mesma coisa com padrões de medida diferentes (forma, utilidade, solidez, dimensão), e por issoum prédio é considerado belo por um indivíduo, inexpressivo por outro e feio por um terceiro. Esses modos de ver, que são comuns a diversas sociedades, constituem o fundamento das doutrinas estéticas. O objetivo deste livro é entender essas perspectivas e mostrar como elas se manifestam nos escritos dos filósofos sobre a arquitetura.

    Bastante interessante este excerto, do qual concordo na generalidade, embora haja muitas outras opiniões e teorias, não se tomando por isto o livro em questão como uma “bíblia”, mas aqui entra na equação a função utilitária da casa, e que ainda que na minha opinião não seja a única condição, por outro lado também não é obviamente descartável.
    Extrapolando um pouco, veja-se por exemplo, e para dar exemplos conhecidos, do caso do Centro Georges Pompidou ou do Museu Guggenheim de Bilbau, que são edifícios construídos para albergar obras de arte e são, ou podem ser em si, uma obra de arte, ou para quem tem mais pruridos com a palavra “obra de arte” (ou com a qualidade arquitetural dos mesmos) , são espaços de exposição e são em sim também uma exposição.
    Há ainda exemplos mais subversivos como por exemplo o Merzbau do Kurt Schwitters…
    Concordam com este comentário: monicaa
  8.  # 468

    Colocado por: monicaaJá que é para participar. Confesso que não gosto, é muito barulhenta, com janelas, janelinhas, varandas, varandins, alpendres, coberturas redondas e retas, colunas... já para não falar das ameias.
    Concordam com este comentário:Castela


    x2, demasiados "efeitos especiais" sem vislumbre de coesão, e de "beleza". :)
  9.  # 469

    só para dizer que a apreciação da arquitetura não se esgota na questão do belo e do feio ou se é arte ou não arte.
    alias pode ser debatida á margem destes aspetos.
    Tão pura e simplesmente como ser uma resposta a uma solicitação/ questão ( ou conjunto de solicitações/ questões) , melhor ou pior respondida na sua eficácia.
    Concordam com este comentário: CMartin
  10.  # 470

    Colocado por: marco1só para dizer que a apreciação da arquitetura não se esgota na questão do belo e do feio ou se é arte ou não arte.
    alias pode ser debatida á margem destes aspetos.
    Tão pura e simplesmente como ser uma resposta a uma solicitação/ questão ( ou conjunto de solicitações/ questões) , melhor ou pior respondida na sua eficácia.

    Claro que não, mas também acho que este tópico não é nesse sentido, é discutir precisamente uma ideia do tal "je ne sais quoi" seja em relação à arquitectura como em relações a outras áreas, correlacionadas ou não. E também é mais nesse sentido que tem ido todo o desenvolvimento do tópico, bem, na minha opinião.
    Concordam com este comentário: CMartin
  11.  # 471

    ui, já nem escrevi isto no sentido do tópico mas concordo consigo.
    se bem que o tema pode ser tão esvaziado como resumir que o tal je ne sais quoi pode acontecer de formas diferentes de pessoa para pessoa, assim como na perspetiva profissional de cada um.
    digamos que perguntar a alguém porque está apaixonado por determinada pessoa não seja uma resposta fácil.
    Concordam com este comentário: monicaa
  12.  # 472

    Acho que este tópico para ser a tal reflexão pretendida, faltava alienarmo-nos duma série de complexos, defesas pessoais e parcialidades e tentarmos ter uma visão de helicóptero do gosto, do belo.
    Não interessa particularmente ao tópico apenas (também mas não apenas) o gosto pessoal de cada um - no sentido em que não conseguimos "desembrutecer" (desculpem o termo, serve para mim também, apenas para fazer perceber) e tentar ver comme il faut - devidamente.
    Acontece aqui o que acontece sempre nestas discussões do gosto, que é agarrarmo-nos ao que conhecemos e achamos que sabemos julgar, não indo mais além.
    Não podemos estar presos a uma só imagem.
    Não estava a avançar a reflexão e não estava a aprender tanto como pretendia com os outros.
    Estava limitado e circunscrito à banalidade que conhecemos no nosso dia a dia!
    Concordam com este comentário: migjac
  13.  # 473

    Colocado por: marco1u
    digamos que perguntar a alguém porque está apaixonado por determinada pessoa não seja uma resposta fácil.


