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  1.  # 1

    http://www.oje.pt/analise/transferencia-forcada-para-o-arrendamento

    "Transferência forçada" para o arrendamentoAnálise09/07/10, 11:02
    Por Vítor Norinha/OJE

    A procura de imóveis para arrendar subiu mais de 50% nos primeiros meses deste ano, afirmou, recentemente, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária. Mas será que o país que na Europa é conhecido pelo número de proprietários, com mais de dois milhões de agregados registados fiscalmente como detentores de habitação própria, irá passar para um país de arrendatários? Os dados existentes indicam que não e a procura do arrendamento vai crescer por questões conjunturais, por novas necessidades de adaptabilidade ao mercado de trabalho mas, o objectivo final é ser dono da habitação.

    A opção pelo arrendamento em detrimento da compra é um fenómeno que ganhou maior dimensão depois da crise do "subprime" em 2007, mas já antes se questionava a opção da população portuguesa por uma aquisição de habitação, que invariavelmente implicava o endividamento durante quase toda a vida activa. Em simultâneo implicava pouca mobilidade da população, pois permanecia como um encargo fixo, e que representa uma dificuldade acrescida no momento de uma eventual alienação. Por último, a distorção relativamente ao modelo habitacional europeu era, objectivamente, instigada pelo crédito fácil e por uma legislação ao nível do arrendamento que não estimulava o investimento nesta indústria.
    No entanto, o cliente português continua a apostar na compra e os promotores continuam a incentivar este tipo de negócio tendo, em alguns casos, revisto os preços em baixa. Dados do SIR - Sistema de Informação Residencial revela que nas regiões do Norte e Grande Porto, os promotores fizeram uma revisão em baixa de 5,9% para os fogos usados e de 2,2% para os fogos novos. O concelho de Matosinhos sofreu reduções de 6,7% no preço dos novos e 5,3% nos de fogos usados. Os dados são do final do ano passado.

    A nossa história começa exactamente na alteração do paradigma do crédito barato e fácil. A subida das taxas de juro em 2005 foi o grande sinal de que a exposição das famílias a um elevado nível de endividamento. Dados do banco central revelam que o nível de esforço das famílias portuguesas está acima dos 100%, o que significa que não é possível liquidar todas as contas no final do mês.

    A crise de meados de 2007, agravada em 2008, levou o sistema financeiro português a uma situação de fragilidade, tendo passado de uma euforia de há três ou quatro anos, com spreads "zero", para spreads acima de 1,5%, depois 2% e actualmente, é comum os 2,5%. O indexante mantém-se baixo, mas com tendência para subir.

    A banca cobra mais caro e empresta com mais exigências. Dos 100% do valor da habitação, por vezes até mais, passou a uma exigência de fundos próprios que variam entre os 20% e os 50% do valor do imóvel, o qual também recuou, em termos médios, ao longo dos últimos meses. O resultado final foi um nível acrescido de restrições no acesso à banca e que são um dos factores nucleares na procura renovada de habitação para arrendamento.

    Declarações recentes do director geral da CB Richard Ellis do Porto, João Nuno Magalhães, ao Sol, davam conta de uma "transferência forçada" para o arrendamento. Afirmou que no primeiro semestre o crescimento foi forte, e antecipa a continuação desse crescimento ao longo deste ano. Para o próximo ano, a evolução pode ainda ser melhor do que a registada em 2010. Aliás, várias consultoras e redes de mediação estiveram, ao longo de 2008 e 2009, a promover o arrendamento como solução para a compra e transfeririam parte dos seus negócios convencionais ligados às transacções, por comissões ligadas à angariação de inquilinos e gestão de edifícios. Uma outra solução experimentada, por exemplo, no complexo da Alta do Lumiar, passou por um contrato de arrendamento passível de ser transformado numa venda em propriedade plena.
    Target
    A procura de habitação para arrendamento está a atrair jovens casais, licenciados, entre os 25 e os 40 anos, que estão num período muito activo em termos profissionais. O pensamento é transversal a todos: maior mobilidade, menor esforço de fundos para a aquisição de uma casa e menor exposição ao endividamento. Haverá casos, salienta Nuno Magalhães, de acesso limitado ao crédito ou situações de procura de uma casa maior face ao aumento do agregado familiar.

