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  2. Colocado por: oxelfeR (RIP)enquanto a segunda é "defendida" por uma maioria, a primeira não o é.

    Tenho as minhas dúvidas que assim seja. Em certos momentos das ditaduras de Hitler, ou de Salazar, ou de Castro, acredito que um plebiscito livre, justo e honesto, lhes daria uma maioria legitimadora.

    Por outro lado, também não ficaria espantado que num futuro próximo, um partido com um programa autoritário e restritivo das liberdades políticas e de expressão, saísse vencedor das eleições num pais da UE, por exemplo.
  3. Eu quando o digo, digo-o apenas para te "picar", não porque seja defensor ou não do: quem não está bem que se mude.

    Sim, eu sei. Mas na prática, acaba por ir dar ao mesmo: não te agrada o Estado? Azarinho, aguenta-te.

    O ridículo tem a ver com o facto de pores no mesmo patamar uma acção que coloca em risco a própria sobrevivência com outra que não coloca.

    Isso é estar a criticar a moldura, em vez do quadro. A questão coloca-se nos mesmos termos: perante 2 formas de organização da sociedade, apenas parece legítimo recomendar "se não gostas, muda-te" a quem se queixa de uma dessas formas de organização. Porquê? Porque a outra (o regime autoritário) é mal vista.


    Por outro lado, existe uma (grande) diferença entre uma ditadura e uma democracia (penso eu): enquanto a segunda é "defendida" por uma maioria, a primeira não o é.


    Por acaso, muitos regimes autoritários são ou foram apoiados, de forma explícita ou tácita, durante muito tempo, por boa parte da população. A Alemanha Nazi, a Itália de Mussolini, a Espanha de Franco, foram disso exemplos.

    Mas se tomarmos essa distinção como referência de legitimidade, surge outra questão. Se a vontade da maioria é o que determina a forma de organização do Estado (e a sua própria existência), é possível:
    a) Determinar, por vontade expressa da maioria, a dissolução de um Estado?
    b) Estabelecer um regime autoritário?
    c) Reduzir ou mesmo eliminar a liberdade de parte da população (para o bem dela, claro..) ?
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  5. Continua-me a parecer ridícula a comparação: se quiseres e sendo um pouco "bruto" (indo ao que pretendes), colocas ao mesmo nível o roubo e o assassínio?


    Mas a questão não é essa. A questão é: "Não gostas da forma de organização do Estado? Azarinho, emigra, porque a maioria do pessoal daqui até gosta", por oposição a "Não gostas da forma de organização do Estado? Pois é, pá, que chatice. Esses gajos são mesmo maus, não te deixam manifestar a tua vontade".
  6. Uma visão interessante sobre o direito à greve:

    http://oinsurgente.org/2012/11/14/da-imoralidade-do-direito-a-greve/
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  8. Uma visão interessante sobre o direito à greve:


    Também achei muito interessante, se calhar por motivos diferentes.

    O “direito à greve …. Afirma-se na herança do espírito corporativo dos regimes fascistas, e na “luta de classes” …


    Não demorou muito a sair asneira. Não sei a que país se refere o autor, a Portugal não é com certeza. Basta dar uma vista de olhos pela história da 1ª República para rapidamente desmentir este senhor: o direito à greve é muito anterior ao “espírito corporativo dos regimes fascistas”.

    Na sua essência, funciona como “ameaça” da corporação à sociedade, assentando portanto na promoção do egoísmo, da violência, do ódio, e no desrespeito da liberdade e chantagem perante os membros da suposta corporação que optem por não participar no “protesto”

    O direito à greve promove o egoísmo e o ódio? Egoísmo por pretender melhores condições de trabalho? Mas não é isso a lei da oferta e da procura de que tanto falam? Ou as “leis do mercado” passam a ser subitamente egoístas e imorais quando está em causa o factor trabalho?
    Nem comento a referência ao ódio, temo que seja assunto do foro psiquiátrico. Já a referência à liberdade não posso deixar passar – remeto para o argumento anterior: onde fica então a liberdade de discutir o preço a que querem vender o seu trabalho? Chantagem? Quer dizer, ao direito das associações patronais apresentarem as propostas que entendem convenientes chama-se negociação; ao direito dos trabalhadores de lutarem pelas suas propostas chama-se chantagem. Brilhante.

