Colocado por: gf2011ainda há comentários inteligentes
Colocado por: gf2011pois você e o seu gato psicanalista também têm para aí algumas ideias kafkianas no meio disto tudo.
Colocado por: gf2011Já que dizem tantos disparates, quero ver o que dizem sobre o assunto
Colocado por: gf2011mas prometo ficar calado porque para dizer disparates já basta o que li aqui ;)
São temas polémicos estes :)
Colocado por: LuB
Concordo plenamente!
Os tema da "eutanásia" tal como e do "aborto" são polvora. Têm implicações éticas/filosóficas que
acendem discussões porque são muito complexos.
1) -Quanto ao aborto, muitas questões se me levantam:
Concordo que o aborto deve ser permitido/legal. Mas em que circunstâncias?
- Incondicionalmente, até às doze semanas, mesmo que o feto seja perfeito?
(Hoje é esta a opinião de quase toda a gente!)
- E, quando o feto é mal-formado, e a situação é detectada: - Até quando é legítimo interromper a gestação?
(Claro que em ambos os casos a última palavra caberá aos pais... A meu ver as comissões de ética, não
têm nada para decidir, nestas situações)
- Quanto aos recém nascidos (ou fetos já viaveis) a estória a meu ver é outra: acabar com eles é matar, e deve dar direito a cadeia...
Contudocada caso é um caso.
Uma mãe pode ficar perturbada. Pode acontecer que o filho seja uma "desilusão" tão grande, que está para além das suas capacidades emocionais. Eu compreendo que uma mãe, nestas situações, não aguente. Pode não suportar a carga, (antes, ou depois do nascimento... ou durante o desenrolar da vida)
Um filho deficiente geralmente é amado e torna-se algo de precioso para os pais. (Felizmente costuma ser assim). Mas o fado tb pode ser outro! Eu que trabalhei com deficientes, sei o que pode ficar disfuncional numa família onde existem deficientes... Tantas coisas, podem acontecer, a tantos níveis!
É natural que as pessoas estejam divididas quando abordam este tema...
2)A Eutanásia é outra coisa:
Para mim é obvio, que sendo a vida um bem, toda a gente tem direito de prescindir dele, quando se fartar da vidinha. Parece que há "otários" que o fazem sem terem motivos que aparentemente o justifiquem. Más decisões, acontecem!!!
Mas que dizer daqueles casos em que a vida é um arrastar na dor sem fim, e sem esperança. Eu compreendo, e acho que pode ser uma decisão acertada. Eu própria acredito que o faria em determinadas circunstâncias (apesar de me considerar a pessoa mais agarrada à vida que conheço ;)))).
Tb aceito que se ajude a por termo à vida a alguem que esteja numa situação insuportável, cansados de sofrer, e sem esperança e não tenha capacidade para o fazer.
Também aquicada caso é um caso!
Colocado por: LuBDois casos que me foram próximos...
1)Nascer, sim ou não?
Uma mãe que já tinha quase 40 anos. Queria engravidar mas nunca conseguiu. Faz tratamento e finalmente consegue... Tudo eram rosas...
Em dada altura a gravidez começa a correr mal. A criança não se desenvolve porque um mioma (uma mola), de repente, com a alteração hormonal, desata a crescer mais rápido que a criança e ocupa quase todo o espaço dentro do útero.
Lá para os quatro meses, os pais vêem na ecografia, com horror, o que está a acontecer. O médico que é anti aborto, não pinta a situação com tintas demasiado negras, aparentemente deseja que o aborto seja evitado A situação é de grande risco mas decidem ir em frente. .
Quando o feto atinge os seis (ou sete?) meses provoca-se o parto para que a criança se desenvolva numa incubadora... A criança sobrevive. É deficiente mental, não tem autonomia, e ficará sempre dependente dos pais.
Valeu a pena?
Não sei... (A criança não é minha, não posso saber o que teria sido melhor, ou pior, para os pais e para a criança)
Sei que não gostaria de ser "aquela garota" nem "a mãe da garota"!
