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  1.  # 61

    calmaaaaaaaa :) sao opiniões só.
  2.  # 62

    Não, não reconheço. O que eu escrevi, e repito, foi: para quem defende que um cidadão deve abdicar do produto do seu esforço para sustentar parasitas, parece-me hipócrita vir falar de igualdade de direitos ou justiça.
    E sim, há muita gente, neste tópico e noutros, a defender posições de parasitagem.


    Mas quem defende isso?
    Estou algo surpreendido como luisvv. Pese embora o facto de normalmente não estar de acordo com ele, tenho de reconhecer que fazia a defesa das suas ideias de uma forma coerente e racional. De repente tudo mudou. Não sei o motivo - falta de argumentos? – mas aqui descambou por completo. Fala-se de alhos, responde com bugalhos. Admitindo que há por aqui gente a defender posições de parasitagem, que tem isso a ver com a discussão presente? Onde é que vê aqui um caso de parasitismo? Porque desvia o rumo da discussão? Penso que estaremos todos de acordo com a ideia de que há demasiados subsídios para quem não merece, veja-se o rendimento mínimo de inserção, entre outros casos. Porém, ao contrário do que luísvv pensa e diz, nem todos serão casos de parasitismo – a não ser que seja de opinião que, por exemplo, um deficiente profundo não mereça a ajuda de todos nós.
    A ideia que tenho - por muito errada que possa ser é que o luísvv não passa de um deslumbrado com a alta finança e congéneres – da mesma forma que certas pessoas se deslumbram com a vida dos “beutiful people” e do jet 7, acompanhando as várias peripécias pelas revistas e assim cultivando a ilusão de que fazem também parte desse mundo. Tão lesto a criticar qualquer despesa que posa “cheirar” a estado social, é absolutamente incapaz de abrir a boca para se referir aos apoios de várias espécies de que grandes grupos económicos têm beneficiado – isto num país onde a esmagadora maioria do tecido empresarial é constituído por pequenas e médias empresas. Tão lesto criticar (noutra discussão) a possibilidade da dupla tributação – diz ele que afinal certos rendimentos são já taxados nos países de origem – que nem repara que estamos a falar de empresas portuguesas com sede em Portugal. Mas se calhar é uma reacção natural e não é de agora, não foi por acaso nasceu a expressão “mais papista que o papa”. Quanto ao mais, como já foi dito, são apenas diferenças de opinião. Uns, onde me incluo, defendem que a sociedade deve ter preocupações sociais e que ajudar quem precisa é uma obrigação. Outros, como o luísvv, acham que não e quem quiser – ou precisar – que se amanhe . Estão no seu direito e sou o primeiro a reconhecer o seu direito à opinião. Não consigo é evitar de recordar aquilo que a experiência me ensinou: são as pessoas menos predispostas a ajudar as que mais clamam por ajuda - e mais direito a ela julgam ter - quando se sentem aflitos, mas isso são outros contos.

    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: elodia
  3.  # 63

    Estou algo surpreendido como luisvv(..) Fala-se de alhos, responde com bugalhos. Admitindo que há por aqui gente a defender posições de parasitagem, que tem isso a ver com a discussão presente?

    Exactamente o mesmo que tem o liberalismo ou um liberal que ver com a discussão.

    Onde é que vê aqui um caso de parasitismo? Porque desvia o rumo da discussão? Penso que estaremos todos de acordo com a ideia de que há demasiados subsídios para quem não merece, veja-se o rendimento mínimo de inserção, entre outros casos. Porém, ao contrário do que luísvv pensa e diz, nem todos serão casos de parasitismo – a não ser que seja de opinião que, por exemplo, um deficiente profundo não mereça a ajuda de todos nós.

    Parasitismo não é só o subsídio. Aliás, ao contrário do que parece julgar, não me repugna a ideia do RSI. Mas acho curiosa a acepção aqui traduzida, neste e noutros tópicos de que as pessoas e as empresas existem em primeira linha como contribuintes, e que a obrigação de qualquer cidadão ou organização é entregar a outros o produto do seu trabalho.