    Para este "target" coloca-se, no entanto, um drama inesperado: a escolha de uma casa para comprar é relativamente fácil, tendo em conta que existirão cerca de 120 mil habitações novas para colocar em todo o país, podendo este número duplicar se se tiver em conta a totalidade de habitação em segunda mão para venda, sendo que apenas metade é que está colocada em mediadores oficiais, pois o restante continua a ser venda directa.

    Mas, se o interessado quer arrendar, é nítida a escassez de oferta. O lado mais visível da situação está no facto de as rendas em Lisboa e Porto terem subido nos últimos dois anos. Sabem quanto é difícil mas, os mediadores antecipam subidas entre os 10% e os 20%, um nível muito acima do custo de financiamento. No entanto, os escassos investimentos na indústria de habitação para arrendamento leva ao funcionamento da lei da oferta e da procura, com perdas para o consumidor, porque a oferta é escassa.

    Luís de Menezes Leitão, o presidente da ALP, Associação Lisbonense de Proprietários, tem afirmado em diversas ocasiões aos jornalistas que o mau funcionamento da justiça, nomeadamente nos casos de acções de despejo, desencoraja eventuais investidores. Menezes Leitão tem referido as elevadas taxas de incumprimento no pagamento de rendas e que não são acompanhadas pela celeridade e facilidade nas acções de despejo. Mais grave é o facto de muitos inquilinos não sofrerem com a crise económica, mas saberem os meandros para escapar ao cumprimento das obrigações de pagamento de uma renda. Esta situação leva a alguns preços exorbitantes, o que condenam os objectivos de alteração do paradigma do país quanto à propriedade residencial.

    Despejos mais rápidos e acelerado crescimento da oferta para habitação são os pontos cruciais para a alteração do cenário actual quanto ao arrendamento.
    O que construir

    A reabilitação urbana é a solução defendida pela ALP para a solução dos problemas dos inquilinos e dos proprietários. Os benefícios fiscais são uma hipótese que leva os proprietários a entrarem em obras e consequentes despesas. Mas a celeridade das decisões burocráticas é um entrave que é necessário aliviar. A legislação torna-se bastante mais interessante numa reabilitação do que uma construção de raiz, sobretudo nos casos de cascos históricos.

    No final do ano passado entrou em vigor o Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, que visa a requalificação do parque habitacional. Esta área é particularmente sensível se tivermos em conta os números da FEPICOP, Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas, citada no "Market View" da CB Richard Ellis de Junho último. Refere aquela organização que existem, actualmente, cerca de 800 mil fogos em estado de degradação avançado, sendo que 114 mil estão em estado de ruína. A AECOPS, Associação dos Empresários da Construção Civil, afirma que Portugal é dos países da Europa com menor peso da reabilitação urbana no conjunto das obras em habitação: cerca de 9,6%, contra 23% da média europeia. Se considerar apenas o edificado habitacional, a média no país cai para 6,2%.

    A demora do licenciamento e o regime do arrendamento são os factores cruciais para a não progressão da reabilitação urbana. A CBRE realça, no entanto, que o novo regime está melhor estruturado do que o precedente, promovendo uma maior articulação entre o público e o privado, valorizando soluções de parceria público-privada, e organiza um conjunto de instrumentos de política urbanística, nomeadamente o arrendamento forçado, a expropriação e a venda forçada, que é muito contestada pelos senhorios. O regime estabelece ainda a possibilidade de criação futura de um conjunto de mecanismos de financiamento e que são complementados com os incentivos fiscais à reabilitação urbana.