    O direito à greve é imoral, porque ao contrário do que se diz, é inimigo da liberdade, pois dá cobertura legal a que uma minoria desrespeite as suas obrigações e responsabilidades, sacrificando a liberdade e a vida de pessoas alheias à relação laboral.

    Eu percebo, defende o direito à greve inócua. Talvez ao fim de semana ou durante a noite – mas só para os que não trabalham a essas horas. Melhor ainda: nas férias. As greves só serão permitidas no período de férias- enquanto as houver, claro, que bem vistas as coisas as férias se calhar também “sacrificam a liberdade e a vida de pessoas alheias à relação laboral”, pelo menos enquanto duram.

    os doentes que necessitam de tratamento, as crianças que deveriam estar na escola, a deslocação dos que querem trabalhar, as pessoas que no estrangeiro pretendem regressar para junto das suas famílias, as encomendas que ficam retidas nos portos, os restaurantes que vêm limitada a sua produção diária: todos são solidários com o protesto à força. Será que faz mesmo sentido, e não deveria haver direito à indignação de quem é prejudicado, à força?

    O autor nunca ouviu falar da obrigatoriedade de cumprir os serviços mínimos? Já agora: os restaurantes? E porque não as tascas? E os sapateiros? E as retrosarias?

    Acho que o Sr. Fonseca fazia melhor em ganhar juízo, aprender a cozinhar e ir comer a casa em dia de greve. Ou que vá ao Gambrinus que nunca ouvi dizer que fizessem greve, dizem que a perdiz é muito boa e tem o salutar hábito de servir vinho a copo.
  9. Colocado por: J.FernandesUma visão interessante sobre o direito à greve:


    Esse artigo é tolo.

    A imoralidade não está no acto da greve. O acto de fazer greve é normal. E o objectivo da greve é mesmo causar prejuízo, de maneira a que se torne evidente o quanto o trabalho vale. O problema da maioria das greves está na associação do poder de fazer greve com a protecção do trabalho. Não é por acaso que há maior adesão à greve no sector público, onde o risco de fazer greve é nulo devido a artifícios legais.
  10. Eh pá! Mas queres continuar a comparar o que te rouba com o que te dá um tiro nos miolos? Achas que há comparação possível?


    E você a dar-lhe.. não interessa se um rouba e o outro me impede de exprimir opinião (o tiro nos miolos é relativamente menos frequente). O que interessa é que, perante 2 situações em que a minha predisposição é a mesma (recusar a legitimidade), o oxelfer me dá 2 conselhos diferentes. E esses conselhos são diferentes não por uma questão substantiva de falta de legitimidade da minha recusa, mas apenas porque um dos regimes é mal-visto.
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  13. Eu acho o artigo interessante, porque é um ponto de vista original, não quer dizer que eu o subscreva.
    Naturalmente, que as pessoas devem ter o direito de suspenderem o seu trabalho individual ou colectivamente, pelo tempo que entenderem e pelas causas que achem dignas de defender, dentro dos limites da lei que enquadra as greves.
    Mas a lei deveria também permitir que os interesses de empresas e consumidores fossem igualmente defendidos, isto é, as empresas deveriam poder recorrer sem limitações a tarefeiros que substituíssem os grevistas, no período em que as greves decorressem.
    Não há justificação nenhuma para que uma empresa que tenha todas as suas obrigações em dia, fique com o seu futuro em risco por causa de uma luta que dure vários dias, por melhores salários, por exemplo.
  14. Colocado por: J.FernandesNão há justificação nenhuma para que uma empresa que tenha todas as suas obrigações em dia, fique com o seu futuro em risco por causa de uma luta que dure vários dias, por melhores salários, por exemplo.


    Não há? Claro que há... e a arma de força é mesmo essa. Se os trabalhadores se sentirem injustiçados e se juntarem livremente podem perfeitamente "mostrar quem manda", se for preciso levando a empresa à falência. Mas sofrem as consequências... Agora se não há consequências para os trabalhadores em fazer greve, é estúpido. No limite faz-se greve dia sim dia não. É pá... greve dia sim dia não faz-me lembrar qualquer coisa.
  15. Colocado por: danobregaNão há? Claro que há... e a arma de força é mesmo essa. Se os trabalhadores se sentirem injustiçados e se juntarem livremente podem perfeitamente "mostrar quem manda", se for preciso levando a empresa à falência. Mas sofrem as consequências... Agora se não há consequências para os trabalhadores em fazer greve, é estúpido. No limite faz-se greve dia sim dia não. É pá... greve dia sim dia não faz-me lembrar qualquer coisa.

