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  1.  # 1

    Saudações helvéticas!
    Descobri este forum recentemente enquanto "googlava" e, decidi começar a acompanhar vários tópicos para me ir ambientando ao vasto universo de questões relacionadas com a compra de casa. Estou seguro que foi uma boa decisão :)

    Ora cá vai... (informo antecipadamente que a situação é complexa - como não poderia deixar de ser)

    Tenho 24 anos, há 3 anos, sozinho e de espírito aventureiro, deixei a minha Lisboa e todas as coisas boas que lhes estão inerentes e vim trabalhar para Suíça.
    Tudo corre como planeado e se assim continuar dentro de dois anos estarei de regresso a terras lusitanas, talvez não definitivamente, mas por uns bons tempos é certo.

    O meu estilo de vida é pouco sedentário e como tal nunca esteve nos planos a aquisição de casa própria. Recentemente voltei a ponderar a questão e começo a ver esta possibilidade com outro olhos, não só por estar cada vez mais seguro que é em Lisboa onde quero viver como pela viabilidade financeira desta opção. Viabilidade financeira porquê? 1 - Valorização no longo-prazo superior à taxa de inflação. 2 - Possibilidade de arrendamento. 3 - Diversificação de património / distribuição de capital por activos com diferentes níveis de risco.

    Agora a parte má:

    1 - Se decidisse comprar casa agora, acredito que teria facilidade no acesso ao crédito por parte da banca portuguesa uma vez que a realidade salarial na Suíça é bastante superior à de Portugal, mas... O problema: Dentro de dois anos irei regressar a Portugal, contudo deixarei de ter fontes de rendimento aos olhos das finanças, na prática elas continuarão a existir mas eu terei acesso as mesmas através de um cartão de débito Suíço, desta forma evito dupla tributação sobre rendimentos que já foram sujeitos a deduções. A questão é: Como poderei justificar às finanças, se for caso disso, os rendimentos que me permitem pagar a mensalidade ao banco mais todas as despesas inerentes à manutenção da casa?

    2 - Existe a possibilidade de fazer a escritura em nome de um familiar e uma vez terminado o pagamento do crédito à banca, passar a casa para meu nome. Qual a viabilidade desta situação? Quais os custos inerentes à transferência de proprietário?

    3 - Se for caso disso, quais as taxas "extra" que devo considerar por ser não-residente? Relativamente ao acesso ao crédito, existem condições especiais para não-residentes?

    4 - Deverei consultar um advogado ou contabilista para mais exclarecimentos?

    O meu conhecimento sobre a matéria é ainda muito fraco, mas pouco a pouco, com a vossa ajuda espero adquirir algum conhecimento que me ajude a tomar um primeiro passo. Todo o feedback é bem-vindo.

    Thanks in advance.
    •  
      FD
    • 4 junho 2013

     # 2

    Colocado por: MetallisingComo poderei justificar às finanças, se for caso disso, os rendimentos que me permitem pagar a mensalidade ao banco mais todas as despesas inerentes à manutenção da casa?

    E porque é que precisaria de o justificar? Não é dinheiro poupado?

    Colocado por: Metallising2 - Existe a possibilidade de fazer a escritura em nome de um familiar e uma vez terminado o pagamento do crédito à banca, passar a casa para meu nome. Qual a viabilidade desta situação? Quais os custos inerentes à transferência de proprietário?

    Existe, depende é da confiança que tem nesse familiar e do risco que existe em que algo corra mal.
    Se por exemplo, estiver a falar de um pai, se existirem mais irmãos e o pai falecer, quem é que garante que um dos filhos não quer a parte dele da casa?
    Para transferir a casa, o ideal é, se não houver uma relação de descendência, vender. Os custos burocráticos devem rondar os 500€ a 1000€ + impostos. Os impostos variam muito consoante o valor da casa.

    Colocado por: Metallising3 - Se for caso disso, quais as taxas "extra" que devo considerar por ser não-residente? Relativamente ao acesso ao crédito, existem condições especiais para não-residentes?

    Só se estiver num paraíso fiscal é que tem que se preocupar: http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/F12BDEC0-2A51-4852-A015-A1BAFB08A4E6/0/portaria_150-2004_de_13_de_fevereiro.pdf
    Condições especiais, talvez existam mas, tem que procurar.