    Registe-se que no Relatório do OE de 2010 está consagrado, o Programa de Apoio à Reabilitação Urbana para 2010-2015. Este programa visa a concessão de apoios financeiros do Estado a obras de reabilitação de imóveis habitacionais que se encontrem arrendados para efeito de actualização faseada da renda, imóveis devolutos destinados ao arrendamento, habitações de agregados familiares de baixos recursos, e habitação para jovens.

    Entre as dificuldades da reabilitação destacam-se os custos elevados e a continua demora dos processos de licenciamento, face à construção nova. Um factor fulcral ligado ao arrendamento urbano está no facto dos proprietários terem grande dificuldade em terminar, ou mesmo suspender contratos antigos para a realização de obras de reabilitação. Esta situação levou à degradação de edifícios e descapitalização dos proprietários.

    Entre as medidas criadas pelo Governo para facilitar o arrendamento urbano destacam-se o Programa Porta 65 Jovem, que visa apoiar os jovens no arrendamento de habitações para residência, com a atribuição de uma percentagem de valor da renda como subvenção mensal. Os limites de renda máxima admitida variam, actualmente e em Lisboa, entre os 514 euros/mês e os 771 euros/mês, enquanto no Porto os valores variam entre os 412 euros/mês e os 669 euros/mês, em função da tipologia. Ainda no âmbito do OE 2010, o Governo manteve os incentivos ao arrendamento urbano criados em 2009, com a criação de fundos e sociedades de investimento imobiliário em Arrendamento Habitacional e de incentivos à reabilitação de imóveis. No Relatório do OE para 2010 está previsto, no entanto, uma redução de 16,7% para subsídios e indemnizações compensatórias relativas ao Arrendamento Urbano e Habitacional.
    Números
    O financiamento da habitação tem revelado uma redução dos rácios de endividamento, o conhecido "loan to value"", a par do aumento das margens dos bancos, os spreads. Estas directrizes têm tido forte impacto no mercado habitacional, tanto ao nível do arrendamento, como ao nível do investimento imobiliário, para posterior arrendamento. Por enquanto, a taxa de juro implícita no crédito à habitação tem descido, sendo que em Março, o nível estava nos 1,851%, de acordo com dados do banco central.

    Em termos de avaliações bancárias, aquilo que se constata são decréscimos sucessivos durante 2008 e princípios de 2009. A situação inverteu-se no final do ano passado, continuando no primeiro trimestre de 2010, com aumentos superiores a 3%, em termos homólogos.
    Dados do Confidencial Imobiliário, inseridos no Ci-Rendas, indicam que no final de 2009, as rendas de habitação apresentaram uma variação média anual de 2,3%, num comparativo entre os últimos 12 meses com os meses precedentes. No quarto trimestre de 2009 registou-se uma variação negativa das rendas, com menos 0,5%, mas observou-se uma perda menos acentuada face ao sucedido no trimestre anterior, e no qual a variação trimestral havia sido de menos 1,2%. Os yields atingiram os 6,3% no último trimestre do ano passado.

    Em Lisboa, o valor médio das rendas habitacionais foi de 11 euros/m2 ao longo de 2009, com 12 freguesias a igualarem ou a superarem esse valor, avança a Ci - Confidencial Imobiliário. Na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, que apresenta as rendas mais elevadas de Lisboa, os valores chegaram aos 13 euros/m2. Benfica tem o comportamento contrário, com um valor médio de nove euros/m2.

    Em termos de oferta, as estatísticas do Ci/Lardocelar.com indicam para a Área Metropolitana de Lisboa - e referente ao quarto trimestre de 2009 - uma oferta residencial de 236 mil fogos, sendo que 16,5% estão no concelho de Lisboa, seguindo-se a oferta nos concelhos de Cascais e Sintra.