    Dê-me uma boa razão para os trabalhadores terem a liberdade de fazer greve, mas a empresa não ter a liberdade de recorrer a mão de obra externa para poder cumprir os seus compromissos para com os clientes. Mas uma razão que não assente no preconceito habitual do trabalhador coitadinho que é explorado pelo capitalista.
  16. Colocado por: J.FernandesDê-me uma boa razão para os trabalhadores terem a liberdade de fazer greve, mas a empresa não ter a liberdade de recorrer a mão de obra externa para poder cumprir os seus compromissos para com os clientes.


    Onde é que eu disse que concordava com isso? Até disse o contrário...
    • jpvng
    • 15 novembro 2012 editado
    Sicasal investe 10 milhões de euros na recuperação da fábrica em Mafra
    14/11/2012 | 17:08 | Dinheiro Vivo
    O primeiro-ministro e o ministro da Economia inauguraram hoje as obras da fábrica da Sicasal, em Mafra, um investimento de 10 milhões de euros na recuperação das instalações após o incêndio de há um ano.
    Os dois governantes visitaram a zona recuperada e elogiaram o trabalho da empresa, que exporta 40% da sua produção e emprega 650 trabalhadores, sem que nenhum tivesse sido despedido na sequência do incêndio de há um ano, que destruiu grande parte da zona de produção.
    O administrador da empresa, Álvaro Silva, anunciou que foram investidos 10 milhões de euros na recuperação da área ardida, correspondente a nove mil metros quadrados, através de capitais próprios. "Não ficámos à espera dos seguros", disse.
    Além da manutenção dos postos de trabalho, o empresário sublinhou o esforço dos seus trabalhadores que, confrontados com a destruição da sala de desmanche, se "repartiram em dois turnos" para não baixarem a produção.
    A produção e consequente faturação ficaram prejudicadas em cerca de 10%.
    O administrador anunciou mais 15 milhões de euros em obras de ampliação, que deverão começar durante o primeiro semestre de 2013. Vai ser construída uma nave industrial de três pisos, com mais de 10 mil metros quadrados de área.
    A empresa vai ficar dotada de modernas tecnologias e vai remodelar a secção de desmanche e o setor dos congelados.
    A fábrica, que se dedica há 44 anos ao abate e transformação de carne, faturou 96,3 milhões de euros em 2011 e exporta 40 por cento da sua produção, tendo como principais mercados Moçambique, Cabo Verde, São Tomé, Luxemburgo, Canadá, Rússia, França, Suíça e Inglaterra.


    É de empresários destes que precisamos, da minha parte faço questão de desde há um ano, de sempre que preciso de produtos do género privilegiar os produtos da Sicasal, faço isto desde que há um ano atrás vi este empresário a dizer que tudo ia fazer para não despedir um único trabalhador.
    Temos poucos bons empresários por isso achei relevante este artigo.
    • jpvng
    • 15 novembro 2012 editado
    Ao Passos coelho que teve a lata de elogiar os que foram trabalhar ontem relembro o que toda a gente sabe..a maior parte das pessoas que não fizeram greve não o fizeram porque precisam do dinheiro, porque têm medo de represálias e de serem despedidos e outros porque as empresas onde trabalham estão com dificuldades; porque de resto não conheço ninguém que não esteja de acordo com a greve. Ele sabe bem disso mas gosta de provocar
    Também queria mais uma vez acentuar o nojo que me mete o Sr João Proença que mais uma vez fugiu das responsabilidades e não aderiu à greve pela direcção da UGT,apesar dos mais de 30 sindicatos da UGT que o fizeram (inclusive o dele próprio)é uma personagem que mete um asco tal que evito ate de olhar para a cara dele. Considero-o um dos principais responsáveis da desgraça que esta a acontecer a quem trabalha e ao País. Foi ele que tirou qualquer limite ou senso de limite a este radical neoliberal e mentiroso do 1º ministro.
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  18. Esse facto é tão inamissível como a violência daqueles insurrectos na assembleia da republica no dia da greve.
    Mas não é de admirar visto este governo ser um governo de gente sem carácter na sua maioria.
    Se calhar um estará ligado ao outro.
 
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