    Colocado por: Metallising4 - Deverei consultar um advogado ou contabilista para mais exclarecimentos?

    Acho que não há grande necessidade...
  2.  # 3

    Antes de mais agradeço o feedback FD.

    Correcto, é dinheiro poupado, mas aplicado em investimentos que geram rendimentos (pagamentos regulares) e ganhos de capital. Se a minha residência fiscal for em Portugal todos os retornos provenientes dos investimentos são taxáveis, coisa que eu quero evitar a todo o custo umas vez que as taxas são elevadíssimas. Em Portugal considera-se uma pessoa que investe como sendo rica e entende-se que deve ser taxada como tal... quando se aplica uma taxa superior a 30% sobre ganhos de capital torna-se completamente desmotivador investir. Obviamente que existe a possibilidade de não declarar estes investimentos que na realidade serão a minha única fonte de rendimento no futuro, mas a questão coloca-se: Se não declarar qualquer tipo de rendimentos, poupanças/investimentos as finanças não virão à minha procura para justificar de onde vem o dinheiro que me permite pagar a mensalidade ao banco?

    Imaginemos as seguintes situações:

    1 - A escritura é feita em nome da minha mãe. Dentro de 20 anos o empréstimo está pago e a minha mãe faz-me a doação (não confundir com venda) da casa. Certamente existirão os custos burocráticos para transferência do imóvel para meu nome. Quanto a impostos e outras taxas especiais, alguma coisa a assinalar?

    2 - A escritura é feita em nome da minha mãe que acaba por falecer antes do pagamento da totalidade do empréstimo. Por direito de descendência a casa passaria para meu nome. Nesta situação, os custos associados à transferência do imóvel irião diferir dos custos associados à da situação anterior?

    Entretanto ocorreu-me uma outra opção: Vir viver para Portugal mas manter o meu visto de residência na Suíça, o que implica manter a minha morada fiscal nesse mesmo país. Assim poderia habitar e comprar casa em Portugal sem ter qualquer compromisso com as finanças portuguesas, somente com a finanças Suíças, que diga-se, são bastante mais razoáveis no que toca a impostos. Neste caso a minha morada "oficial" continuaria a ser no estrangeiro enquanto na verdade eu estaria a viver em Portugal.

    Thanks in advance :)
  3.  # 4

    Pode ter uma casa em Portugal e não ser a sua habitação própria permanente.

    Se for a sua habitação secundária (férias) não tem que declarar os rendimentos aqui.
  4.  # 5

    Colocado por: MetallisingViabilidade financeira porquê? 1 - Valorização no longo-prazo superior à taxa de inflação. 2 - Possibilidade de arrendamento. 3 - Diversificação de património / distribuição de capital por activos com diferentes níveis de risco.


    1- Não conte com isso! Pelo contrário, conte que o preço das casas vai cair (e bastante). Há 40% de excesso de casas no país.
    2- O mercado de arrendamento também deve ver as rendas descer significativamente com a descida do preço das casas.
    3- Faz sentido.

    Colocado por: MetallisingSe decidisse comprar casa agora, acredito que teria facilidade no acesso ao crédito por parte da banca portuguesa uma vez que a realidade salarial na Suíça é bastante superior à de Portugal, mas... O problema: Dentro de dois anos irei regressar a Portugal, contudo deixarei de ter fontes de rendimento aos olhos das finanças,


    Dificilmente consegue utilizar os rendimentos noutro país para uma hipoteca. Talvez consiga com um banco com balcão na Suiça (CGD, BPI....).... mas será muito dificil.
    Simplesmente em caso de execução da hipoteca, perante a casa a valer menos que o valor do empréstimo os bancos ficam sem forma de lhe executar o salário no outro país para pagar o resto da divida (de forma "simples"). Nesta altura do campeonato duvido que um banco arrisque neste cenário.
    Ou paga a pronto ou tem rendimentos em Portugal para garantir a hipoteca.
    Depois, se ler as noticias, os bancos em Portugal só estão a emprestar num cenário: casas do próprio banco.

