Colocado por: luisvvColocado por: becasPor acaso já tinha lido sobre isto... é a mesma história do funcionário que chega a horas e que faz o trabalho todo que lhe compete - deixa os colegas mal na foto e é pressionado (para ser meigo) pelos seus pares para não alterar o status quo.
Uma história: o meu sogro teve responsabilidades de chefia num serviço público. Saía a horas, mas entrava às 7h da manhã por sua iniciativa, para ter mais 2 horas de tempo útil de trabalho. Não vou aqui invocar competência, porque não a posso avaliar - sei apenas o que ele me conta. E o que ele me conta é que ganhava o mesmo que o colega do lado, que chegava ao serviço à hora que calhava e saía quando apetecia. E conta mais: dava tanto trabalho e chatice dar más notas nas avaliações dos funcionários do seu serviço, que desistiu de as dar. E que era visto como "o chato do chefe" que queria que os funcionários cumprissem o horário, e que nesse horário até trabalhassem. E conta muito, muito mais.E, em última instância, é o que se passa também com a subsídio-dependência: quanto mais desgraçadinhos parecermos mais recebemos... daí que podemos estar desempregados ou podemos ter lucro mas, as coisas nunca estão bem. Quem não chora, não mama.
Se perguntar a alguém se recebe o que merece, todos lhe dirão que não. Se perguntar a alguém sobre o ordenado do colega, já encontrará quem diga que ganha muito para o que faz.
Por outro lado, hei-de ter tempo para dar uma volta aqui no fórum e confirmar a sensação que tenho de que muitos dos que se queixam de que se paga mal em Portugal são capazes de simultaneamente reclamar do valor de um orçamento de obras,p.ex, por acharem o valor "exagerado" ou até "um roubo" como já tenho visto
Colocado por: lobitoE existe também o reverso da medalha (que eu várias vezes apreciei de perto): quem tem um trabalho m... super hiper bem pago (lá calha...), que toma esse bambúrrio de sorte que lhe caiu em cima como a justa compensação do seu imenso valor e da sua importância social.
Colocado por: luisvvTem memória curta, ou é muito novo, o MRui. Não se lembra do que foi o carrocel de ministros da saúde, pois não?
Colocado por: luisvvE veja lá, deixaram-no tirar partido da formação que lhe deram, ahn? A sua entidade patronal pagou alguma coisa ao Estado para compensar a formação que você teve, ou essa sua teoria só se aplica a algumas profissões ?
Colocado por: luisvvDesculpe, mas acha que os cuidados de saúde prestados pelo Estado são baratos?
Colocado por: MRui Por acaso, nem memória curta nem muito novo. Até me consigo lembrar do carrocel de ministros, por exemplo, da Educação (nem me dou ao trabalho de ir procurar números, pois são garantidamente muito superiores aos da Saúde – os ministros da Educação). E no entanto, ela move-se... queria dizer, isso não foi desculpa nem os inibiu de terem actuado como actuaram no Ensino. Pelos vistos, só é desculpa para o sector da Saúde.
Por acaso, não sou só eu que acho. O próprio Ministério faz discriminação positiva aos médicos que trabalham em exclusivo no SNS. Por que será? Quer comparar os custos de um curso de papel e tanga com um curso de medicina?
Acho que deviam ser melhores na generalidade. Assim houvesse vontade política dos governantes e garanto-lhe que seria um sector que até brilhava.
Ao contrário de outros sectores, a Saúde tem um excelente ensino, tem excelentes profissionais... é só uma questão de vontade política. E essa vontade actualmente está mais virada para a destruição do SNS por razões que só não vê quem não quer ver.
Colocado por: luisvvColocado por: lobitoE existe também o reverso da medalha (que eu várias vezes apreciei de perto): quem tem um trabalho m... super hiper bem pago (lá calha...), que toma esse bambúrrio de sorte que lhe caiu em cima como a justa compensação do seu imenso valor e da sua importância social.
Se todos recebem menos do que merecem, tal coisa não existe, obviamente. É como o gambozino.
Colocado por: lobito Olhe que não, olhe que não. É como o resto, há de tudo. Como diria a outra: o mundo é grande e variado.
