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  1.  # 1

    Pois para mim é mais complicado. Detesto tratar as pessoas por você, dá a ideia que não é carne nem peixe, fica ali no limbo entre o Sr. e o tu...

    Exemplo:

    "Peço desculpa Sr. Ribeiro, mas não pode pintar a parede dessa maneira."

    "Peço desculpa, mas você não pode pintar a parede dessa maneira." AArghhh.

    Não custa nada substituir o você pelo nome da pessoa ou mesmo abolir.

    "Peço desculpa mas não pode pintar a parede dessa maneira."

    Não gosto do você.

    Temos outra situação que para mim é complicada. Imaginemos um cliente, Doutor?, mas da minha idade ou até ligeiramente mais novo com o nome João Ribeiro. O que faço?
    Trato por Dr. Ribeiro? Trato por Dr. João? Tenho uma situação idêntica e trato por Sr. João mas este cliente é 5*****.

    Devia ser como nos Estados unidos da América, Doutores são os médicos e todos os outros são Senhores.
  2.  # 2

    Colocado por: AlexMontenegroDevia ser como nos Estados unidos da América, Doutores são os médicos e todos os outros são Senhores.

    Algum tempo atrás, vi na RTP, uma entrevista feita pela Judite de Sousa ao Dr. António Damásio conhecido e afamado cientista mundial. Retive esta frase dele: "Trate-me por António, é assim que os meus alunos nos EUA me tratam".
    Mas, o tratamento por "tu" não sou apologista. Eu ainda pertenço a uma geração, que se levantava na sala de aulas quando chegava o Senhor Professor!
  3.  # 3

    Para se ser correcto, deveria ser assim: Doutor(a) no consultório, cá fora, Senhor(a).
    Na Itália chegou-se ao cúmulo de, em caso de dúvida, apelidar-se a pessoa por "Dottore", ou lá o que é. Fica mais fácil o contacto e a pessoa fica lisongeada, mesmo que a instrução deixe muito a desejar.
    Mas também não consigo tratar toda a gente por tu.
  4.  # 4

    Eu quando crie este tópico estava a pensar no tratamento por "tu" neste fórum, mas entretanto a conversa diversificou.

    Eu não sou adepto do Srº Engenheiro, Srº Arquitecto.

    Não tenho qualquer gosto que tratem por Engenheiro, prefiro que me tratem pelo nome próprio

    Isso do pessoal se chamar engenheiro soa à mania das grandezas. Somos todos iguais, engenheiros, canalizadores ou serventes. Somos todos feitos do mesmo.
  5.  # 5

    Os titulos é sinal de terceiro mundismo, Brasil douto pode dá uma moedinha, Portugal - Parlamento por exemplo, sua excelencia sr. doutor está a faltar a verdade, na realidade o que ele quer dizer é: tu és um mentiroso. Olhe que não sô dotor olhe que não.

    Como no outro dia, para o deputado novato, o Sr. Doutor diriga-se correctamente a esta assembleia ou não lhe dou a palavra.Exlentissimo presidente senhoras e senhores deputados.
  6.  # 6

    Colocado por: nogueiraPara se ser correcto, deveria ser assim: Doutor(a) no consultório, cá fora, Senhor(a).
    Na Itália chegou-se ao cúmulo de, em caso de dúvida, apelidar-se a pessoa por "Dottore", ou lá o que é. Fica mais fácil o contacto e a pessoa fica lisongeada, mesmo que a instrução deixe muito a desejar.
    Mas também não consigo tratar toda a gente por tu.


    (Não esqueçamos que doutores não são apenas os médicos, mas qualquer pessoa que tenha feito um doutoramento e assim adquirido o grau de doutor - isto é, que depois da licenciatura ainda tenha gramado mais 6 anos a estudar e a sobreviver com bolsas de estudo de miséria).

    De facto, na Itália é assim, especialmente no sul. Na Toscana tratam-te mal independentemente de seres um doutor ou um analfabeto.

    O mais giro é que na televisão os líderes da oposição são tratados por Presidente (porque são presidentes lá do partido deles...), os jornalistas políticos por "direttore" (porque dirigem os três gatos pingados da redacção do programa deles) e daí por diante. Ah, e os parlamentares são "onorevoli"... honráveis... título mais do que inapropriado, considerando a pouca vergonha que há no parlamento e no senado italianos.

