Iniciar sessão ou registar-se
  1. Eu tenho horário completo e tenho AS ATIVIDADES LETIVAS em apenas 4 dias. Mas isso são apenas 26 em 40 das horas semanais. Por isso esse "dia livre" não chega para abarcar as 14 horas não letivas
    • LuB
    • 20 julho 2016
    Se não é indiscrição, reformou-se com que idade?

    60 anos e com uma pequena penalização na reforma, porque já não aguentava mais aquilo....
  2. Colocado por: ANdieselAo contrário do que muita gente pensa, muitos serviços da função pública estão a trabalhar com muito menos pessoal que o que deveriam ter.

    Até parece que antigamente quando havia muito mais gente na f.p. é que as coisas funcionavam bem. Mas não, funcionavam ainda pior.
  3. Colocado por: LuBActualmente os professores não podem ter 4 dias de trabalho por semana, de acordo com os regulamentos escolares, que o Picareta desconhece.

    Conheço uma professora do secundário que só dá aulas 4 dias por semana desde há anos e sei que é a mais pura das verdades porque durmo todos os dias com ela. E ela diz-me que o mesmo acontece com todos os colegas da escola.
  4. Colocado por: kosttaEu tenho horário completo e tenho AS ATIVIDADES LETIVAS em apenas 4 dias. Mas isso são apenas 26 em 40 das horas semanais. Por isso esse "dia livre" não chega para abarcar as 14 horas não letivas

    Porque você quer apenas ter 6,5 horas lectivas em média em cada um desses 4 dias. Se quiser ter 6,5 horas lectivas + 1,5 horas não lectivas por dia, ao 5º dia já só restam 8 horas não lectivas, perfazendo 5 dias x 8h, com a vantagem de um dia por semana poder fazer o trabalho em casa, considerando a hipótese remota de que necessitará sempre de 14h lectivas todas as semanas.
    • size
    • 20 julho 2016
    Anti-Função Publica :

    Como não bastasse o que já existe de disparidade de regalias entre cidadãos de um mesmo País, há quem tente aproveitar o leite das vacas voadoras;

    Venham mais regalias especiais,

    https://www.noticiasaominuto.com/pais/625285/professores-aposentacao-com-36-anos-de-servico-em-debate-no-parlamento
    • LuB
    • 20 julho 2016 editado
    Conheço uma professora do secundário que só dá aulas 4 dias por semana desde há anos e sei que é a mais pura das verdades porque durmo todos os dias com ela. E ela diz-me que o mesmo acontece com todos os colegas da escola.


    Mesmo que a sua esposa tenha conseguido esse benefício na escola onde trabalha não me venha com a treta de que isso é extensível a todas as escolas, e a todos os professores : - uma regra como pretende insinuar... Vejo com tristeza que existem escolas que ainda o praticam, coisa que ignorava pois na ultima escola onde estive isso foi abolido.

    O que acontecia nesses casos é que no início do ano apareciam horários "muito bons" para os professores X e Y, que eram os privilegiados.. Isso ia fazer com que os horários de muitos outros com menos status, ficassem uma desgraça com as piores turmas, furos e coisas como por exemplo aulas no turno da manhã e nocturno. Vi muito disso noutros tempos.
    Geralmente o grupo "vip" da escola encarregava-se de fazer os horários, no início do ano, e tirava vantagens para si e para os amigos, com o maior desplante.
    Vi muito disso, na altura em que por lá andei.
  5. Colocado por: LuBGeralmente o grupo "vip" da escola encarregava-se de fazer os horários, no início do ano, e tirava vantagens para si e para os amigos, com o maior desplante.

    Tenha cuidado com o que aqui escreve, é que corre o risco de ser atacada por um grupelho aqui do fórum, que acredita piamente que esses e outros pecados só poderiam ter ser cometidos por gente que trabalha no privado.

    E não é uma coisa do passado, continua a fazer-se agora.
  6. Colocado por: LuBnão me venha com a treta de que isso é extensível a todas as escolas, e a todos os professores

    Não digo que seja extensível a todos os professores de todas as escolas, digo que não conheço nenhum que trabalhe 5 dias por semana e conheço bastantes em várias escolas.
  7. Trabalham as horas que têm no horário.
    Se dão aulas em 4 ou 5 dias é uma picuice.
    A diferença é ter o horário mais concentrado ou mais disperso.
  8. Colocado por: kosttaSe dão aulas em 4 ou 5 dias é uma picuice.