    A ideia que tenho - por muito errada que possa ser é que o luísvv não passa de um deslumbrado com a alta finança e congéneres – da mesma forma que certas pessoas se deslumbram com a vida dos “beutiful people” e do jet 7, acompanhando as várias peripécias pelas revistas e assim cultivando a ilusão de que fazem também parte desse mundo.

    É uma ideia bastante errada, de facto.

    Tão lesto a criticar qualquer despesa que posa “cheirar” a estado social, é absolutamente incapaz de abrir a boca para se referir aos apoios de várias espécies de que grandes grupos económicos têm beneficiado – isto num país onde a esmagadora maioria do tecido empresarial é constituído por pequenas e médias empresas.

    Está enganado, ou só me lê na diagonal. Sou por princípio contra qualquer "apoio", "incentivo", "estímulo" ou qualquer outra variante da intervenção do Estado nas escolhas das empresas. Da mesma forma, sou também contra a promoção de monopólios, a definição de "sectores estratégicos" e mais uma série de balelas.

    Tão lesto criticar (noutra discussão) a possibilidade da dupla tributação – diz ele que afinal certos rendimentos são já taxados nos países de origem – que nem repara que estamos a falar de empresas portuguesas com sede em Portugal.

    Mais uma vez, está errado ou leu na diagonal. Nessa outra discussão, há 2 questões diferentes relativas à tributação, que eu abordo:
    1) A tributação das SGPS - que são meros veículos de gestão de participações, não exercem qualquer outra actividade e cuja figura legal foi criada apenas para "organizar" grupos económicos. Como já disse e reafirmo, não faz qualquer sentido reclamar a sua tributação, na medida em que são meros receptáculos de rendimentos já tributados na origem (leia-se nas "empresas-filhas"....). A sua tributação teria como resultado provável a dissolução das SGPS ou a simples mudança da sua sede.

    2) A tributação em Portugal de rendimentos obtidos por empresas como os bancos e a PT. Mais uma vez: parte dos lucros das empresas em causa é obtida no estrangeiro, estando obviamente sujeita a tributação vigente nos países de origem.
    Por incrível que possa parecer, o facto de uma empresa de origem portuguesa ser detentora de uma empresa noutro país (como a PT, na Holanda, no Brasil e em Cabo Verde, por exemplo, a Jerónimo Martins na Polónia, os bancos numa série de outros países) não a isenta de pagar impostos nesses países. E naturalmente, quando se fala dos lucros, fala-se de lucros líquidos, ou seja, depois de pagos os impostos devidos nos países onde os rendimentos foram obtidos. Tributar de novo esses rendimentos em Portugal seria, para além de uma violação de acordos internacionais, uma forma de expulsar capitais.

    Espero que tenha ficado clara, desta vez, a posição que exprimi.

    Quanto ao mais, como já foi dito, são apenas diferenças de opinião. Uns, onde me incluo, defendem que a sociedade deve ter preocupações sociais e que ajudar quem precisa é uma obrigação.Outros, como o luísvv, acham que não e quem quiser – ou precisar – que se amanhe.

    De novo, não é exacto. Já lhe disse várias vezes que solidariedade à força não é solidariedade - e que ser solidário utilizando o dinheiro e o esforço dos outros é fácil. Ajudar quem precisa? Quem se nega ?

    Não consigo é evitar de recordar aquilo que a experiência me ensinou: são as pessoas menos predispostas a ajudar as que mais clamam por ajuda - e mais direito a ela julgam ter - quando se sentem aflitos, mas isso são outros contos.


    Pois a experiência mostra-me que quem mais reclama ajuda, subsídios, intervenções e de uma forma geral, o rabinho lavado com água de rosas não são os pobres e quem de facto precisa e não pode, mas a classe média, que se acha com direito a que o Estado lhe dê tudo e mais um par de botas - e que se indigna por haver quem "tenha mais".
  4.  # 64

    (Let's have some fun... )

    Muito bem: parece que todos concordamos que o comportamento do empreiteiro é censurável. Não conhecemos todos os pormenores, mas parece ser o suficiente para concluirmos que sim..
    Em todo o caso, seremos capazes de identificar o que nos leva a concluir assim ? Dito de outra forma: porque é que cada um de nós censura o comportamento do empreiteiro ?
    • Neon
    • 3 março 2011

     # 65

    Gooood Eveeeeniiing INFIDELS

    2 razões motivaram a minha intervenção neste POST


    A 1.ª será o facto de o nosso caro colega Luisvv não querer deixar morrer este post sem
    dar toda a razão ao empreiteiro.