    Eu não sou apologista do tratamento por títulos, quer aqui, quer na vida quotidiana. Mas passar deste extremo ao extremo de tratar por tu toda a gente não me agrada...
  7.  # 7

    Nos países comunistas toda a gente se tratava por camarada, era uma forma simbólica de igualitarismo. Mas mesmo assim começaram a surgir derivações que faziam ressaltar a diferença de estatutos entre as pessoas: camarada-presidente, camarada-coordenador, etc.
  8.  # 8

    Colocado por: poiosbrancosEu quando crie este tópico estava a pensar no tratamento por "tu" neste fórum, mas entretanto a conversa diversificou.

    Eu não sou adepto do Srº Engenheiro, Srº Arquitecto.

    Não tenho qualquer gosto que tratem por Engenheiro, prefiro que me tratem pelo nome próprio

    No seu caso aceite por boa qualquer forma de tratamento, tu, você, dr., visconde, em vez desse nome "poiosbrancos"
  9.  # 9

    Colocado por: Pedro Azevedo78Também não sou fã do "tu", principalmente quando me dirigo a pessoas mais velhas. Não consigo...

    Aqui na Terrugem no Villebon trata-se todo o cliente por tu,seja velho ou novo mesmo sem sequer ninguém os conhecer...com a habituação até fica giro.(Já me habituei)
  10.  # 10

    Colocado por: poiosbrancosOlhem os Britânicos! Somente têm o "tu/voçê"

    e o Sir.
  11.  # 11

    Colocado por: Anonimo16062021Já imaginou tratar alguém numa obra por sr.trolha,sr.picheleiro,ou sr.ferrageiro?

    Aqui é o dia a dia...e ninguém nota qualquer problema...sr.serralheiro,sr.pedreiro,vidreiro,ladrilhador etc.
  12.  # 12

    Colocado por: Anonimo16062021Para mim já não servia porque no meu BI não consta nenhum nome desses:))

    Já percebi que não é homem d'óbras...
    Quando alguém entra numa obra sem conhecer ninguém,a primeira coisa que vai ao lume é...hó sr.pedreiro sabe onde está o fulano?
  13.  # 13

    Colocado por: Anonimo16062021O Jorge Rocha foi tropa?

    Fui...
    Estive o BSM do Entroncamento em 1982,depois fui recambiado para a minha zona...Amadora(comandos)para um batalhão de serviços,acabei por estar lá de serviço como serralheiro civil...aí tratavam-me como nosso pronto ou camarada.
  14.  # 14

    A confusão que me faz é tratarem por doutor ou engenheiro,e tratarem pouco de sr.ladrilhador ou sr.canalizador.
  15.  # 15

    Gostava de dizer o seguinte: não é que seja contra, mas não gosto muito de piercings, principalmente na língua, nariz e coisas do género. Perguntarão vocês: que interesse tem isso para esta discussão? Respondo com uma pergunta: que importância tem o que estão a discutir? Algum de vocês que ser tratado por doutor? Por mim não há problema, basta dizerem. Por Professor Doutor? É um bocado comprido, mas se fôr a vossa vontade ...

    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: pdavidmarques
  16.  # 16

    Colocado por: j cardosoGostava de dizer o seguinte: não é que seja contra, mas não gosto muito de piercings, principalmente na língua, nariz e coisas do género. Perguntarão vocês: que interesse tem isso para esta discussão? Respondo com uma pergunta: que importância tem o que estão a discutir? Algum de vocês que ser tratado por doutor? Por mim não há problema, basta dizerem. Por Professor Doutor? É um bocado comprido, mas se fôr a vossa vontade ...