    Colocado por: MetallisingVir viver para Portugal mas manter o meu visto de residência na Suíça,

    Tenha atenção que a Suiça é muito benevolente para fortunas de estrangeiros mas é implacável para contas bancárias de não residentes. Pode arranjar problemas criminais sérios se mantiver uma conta aberta fingindo que é residente (porque não pagam comissões generosas da banca privada para estrangeiros). Confirme, mas é razão para a próxima visita à Suiça ir ter de falar com o juiz.
    Já tive uma conta na Suiça e fui claramente e veemente aconselhado a fechar antes de deixar o país.

    Colocado por: Metallisingsomente com a finanças Suíças, que diga-se, são bastante mais razoáveis no que toca a impostos.

    Não sei onde foi buscar essa ideia, num dos paises com taxas de impostos mais altas do mundo.
    Quer é viver no melhor dos dois mundos: evitar as taxas altissimas sobre habitação, residuos, municipais da Suiça e aproveitar as taxas baixas sobre o rendimento.... ao mesmo tempo que paga só o baixissimo IMI em Portugal e evita as altas taxas sobre rendimentos.
    Pode dar-se muito mal, por causa dos acordos de dupla tributação entre os países. Olhe que há troca de informação entre as finanças dos dois, por causa desses mesmos acordos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Metallising
    •  
      FD
    • 6 junho 2013

     # 6

    Colocado por: MetallisingSe não declarar qualquer tipo de rendimentos, poupanças/investimentos as finanças não virão à minha procura para justificar de onde vem o dinheiro que me permite pagar a mensalidade ao banco?

    Depende do património. Leia: http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/lgt/lgt89a.htm

    Colocado por: Metallising1 - A escritura é feita em nome da minha mãe. Dentro de 20 anos o empréstimo está pago e a minha mãe faz-me a doação (não confundir com venda) da casa. Certamente existirão os custos burocráticos para transferência do imóvel para meu nome. Quanto a impostos e outras taxas especiais, alguma coisa a assinalar?

    Na doação, paga 0,8% de Imposto de Selo e custos burocráticos de +/- 1.000€.
    Se for herdado, não paga nada.
    Tem que tomar uma decisão agora mas, lembre-se que a legislação de hoje não é a legislação de daqui a 20 anos. Tudo pode mudar.

    Colocado por: Metallising2 - A escritura é feita em nome da minha mãe que acaba por falecer antes do pagamento da totalidade do empréstimo. Por direito de descendência a casa passaria para meu nome. Nesta situação, os custos associados à transferência do imóvel irião diferir dos custos associados à da situação anterior?

    Se for herdado, não paga nada.

    Quanto ao resto, não posso ajudar.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Metallising
  5.  # 7

    Colocado por: Silver WolfPode ter uma casa em Portugal e não ser a sua habitação própria permanente.

    Se for a sua habitação secundária (férias) não tem que declarar os rendimentos aqui.


    Correcto. Acontece que tenciono regressar a Portugal definitivamente, portanto não será só casa de férias. Contudo, posso manter a minha morada "oficial" na Suíça enquanto na realidade habito em Portugal, desta forma a casa será considerada como 2ª habitação e evito obrigações fiscais em Portugal.


    adias,

    Acredito que o valor do mercado imobiliário em Portugal seja bastante volátil no futuro a curto/médio prazo, mas se pensarmos num horizonte de tempo superior a 30 o risco de desvalorização é reduzido drásticamente.

    Quanto ao acesso ao crédito por parte da banca Portuguesa não estava à espera dessa. Assim, como não residente tenho alguma alternativa no que diz respeito ao crédito à habitação? Já me informei e os bancos Suíços não fazem crédito à habitação no estrangeiro, a minha esperança era a banca Portuguesa... Quanto a pagar a pronto não é uma opção viável para mim.

    Tenha atenção que a Suiça é muito benevolente para fortunas de estrangeiros mas é implacável para contas bancárias de não residentes. Pode arranjar problemas criminais sérios se mantiver uma conta aberta fingindo que é residente (porque não pagam comissões generosas da banca privada para estrangeiros). Confirme, mas é razão para a próxima visita à Suiça ir ter de falar com o juiz.
    Já tive uma conta na Suiça e fui claramente e veemente aconselhado a fechar antes de deixar o país.


