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  1.  # 61

    Colocado por: QuintinhasEntão afinal o que é um projecto de execução?

    Vou tentar explicar:

    Um projecto de licenciamento são 500g de papel
    Um projecto de execução são 5kg de papel. O problema é que muitas vezes não é papel....é palha.
  2.  # 62

    Picareta, não acho que um projecto de execução possa primar por tão pouco detalhe como este que vimos. Não foi por falta de coragem que disse para o quintinhas fazer o projecto de execução.

    No meu entender a diferença de um projecto de licenciamento para um de execução não é apenas, no último existir mapa de quantidades, estimativas, caderno de encargos, etc. É sim o nível de detalhe, pormenorizações,definições altimétricas, optimização, etc, ou seja poupança de dores de cabeça e de aérios na obra (embora isto em moradias seja relativo, pois até são orçamentadas sem projecto).

    Em teoria neste segmento das moradias não devia na minha opinião existir diferenças entre licenciamento e execução, mas para isso tinha que ser feito um licenciamento com qualidade de execução...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Quintinhas
  3.  # 63

    Colocado por: RRufinoÉ sim o nível de detalhe, pormenorizações,definições altimétricas,optimização,

    Só que eu acho que num projecto de betão armado, estas coisas devem fazer parte do projecto de licenciamento, quem quer apenas um projecto de licenciamento tem que ter todos os pormenores para executar a obra, e não podem ser apresentados os desenhos tal como saíram do programa de cálculo.

    Criei um tópico para discussões sobre projectos de execução:

    https://forumdacasa.com/discussion/20966/projecto-de-execucao/#Item_8
    Concordam com este comentário: RRufino
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Quintinhas
  4.  # 64

    Só que eu acho que num projecto de betão armado, estas coisas devem fazer parte do projecto de licenciamento, quem quer apenas um projecto de licenciamento tem que ter todos os pormenores para executar a obra, e não podem ser apresentados os desenhos tal como saíram do programa de cálculo.


    Concordo: não vejo motivo para o projecto de licenciamento (projecto de estruturas) não ser absolutamente explícito.
    Concordam com este comentário: marco1, RRufino
    Estas pessoas agradeceram este comentário: zedasilva
  5.  # 65

    Até porque o CIPE já tem uma biblioteca de pormenores bastante completa, basta "chapa-los" lá. Não é a 1ª vez que ouço se isso era preciso porque é que não está desenhado no projecto? Olhe que eu estou farto de fazer obras e nunca nenhum engenheiro me exigiu tal coisa.
  6.  # 66

    Até porque o CIPE já tem uma biblioteca de pormenores bastante completa, basta "chapa-los" lá

    Por acaso acho que não basta. Até pode ser preconceito meu mas quando vejo num projecto um pormenor Cype sem que tenha sido alterado e adaptado ao projecto em causa fico com vontade de dar dois estalos ao autor do projecto!
  7.  # 67

    Como já tinha dito, não devia na minha opinião existir diferenças entre licenciamento e execução (em moradias), mas para isso tinha que ser feito um licenciamento com qualidade de execução...

    E para isto é preciso tempo e honorários respectivos que o cliente não está disposto a pagar no "1º passo" do projecto (e nem muitas vezes no 2º)

    Em projectos que não moradias discordo, pois a execução do grau de detalhe geralmente implícito, ao ser feito está a roubar tempo ao processo de licenciamento que o cliente quer adiantar o quanto antes.

    A isto tudo somar o facto de muitos projectos ficarem moribundos no pós-licenciamento...

    Esta é uma questão bastante complexa, no fundo o que se deve na minha opinião fazer é dar opções ao cliente e explicar as consequências dessas opções, se os meus colegas fazem ou não, não sei.

    Quanto aos desenhos saídos do programa de cálculo isso é para quem os faz, eu não os faço nem para hospitais, nem para moradias...
  8.  # 68

    Pois tb concordo consigo que não basta. Mas entre ter isso ou não ter porra nenhuma e depois ter que passar por mete nojo que só vai à obra para arranjar problemas prefiro que pelo menos os mais importantes lá estejam. Concordará comigo que não cai muito bem ao DO ouvir o fiscal a dizer olhe este seu projecto de estruturas é uma vergonha e para pagar por isto mais valia deixar o empreiteiro ter posto o ferro que achava que era necessário.
  9.  # 69

    Esqueci-me de referir outra questão importante relativamente ao projecto de execução vc licenciamento.

    Como é que é exigível ao projecto de estruturas ser absolutamente explícito em licenciamento, quando o de arquitectura não o é?
  10.  # 70

    Como já tinha dito, não devia na minha opinião existir diferenças entre licenciamento e execução (em moradias), mas para isso tinha que ser feito um licenciamento com qualidade de execução...

    E para isto é preciso é preciso tempo e honorários respectivos que o cliente não está disposto a pagar no "1º passo" do projecto (e nem muitas vezes no 2º)

    Não concordo por duas razões:
    - O preço, baixo ou alto, foi estabelecido por ambas as partes de livre vontade. se o técnico acha que não é suficiente então que não aceite o trabalho.
    - Independentemente do preço está em causa o brio profissional do próprio. certamente que também cometerei os meus erros mas apenas os que não detecto. Teria vergonha de apresentar um projecto como alguns que já vi (assim de repente lembro-me de um que vi este ano com lajes aligeiradas de 12 m de vão a descarregar em vigas "ao baixo" ... com 12 m de vão.