    Face aos meus poderes divinatórios, e querendo poupar trabalho a nós todos e também ao Luisvv (cuja estratégia de actuação se baseia fundametalmente na retórica, na deturpação e no obscurantismo), eis o que se passará.

    Meia duzia de vozes irão manifestar-se sobre o que é obvio e evidente, e o Luisvv irá fazer um novelo com um fio que vai daqui até aos Algarves, volta por além, amarra aqui, e esconde acolá, mais três voltas e meia e já está.
    No final, vai misturar tudo no mesmo saco, e vai procurar levar-nos a concluir que quando vamos fazer compras ao continente (porque é mais barato do que na mercearia da esquina), somos individuos da mesma cepa do pulha que deu a volta ás tripas do J. Cardoso.

    Assim este assunto está resolvido.


    A 2.ª razão foi o facto de o J. Cardoso ter iniciado um outro posto intitulado “Mea Culpa”, onde mostra a sua fibra, onde se expõe de um modo cristalino, e onde de uma forma muito honesta e frontal, assume o seu Doctor Jekyll & Mr. Hyde, que alias são 2 facetas inerentes a qualquer um de nós.
    Como por um lado acho que o outro post se encontra relacionado com este. E por outro acho que não tenho o direito de conspurcar o “Mea Culpa” com o que vou escrever. Resolvi ficar mesmo por aqui.
    Então cá vai.

    Também eu nunca serei “liberal”; E não posso deixar de confessar uma extrema agrura e inveja por não estar na posição que o J. Cardoso tem perante o empreiteiro. Entenda-se faze-lo comer o pão que o diabo amassou.


    Não tenho, nem nunca tive aptidão para alimentar a guerra conservadorismo vs liberalismo. Pois tão pouco me revejo em nenhum dos lados.
    Até seria capaz de nutrir alguma simpatia pelo modo de vida do liberalismo, somente não acredito que ele seja possivel de implementar.


    A ideia que eu tenho de liberalismo, até pode ser que seja descontextualizada ou mesmo incorrecta, mas é a minha ideia. E até alguem me esclarecer e explicar de forma concreta e coerente certos conceitos e a materialização de certas filosofias, não arredo pé de onde estou.
    Vejamos então o que eu penso de um liberal ou do liberalismo ( e ao contrário do que alguem disse aqui (esta é para o resident_evil), liberalismo é também uma corrente politica...é um perfeito disparate dizer o contrário).

    Acho que um liberal é um individuo com uma lacuna que lhe tolda logo à partida todos os sentidos...falta de sentido prático. Ou dito de outra forma, é um defensor de teorias e ideias dogmáticas e abstractas, que na sua mente se misturam e articulam formando uma imaculada espinha dorsal da sociedade.

    Conceitos de sociedade, de livre mercado e liberdade do individuo, caem por terra quando se relacionam com os problemas REAIS e PRÁTICOS.
    Não querendo ser ofensivo, quase que há uma certa ingenuidade ou mesmo infantilidade, ao acreditar que aqueles conceitos abstractos funcionam e motivam a sociedade para a resolução da sua grande maioria de problemas.

    O ser humano é detentor de uma diversidade por excepção, e isto funciona para o bem e para o mal. Automaticamente a sociedade que ele forma e constroi, jamais poderá deixar de ser também ela uma estrutura quase que orgânica, infinitamente mutavel e inconstante.
    O individuo não se consegue formatar e programar para reagir de uma forma determinda perante uma determinada situação. Aliás, a mesma sociedade ou o individuo, em momentos diferentes reagem de forma diferente perante a mesma situação.

