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  1.  # 1

    Boa tarde, já aqui contei o que me aconteceu, na condição de fiador de uns familiares, na compra de um apartamento.
    Ao fim de 10 anos desconfiei que esses familiares não estavam a pagar as prestações, dirigi-me ao banco e lá fui informado que eu e a minha esposa não éramos fiadores, isto aconteceu em duas agências do banco Montepio
    Só depois de eu exibir as cópias da escritura de compra e venda do imóvel e que aceitaram falar comigo na condição de fiador, dizendo de imediato que, iriam resolver o meu problema, mas que na verdade não imaginavam que essas pessoas tivessem fiador, pois por falha do banco não fomos introduzidos no sistema informático do banco.
    Mas, a partir desse momento a gerente do balcão disse-me que eu passaria a ter de pagar, e na verdade já havia um atraso nos pagamentos de 14 meses.
    A partir daqui vivi os momentos mais difíceis da minha vida, eu e a minha esposa e filha, pois era-me completamente impossível pagar a prestação daquela casa mais ainda que vim a saber que a casa já estava penhorada pela DGCI finanças e seria ser vendida pelas finanças dois meses depois de eu ter conhecimento deste assunto.

    Pedi ajuda a um advogado que me aconselhou a comprar a casa, foi o que fiz, foi-me sempre dito que se comprasse a casa, o meu nome nunca constaria no banco de Portugal. A verdade é que se tivesse que constar já lá teria de estar, já existia um atraso era de 14 prestações.
    A minha filha comprou a casa, vendemos algum tempo depois, mas perdi dinheiro com este "Negócio" mas o pior ainda foi o meu nome passar a constar no banco de Portugal, fui enganado num período em que estava emocionalmente muito afectado, fui completamente enganado pelo banco Montepio
    Ao colocar o meu nome no banco de Portugal, deveria ter feito a quando dos atrasos e nunca depois de aparecer eu a dispor-me para resolver o problema do banco e dos meu familiares.
    Agora que tudo está resolvido com o banco divida saldada, paguei 12000 euros nas finanças para levantarem a penhora. Nunca tive conta no Montepio, nunca recebi qualquer carta a avisar de que tinha a pagar fosse o que fosse, até ao dia de hoje nem uma só carta.

    A pergunta que coloco aqui, a ver se me podem ajudar é a seguinte
    Será que existe algum advogado que pegue neste caso e leve para tribunal e receba á percentagem?
    Obrigado
    Egas Moniz
  2.  # 2

    1) Nao foi enganado pelo Banco. Foi enganado pelos familiares que o "convenceram" a ser fiador e depois deixaram de pagar sem sequer ter a decência de o avisar;
    2) Foi também levado a fazer tudo isto por ingenuidade pois não soube verdadeiramente o significado da fiança;
    3) O advogado deu o conselho mais sábio e efectivamente se tudo ficasse saldado o nome não contaria ou passaria a sair do Banco de Portugal;
    4) Não vejo qual a sua reclamação contra o Banco nem como poderia vir a ganhar isto em Tribunal, talvez aqui mais uma vez acorde o Banco para uma situação que está adormecida. Se o seu nome consta da listagem do Banco de Portugal, por causa desse "negócio" certamente será porque existem ainda quantias a liquidar ao Banco e como tal eu no seu lugar informar-me-ia junto do Banco de Portugal e depois junto do Banco, mas não colocaria o Banco em Tribunal sob pena de lhe correr mal para si se estiver ainda em dívda para com eles por alguma razão;
    5) Qualquer advogado que aceitasse patrociná-lo cobrando uma "percentagem" do final, fá-lo-ia em violação das mais elementares normas deontológicas por isso acho pouco provável. Mas se não pode pagar advogado, vá á segurança social que eles atribuem um que será pago pelo estado (i.e. por todos nós).

    Boa sorte e lembre-se disto para não se meter noutra deste género...
  3.  # 3

    Princesa

    não conheço os pormenores deste caso mas parece-me um tanto ou quanto superficial e ligeira a sua apreciação e valorização do mesmo em face do que o egas transmitiu.
  4.  # 4

    Colocado por: egas monizAgora que tudo está resolvido com o banco divida saldada, paguei 12000 euros nas finanças para levantarem a penhora.