    Se mantiver o meu visto de residência na Suíça não há forma de ser considerado "não residente", serei sempre considerado como residente na Suíça. Como poderão as entidades fiscais Suíças aperceber-se que não resido no país? Além disso não mantenho investimentos na banca Suíça, por isso torna-se evidente que não estou a tentar contornar essas "comissões generosas". Também não sou milionário (ao contrário dos 11,8% da população residente na Suíça), portanto acredito que dificilmente terei as finanças interessadas em mim, uma vez que dentro dos padrões Suíços sou "pobre"....

    Não sei onde foi buscar essa ideia, num dos paises com taxas de impostos mais altas do mundo.
    Quer é viver no melhor dos dois mundos: evitar as taxas altissimas sobre habitação, residuos, municipais da Suiça e aproveitar as taxas baixas sobre o rendimento.... ao mesmo tempo que paga só o baixissimo IMI em Portugal e evita as altas taxas sobre rendimentos.
    Pode dar-se muito mal, por causa dos acordos de dupla tributação entre os países. Olhe que há troca de informação entre as finanças dos dois, por causa desses mesmos acordos.


    As taxas que me dizem respeito são baixissimas. 1 - Na Suíça não se paga taxa sobre ganhos de capital (mais-valias entre compra e venda de um activo), em Portugal a taxa ronda os 30%. 2 - As taxas sobre rendimentos na Suíça são claramente mais baixas que em Portugal. Como rendimentos pode-se entender um salário fixo ou no caso de investimentos juros de depósitos à ordem, depósitos a prazo, contas poupança, seguros financeiros, cupões de obrigações, dividendos de acções, rendas sobre imobiliário.

    Para manter o meu visto de residência na Suíça não posso evitar as taxas que refere. As taxas sobre residuos e municipais não são contornáveis, sobre a habitação não pago taxas porque sempre aluguei. Além disso há ainda que pagar o seguro de saúde obrigatório para qualquer residente na Suíça, mínimo 200€/mês.

    Mesmo existindo troca de informação entre as finanças dos dois países, não irei declarar qualquer actividade em Portugal, teoricamente não irá haver qualquer actividade suspeita em Portugal que as autoridades Suíças possam fiscalizar.

    Agradeço a sua intervenção. :)
  6.  # 8

    Colocado por: MetallisingAcredito que o valor do mercado imobiliário em Portugal seja bastante volátil no futuro a curto/médio prazo, mas se pensarmos num horizonte de tempo superior a 30 o risco de desvalorização é reduzido drásticamente.


    Pelo contrário. Portugal está num ponto de inversão dos preços, depois de 30 anos sempre a subir. As taxas de juro estão a 0 ou muito perto. Daqui só podem subir.
    Assim que o fizerem o imobiliário começa a descer.
    Junte-lhe um excesso de oferta de 40%, população a envelhecer e portanto cada vez menos pessoas e tem receita para preços a descer por décadas.

    Colocado por: MetallisingSe mantiver o meu visto de residência na Suíça não há forma de ser considerado "não residente", serei sempre considerado como residente na Suíça. Como poderão as entidades fiscais Suíças aperceber-se que não resido no país? Além disso não mantenho investimentos na banca Suíça, por isso torna-se evidente que não estou a tentar contornar essas "comissões generosas". Também não sou milionário (ao contrário dos 11,8% da população residente na Suíça), portanto acredito que dificilmente terei as finanças interessadas em mim, uma vez que dentro dos padrões Suíços sou "pobre"....


    Ter visto de residência, não é equivalente a viver. Se não mantiver uma morada onde possa responder e pela qual paga impostos (seja própria, arrendada, sua ou partilhada, na Suiça há sempre lugar a impostos por residência) fica no radar: tem visto, mas não tem residencia.
    Como lhe disse a Suiça gosta dos milionários (porque pagam comissões generosas) mas implacável pelos "pobres" que não aquecem nem arrefecem na fortuna, se não estiverem a trabalhar por salários "baixos" no próprio país. Assim que deixa de trabalhar, começa a ficar no radar dos " não nos dão lucro pelo trabalho, mas querem manter cá as poupanças para não pagar impostos, sem pagar comissões chorudas".
    Confirme se ainda é ilegal ou não (e fiscalizado) manter contas correntes abertas após deixar o país efectivamente, antes de se meter em aventuras.