    Os concelhos de Almada e Seixal têm um peso conjunto de 17% no total da oferta habitacional no final do ano passado.
    Lisboa é ainda dominada pelos fogos usados, que representam 75% da oferta no concelho, sendo que a maior bolsa de alojamento em oferta está na freguesia do Lumiar. Oeiras tem igualmente uma predominância de fogos usados.

    O que move os inquilinos

    Forte contracção na concessão de crédito;
    Custos da renda idêntica ou inferior ao custo do crédito;
    Ausência de outras despesas no arrendamento, caso de seguros ou custos
    de condomínio e obras;
    Facilidade na mobilidade, pois o contrato de arrendamento poderá ser rescindido de forma
    relativamente simples;
    Maior facilidade na adaptação do espaço em caso de aumento dos membros da família, pois será mais fácil trocar de casa arrendada, do que numa situação de propriedade;
    Manutenção de liquidez com uma casa arrendada, face à necessidade de entrada numa aquisição;
    Impacto fiscal que permite levar o custo da renda no abate à matéria colectável em sede de IRS;
    Menor complexidade em caso de necessidade de divisão de bens em face de um divórcio;
    Risco relativamente controlado num eventual aumento de renda, findo o prazo do contrato, dadas as ofertas crescentes no mercado
  2.  # 2

    O arrendamento é predominante em quase todos os paises europeus. Eu trabalhei na Alemanha e lá ninguem compra casa, mais os alemães dizem que os portugueses é que são ricos porque as compram.
    •  
      FD
    • 9 julho 2010

     # 3

    Só não se arrenda mais por uma razão: dificuldade nos despejos.
    Se os despejos fossem simples e rápidos -> mais imóveis para arrendar -> mais concorrência -> preços das rendas baixavam -> hipótese de comprar ficaria menos atractiva.

    De qualquer forma, eu digo: é preferível arrendar bem e mais barato do que arrendar mais caro e arrendar mal.
    Os incumpridores natos não estão à procura de casas baratas, estão à procura de casas.
    Se se arrendar uma casa mais barata do que a concorrência, há uma probabilidade muito maior de conseguir mais pretendentes. Com mais pretendentes, há mais capacidade de escolha e selecção.
    Havendo mais escolha, é possível seleccionar os que apresentam menos risco. Se há menos risco, há menos probabilidades de incumprimento.

    O que se faz por cá é o oposto. Arrenda-se caro para pagar o empréstimo e para cobrir eventuais problemas.
    Dessa forma, estão a convidar aqueles que mais risco apresentam, porque são aqueles que não conseguem comprar ou que não pretendem pagar. Da mesma forma, como a renda é mais elevada, a probabilidade de deixarem de pagar se tiverem algum problema é proporcionalmente maior.
    Imagine-se uma pessoa que arrenda uma casa por 500€ e ganha 1000€ todos os meses. Se ficar desempregada, ficará a receber subsídio de desemprego. Ora, 65% de 1000€ são 650€.
    Entre uma renda de 500€ e uma de 400€ qual é que acham que vai deixar de pagar mais depressa?
  3.  # 4

    Pois, o problema é que cá compra-se uma casa com o valor de de um arrendamento!!
    então passa a valer a pena, sempre é um bem que valerá dinheiro no futuro.



    Lá fora é diferente , pois a diferença de preço da Compra/Arrendamento é maior, tambem lá fora se usa preferenciamente taxa fixa nos emprestimos, o que é normalmente mais caro!
  4.  # 5

    Concordo, os arrendamentos em Portugal são demasiado caros. Dou o meu exemplo, pago 475 euros de renda por um t1 em oeiras de 1974 com uns 45 m2 e foi o unico com as a minimas condiçoes que arranjei abaixo de 500 euros. Claro se se o comprasse, supondo um valor comercial de 100 000 euros a uns 30 anos, pagaria mt menos de prestação do que de renda, o que é uma absurdo. Graças a isso milhares de familias foram empurradas para o endividamento.....e corda na garganta quando a euribor começar a subir, já para não falar no desemprego que agrava o orçamento familiar.
    O arrendar permite ainda a mobilidade,caso se troque de trabalho. Mas como infelizmente tb so ha mercado de trabalho em lx, a pessoa a desempregar-se arranjará trabalho tb na área de Lisboa.
  5.  # 6

    Perfeitamente de acordo que o que é preciso é tornar os procedimentos mais rápidos e eficazes.