    Concordará comigo que não cai muito bem ao DO ouvir o fiscal a dizer olhe este seu projecto de estruturas é uma vergonha e para pagar por isto mais valia deixar o empreiteiro ter posto o ferro que achava que era necessário.

    Concordo com uma excepção: se o que tenho a dizer ao vai cair mal ao DO não me custa nada oferecer-lhe uma água com gás, mas não deixo de o dizer. Se tiver de lhe dizer que o autor do projecto foi um nabo também o digo - a ele e ao autor do projecto. Claro que quando falho também admito que mo digam!
  11.  # 71

    Como é que é exigível ao projecto de estruturas ser absolutamente explícito em licenciamento, quando o de arquitectura não o é?


    Se existir comunicação apropriada entre a arquitectura e a engenharia durante a fase de projecto é perfeitamente possível (isto no caso da comunicação prévia, nos outros casos é ainda mais fácil).
    Concordam com este comentário: marco1
  12.  # 72

    jcardoso, mas onde é que está a falta de brio de um projectista que cumpre o objectivo pedido ao cliente?

    O cliente pede um projecto de licenciamento, com arquitectura de licenciamento, o projectista de estruturas faz uma malha estrutural fantástica, bem pensada, que antevê uma estrutura bem resolvida. No entanto não detalha, não pormenoriza, apresenta o conceito da estrutura para o fim pretendido. Isto é falta de brio? É que uma coisa são erros e nisso não distingo licenciamento de execução, outra é detalhe.

    Colocado por: j cardosoSeexistir comunicação apropriada entre a arquitectura e a engenharia durante a fase de projecto é perfeitamente possível (isto no caso da comunicação prévia, nos outros casos é ainda mais fácil).


    Nisto tenho que discordar (salvo se o se a negrito for 100% verificado), estou certo que não trabalhamos na mesma área. Isso é um modelo teórico, acredito que resulte em meios mais pequenos. (rasurado para não ser mal interpretado ;) )
  13.  # 73

    Quando falei na falta de brio não me referia específicamente à situação presente ou à que o Rufino apresenta, era uma consideração de carácter geral. Quando falei em brio profissional estava com o pensamento nos pormenores Cype; no projecto de licenciamento não têm utilidade, mas em obra são necessários - desde que adequados ao projecto; se aparecem conforme vieram ao mundo servem apenas para encher a vista ao cliente o que revela, na minha opinião, falta de brio.
    Concordam com este comentário: RRufino
  14.  # 74

    ... acredito que resulte em meios mais pequenos.

    lol

    Com parte dos meus clientes é assim que funciono; esta parte é constituida por aqueles arquitectos que também são adeptos deste sistema e serão talvez 1/3 dos meus clientes arquitectos; os outros ... é o costume. Já com os projectos integralmente feitos "por mim" esse problema não se põe. Resumindo: mesmo neste "meio pequeno" a maior parte dos projectos que me chegam para fazer especialidades não têm elementos suficientes, pelo que a primeira coisa que faço é marcar reunião com o autor da arquitectura e enquanto não me passarem as informações de que preciso não avanço com o trabalho.
  15.  # 75

    Este ano recusei assumir a fiscalização de 5 obras por achar que com aqueles projectos a minha presença em obra de nada serviria pois não tinha fundamentos legais para exigir o quer que fosse e tb porque o DO apenas queria um fiscal porque a câmara a isso obrigava. O que é certo é que as obras estão no ar ...
    Tb este ano já retirei o meu termo de responsabilidade em 3 obras por constatar que as indicações dos meus relatórios não tinham por parte do DO sido acatadas.
    O que é certo é que 2 estão no ar e pelo que parece toda a gente está contente.
    Ok 1 está embargada e pelo andar da carruagem não lhe vejo grande futuro.
  16.  # 76

    Colocado por: j cardosoCom parte dos meus clientes é assim que funciono; esta parte é constituida por aqueles arquitectos que também são adeptos deste sistema e serão talvez 1/3 dos meus clientes arquitectos;


    Quando falei nos meios mais pequenos não me referia específicamente à sua situação, era uma consideração de carácter geral tendo em conta a sua verificação na regra e não na excepção.

    No seu caso se é 1/3, é a excepção.

    Bem o quintinhas já nem vai por mais dúvidas :)
  17.  # 77

    Tb este ano já retirei o meu termo de responsabilidade em 3 obras por constatar que as indicações dos meus relatórios não tinham por parte do DO sido acatadas.

    Só entre nós enquanto ninguém nos ouve: casos há em que os DO são os piores inimigos deles próprios e da sua obra; infelizmente, por estranho que possa parecer, é uma situação muito comum.
    Concordam com este comentário: two-rok
  18.  # 78

    No seu caso se é 1/3, é a excepção.

    Bom, ultimamente ando muito simpático com os arquitectos, mas a percentagem não deve andar longe diso; sabe como é, meios pequenos ... lol
    (não leve a mal, não resisti)
  19.  # 79

    Não levo nada a mal, você é um conhecido "poeta técnico-popular" e eu sabendo disso dei-lhe abertura desnecessária :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso
  20.  # 80

    Ok. Obrigado pelos vossos comentários.

    Vou por em 'banho maria' o projecto de execução e focar-me em fazer as medições e um Caderno de Encargos decentes.

    Acho que com as especialidades, a arquitectura e os dois elementos supra, já será possível a um empreiteiro fornecer um orçamento +- preciso.

    MC
 
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