    Não estará a confundir as coisas ? Finanças e banco são entidades diferentes...
    •  
      FD
    • 26 outubro 2010

     # 5

    Mas, o seu problema com o banco é porque colocaram o seu nome na lista de devedores?
    E é só esse o problema?
  5.  # 6

    Marco,

    Independentemente do que é a história de cada um, uma fiança é assumir todo o compromisso do devedor em primeira linha. As pessoas podem "desconhecer" as implicações disto, mas não me parece que se possa processar um banco por isto per se. A não ser que o Banco tenha cobrado mais do que era devido por exemplo ou qualquer coisa do género é que se poderia processar o Banco. Tudo o resto é legitimo e o Banco é que o pode processar se existir montante em dívida.

    Isto independenmenete de juizos de valor, que isso não é do que se trata aqui.
  6.  # 7

    Se o problema for a colocação do nome no Banco de Portugal, antes de ir ao Tribunal vá ao Banco, com advogado e prove que está tudo liquidado e exija que retirem o nome (antes disso retire o descritivo no Banco de Portugal, para saber do que se trata)... Eles normalmente resolvem isso em 2 semanas.
  7.  # 8

    cara princesa

    pelo que percebi o egas não se escusou em tempo algum ás suas obrigações, pelo que percebi está é revoltado por tudo ter sido feito á revelia ( segundo parece) pela parte do banco. Que eu saiba os fiadores são para serem notificados quando se justifica e não para "aparecerem" condenados sem o saberem.
    •  
      FD
    • 26 outubro 2010

     # 9

    Colocado por: Princesa_Tudo o resto é legitimo e o Banco é que o pode processar se existir montante em dívida.

    Não esquecer que nas escrituras de hipoteca/mútuo são inscritos dois valores: o da avaliação/compra do imóvel e o total que o banco pode cobrar pelo incumprimento, que são juros absurdos ao ano mais uma penalização para despesas extrajudiciais (e tretas).
    Essas despesas e juros podem facilmente representar 1/3 do valor emprestado... se o banco lhe "perdoou" (esqueceu-se, como quem diz) a dívida, veja lá se esta sua intenção não o vai acordar, como diz a Princesa_.
    Porque é que acha que alguns deles vão protelando a execução da hipoteca...?
  8.  # 10

    Marco, e ele iria processar o banco com base em quê? Não ter sido avisado? E pedia indemnização pelo quê? Pelo juro que entretanto teve que pagar a mais???? (o tal que até foi parcialmente perdoado)?

    Sob o ponto de vista jurídico a causa não tem na minha opinião "pernas para andar"... Por mais "sacana" que o Banco possa ter sido na sua opinião...

    Confesso que quando vejo as histórias acabarem assim até acho que não acabaram mal, já vi BEM pior com fianças...
  9.  # 11

    tsstss

    pode não ter pernas para andar pois poderá ser um david contra golias, mas sinceramente imagine que o egas até queria pagar os tais juros e tudo o que fosse devido, mas não terá razão para (por sem saber lhe ter aparecido uma divida e inclusivel "penhorada" e com o nome no banco de Portugal) ter direito a reclamar???
    imagine que no entretanto ele poderia ter precisado de um emprestimo empresarial e se veria impedido por esta situação de o resolver ?? e os danos morais? etc etc ,....
  10.  # 12

    Não tem razão Marco... Não é por isso que perdia em Tribunal! Se ele era fiador estava sujeito a isto acontecer e normalmente até se pede ao solicitador para penhorar tudo sem avisar, para os devedores não terem possibilidade de dissipar património.

    Veja isto sob o ponto de vista jurídico, ele responde em vez do devedor, mal este incumpra o mútuo. Logo era devedor há mais de 14 meses... E até suspeitou que os devedores não estivessem a pagar, tanto foi assim que se deslocou ao banco para verificar...

    Para ganhar em Tribunal teria que provar: Ilicito, dano e neco de causalidade entre um e outro. E eu não vejo como o poderia fazer. Muito pelo contrário...
  11.  # 13

    Marco, repare que o nome do fiador aparece no Banco de Portugal ao mesmo tempo que o do devedor, é isso que é ser Fiador. Que as pessoas~não saibam disto quando aceitam ser fiadores é que eu acho preocupante!