    A bem da verdade nem consigo perceber se o liberal tem o mesmo conceito de sociedade do que eu.
    Julgo que será algo, assim como se todos estivessemos no mesmo patamar de igualdade e oportunidade. Posteriormente a tal “sociedade” não seria mais do que um aproximar ou afastar de pessoas, negócios e contactos com o objectivo mutuo e unico de satisfazer as vontades, os interesses e necessidades exclusivas dos envolvidos.
    Nesta sociedade sobressairiam os mais trabalhadores, os mais produtivos, e os mais capazes.
    Nesta sociedade não existiriam conflitos, porque...lembremo-nos que miraculosamente haveria tolerância, e cada individuo teria a capacidade e o descernimento de não deixar que a sua liberdade (entenda-se necessidade) ofuscasse a dos outros.
    Seria tudo maravilhoso, tudo caracteriticas perfeitamente coadunaveis com a natureza humana.
    E na pior e mais que remota das hipóteses, na eventualidade de haver algum problemazito menor, então ai já se reconsidera a existência de um “estado”.



    Outro factor interessantissimo, pelo que sou levado a crer, para um liberal o ser individual esta acima de tudo, desde que não viole os direitos dos outros.
    Esta liberdade individual que é prezada a todo o custo, é obviamente uma falsa questão, pois trata-se e uma liberdade desligada, e diconexa.
    Como tenho dito só mesmo nas sebentas é que ela é praticavel.
    Alguem me explica como é que apenas duas liberdades individuais e egoistas se moldam uma à outra, sempre a todo tempo e de forma eficaz, e sem atritos?
    Nem 2, quanto mais milhões dessas liberdades!!! Por favor!.
    Seria como se fossem 10 liberais num avião, e por infelicidade rebenta um motor. 2 querem ir para lisboa, 1 quer ir para Faro, 3 querem ir para Madrid, 3 querem ir para o Porto e 1 tanto se lhe dá. Por muito que custe a alguns, a sua liberdade de querer ir para... será horrivelmente esventrada e o avião será encaminhado para onde decidir ir...
    - quem tem a decisão,
    - quem tem a maioria,
    - ou mais musculos,
    - ou mais patente,
    -etc, etc.


    Não questiono o funcionamento da lei da oferta e da procura, porque ele é efectivamente inquestionavel (o que não me impede de acordo com os meus padrões, de o designar bastaz vezes como obsceno). Mas outro disparate é beatificação livre mercado e da sua irmã lei da oferta/procura....como se não existissem outro tipo de engrenagens ou variaveis a criar influências positivas e negativas.
    Se não fossem regradas certas coisas(mais uma vez por intervenção estatal, ou divina, ou o que lhe quiserem chamar), a ver se haveria mercado, ou pelo menos a ver se não ficaria bem amolgada a perfeita engrenagem do livre mercado.

    Como se o dono da Vacaria, respeitasse os donos do batatal, e não lhes inutilizasse toda a produção com uma descarga de fertilizante natural.
    Háaa já me esquecia, isto jamais se passaria numa polida e bonita sociedade liberal.

    Como se a livre concorrência não levasse ao infortunio de uns e á miseria de outros. Aliás o que deu aso a este post é um bom exemplo disso.
    Se não fosse estipulado um salário minimo, por alguem (estado, deus ou diabo), o fulano que foi trabalhar por 450 euros, amanha seria substituido por outro que faria por 300. E no final haveria um qualquer que aceitaria uma sopa e uma codea de pão.


    Será assim tão credivel que um individuo se consegue abster da sua vaidade, do seu sentimento de avareza, da sede de poder, do seu egoismo. Se auto programa e coloca a liberdade do parceiro do lado á frente da sua?
    Colocaria eu o meu bem estar ou o bem estar da minha familia em risco, só para não ofender terceiros?
    Estaria eu disposto a extiguir-me, só para não criar a trito com terceiros?
    Jamais
    Como tal, e pelas piores razões, reitero que jamais serei um “liberal”.

    Quando digo piores razões, não pretendo conotar o liberalismo a algo negativo. Na realidade até tenho uma simpatia pelo liberalismo. Será algo assim, tipo um laivo de inocência inconsciente e imponderada.