Colocado por: luisvvColocado por: lobitoOlhe que não, olhe que não. É como o resto, há de tudo. Como diria a outra: o mundo é grande e variado.
Eu confio no género humano : se ninguém me diz que recebe mais que o merecido, tomo isso como certo.
Colocado por: luisvvNão é difícil de perceber que para isto ser sustentável é necessário gerir de forma mais eficiente - fazer mais com os mesmos recursos, fazer o mesmo com menos.
Claro que nada disto é possível quando se está nas mãos de organizações corporativas.
... mãos limpas.
Colocado por: maria carolina(Será que resolve?)
Colocado por: lobito E voltando ao SNS, como dizem vários dos seus defensores que, como se diz em inglês, põem o dinheiro onde põem a boca, ou seja, dão efectivamente o corpo ao manifesto em vez de irem ganhar não sei quantas vezes mais para a privada, é a jóia da coroa. Basta ver os indicadores. Basta também ver os inquéritos de satisfação dos utentes que, à boa maneira portuguesa, se lhes perguntarem o que é que acham do SNS dizem que é péssimo, se lhes perguntarem se eles, pessoalmente, têm razão de queixa, dizem que nem por isso. E se alguém duvidar do que digo, eu repesco os últimos inquéritos.
Assim como também posso repescar o último inquérito europeu de vitimização (2005), em que os portugueses, que respondem ser muito menos vítimas de crimes, ou conhecer pessoalmente vítimas de crimes, do que os suecos, sentem-se muito mais inseguros a sair à noite. Estou a ficar um pedacinho farta.
Colocado por: luisvvAgora, é generalizada e justificada a noção dos absurdos tempos de espera para consultas e cirurgias, p.ex.
Colocado por: luisvvColocado por: lobitoE voltando ao SNS, como dizem vários dos seus defensores que, como se diz em inglês, põem o dinheiro onde põem a boca, ou seja, dão efectivamente o corpo ao manifesto em vez de irem ganhar não sei quantas vezes mais para a privada, é a jóia da coroa. Basta ver os indicadores. Basta também ver os inquéritos de satisfação dos utentes que, à boa maneira portuguesa, se lhes perguntarem o que é que acham do SNS dizem que é péssimo, se lhes perguntarem se eles, pessoalmente, têm razão de queixa, dizem que nem por isso. E se alguém duvidar do que digo, eu repesco os últimos inquéritos.
Se se refere à qualidade dos actos praticados, talvez, mas isso nem reflecte necessariamente a realidade - pode reflectir apenas subserviência e menor grau de exigência. Agora, é generalizada e justificada a noção dos absurdos tempos de espera para consultas e cirurgias, p.ex.
Colocado por: MRuiColocado por: luisvvAgora, é generalizada e justificada a noção dos absurdos tempos de espera para consultas e cirurgias, p.ex.
Em Lisboa, pelo menos, em alguns casos já não é tanto assim. Em Coimbra parece que não há listas de espera. Em Lisboa, há cerca de 2-3 anos para determinada especialidade (não de doença grave) a lista estava em 2 anos, actualmente está em 4 meses. Fruto de um bocadinho de "chicote" por parte do Ministério.
Colocado por: LuisFigueiredo Gostava de ser professor com o ordenado que têm?Eu gostava... :-)
Colocado por: Luis K. W.Colocado por: LuisFigueiredoGostava de ser professor com o ordenado que têm?Eu gostava... :-)
Os professores de Liceu, com a minha idade e os meus anos de «carreira», e com as minhas habilitações ganham cerca de 3.000euros/mês.
Ganharão MAIS se tiverem outras funções (director de turma, presidente do conselho directivo, etc.).
Dão DOZE HORAS de aula por semana (as quais nem têm de "preparar", porque há mais de 25 anos que dão A MESMA disciplina) e, como são mais velhos na casa, escolhem os melhores horários!
Colocado por: LuB... fazendo horas extraordinárias não pagas.
Resultado: O grupo ficou aborrecido, podiam-lhes exigir o mesmo no futuro, não era conveniente alargar o leque de funções atribuídas.
Fiquei persona non grata ...