    Colocado por: MetallisingMesmo existindo troca de informação entre as finanças dos dois países, não irei declarar qualquer actividade em Portugal, teoricamente não irá haver qualquer actividade suspeita em Portugal que as autoridades Suíças possam fiscalizar.

    Há, assim que em Portugal tenha actividade fiscal (Seja a que seja) e haja troca de informação (que pode não acontecer, diga-se), ambos os países ficam a saber que está a manter dupla residência. Se Portugal se borrifa para isso, a Suiça lança-lhe os lobos.

    Colocado por: Metallisingsobre a habitação não pago taxas porque sempre aluguei.

    Paga e não é pouco. Não paga diretamente.... mas paga na renda ao senhorio, que depois dá ao cantão!
    Vai continuar a pagar uma casa e um seguro de saúde para ter uma taxa de imposto sobre rendimentos mais baixa? Não vai gastar muito mais no "esquema" que as vantagens?


    No essencial, o meu conselho é: olhe que as casas em Portugal estão a cair bastante e provavelmente prestes a colapsar forte e feio. O tempo de comprar casa na "terrinha" manter fechada e ve-la subir de preço já foi. E de que maneira. Comprar casa para fazer de depósito bancário com "juros" de 4 ou 5% ao ano, via valorização, nunca mais acontece!
  7.  # 9

    Colocado por: MetallisingTenho 24 anos


    Colocado por: MetallisingSe decidisse comprar casa agora, acredito que teria facilidade no acesso ao crédito por parte da banca portuguesa



    Colocado por: Metallisingestes investimentos que na realidade serão a minha única fonte de rendimento no futuro,



    Colocado por: MetallisingQuanto a pagar a pronto não é uma opção viável para mim.



    Colocado por: MetallisingTambém não sou milionário (ao contrário dos 11,8% da população residente na Suíça),



    Colocado por: Metallisingnão mantenho investimentos na banca Suíça


    É impressão APENAS minha, ou todas estas afirmações limitam-se a SONHOS? 24 anos, não pode pagar casa a pronto, ... quer comprar casa recorrendo a crédito ...
    Se a ideia é residir na casa, por que é que não arrenda uma? Se a ideia é investir e rentabilizar, com crédito ... nesta altura ... ??? Há aqui algo que não bate certo; ou serei eu que não tenho imaginação para mais?
  8.  # 10

    Sim, a dar 4 ou 5 por cento ao ano só os depositos bancários... isto se não suceder como no Chipre, não é Adias? Se não é ... 10por cento negativos ao dia! A malta ainda não percebeu que as cadernetas prediais são muito mais seguras do que as cadernetas bancárias e continua a engrossar as contas e as comissões bancárias...

    Colocado por: adias

    Pelo contrário. Portugal está num ponto de inversão dos preços, depois de 30 anos sempre a subir. As taxas de juro estão a 0 ou muito perto. Daqui só podem subir.
    Assim que o fizerem o imobiliário começa a descer.
    Junte-lhe um excesso de oferta de 40%, população a envelhecer e portanto cada vez menos pessoas e tem receita para preços a descer por décadas.



    Ter visto de residência, não é equivalente a viver. Se não mantiver uma morada onde possa responder e pela qual paga impostos (seja própria, arrendada, sua ou partilhada, na Suiça há sempre lugar a impostos por residência) fica no radar: tem visto, mas não tem residencia.
    Como lhe disse a Suiça gosta dos milionários (porque pagam comissões generosas) mas implacável pelos "pobres" que não aquecem nem arrefecem na fortuna, se não estiverem a trabalhar por salários "baixos" no próprio país. Assim que deixa de trabalhar, começa a ficar no radar dos " não nos dão lucro pelo trabalho, mas querem manter cá as poupanças para não pagar impostos, sem pagar comissões chorudas".
    Confirme se ainda é ilegal ou não (e fiscalizado) manter contas correntes abertas após deixar o país efectivamente, antes de se meter em aventuras.