    Na Bélgica, o normal é abrir uma conta conjunta e bloqueada em que o inquilino deposita o máximo 3 meses de renda que no fim do contrato revertem para ele se tudo estiver em ordem. Isso à partida diminui fortemente a probabilidade de golpadas, porque facilmente também o juiz de paz atribui o dinheiro ao senhorio se houver incumprimento por parte do inquilino.

    Eu acho que realmente era bom para o país se as pessoas começassem a arrendar mais em vez de comprar, sobretudo em princípio de vida. A mobilidade e a possibilidade de escolher um sítio mais barato para viver ajudaria bastante muita gente, penso eu.
  6.  # 7

    Eu aqui paguei quando entrei três meses como disse....o próprio mês, o seguinte (que é pago sempre até dia 8) e um de fiança que será devolvido quando sair (serve para cobrir casos de estragos anormais no imóvel), mas sei que nem todos os senhorios o fazem. O senhorio foi rigoroso mas também tem sido impecável.
  7.  # 8

    Colocado por: system32Pois, o problema é que cá compra-se uma casa com o valor de de um arrendamento!!
    então passa a valer a pena, sempre é um bem que valerá dinheiro no futuro.



    Lá fora é diferente , pois a diferença de preço da Compra/Arrendamento é maior, tambem lá fora se usa preferenciamente taxa fixa nos emprestimos, o que é normalmente mais caro!


    Não tenho a certeza de que isso seja bem assim. Geralmente as pessoas não fazem bem as contas aos custos da propriedade da habitação. De um modo geral penso que hoje em dia é mais barato alugar, na maior parte dos países. Mas claro, até agora, a longo prazo havia uma valorização constante, que não é de todo certa nas próximas décadas.
  8.  # 9

    Comprar na minha opinião só compensa se tiver para entrada 50% do valor comercial do imóvel, tendo em conta que hoje os imóveis dificilmente valorizam...
  9.  # 10

    Na Bélgica, o normal é abrir uma conta conjunta e bloqueada em que o inquilino deposita o máximo 3 meses de renda que no fim do contrato revertem para ele se tudo estiver em ordem. Isso à partida diminui fortemente a probabilidade de golpadas, porque facilmente também o juiz de paz atribui o dinheiro ao senhorio se houver incumprimento por parte do inquilino.


    Isso funciona, se garantir que em caso de incumprimento tira de lá o inquilino num prazo razoável. Em Portugal, 3 meses é o atraso mínimo para poder comunicar a intenção de despejo - e o prazo de conclusão do processo é incerto.
  10.  # 11

    Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga.
    Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!

    Colocado por: lobito
    Colocado por: system32Pois, o problema é que cá compra-se uma casa com o valor de de um arrendamento!!
    então passa a valer a pena, sempre é um bem que valerá dinheiro no futuro.



    Lá fora é diferente , pois a diferença de preço da Compra/Arrendamento é maior, tambem lá fora se usa preferenciamente taxa fixa nos emprestimos, o que é normalmente mais caro!