    Quando o Luisvv intercede, todos o vemos como um fulano de coração impedernido, um fulano egoista e que só vê €€€€. No fundo ...apesar de gostar de vir aqui esgrimir com ele, não creio que ele seja assim.
    E agora bem a sério e em abono da verdade, se nos esforçarmos para entender um bocadinho as teorias do liberalismo, acabamos por descobrir que ela não são más (diabólicas); Ou melhor, não são de todo feias. O problema é que elas são impraticáveis.
    O facto de elas serem impraticaveis tem por base, apenas e só a nossa natureza humana.

    Em resumo, o empreiteiro não foi liberal ( e atenção que o J. Colocou liberal entre “...”) o empreiteiro foi... e aqui...muito bem classificado pelo Cardoso, cobarde e insensivel.
    Eu acrescentaria crápula
    ...
    WTF? Eu concordo com o J. mas concordo mais com o Cardoso

    Abraço aos 2
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso
  5.  # 66

    Isto está a ficar muito lírico. Já hoje aconselhei o J Cardoso a escrever um livro, mas o melhor é o Neon juntar-se ao J cardoso e escreverem o livro a meias.
    • Neon
    • 4 março 2011

     # 67

    Teria todo o gosto, mas acho que não estaria a altura.

    Como tal restaria partilhar uma garrafita de Luis Pato ou Barca Velha...ele a pagar, obviamente :)
  6.  # 68

    j: desta não saímos com facilidade, pelo menos airosamente e sem aliviar uma pipa de euros

    cardoso: Achas que não? Então responde o seguinte

    Estimado Neon

    Foi com enorme entusiasmo que acolhi a sua ideia e de imediato dei comigo a pensar na melhor forma de a concretizarmos. Foi então que percebi que tal não iria ser possível. Não por qualquer mesquinho motivo como o preço dessas garrafas, por muito elevado que seja não valem a sua companhia. O motivo é outro, enorme e inultrapassável: o Neon, se não me falha a memória, é técnico numa autarquia. Sendo eu autor de projectos, o nosso convívio a expensas minhas iria lançar sob o Neon suspeitas, tão infundadas quanto vis, de relações promíscuas. Assim, e na defesa do seu bom nome, venho com tristeza anunciar que tal não será possível. Não desanime porém: não me esquecerei de abrir uma garrafa dessas que beberei, sozinho, em sua honra e para meu prazer.


    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Neon
    • Neon
    • 4 março 2011

     # 69

    Pensando bem acho que o J. se deveria livrar desse tal Cardoso de uma vez por todas

    :)
  7.  # 70

    Muito bom! Já não sei quem prefiro... O Cardoso ataca-me é certo, mas aqui até tem a sua razão! O J certinho certinho que até mete impressão!! Vá lá beber a garrafa em companhia homem! :D
  8.  # 71

    2 razões motivaram a minha intervenção neste POST
    A 1.ª será o facto de o nosso caro colega Luisvv não querer deixar morrer este post sem
    dar toda a razão ao empreiteiro.

    Pelos vistos, não leu o que escrevi.

    Face aos meus poderes divinatórios, e querendo poupar trabalho a nós todos e também ao Luisvv (cuja estratégia de actuação se baseia fundametalmente na retórica, na deturpação e no obscurantismo),

    Suponho que tudo isso em oposição à argumentação clarividente, iluminada de todos os que se dizem "humanistas".

    Meia duzia de vozes irão manifestar-se sobre o que é obvio e evidente, e o Luisvv irá fazer um novelo com um fio que vai daqui até aos Algarves, volta por além, amarra aqui, e esconde acolá, mais três voltas e meia e já está.
    No final, vai misturar tudo no mesmo saco, e vai procurar levar-nos a concluir que quando vamos fazer compras ao continente (porque é mais barato do que na mercearia da esquina), somos individuos da mesma cepa do pulha que deu a volta ás tripas do J. Cardoso.


    Escusa de tentar dar-me manteiga ;-) .
    Por acaso, continuei o tópico porque me parece que neste caso muita gente está certa pelas razões erradas, por assim dizer....