    Há, assim que em Portugal tenha actividade fiscal (Seja a que seja) e haja troca de informação (que pode não acontecer, diga-se), ambos os países ficam a saber que está a manter dupla residência. Se Portugal se borrifa para isso, a Suiça lança-lhe os lobos.


    Paga e não é pouco. Não paga diretamente.... mas paga na renda ao senhorio, que depois dá ao cantão!
    Vai continuar a pagar uma casa e um seguro de saúde para ter uma taxa de imposto sobre rendimentos mais baixa? Não vai gastar muito mais no "esquema" que as vantagens?


    No essencial, o meu conselho é: olhe que as casas em Portugal estão a cair bastante e provavelmente prestes a colapsar forte e feio. O tempo de comprar casa na "terrinha" manter fechada e ve-la subir de preço já foi. E de que maneira. Comprar casa para fazer de depósito bancário com "juros" de 4 ou 5% ao ano, via valorização, nunca mais acontece!
  9.  # 11

    adias,

    Quanto à evolução dos preços do imobiliário. Tal como na bolsa, se comprar uma acção no pico da valorização e no mês seguinte desvalorizar 50%, não significa que perdeu dinheiro, será apenas uma oscilação cíclica do preço. No mercado acionista considera-se que se o seu prazo de investimento for superior a 5 anos então o risco do investimento é reduzido, historicamente por mais severo que seja o "crash" 5 anos serão o suficiente para voltar a ver o valor dos activos na estaca zero, existem exepcções. Passa-se o mesmo com o mercado imobiliário, mas o prazo do investimento deve ser mais longo uma vez que os "crashs" e os "booms" têm durações mais longas que o mercado acionista. Tudo o resto é "ruído".
    Alguns exemplos de ruído: 1929-1932 Grande Depressão nos US, o indíce de referência tombou 89%, no espaço de um ano recuperou mais de 100% e 30 anos mais tarde já se encontrava com o dobro da valorização desde o pico de 1929 antes do tombo. Mais ruído.... em 2008 o mercado acionista tomba mais de 50% derivado da crise que se continua a viver hoje, entretanto, a maioria dos indíces já recuperou mais de 100% desde que bateram no fundo, em alguns indíces mundiais, como por exemplo o SP500 (US) ou DAX (Alemanha) os máximos de 2008 já foram superados. Será necessário referir o "crash" de 1989 (Black Friday) ou 2000 (Internet bubble) ?
    Porque falo em mercados acionistas? Porque existe uma forte correlação entre o mercado imobiliário e o mercado acionista. Isto é o mesmo que dizer que a situação que se vive actualmente é equivalente a um "crash", talvez ainda não tenha batido no fundo, mas como não tenho bola de cristal e o futuro é tudo menos previsivel, o importante é reconhecer que houve uma forte desvalorização nos preços e isso pode representar boas oportunidades. Todos os investimentos acarretam riscos.

    No meio do "ruído", quando está tudo a bater no fundo e o ambiente que se vive é apocalíptico a aversão ao risco é enorme e a maioria prefer preservar capital. Porque será que o ouro bateu em máximos históricos quando em Agosto de 2011 se falava todos os dias nas notícias da inviabilidade do Euro? O "ruído" originou o pânico que levou milhões de particulares e institucionais a venderem todos os activos para se "refugiarem" no ouro, escusado será dizer que as coisas começaram a melhorar e o ouro tombou...

    Toda esta conversa para justificar que não tenho receio das oscilações futuras nos preços do mercado imobiliário, vou confiar na história. De qualquer forma não faz parte das minhas intenções vender a casa, especular sobre os preços do imobiário em Portugal nos próximos 40 anos não é para já uma prioridade.

    Para manter o visto de residência na Suíça tenho que cá manter uma morada, não há volta a dar. Não será um problema uma vez que tenho vários amigos a viver no país, basta transferir a morada, o processo é simples, já o fiz anteriormente. Para manter o visto tenho que pagar apenas a taxa obrigatória sobre residuos (ronda os 70€/ano) e o seguro de saúde.

    Se estiver a viver em Portugal sem apresentar rendimentos não terei actividade fiscal, como pode a Suíça "lançar-me os lobos"?