    Não tenho a certeza de que isso seja bem assim. Geralmente as pessoas não fazem bem as contas aos custos da propriedade da habitação. De um modo geral penso que hoje em dia é mais barato alugar, na maior parte dos países. Mas claro, até agora, a longo prazo havia uma valorização constante, que não é de todo certa nas próximas décadas.
  11.  # 12

    Eu na minha opnião não defendo o pagamento de renda para toda a vida, apenas nos primeiros anos. No entanto vi colegas a pedir 100% do que precisavam paga pagar o imóvel. Defendo que enquanto não precisar de muito espaço, fico num imóvel arrendado barato que sirva apenas as necessidades. Nesse periodo juntar o máximo que se puder (claro que abdicando dum bom carro, jantaradas, etc). No meu caso agora que acho q tenho para comprar um terreno ando a ver e quero pagar a pronto, deve rondar os 75 000 euros. E olhe passados mais uns 3 ou 4 anos fazer a moradia,pedido claro também uma boa parte. A diferença reside que já paguei 75 000 euros por um terreno e durante 4 anos juntei mais uns 40 000 euros. Peço 140 000 mas fico com um imóvel que vale mais de 275 000 euros (falo duma moradia na zona de cascais). Concluindo apenas pedi 51% ao banco....e em vez dum apartamento, tenho uma moradia.
  12.  # 13

    Pena que o comum dos portugueses não consiga fazer esse tipo de contas...
  13.  # 14

    rjmsilva eu volta e meia também sou tentado a desgraçar-me,lol. Para quê andar a poupar dinheiro se posso morrer amanhã? que se lixe compro um apartamento (embora não goste de apartamentos). Mas depois penso, um t3 também custa 200 000 euros.... ah e tal a moradia é um sonho de puto. Se aos 40 anos se realizar ainda tenho tempo de andar 25 ou 30 anos a goza-la, mas é como tudo são opções de vida como qualquer outra.
  14.  # 15

    Colocado por: system32Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga. Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!


    Quanto pagou de despesas de propriedade, entretanto?
    Quanto vale poder arrendar um T1 e mudar facilmente para um T2 ou T3 quando as necessidades o ditarem? Quanto perde por centrar a sua actividade profissional num curto raio, por estar amarrado à sua casa? Ou ao contrário, quanto lhe custa fazer 100 km/dia para ir trabalhar ?
  15.  # 16

    Simplificando

    só temos ainda 30 e tal anos de "informação" e como tal foi tudo assim como que muito rápido, e pelo meio a maioria foi manipulada e foi tudo dar dinheiro aos bancos e ao cimento, perdeu-se a mobilidade, a fluidez das relações socio/economicas, enfim, ainda me lembro quando há uns anos defendia o aluguer, toda a gente me chamava toto.
    visto de certa forma o aluguer promove uma data de pequenos investidores e esses mobilizam o dinheiro no dia a dia, já a compra promove as grandes instituições financeiras e seus condicionalismos apertados para a movimentação do capital.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
  16.  # 17

    Para já não paguei um tostão!! ( nos 10º 10 anos não se paga nada)
    Depois irei pagar, mas nada se sequer aproxime do valor final da casa!!

    Claro que a mobilidade fica prejudicada, mas em portugal, em que infelizmente é composto por lisboa e paisagem, não é grave!

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: system32Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga. Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!


    Quanto pagou de despesas de propriedade, entretanto?
    Quanto vale poder arrendar um T1 e mudar facilmente para um T2 ou T3 quando as necessidades o ditarem? Quanto perde por centrar a sua actividade profissional num curto raio, por estar amarrado à sua casa? Ou ao contrário, quanto lhe custa fazer 100 km/dia para ir trabalhar ?
  17.  # 18

    Colocado por: system32Para já não paguei um tostão!! ( nos 10º 10 anos não se paga nada)
    Depois irei pagar, mas nada se sequer aproxime do valor final da casa!!

    Claro que a mobilidade fica prejudicada, mas em portugal, em que infelizmente é composto por lisboa e paisagem, não é grave!

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: system32Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga. Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!


    Quanto pagou de despesas de propriedade, entretanto?
    Quanto vale poder arrendar um T1 e mudar facilmente para um T2 ou T3 quando as necessidades o ditarem? Quanto perde por centrar a sua actividade profissional num curto raio, por estar amarrado à sua casa? Ou ao contrário, quanto lhe custa fazer 100 km/dia para ir trabalhar ?