    Não tenho, nem nunca tive aptidão para alimentar a guerra conservadorismo vs liberalismo. Pois tão pouco me revejo em nenhum dos lados. Até seria capaz de nutrir alguma simpatia pelo modo de vida do liberalismo, somente não acredito que ele seja possivel de implementar.
    • eu
    • 4 março 2011

     # 72

    Colocado por: NeonAcho que um liberal é um individuo com uma lacuna que lhe tolda logo à partida todos os sentidos...falta de sentido prático. Ou dito de outra forma, é um defensor de teorias e ideias dogmáticas e abstractas, que na sua mente se misturam e articulam formando uma imaculada espinha dorsal da sociedade.

    Conceitos de sociedade, de livre mercado e liberdade do individuo, caem por terra quando se relacionam com os problemas REAIS e PRÁTICOS.
    Não querendo ser ofensivo, quase que há uma certa ingenuidade ou mesmo infantilidade, ao acreditar que aqueles conceitos abstractos funcionam e motivam a sociedade para a resolução da sua grande maioria de problemas.


    Curiosamente, se substituir a palavra "liberal" por "socialista" ou "comunista", esta definição assenta que nem uma luva.
    • ajsl
    • 4 março 2011

     # 73

    Oh luisvv vais-te encher de moscas.
    a banalizar e a tirar a atenção de um problema grave que aqui foi exposto.
    • eu
    • 4 março 2011

     # 74

    Este tópico é ridículo.

    Tentar caracterizar um sistema, qualquer que seja, a partir de um caso isolado é de uma infantilidade intelectual impressionante.
  9.  # 75

    Queria ver se o empreiteiro em vez de lá colocar outro guarda, tivesse optado por comprar um alarme. (Opção que eu tenho tomado)
  10.  # 76

    Boa observação caro Picareta.
    Mas, a questão é a exploração e não a troca. Este novo porteiro deveria ser tão mau - mas tão mau - no desempenho das suas funções, que o empreiteiro deveria ser roubado, no mínimo, em 150€ por mês...
  11.  # 77

    A ideia que eu tenho de liberalismo, até pode ser que seja descontextualizada ou mesmo incorrecta, mas é a minha ideia. E até alguem me esclarecer e explicar de forma concreta e coerente certos conceitos e a materialização de certas filosofias, não arredo pé de onde estou.Vejamos então o que eu penso de um liberal ou do liberalismo ( e ao contrário do que alguem disse aqui (esta é para o resident_evil), liberalismo é também uma corrente politica...é um perfeito disparate dizer o contrário).

    Por exemplo ?

    Acho que um liberal é um individuo com uma lacuna que lhe tolda logo à partida todos os sentidos...falta de sentido prático. Ou dito de outra forma, é um defensor de teorias e ideias dogmáticas e abstractas, que na sua mente se misturam e articulam formando uma imaculada espinha dorsal da sociedade.


    Conceitos de sociedade, de livre mercado e liberdade do individuo, caem por terra quando se relacionam com os problemas REAIS e PRÁTICOS.Não querendo ser ofensivo, quase que há uma certa ingenuidade ou mesmo infantilidade, ao acreditar que aqueles conceitos abstractos funcionam e motivam a sociedade para a resolução da sua grande maioria de problemas.


    O ser humano é detentor de uma diversidade por excepção, e isto funciona para o bem e para o mal. Automaticamente a sociedade que ele forma e constroi, jamais poderá deixar de ser também ela uma estrutura quase que orgânica, infinitamente mutavel e inconstante.O individuo não se consegue formatar e programar para reagir de uma forma determinda perante uma determinada situação. Aliás, a mesma sociedade ou o individuo, em momentos diferentes reagem de forma diferente perante a mesma situação.

    Precisamente, esse é um fundamento do pensamento liberal - a diversidade de interesses e vontades.