    O objectivo de comprar habitação própria não é mantê-la fechada à espera de valorização, é sim habita-la.

    JOCOR,

    Posso mas não quero, "empatar" dinheiro numa casa não me dá lucro. Se o dinheiro da compra da casa estiver investido então os rendimentos daí provenientes pagarão a mensalidade ao banco e as minhas restantes despesas. Obviamente que para ser viável as taxas de retorno têm que ser superiores aos juros pago ao banco. Excusado será dizer que investir em depósitos a prazo com 3% de juro não são opção viável, por outro lado o mercado acionista americano teve um retorno médio anual de 9,8% líquidos no último século. Não é sonho nenhum, é matemática, se tem dúvidas faça você as contas,
    Qual o sentido de alugar? Ao fim de 20 anos a pagar uma renda de 500€ "deitei ao lixo" 120000€. Por esse valor já comprava um T2 bem localizado em Lisboa....
  10.  # 12

    Caro Metallising;

    O imobiliário está actualmente a desvalorizar, mas a maior parte dos imóveis está a ser vendido abaixo do preço de custo e como é evidente terá que forçosamente valorizar, porque não poderá existir um mercado com preços abaixo do preço de custo por muito tempo. É uma questão de esperar para que o imobiliário volte a valorizar. Mas claro que tem que ter muito cuidado principalmente com a localização e qualidade de construção.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Metallising
  11.  # 13

    Caro Metallising, essas suas ideias, pelo que atrás já escreveu, mais não parecem do que SONHOS. Legítimos, nas suas 24 primaveras, mas sonhos.
    Dá-me a entender que terá tido uma experiência agradável na Bolsa (estrangeira), talvez dos USA, e que terá pago sobre esses investimentos de capital - como lhes chama - pequenos impostos. A esses "investimentos" também há quem lhes chame ESPECULAÇÃO, especulação essa que, com este nome, é muito mais taxada no nosso país (e, tendencialmente, em muitos mais). Aliás, se passar uma vista de olhos num forum sobre estes assuntos - o do Jornal de Negócios - verá que, entre outras coisas, investimentos bolsistas são taxados em todo o lado, e comparativamente, em Portugal, não são taxados por aí além. Também não dão a mínima "garantia" de rendimento futuro, REGULAR ou não.
    Para abreviar, nenhum Banco lhe emprestará dinheiro com base nos seus pretensos rendimentos bolsistas.
    Para abreviar ainda, a tendência é para que, cada vez mais uniformemente no "mundo civilizado", os mesmos rendimentos paguem, tendencialmente, os mesmos impostos.

    Repito, dê uma vista de olhos no forum do Jornal de Negócios sobre a Bolsa.
  12.  # 14

    E diz que é possível comprar um t2 em lisboa, bem localizado ? Onde? Também quero !!!
  13.  # 15

    No comentário anterior, eu queria dizer "E diz que é possível comprar um T2 em Lisboa, bem localizado, por 120.000 euros? Onde? Também quero!!!!"
  14.  # 16

    E diz que é possível comprar um T2 em Lisboa, bem localizado, por 120.000 euros? Onde? Também quero!!!!"


    na Musgueira, digo Alta de Lisboa tem por lá alguns, agora para mim aquilo não é bem localizado
  15.  # 17

    Caro JOCOR,

    Antes de mais gostaria de lhe agradecer pela forma construtiva como contribui para esta discussão... louvável de facto.

    Este tópico não foi criado com o objectivo de discutir formas de investimento, todas as referências que fiz ao mercado acionista foi para justificar o porquê de não estar preocupado com uma possivel desvalorização do imobiliário em Portugal.

    Nunca vendi uma acção, por isso nunca realizei ganhos de capital, como referi na Suíça os ganhos de capital não são taxáveis, portanto mesmo que realizasse mais-valias não haverião sequer "pequenos impostos". Sinceramente face à sua atitude não estou na disposição de despender muitas linhas de texto para lhe justificar o porquê da bolsa não ser um investimento especulativo mas sim de retorno positivo absoluto. Se quiser fazer melhor figura na sua próxima intervenção leia alguns livros sobre o assunto.