    Marco, isso é que é esvaziar :) Nem tanto, e no seguimento do post subsequente da Martin, penso que é importante, por exemplo, conhecer um pouco de história de arte, para se perceber as mais diversas manifestações, enquadrá-las e contextualizá-las, e também não vem mal ao mundo, falar-se de alguma literacia visual, nas suas várias áreas e abrangências, de forma a se poder ter uma opinião um pouco mais esclarecida. Penso que será sempre desejável.
    Concordam com este comentário: CMartin
  14.  # 474

    Absolutamente.
    Parece-me essencial trazer-se para aqui algum saber discutir a imagem, sem ser com base no simples "gosto" e "não gosto" como uma vez referiu o marco1, é saber ou tentar pelo menos entender a imagem para além disso.
    Quem diz a "imagem", diz o tema do tópico em si e o seu intuito.
  15.  # 475

    Mas são apenas gostos...

    Ler isto vezes sem conta já é claustrofóbico para mim. Quero argumentação sensível.
  16.  # 476

    Os problemas levantados pela interpretação da obra de arte apresentam-se sob o aspecto de contradições permanentes. A obra de arte é uma tentativa para alcançar aquilo que é único; afirma-se como um todo, um absoluto, mas pertence simultaneamente a um complexo sistema de selecções. É o resultado de uma actividade independente, traduz um devaneio superior e livre, mas é também um ponto onde convergem as linhas de força das civilizações.
    Henri Focillon, A Vida das Formas
    • m.arq
    • 14 abril 2016 editado

     # 477

    Colocado por: CMartinAcho que este tópico para ser a tal reflexão pretendida, faltava alienar-nos duma série de complexos, defesas pessoais e parcialidades e tentarmos ter uma visão de helicóptero do gosto, do belo.
    Não interessa particularmente ao tópico apenas (também mas não apenas) o gosto pessoal de cada um - no sentido em que não conseguimos "desembrutecer" (desculpem o termo, serve para mim também, apenas para fazer perceber) e tentar ver comme il faut - devidamente.
    Acontece aqui o que acontece sempre nestas discussões do gosto, que é agarrarmo-nos ao que conhecemos e achamos que sabemos julgar, não indo mais além.
    Não podemos estar presos a uma só imagem.
    Não estava a avançar a reflexão e não estava a aprender tanto como pretendia com os outros.
    Estava limitado e circunscrito à banalidade que conhecemos no nosso dia a dia!
    Concordam com este comentário:migjac


    De helicóptero é como deve e está a ser.
    Assim se vê uma moeda a girar, uma constante de duas faces: "Je sais" e " Je ne sais quoi" et voilà le temp.
    Fins e princípios e ...
    A lógica, a razão e a cabeça. Adoçando o sentimento a emoção e o coração.
    A quadratura do círculo, ...o 1,618....
    ....
    Os nossos dias são banais e não são.
    CMartin continue com o seu Tópic pois o " je ne sais quoi " rodopia. A casa do pandur(?) é uma maravilha e vou anexar uma imagem do absoluto RóCóCó que por aqui apareceu, casa do filho do Siza Vieira, caso esteja desanimada.

    Cmps!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
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  17.  # 478

    Colocado por: m.arq

    De helicóptero é como deve e está a ser.
    Assim se vê uma moeda a girar, uma constante de duas faces: "Je sais" e " Je ne sais quoi" et voilà le temp.
    Fins e princípios e ...
    A lógica, a razão e a cabeça.
    A quadratura do círculo, ...o 1,618....
    ....
    Os nossos dias são banais e não são.
    CMartin continue com o seu Tópic pois o " je ne sais quoi " rodopia. A casa do pandur(?) é uma maravilha e vou anexar uma imagem do absoluto RóCóCó que por aqui apareceu, casa do filho do Siza Vieira, caso esteja desanimada.

    Cmps!



    Tanto dinheiro aí desperdiçado
    Concordam com este comentário: C.Silva
  18.  # 479

    Helicópteros, moedas a girar, quadraturas do círculo, banais bipolares, tudo muito "dadá" ou à la Terry Gilliam...
    • m.arq
    • 14 abril 2016 editado

     # 480

    Colocado por: CastelaHelicópteros, moedas a girar, quadraturas do círculo, banais bipolares, tudo muito "dadá" ou à la Terry Gilliam...


    Ah! pois é. Quando percebeste o teu destino final, fostes a correr ou andas a empatar?

    Cmps!
 
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