    A bem da verdade nem consigo perceber se o liberal tem o mesmo conceito de sociedade do que eu.Julgo que será algo, assim como se todos estivessemos no mesmo patamar de igualdade e oportunidade. Posteriormente a tal “sociedade” não seria mais do que um aproximar ou afastar de pessoas, negócios e contactos com o objectivo mutuo e unico de satisfazer as vontades, os interesses e necessidades exclusivas dos envolvidos. Nesta sociedade sobressairiam os mais trabalhadores, os mais produtivos, e os mais capazes.


    Nesta sociedade não existiriam conflitos, porque...lembremo-nos que miraculosamente haveria tolerância, e cada individuo teria a capacidade e o descernimento de não deixar que a sua liberdade (entenda-se necessidade) ofuscasse a dos outros.

    Quem diz que não existiriam conflitos? O conflito é inerente à natureza humana, e não percebo porquê supor que seria possível suprimi-lo - essa é uma noção mais condizente com teorias construtivistas, e com os ideais socialistas.

    Seria tudo maravilhoso, tudo caracteriticas perfeitamente coadunaveis com a natureza humana.
    E na pior e mais que remota das hipóteses, na eventualidade de haver algum problemazito menor, então ai já se reconsidera a existência de um “estado”.


    Em boa verdade, o pensamento liberal abarca correntes relativamente diversas, e nem todas reconhecem legitimidade/necessidade do Estado. Já as que o admitem, justificam a sua existência como um mal menor.

    Outro factor interessantissimo, pelo que sou levado a crer, para um liberal o ser individual esta acima de tudo, desde que não viole os direitos dos outros. Esta liberdade individual que é prezada a todo o custo, é obviamente uma falsa questão, pois trata-se e uma liberdade desligada, e diconexa.Como tenho dito só mesmo nas sebentas é que ela é praticavel.Alguem me explica como é que apenas duas liberdades individuais e egoistas se moldam uma à outra, sempre a todo tempo e de forma eficaz, e sem atritos?

    O Neon tem uma inexplicável obsessão pela ausência de conflito, ou pela necessidade de constante consenso. Não percebo porquê essa insistência.

    Seria como se fossem 10 liberais num avião, e por infelicidade rebenta um motor. 2 querem ir para lisboa, 1 quer ir para Faro, 3 querem ir para Madrid, 3 querem ir para o Porto e 1 tanto se lhe dá. Por muito que custe a alguns, a sua liberdade de querer ir para... será horrivelmente esventrada e o avião será encaminhado para onde decidir ir...
    - quem tem a decisão,
    - quem tem a maioria,
    - ou mais musculos,
    - ou mais patente,
    -etc, etc.



    Não questiono o funcionamento da lei da oferta e da procura, porque ele é efectivamente inquestionavel (o que não me impede de acordo com os meus padrões, de o designar bastaz vezes como obsceno). Mas outro disparate é beatificação livre mercado e da sua irmã lei da oferta/procura....como se não existissem outro tipo de engrenagens ou variaveis a criar influências positivas e negativas.

    Caro Neon, como creio que já escrevi algures noutro tópico, desqualificar o mecanismo oferta/procura é algo tão útil como dizer que a lei da gravidade é imoral.
    Não há portanto qualquer beatificação ou endeusamento do "mercado" - é apenas o reconhecimento de que o mercado é uma forma de tradução e distribuição de informação entre indivíduos, e que a intervenção para "corrigir os erros do mercado" geralmente cria novos problemas.

    Se não fossem regradas certas coisas(mais uma vez por intervenção estatal, ou divina, ou o que lhe quiserem chamar), a ver se haveria mercado, ou pelo menos a ver se não ficaria bem amolgada a perfeita engrenagem do livre mercado.

    O seu erro é supor que as regras são exclusivo do Estado - ou que o Estado precedeu a sociedade..

    Como se o dono da Vacaria, respeitasse os donos do batatal, e não lhes inutilizasse toda a produção com uma descarga de fertilizante natural. Háaa já me esquecia, isto jamais se passaria numa polida e bonita sociedade liberal.

    Aqui mais uma demonstração do erro em que labora. O dono da vacaria , ao inutilizar propriedade do vizinho estaria obviamente a violar o seu direito de propriedade.