    Mas ao fim de 10 anos pagou condominio ou nao? ao fim de 10 anos o prédio precisa de um pintura pelo menos, provavelmente houve gastos com manutençoes que não estavam previsto,etc. Alem disso os endividados estão um pouco por todo o país. Eu nasci, vivi e trabalhei no norte. Trabalho há 1 ano em Lisboa e uma coisa também posso dizer que ajuda a explicar a crise, nunca vi tanto consumismo junto como vi desde que vim para Lisboa....
  18.  # 19

    Colocado por: system32Para já não paguei um tostão!! ( nos 10º 10 anos não se paga nada)
    Depois irei pagar, mas nada se sequer aproxime do valor final da casa!!

    Claro que a mobilidade fica prejudicada, mas em portugal, em que infelizmente é composto por lisboa e paisagem, não é grave!

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: system32Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga. Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!


    Quanto pagou de despesas de propriedade, entretanto?
    Quanto vale poder arrendar um T1 e mudar facilmente para um T2 ou T3 quando as necessidades o ditarem? Quanto perde por centrar a sua actividade profissional num curto raio, por estar amarrado à sua casa? Ou ao contrário, quanto lhe custa fazer 100 km/dia para ir trabalhar ?


    Entao isso não tem condomínio? Não tem custos de manutenção? Seguros?

    Repare, eu como sou péssima a fazer contas também preferi fazer assim, mas simplesmente porque a prestação do banco funcionou como uma poupança forçada. Mas é uma coisa psicológica, não tem a ver com números puros e duros.

    E não, Lisboa é muitíííssimo mais caro do que a paisagem, e não é nada certo que muita gente que está agarrada a Lisboa (ou ao Porto) não ganhasse melhor a vida na paisagem.
  19.  # 20

    Condominio não há: é uma vivenda.
    Pintura ao fim de 10 anos, deus me livre que uma pintura só dure 10 anos!

    E eu sei que existem endividados por todo o pais, mas ao contrario do resto do mundo civilizado, nimguem muda de emprego entre cidades por exemplo de Lisboa para Bragança, por exemplo. O contrario sim.
    Quem comprar em lisboa dificilmente tem de mudar de casa pelo emprego! (provavelmente no Porto tambem)

    Mas continuo a dizer que o arrendamento é escandalosamente caro! Ou escandalosamente barato no caso dos arrendamentos muito antigos. Ai sim vale a pena!!


    Colocado por: jorgferr
    Colocado por: system32Para já não paguei um tostão!! ( nos 10º 10 anos não se paga nada)
    Depois irei pagar, mas nada se sequer aproxime do valor final da casa!!

    Claro que a mobilidade fica prejudicada, mas em portugal, em que infelizmente é composto por lisboa e paisagem, não é grave!

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: system32Repare que não se trata de uma valorização , mas sim de um patrimonio que vai crescendo à medida que a divida é paga. Assim ao fim de 20 anos de arendamente você tem...nada
    Ao fim de 20 anos de prestaçõoes, voce tem... mais de metade do valor da casa. Mesmo que até desvalorize, vale bastante dinheiro!!


    Quanto pagou de despesas de propriedade, entretanto?
    Quanto vale poder arrendar um T1 e mudar facilmente para um T2 ou T3 quando as necessidades o ditarem? Quanto perde por centrar a sua actividade profissional num curto raio, por estar amarrado à sua casa? Ou ao contrário, quanto lhe custa fazer 100 km/dia para ir trabalhar ?


    Mas ao fim de 10 anos pagou condominio ou nao? ao fim de 10 anos o prédio precisa de um pintura pelo menos, provavelmente houve gastos com manutençoes que não estavam previsto,etc. Alem disso os endividados estão um pouco por todo o país. Eu nasci, vivi e trabalhei no norte. Trabalho há 1 ano em Lisboa e uma coisa também posso dizer que ajuda a explicar a crise, nunca vi tanto consumismo junto como vi desde que vim para Lisboa....
 
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