2)Morrer, sim ou não?Quando?
A mãe duma pessoa da minha família teve um cancro do fígado. Foi operada, e embora a situação fosse muito preocupante, havia a esperança de que ainda recuperasse uma boa qualidade de vida, pelo menos por algum tempo.
Quando a minha familiar foi falar com o médico que a operou, perguntou-lhe, muito ansiosa, se a operação tinha corrido bem.
Para espanto dela, o médico que lhe operou a mãe (um indivíduo novo e conhecido, tinham sido colegas de liceu) disse-lhe:
- Correu sim.
- Obrigada, estou tão contente.
- Não sei se é caso para isso...
- Porquê?
- Queres que eu seja sincero?
- Diz lá
- Antes tivesse corrido mal.
- Porque dizes isso?
- E A tua mãe tinha ficado na operação. Tu sofrias um desgosto, mas ela obtinha paz. Agora sabes o que vai acontecer?
A tua mãe, vai andar 6 meses a piorar, a ficar cada vez mais amarela e a sofrer. Acaba a deitar o fígado pela boca. Ninguém ganha nada com isto...
E, assim foi...
Colocado por: Princesa_não quero acreditar que defende que se devam matar bebés
Colocado por: system32- Aborto sim , mas apenas para acidentes e nunca incondicionalmente
- Feto mal formado: sempre
- Recém nascidos: (= feto mal formado)
Que seja complicado uns pais tomares essas decisões: acredito!! Mas não significa que não devam ser tomadas. A vida de pais com criança deficiente acaba ali!! Passam a viver em função do mesmo!
Colocado por: Princesa_Assim, existe uma grande diferença entre embrião, feto e recém-nascido! Sendo que confundir um feto com um recem nascido para estes efeitos me parece terrivelmente desumano...
Colocado por: becashttp://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/miguel-palha
Colocado por: oxelfeRBoas,
"O primeiro pai fazia ao filho a pergunta da utilidade: «Qual o nome do meio de produção em que você deseja ser transformado?» "
Engraçado, noutra discussão que aqui tivemos, este artigo tinha sido também interessante, e nessa provavelmente a Becas discordaria dele ;)
Divirtam-se,
João Dias e seu gato psicanalista
Colocado por: becas
Não consigo comentar mais as posições do system, tentei ser subtil, ele não entendeu, o j cardoso já disse o que eu podia dizer - há, realmente, seres da espécie humana que nos fazem pensar se serão pessoas...ou não pessoas.
http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/miguel-palha
Aconselho a leitura desta crónica do médico Miguel Palha que, para além de pediatra, também é pai de uma criança com síndrome de Down. Pelos vistos a vida dele não acabou com o nascimento da filha.
Colocado por: becasPortanto, nessa discussão continuaria a concordar com o Miguel Palha...
Colocado por: Princesa_E também não é verdade que a vida dos pais "acabe", na maior parte dos relatos, aprendem a dar valor à vida.
Aconselho a leitura desta crónica do médico Miguel Palha que, para além de pediatra, também é pai de uma criança com síndrome de Down. Pelos vistos a vida dele não acabou com o nascimento da filha.
Colocado por: LuBMas há casos muito mais difíceis, com deficiências profundas, ou transtornos graves de personalidade, que não estão de acordo com postal ilustrardo muitas vezes apresentado, em que o amor tudo vai resolver... E quando são os pais que "não aguentam" as coisas complicam-se... Surgem os traumas.
A Becas (e eu) tivemos a felicidade de nunca termos passado por certas situações, que estão para além do que é razoável pedir a uma mãe... Essas situações pôem problemas que abalam muitas das nossas certezas.
È por isso que eu, embora deplorando posições como a do Sistem que pelos vistos resolveria tudo sem qq problema, à Hitler, vejo o assunto como muito complexo e sou muito reservada ao abordar estes temas. Penso que existindo (sempre) condições éticas e humanas a respeitar, cada caso é um caso, e como tal terá de ser tratado....