O que é que é treta? que a entrevista exista? Ou que o seu conteúdo é falso?
E onde é que eu disse o contrário? Presume que sabe qual é minha "solução", mas garanto~lhe que está muito longe! Que o mercado posso "viciar" as regras do jogo não fui eu que disse, que o mercado pudesse levar um país à bancarrota não fui eu que disse.Certamente se esta atento (como evidencia) as estes assuntos sabe muito bem a que entrevista me refiro (infelizmente continuo a não a conseguir encontrar).
Sem dúvida nenhuma. Eu próprio que não sou propriamente conhecedor da área o sabia desde a década de 90. Mas, por incrível que pareça quem mais tarde se apercebeu do que estava para acontecer foram precisamente aqueles que o luis diz que se baseiam em informação. Ou será que sabiam e pura e simplesmente foram aproveitando enquanto podiam?
Mas andamos a brincar ou quê? O luis não sabe o significado de especulação e manipulação?
Não me diga que acredita que este é um mundo impoluto e e ninguém faz disto.
mais uma vez presume demais acerca do que sabe sobre o que eu penso? Onde é que eu culpei os bancos? onde é que eu culpei os mercados? onde é que eu culpei as agência? onde é que eu culpei os especuladores?
E não é (também)?
E não é (também)?
Se o próprio luis diz que mais cedo ou mais tarde não vamos conseguir pagar o que devemos (presumo que não seja um iluminado), o que acha que leva os "mercados" a continuar a emprestar dinheiro?
Eu também não tenho dúvidas disso. Agora falta saber é se as convicções e a correcção o são em relação ao "bem-comum" ou se em relação ao somente relativamente a um reduzido núcleo de indivíduos.E aqui eu não tenho a mínima dúvida, e que os exemplos diários me vão dando razão, o objectivo primário não é nunca o "bem-comum".
Não vou aqui discutir o conceito de esquerda/direita, que nem sequer é um conceito político, mas sim social. Mas há coisas que se confundem (quanto a mim), portugal não é um pais de politicas de esquerda ou de direita.
Portugal é um pais de politicas irresponsáveis, e essa característica não é de esquerda nem de direita.
Qualquer que seja a medida/politica implementada de uma forma irresponsável não pode ser julgada pela sua génese, mas sim pela irresponsabilidade com a qual foi implementada.
Para si, porque para mim pode não ser.Para mim é mais relevante saber se um determinado produto pode permitir a sobrevivência de pessoas que saber se foi conseguido através de um monopólio.
Para deixar de presumir tanto acerca do que eu penso: eu não quero saber de economias, politicas ou tantas outras coisas. A mim a única coisa que me importa são as pessoas. Para mim a única coisa que me importa é a desigualdade social. Para mim a única coisa que me importa é ver alguns a brincar com a vida dos outros. tudo o resto para mim são "peanuts".
Sim, e? Recorrendo ao que disse acima: a mim a única coisa que me interessa são as pessoas, logo o que penso é que há bens que não deveriam entrar no âmbito do negócio. Isto nem sequer é uma invenção minha, não é invenção da "esquerda". Há alguns exemplos desta abordagem em países que nos habituamos a ver como os mais "avançados".
A analogia que está a tentar estabelecer cai por terra porque não se está a tirar 20% do dinheiro da mulher, mas 20% do dinheiro de uma largo grupo da população. Mas nem vale a pena continuar por aqui, é absurdo.
Entre os "agentes" que participam nos negócios acredito que o mecanismo seja democrático. O que sei é que os efeitos, ou seja, as consequências dessa liberdade de acção destes agentes que diz ser democrático, podem ser muito negativos para uma parte significativa da população que não participou nas decisões desses agentes, e que, ao contrário dos deputados, governo, etc. nem puderam eleger esses agentes.
Dou-lhe o exemplo do neoliberalismo na Inglaterra durante a legislatura de Margaret Thatcher, período em que a Inglaterra, com políticas neoliberais, ficou com uma taxa de pobreza infantil ao nível do terceiro mundo. Mas há muitos exemplos na América do Sul, e temos o flagrante exemplo dos Estados Unidos da América, onde quem não pode pagar saúde ou educação não a tem. Mas parece-me que isto não é algo negativo para si.