    Sabendo como eu sei as discussões acaloradas e intermináveis no início do ano porque o colega X foi beneficiado porque tem o dia livre à 2ª ou á 6ª, e eu discriminado porque tenho à 3ª, eu diria que é tudo menos uma picuice.
    •  
      MJLP
    • 20 julho 2016
    Eu acho que há aqui muita gente que vê alguns professores e generaliza. Os meus dois pais são professores quase na reforma (ainda mais 5 anos) e o horário oficial de 35 ou 40 horas como quiserem chamar lhes é a coisa mais desajustada da realidade de sempre, porque sem ser oficialmente entre preparações de aulas, correcções de testes, correcções de exames e outras coisas administrativas trabalham facilmente mais de 50 horas sem nenhum pagamento adicional. E ainda ouvem as "bocas" dos privados constantemente. Para além disso ainda ouvem as bocas de outros professores mais novos, sobre a situação em que se encontram de trabalhar perto de casa (quando quer um quer outro tem essas regalias agora, pois quando começaram sujeitaram se a mobilidades de mais de 200km durante pelo menos 5 anos). Acrescido a isto, ainda tem de preparar os alunos de alguma forma (pois com a crescente burocracia que tem de fazer em tempo de trabalho, se tiverem algum brio e quiserem efectivamente ensinar tem de dar o seu tempo pessoal para que isso aconteça).
    Ainda para mais com a constante desculpa dos pais que tem de trabalhar, tem de educar os meninos (para além das matérias que tem de ser dadas) pois na verdade recebem selvagens nas aulas. No meu tempo, um professor era alguém a quem a sociedade tinha respeito pois educava o futuro dessa mesma sociedade, hoje em dia é um funcionário público.
    Concordam com este comentário: LuB
    • LuB
    • 20 julho 2016 editado
    Ainda para mais com a constante desculpa dos pais que tem de trabalhar, tem de educar os meninos (para além das matérias que tem de ser dadas) pois na verdade recebem selvagens nas aulas. No meu tempo, um professor era alguém a quem a sociedade tinha respeito pois educava o futuro dessa mesma sociedade, hoje em dia é um funcionário público.

    Essa é uma verdade incontornável que embora presente por todo o lado, se agudiza em certas zonas problemáticas situadas geralmente no bairros da periferia das grandes cidades.

    Os professores perante isto quebram até a solidariedade inter pares.
    Porquê?
    Porque são culpabilizados pelos pais, pelo ME (com consequência nas notas de avaliação/progressão na carreira) se as coisas não correm como previsto, ou seja com o jovem a progredir , feliz e contente e sem fazer ondas. Ora certos alunos não são capazes de o fazer, por mais que o professor se esfalfe e é possível atingir-se o estado de exaustão, o dito "burnot", quando se tenta fazer o impossível que é normalizar, num ano lectivo, o que está mal e já vem mal de trás: Aluno mal preparado, família de vistas curtas, que não se coíbe de admoestar/ insultar o professor, uma sociedade que considera as crianças "sem culpa" (o que é verdade porque a culpa não é deles, é de quem os educa e um pouco de toda a sociedade).
    Como eu dizia ninguém quer ficar mal visto, ouvir dizer que os seus alunos têm piores resultados que os de B ou C. Também ninguém quer ter conselhos disciplinares, e inquirições para saber de quem é a culpa quando o o aluno Carlitos (que agora é um Carlão) manda a professora à outra banda, ou dá uma surra noutro aluno. Ninguém gosta de registar faltas sem fim, e enviar aos pais bilhetinhos a dizer que o filho é um balda que anda a monte sabe-se lá por onde.
    As coisas são como são, e eu compreendo que um professor, já cansado, se sinta tentado a:

    a) Fugir do Quadro de certas escolas problemáticas.
    b) Fugir das turmas onde uma elevada percentagem de alunos problemáticos foi colocada.
    d) Fugir de horários complicados, em que é forçado a permanecer demasiado tempo na escola.
    e) Mudar de profissão. o que dada a falta de outros empregos não é nada fácil.
    f) Reformar-se um pouco mais cedo, mesmo com alguma penalização.
    Pensa assim: se eu não me desgastar tanto talvez tenha hipótese de durar mais uns anitos,,,

    Sei de outras profissões que tb são desgastantes. Por exemplo s polícias, alguns médicos que têm especialidades complicadas, Bombeiros e muitas outras profissões cuja exposição ao stress conheço menos.
    O Chato no meio disto tudo é que o professor hoje é o bode espiatório de tudo o que é gente insatisfeita neste país.. Nem sequer se sente respeitado, como o médico ou o Bombeiro.
    Para muitos é uma classe reles, que mesmo que ganhe metade de um médico, ou de um engenheiro, não passa de um parasita social
    •  
      MJLP
    • 20 julho 2016
    Isso é que me custa. Ser professor não é (nem tem de ser das profissões mais desgastantes) mas vindo a canalizar todos os problemas desta sociedade para esta classe, que é na verdade quem educa os nossos filhos. Estamos a pisar, desmotivar e desconsiderar a classe que prepara a geração seguinte. E ninguém pensa sequer no que isto significa.
    Quantas vezes os meus pais não pensaram em reformar se mais cedo (e sinceramente bem podiam, por terem uma boa almofada financeira - ambos filhos únicos sem pais para tomar conta, sem grandes gastos pois os filhos já estão formados), no entanto admiro os por quererem continuar a ensinar pois tem gosto.
    Custa me muito a desconsideração que temos por muita função pública por acharmos que são apenas parasitas e que o mundo estava melhor sem eles, mas em particular os professores é um bocado exagero!
  9. Estou mortinho por sair. Mas só saio com um plano de rescisão amigável. Coisa que o anterior governo lançou de forma mediática e que indeferiu na maioria dos casos.
    E depois veio para p parlamento afirmar que os profs não tinham aderido. Lol
  10. Colocado por: LuB
    60 anos e com uma pequena penalização na reforma, porque já não aguentava mais aquilo....