    Acredita que eu não consegui pedir aos meus pais nunca para serem meus fiadores????? E acha que considero que vou deixar de pagar? Não é isso. É que ser fiador é muito pior que ser devedor e não acho justo que alguém caia por causa de mim...
  12.  # 14

    isso parece a eterna conversa de advogado, desculpe-me a ofensa

    está a querer dizer que um fiador em caso de incumprimento por parte dos "fiados" nunca é notificado???
    Então é fiador para quê?
    acredito que na fase de penhora isso se passe mas neste caso penso que o banco antes de partir para a penhora devia ter acionado o fiador e não ter penhorado o bem imovel e posto o seu nome no banco de Portugal.
    olhe até lhe contava um caso menos grave mas igualmente de abuso e prepotência em que uma grande empresa e seu escritório de advogacia, conhecendo a verdadeira morada de uma pessoa e inclusive tendo até outros contratos com a mesma pessoa (actualizados) preferiu julgar e condenar á revelia essa pessoa por outra questão em que a sua identidade uns anos antes, havia sido utilizada de forma fraudolenta sem o seu conhecimento. E lá está o advogado apenas disse que era pagar e esquecer pois até não era muita a divida.
  13.  # 15

    Está enganado. Normalmente há notificação antes da penhora. Não sei como e porque parte do principio que aqui não ocorreu (os advogados é verdade, bem tentam que não haja, para os fiadores não fugirem para o Brasil u venderem tudo o que têm, ou passarem os bens para o nome de outros lol).

    A questão é: Os devedores incumpriram e nesse preciso momento o nome do fiador consta da lista de devedores do Banco de Portugal. É assim que se passa e quanto a isto não há volta a dar. Por isso vos digo que ser fiador é pior que ser devedor, porque o devedor sabe quando deixa de pagar!

    E é por isso que é MUITO perigoso ser fiador. Se continuam a achar que o Banco serve para passar a mão na cabeça das pessoas, estão enganados. Eles usam todos os instrumentos ao dispor para fazerem cumprir um contrato, e se isso passar por notificar para morada antiga ou não comunicar incumprimento e penhorar antes de tudo, fazem-no. Como eu faria no caso deles...

    E sim, é conversa de advogado... sem ualquer ofensa. É que eu não vejo aqui razão para indemnização (juridicamente falando). Que seja condenável sob o ponto de vista moral é toda uma outra história.
  14.  # 16

    E Marco repare: O banco perdoa parte da dívida, nem sequer ao que parece executou bens do Egas mas tão só o imóvel hipotecado (podia ter até apreendido os seus bens, penhorado a sua casa e o seu rendimento, o seu carro, tudo) ainda possibilitou a resolução " a bem" e é prepotente?

    Bom, então os outros Bancos são abutres lol porque eles não estão com piedades muitas vezes e não perdoam nem um cêntimo e se tiverem que meter a pessoa que nem sonhava com o incumprimento na rua sem casa, metem...

    Está a ver isto sem objectividade... É assim que funciona o instituto da fiança e é bom que as pessoas se apercebam da rande responsabilidade que é ser fiador (não é só fazer ali uns rabiscos no dia da escritura e ir com os familiares beber um copo a seguir, infelizmente).
  15.  # 17

    está a querer dizer que um fiador em caso de incumprimento por parte dos "fiados" nunca é notificado???
    Então é fiador para quê?

    Para pagar, caso o devedor falhe.

    acredito que na fase de penhora isso se passe mas neste caso penso que o banco antes de partir para a penhora devia ter acionado o fiador e não ter penhorado o bem imovel e posto o seu nome no banco de Portugal.

    Se o fizesse corria o risco de o fiador dissipar o património para frustrar a cobrança.
  16.  # 18

    sabe, eu até acho que já existem muitas objectividades.
    não concordo com o que disse e pergunto-lhe novamente: em caso de incumprimento o fiador é responsável e deve ser primeiro acionado, ou "passa-se" logo para execução á revelia?? o que diz a lei?? quais são as obrigações do fiador?? devia ser pagar os incumprimentos do devedor e não ser logo condenado á revelia penso eu e será isso que está na base do conceito de fiador, não??
    Essa de não haver dispersão de patrimonio neste caso por exemplo, é treta, pois o banco ficaria sempre possuidor de um imovel.
    Há para mim efectivamente algo errado nisto.
    • JPC
    • 26 outubro 2010

     # 19

    ... o banco ficaria sempre possuidor de um imóvel.
    Há para mim efectivamente algo errado nisto.


    Realmente esta parte também não percebo...

    Porque irá o banco "atrás" dos bens do fiador quando possui um imóvel?
  17.  # 20

    ou melhor ainda, neste caso nem foi atrás dos bens do fiador, ficou logo com a casa e tratou de logo ao mesmo tempo á revelia do fiador, de o transformar em "criminoso", ou seja tudo indica que se limitou a atalhar caminho não acionando de imediato o fiador. ( jogadas)
 
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