    Aliás, se passar uma vista de olhos num forum sobre estes assuntos - o do Jornal de Negócios - verá que, entre outras coisas, investimentos bolsistas são taxados em todo o lado, e comparativamente, em Portugal, não são taxados por aí além. Também não dão a mínima "garantia" de rendimento futuro, REGULAR ou não.


    1 - Os investimentos em bolsa não são taxados em lado nenhum, são taxados sim os retornos positivos.
    2 - Em Portugal as taxas aplicadas são "por aí além". Taxa de 28% sobre mais-valias e dividendos.
    3 - No longo prazo tem garantia total. No curto prazo pode contar pelo menos com distribuição de dividendos.

    Para abreviar, nenhum Banco lhe emprestará dinheiro com base nos seus pretensos rendimentos bolsistas.


    Como referi, a minha intenção seria pedir o empréstimo ao banco apresentando os meus recibos de vencimento enquanto trabalhador activo na Suíça. Entretanto já fiquei a saber que não sendo residente o banco não emprestará.

    Para abreviar ainda, a tendência é para que, cada vez mais uniformemente no "mundo civilizado", os mesmos rendimentos paguem, tendencialmente, os mesmos impostos.


    Assim espero, se as taxas em Portugal não fossem tão absurdas não teria problema nenhum em declarar tudo às finanças Portuguesas.

    Repito, dê uma vista de olhos no forum do Jornal de Negócios sobre a Bolsa.


    Estou registado há uns bons anos. Conheço bem a casa.

    "E diz que é possível comprar um T2 em Lisboa, bem localizado, por 120.000 euros? Onde? Também quero!!!!"


    Será mesmo necessário mandar-lhe os links? Procure através da Remax na zona dos Olivais por exemplo, são às dezenas, muitos por menos de 100.000€.
    "Bem localizado" é um conceito vago, varia de pessoa para pessoa, mas para mim é a melhor zona para se viver em Lisboa.
  16.  # 18

    Então está bem.
  17.  # 19

    Colocado por: Metallising3 - No longo prazo tem garantia total. No curto prazo pode contar pelo menos com distribuição de dividendos.


    Olhe que está redondamente enganado! Olhe que o que era, já não é. Olhe que o Dolar está pela hora da morte. Olhe que a "bolsa" "sobe" porque os EUA estão a imprimir dinheiro que nem loucos e isso vai ver-se em inflação em breve.
    Pode pensar que está a ganhar "muito", mas a inflação é implacável e inevitável numa economia que imprime dinheiro a rodos para "fugir em frente".

    Estude a história da republica de Weimar.
  18.  # 20

    Em investimentos de longo-prazo os movimentos cambiais acrescentam valor zero. Se estudar as relações cambiais no passado chegará a essa conclusão, se continuar com dúvidas pode encontrar centenas de estudos por diversas entidades no mundo das finanças que chegam à mesma conclusão. De qualquer forma, o ideal é estar diversificado quanto à exposição cambial e aos vários mercados mundiais, Europa, Pacífico, USA e mercados emergentes. Nos dias de hoje basta-lhe adquirir um fundo, como por exemplo o ETF transacionado em bolsa Vanguard Total World Stock para obter exposição a todas estas economias e moedas, no total 5000 empresas.
    Se detiver acções de empresas qual o problema da inflação? Na verdade, não existe melhor proteção contra a inflação. Se o preço da banana aumenta para o consumidor, não se esqueça que a empresa produtora e exportadora de bananas vai acumular esse ganho extra... obviamente, posteriormente distribuido para os investidores. Se tiver o seu dinheiro num depósito a prazo, pensa você que é seguro, mas na verdade nem o pagamento do juro chega para cobrir os danos nocivos da infação. A aversão aos mercados financeiros pelo comum mortal não tem qualquer fundamento lógico nem estatístico, ao contrário do possa pensar, o maior risco que se pode correr é não estar investido, como sabe 1000€ hoje não valem 1000€ daqui a um ano.

    Escreveu em cima que quando abandonou o país (Suíça) foi aconselhado a fechar a sua conta bancária. Poderia especificar-me qual a entidade que o aconselhou a tal?
 
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