    José Cardoso

    Estamos a falar do português falado ou escrito...afinal existem siglas dr.em cheques e noutros documentos no lugar do nome ou antes do nome,e não existe canalizador por exemplo...trata-se afinal que na nossa sociedade portuguesa está muito tecnocrata,e alguns babam-se até à medula com esses prefixos(penso eu)em vários países dr.só de saúde...e quando alguém chama sr.dr.;pensa-se o quê?Que é doutourado em medicina?Precisa-se saber mesmo se um tipo tem algumas cadeiras de estudo quando se escreve nos documentos essas siglas dr.etc?(não acha exagero?)Ou passa-lhe ao lado?
    •  
      MRui
    • 4 abril 2011

     # 17

    Colocado por: j cardosoAlgum de vocês que ser tratado por...

    Ainda bem que fala nisso. A partir de hoje e com o intuito de estabelecer uma relação de vassalagem compulsiva entre a plebe e a nobreza, agradeço exijo que o j cardoso me passe a tratar por Marquês de Monte Nelas.
    Nos dias em que eu estiver bem disposto, permito-lhe a ligeira intimidade de me tratar por Marquês MRui.
  17.  # 18

    Ou passa-lhe ao lado?

    Não sei se passa ao lado, por cima ou por baixo; é coisa com que não perco tempo e não me preocupa nada, afinal de contas não escolho os meus amigos pela qualificação académica. Aos outros trato-os por senhor, a não ser que façam questão de serem tratados por algum título. Nesse caso será conforme a minha disposição nesse momento, tanto faço a vontade como me faço de surdo, tem dias.
    Já que estou com a mão na massa deixe-me dizer-lhe que a mania do tratamento pelo título é apenas um sintoma de uma mentalidade tacanha muito vulgar; não há ainda muito tempo que me desloquei a um serviço público onde tinha uma reunião marcada. Fui acompanhado do meu cliente, um promotor imobiliário que se apresenta sempre irrepreensivelmente vestido, fato de bom corte e gravata. Quando lá chegamos e mesmo tendo sido eu a dizer ao que íamos, a funcionária vira-se para o promotor e diz : Faça favor de entrar Sr. Engenheiro, ao que este respondeu que não era engenheiro. A senhora, embaraçada, pediu desculpa e justificou-se dizendo que a reunião só era possível com a presença do eng.º Cardoso e que, não estando este presente, a reunião teria de ser adiada. Exactamente assim como se não houvesse a mínima possibilidade de ser eu o tal eng.º Cardoso - parece que não estava vestido como tal.

    José Cardoso
  18.  # 19

    Colocado por: j cardoso
    Não sei se passa ao lado, por cima ou por baixo; é coisa com que não perco tempo e não me preocupa nada, afinal de contas não escolho os meus amigos pela qualificação académica. Aos outros trato-os por senhor, a não ser que façam questão de serem tratados por algum título. Nesse caso será conforme a minha disposição nesse momento, tanto faço a vontade como me faço de surdo, tem dias.
    Já que estou com a mão na massa deixe-me dizer-lhe que a mania do tratamento pelo título é apenas um sintoma de uma mentalidade tacanha muito vulgar; não há ainda muito tempo que me desloquei a um serviço público onde tinha uma reunião marcada. Fui acompanhado do meu cliente, um promotor imobiliário que se apresenta sempre irrepreensivelmente vestido, fato de bom corte e gravata. Quando lá chegamos e mesmo tendo sido eu a dizer ao que íamos, a funcionária vira-se para o promotor e diz : Faça favor de entrar Sr. Engenheiro, ao que este respondeu que não era engenheiro. A senhora, embaraçada, pediu desculpa e justificou-se dizendo que a reunião só era possível com a presença do eng.º Cardoso e que, não estando este presente, a reunião teria de ser adiada. Exactamente assim como se não houvesse a mínima possibilidade de ser eu o tal eng.º Cardoso - parece que não estava vestido como tal.

    José Cardoso


    Conclusão, para que investir tempo e dinheiro a estudar, quando basta ir à Hugo Boss ou ao Tenente comprar um fato :-)
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  19.  # 20

    Colocado por: MRui
    Ainda bem que fala nisso. A partir de hoje e com o intuito de estabelecer uma relação de vassalagem compulsiva entre a plebe e a nobreza,agradeçoexijo que o j cardoso me passe a tratar por Marquês de Monte Nelas.
    Nos dias em que eu estiver bem disposto, permito-lhe a ligeira intimidade de me tratar por Marquês MRui.


    Isto até já se está a tornar cómico
 
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