Não caio nesse erro, nem disse que "o lucro é mau e indesejável". Não penso dessa forma, e sugiro que me indique onde disse isso. O que disse, e reafirmo, é que o lucro não pode sobrepor-se ao bem estar social, e como as empresas querem acima de tudo saber de lucros, cabe ao Estado regular os mercados de forma a garantir o bem estar social, e não o lucro das empresas. Se houver os dois, melhor.
Aqui cai completamente no ridículo, você não é proibido de fumar, é proibido de prejudicar os outros com o seu hábito/vício. Eu ainda como o que quero, não há nada que queira comer que o estado me proíba, se conseguir dar-me exemplos...
É uma constituição e um conjunto de leis, se é contra isto sugiro, mais uma vez, que me indique uma alternativa, porque ainda não deu nenhuma.
Mais uma vez, em vez de desconversar. Chame-lhe anarquia ou anomia, indique-me uma alternativa, já que é contra o Estado, e contra as leis definidas por agentes eleitos por nós.
Colocado por: luisvvPortanto, se quer uma solução e um final feliz sou capaz de lhe dizer que duvido que tais coisas existam.
Colocado por: Gibasomente em fase terminal
Mesmo que venha ignorar, este hiato discursivo “euroniano” acidentalmente proposto pela minha pessoa, no meio deste tecnocrático desenvolvimento, diria que a expressão acima citada e editada por si, somente em fase terminal um ser humano poderia proferir.
Respeitosos e cordiais cumprimentos;
Giba
Colocado por: luisvvEssa história do PC e dos 5 minutos é uma fanfarronice. Reflecte apenas o ponto de vista de alguém que considerava que a Grécia estava a ir por mau caminho. No fundo, uma ideia que um liberal certamente partilhari e que um social-democrata tenderia a minimizar.
Colocado por: luisvvLimitei-me a explicitar o óbvio: as consequências do acumular da dívida pública são conhecidas historicamente, e as excepções são quase inexistentes.
Colocado por: luisvvEspeculação é o que todos fazemos em todo os negócios. Comprar a X para vender a X+Y. Vender a X para recomprar a X-Y. Quando somos nós é um bom negócio, quando são os outros é especulação.
Colocado por: luisvvNem por isso. Por que não pensar que é mera demonstração de que há quem ainda confie na capacidade de pagamento.
Colocado por: luisvvA perspectiva de que essa altura seja mais tarde do que cedo.
Colocado por: luisvvOra, eu começo por duvidar do conceito de bem-comum como ele é geralmente entendido - o bem da maioria. Mas aceitando que outros o concebam, não duvido de que tentam obtê-lo (de novo, sem ignorar que há evidentemente corrupção e abuso de poder).
Colocado por: luisvvImaginando tal produto, desde que não se trate de um monopolista, o vendedor terá todo o interesse em vender, a preço justo.
Colocado por: luisvvEmbora seja bonito de dizer, bem vistas as coisas é uma frase vazia de conteúdo. Não se preocupar com economias ou políticas não significa nada.
Colocado por: luisvvNessa visão está implícita uma noção de imoralidade ou ilegitimidade do negócio, que é profundamente devedora das noções de esquerda.
Colocado por: luisvvEm parte, resulta da (e simultaneamente alimenta) ilusão de que os bens providos pelo Estado são gratuitos, e ignora as consequências dessa perspectiva.
Colocado por: luisvvAcontece que fornecer bens a custo zero é diferente de produzir bens a custo zero - e como o custo está lá, mas não é percebido, o incentivo para a produção eficiente tende a inexistir, com a inerente sobrealocação de recursos.Dirá que isso não importa, porque o que importa são as pessoas (um bocado na onda Mário Soares) e eu digo-lhe que as pessoas com que se preocupa são as mais prejudicadas pelo desperdício de recursos.
Colocado por: luisvvUtilizar os recursos do Estado (ou seja, dos cidadãos) para produzir um bem em regime de monopólio e vendê-lo a um custo administrativo (ou seja, sem relação com o real custo desse bem) promove o desperdício, e por pouco intuitivo que seja, não beneficia a sociedade como um todo.
Colocado por: luisvvO delírio é tal, que já parece ridículo estranhar que o Estado venha meter o bedelho nestas coisas...
Colocado por: luisvvPor enquanto só lhe perguntei se considera democrático estar vinculado a um contrato que não pode rescindir e que não assinou.