    Como se a livre concorrência não levasse ao infortunio de uns e á miseria de outros. Aliás o que deu aso a este post é um bom exemplo disso.Se não fosse estipulado um salário minimo, por alguem (estado, deus ou diabo), o fulano que foi trabalhar por 450 euros, amanha seria substituido por outro que faria por 300. E no final haveria um qualquer que aceitaria uma sopa e uma codea de pão.

    (tem piada -tocou num dos aspectos que eu queria abordar, mas lá iremos, a seu tempo..)
    Mais uma conclusão abusiva ou descabida, como preferir. Para perceber porquê, talvez não fosse mau tentar explicar porque é que, havendo um salário mínimo, segundo os dados estatísticos oficiais(que não levam em conta os casos reconhecidamente abundantes de fraude e subdeclaração de rendimentos) há 90% de trabalhadores a receber salários superiores (e se possível, compatibilizar essa lengalenga dos patrões exploradores e da miséria dos coitadinhos dos trabalhadores com o facto de 2/3 da população activa não ter sequer o ensino secundário completo; e se não for pedir demasiado, levar em conta a realidade da existência de 11% de desempregados, dos quais cerca de 50% já não têm acesso a qualquer subsídio de desemprego).

    Será assim tão credivel que um individuo se consegue abster da sua vaidade, do seu sentimento de avareza, da sede de poder, do seu egoismo, se auto programa e coloca a liberdade do parceiro do lado á frente da sua?
    Colocaria eu o meu bem estar ou o bem estar da minha familia em risco, só para não ofender terceiros? Estaria eu disposto a extiguir-me, só para não criar atrito com terceiros? Jamais

    De novo, a perspectiva errada.
    Não deixo no entanto de salientar a incoerência de quem supõe que tudo o que não é possível, passa a sê-lo porque alguém usa um crachat a dizer "Estado".

    Quando o Luisvv intercede, todos o vemos como um fulano de coração impedernido, um fulano egoista e que só vê €€€€. No fundo ...apesar de gostar de vir aqui esgrimir com ele, não creio que ele seja assim.

    Não sei de onde vem essa noção... veja lá que até me considero um nice guy.

    E agora bem a sério e em abono da verdade, se nos esforçarmos para entender um bocadinho as teorias do liberalismo, acabamos por descobrir que ela não são más (diabólicas); Ou melhor, não são de todo feias. O problema é que elas são impraticáveis.O facto de elas serem impraticaveis tem por base, apenas e só a nossa natureza humana.

    Impraticáveis, porquê? Se quiser, é evidente que uma corrente como o anarco-capitalismo não parece de facto concretizável. Em todo o caso, pensando nas ideias liberais mais "moderadas", um passo no bom caminho é melhor que nada.

    Em resumo, o empreiteiro não foi liberal ( e atenção que o J. Colocou liberal entre “...”) o empreiteiro foi... e aqui...muito bem classificado pelo Cardoso, cobarde e insensivel. Eu acrescentaria crápula

    Estamos de acordo que o comportamento do empreiteiro foi errado. Em todo o caso, vamos voltar ao mesmo: porquê?
  12.  # 78

    sr. á luz das suas teorias, explique porque é que o comportamento do empreiteiro foi errado??
  13.  # 79

    Colocado por: ajslOh luisvv vais-te encher de moscas.
    a banalizar e a tirar a atenção de um problema grave que aqui foi exposto.


    Obrigado. O seu contributo foi precioso, e se não resolveu o problema aqui exposto, pelo menos já deve ser meio caminho andado.

    Entretanto, enquanto eu vou procurando as moscas, continuo curioso: qual o motivo para todos acharmos que o empreiteiro foi mau,vil, whatever..
  14.  # 80

    Mas, a questão é a exploração e não a troca. Este novo porteiro deveria ser tão mau - mas tão mau - no desempenho das suas funções, que o empreiteiro deveria ser roubado, no mínimo, em 150€ por mês...


    Ora aqui temos um primeiro contributo. Se bem percebi, a primeira razão para considerarmos o comportamento vil é :

    " A Exploração - querer pagar menos ao novo vigilante".
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Hélio Pinto
 
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