    Reformou-se aos 60 com 40 anos de serviço. Aos 20 já estava licenciada e já dava aulas...
    E teve uma "pequena penalização" porque estava farta.
    Pois eu e a minha mulher também nos reformamos aos 60 mas com penalizações superiores a 40% porque ficamos desempregados. Sim porque os sacanas dos privados quando as empresas dão prejuízo manda as pessoas para a rua, não aumentam os impostos e a divida pública para manter o pessoal bem pago. E não á ADSE para ninguém, se tinhas seguro de saúde passas a pagá-lo e bem caro porque já estás velho.
    • LuB
    • 20 julho 2016 editado
    Reformou-se aos 60 com 40 anos de serviço. Aos 20 já estava licenciada e já dava aulas...

    Sim, fui estudante trabalhadora, a partir do 2.º ano da faculdade. Comecei a trabalhar por volta dos 20 anos.

    E teve uma "pequena penalização" porque estava farta.

    Foi o que eu disse, e não me consta que fartote seja crime :)))
    Se lá tivesse ficado mais uns meros 2 anitos não me tinham tirado 5% da reforma. Fiz as minhas contas e achei que valia a pena...

    Pois eu e a minha mulher também nos reformamos aos 60 mas com penalizações superiores a 40% porque ficamos desempregados.

    Injustiças e mais injustiças. Este país (os políticos) são peritos nessas manobras.
    A legislação que rege a aposentação no niossio país mudou muito nos últimos 5 a 10 anos e sempre para pior...

    Tempos houve em que deixaram comprar, por tuta e meia, tempo de serviço a funcionários que tendo trabalhado no tempo dos afonsinhos, nunca tinham descontado um tostão para a Caixa Geral de Aposentações ou Segurança Social. a maioria por opção, (porque era chato descontar...)
    Anos mais tarde para pagar os desmandos (que estas coisas sempre tiveram um preço) baixaram a reforma de outros cortando 30 ou 40% sem olhar para trás..
    O mundo não é nada justo..
  11. Colocado por: MJLPSer professor não é (nem tem de ser das profissões mais desgastantes) mas vindo a canalizar todos os problemas desta sociedade para esta classe, que é na verdade quem educa os nossos filhos. Estamos a pisar, desmotivar e desconsiderar a classe que prepara a geração seguinte. E ninguém pensa sequer no que isto significa.

    Ser professor, é para mim, ter umas das profissões mais importantes e de maior responsabilidade, e também acho que é mal remunerada.

    Dito isto, os grandes responsáveis pela má imagem dos professores são eles próprios - passaram décadas em "lutas" e greves de braço dado com sindicatos comunas por mais salário e menos horário, com centenas e centenas deles com horário zero e destacados nesses sindicatos e noutras organizações, sem mexer uma palha a receberem os salários por inteiro, reduções de horário por antiguidade verdadeiramente escandalosas (5h por semana para alguns profs. perto da reforma) e idades de aposentação que eram um insulto para os outros trabalhadores.
    Concordam com este comentário: Picareta
    •  
      MJLP
    • 20 julho 2016 editado
    Mas isso é a culpa geral de cada profissão. Por isso temos ideias pré feitas dos advogados, empreiteiros, arquitectos. A culpa da forma como olhamos para cada profissão é principalmente culpa dos próprios. Os empreiteiros são uns aldrabões, os arquitectos levam dinheiro a mais por uma assinatura, os advogados só estão aqui a chular, etc... No entanto no caso particular dos professores foi se criando uma cultura ainda maior de culpabilização, a culpa da educação é deles, a culpa do défice é deles, a culpa do PIB é deles, eles são a razão pela qual pagamos impostos elevados, etc... E apesar de concordar com a questão das manifestações olhe que muitas delas foram feitas com toda a razão, o problema foram os sindicatos por trás. Foi se generalizando e desmotivando uma profissão que forma as restantes. Enfim isto é mais um desabafo que outra coisa.

    Preocupa me bastante que professores vão ter as minhas filhas por este andar. Professores que se preocupam em ensinar e educar. Ou professores desmotivados cujo trabalho é primeiro preencher papeis e depois ensinar nos tempos livres?
    • eu
    • 20 julho 2016 editado
    Colocado por: MJLPPor isso temos ideias pré feitas dos advogados, empreiteiros, arquitectos

    É um mal geral. Muitas pessoas gostam de opinar sobre tudo, principalmente sobre o que desconhecem...

    E um dos piores erros é a generalização...
    Concordam com este comentário: kostta
 
0.0508 seg. NEW