Colocado por: luisvvO exemplo da Bolívia é enviuzado - o artigo omite o principal: o aumento da agua resultou de o custo de distribuição ser largamente superior ao preço de venda.
O termo de cOmparacao esta portanto prejudicado.
Colocado por: luisvvQuanto ao lucro e ao preço justo, como pode ser determinado se nao houver concorrência?
Colocado por: luisvvQuanto aos gigntes, voltamos ao mesmo: acontece em sectores regulados em que são dadas barreiras a entrada, quando nao monopolios. Num mercado sem obstáculos aos novos agentes, nada impede o surgimento de concorrência- tanto mais provável quanto a margem for atractiva.
Colocado por: luisvvnao há cão nem gato que nao se queixe da falta de apoios para uma qualquer actividade, ou que nao reclame benefícios fiscais para a venda de parafusos, ou que o estão invista em qualquer coisa que é o futuro...
Colocado por: luisvvRidículo ( enfim, trágico seria mais adequado) é aceitar sem questionar a ideia de que cabe ao estado impor comportamentos "saudáveis" ou "morais" - e apesar de nao fumar irrito-me com aqueles tipos que acham normal impostos de 50% ou algo assim sobre o tabaco e o alcool porque "faz mal" ...
Colocado por: luisvvPor fim: alternativa? por enquanto a democracia ocidental tem satisfeito razoavelmente os seus cidadãos
Colocado por: luisvvmas as falácias sd criam expectativas que julgo serem insustentáveis e portanto potencialmente disruptoras. a ilusão sd por gerar a ideia de prosperidade garantida pode ser devastadora.
Colocado por: luisvvQuanto ao lucro e ao preço justo, como pode ser determinado se nao houver concorrência?
Colocado por: luisvvMas o aumento de preço nao significa que o preço anterior fosse o justo....
Colocado por: luisvvexplique-me por favor como seria determinado esse preço justo...
Colocado por: luisvvQuanto aos gigantes, genericamente existem em sectores regulados - e resultam precisamente de limitações impostas pelos estados....
Colocado por: luisvvO melhor remédio para prevenir isso é abrir mercados á concorrência.
Colocado por: luisvvMais: os impostos especiais nao tem essa justificação. Por outro lado isso supõe que eu poderia por exemplo abdicar do Sns e usufruir do respectivo desconto no tabaco?
Fim do sistema? Bom, eu diria que é consequência inevitável.
Colocado por: luisvvQuanto aos gigantes, genericamente existem em sectores regulados - e resultam precisamente de limitações impostas pelos estados....
Colocado por: luisvvO problema do seu raciocínio é que se o utilizamos para legitimar o seu suposto direito de interferir num negócio que eu celebro com um terceiro, já temos que ter um conceito de interferência tão lato que até o simples facto de existirmos interfere com alguém...
Colocado por: luisvvAdmitindo que acordássemos que o Estado deve garantir o acesso a determinados, daí não decorre que deva ser o Estado a produzi-los, que devam ser fornecidos de forma universal e gratuita, e muito menos que devam ser produzidos em regime monopolista.
Colocado por: luisvvEstá redondamente enganado.Neste momento estão 3 pessoas no meu escritório, 2 delas fumadoras (eu não fumo). Corro o risco de ser punido (roubado..) por, voluntaria e conscientemente ter permitido que fumassem no meu escritório.E curiosamente, o produto desse roubo não reverte para o eventual prejudicado (eu..), reverte para o Estado, que está muito preocupado com a minha saúde.
Colocado por: luisvvA alternativa? Na verdade, a alternativa realista (no sentido de realizável num horizonte de tempo relativamente razoável) é a redução consistente do Estado e a sua contenção em determinados limites (contra essa hipótese há a questão da natureza expansionista do Estado).
Por outro lado, a natureza parasitária do Estado inviabiliza a sua expansão contínua, sendo relativamente imprevisível o que acontecerá - embora eu tenda a acreditar que em determinado ponto os Estados SD serão substituídos por regimes autoritários e populistas, resultado de promessas do paraíso na terra.
Colocado por: luisvvPortanto, se quer uma solução e um final feliz sou capaz de lhe dizer que duvido que tais coisas existam.
Colocado por: luisvvO problema do seu raciocínio é que se o utilizamos para legitimar o seu suposto direito de interferir num negócio que eu celebro com um terceiro, já temos que ter um conceito de interferência tão lato que até o simples facto de existirmos interfere com alguém...