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  1.  # 1

    Nota prévia, considero muito elevados em Portugal os preços dos combustíveis e eletricidade.

    Fala-se muito da falta de concorrência nos combustíveis e na eletricidade, de que as empresas ganham muito, e de que há concertação de preços.

    Não opinando quando a estas afirmações, o certo é que por diversos motivos alguns sectores de atividade chamam mais a atenção do que outros, e possivelmente injustificadamente.

    Tomemos o exemplo dos combustíveis e da grande distribuição nomeadamente Pingo doce e Continente. Se é consensual que nos combustíveis há menos concorrência e que muitos acham que a Galp ganha muito, o certo é que as margens de lucro do Pingo Doce e Continente são maiores, e parte dos produtos que vendem são a meu ver bem mais importantes e básicos para a população que os combustíveis. Contudo não vejo quase ninguém a queixar-se dos lucros destas empresas, e mesmo quanto à concorrência, basta comparar alguns produtos para se ver que uma boa parte deles é exatamente ao mesmo preço. Para mim este mercado está longe de uma concorrência perfeita devido a existirem 2 grandes players de mercado. E como este mercado existem muitos outros com margens de lucro bem superiores à Galp e à EDP e ninguém se queixa.

    Obviamente que nada disto significa que nada deva ser feito no mercado dos combustíveis e eletricidade, mas apenas que a generalidade das pessoas avalia com critérios diferentes diferentes mercados.
  2.  # 2

    Exmo Sr. luivv
    quanto a parte
    "O setau parte do princípio que "a maioria das casas" é como a sua. Ora, sucede que ovalor médio da facturade um consumidor residencial é os tais 46 euros, pelo que a sua conclusão é distorcida." reveja o que eu escrevi.... eu nao quis falar da minha casa mas sim da factura de TODOS os portugueses que tenham tarifa simples no mercado regulado... falei apenas do preço por kw..... e ai e só fazer as contas .... 9,3%

    quanto ao link
    vi na pagina 3 um quadro que diz que a variação 2014-2013 é de 2.8%...
    na página 7 tem outro quadro que fala da famosa média de €46.5 e apresenta uma variação de €1.21para 2014.... pelas minhas contas nao chega a 2.6% ... a nao ser que a minha calculadora esteja a dar erro :)

    No link
    http://www.erse.pt/pt/electricidade/tarifaseprecos/2014/Documents/PrecosTVCF%20PTCont_2014.pdf

    ai sim vi que as tabelas comunicadas apresentam o aumento brutal que nada tem haver com os aumentos e explicações dadas....

    Viva as nossas entidades reguladoras....Viva as entidades de defesa do consumidor.. estao a funcionar em pleno..... e prometo que mais nao digo :)
  3.  # 3

    Caro cetao88, Como já lhe disse, concordo consigo que a informação síntese da ERSE foi pouco detalhada. Contudo, ao se fixar apenas no aumento do kw/h e esquecer a taxa de potência está a ver apenas metade da questão.
    A mim o que me interessa é quanto pago, e a fatura tem uma parte para a potência e outra para o consumo, logo tem de levar as duas em conta. Se acabarem com a potência e aumentarem a eletricidade em 10% eu até fico contente já que pagaria menos.
    Se reduzissem o kw/h e aumentassem a potência para o dobro o cetao88 ficava satisfeito?
    Tem de levar os 2 efeitos em conta e ver para o seu caso quanto é que é o aumento real.

    Eu como até tenho uma potência baixa e consumo acima da média sei que o meu aumento é superior aos 2,8%, mas inferior a 9%.
  4.  # 4

    Colocado por: carlosj39Tendo em conta o acréscimo na tarifa de venda a clientes finais para os clientes vulneráveis, que foi
    fixado em 1,0%, o seu reflexo para uma fatura média mensal de 23,5 Euros é de cerca de 23
    cêntimos.


    Tendo em conta o acréscimo na tarifa de venda a clientes finais para os clientes vulneráveis, que foi
    fixado em 1,0%, o seu reflexo para uma fatura média mensal de 23,5 Euros é de cerca de 23
    cêntimos.
  5.  # 5

    "O setau parte do princípio que "a maioria das casas" é como a sua. Ora, sucede que ovalor médio da facturade um consumidor residencial é os tais 46 euros, pelo que a sua conclusão é distorcida." reveja o que eu escrevi.... eu nao quis falar da minha casa mas sim da factura de TODOS os portugueses que tenham tarifa simples no mercado regulado... falei apenas do preço por kw..... e ai e só fazer as contas .... 9,3%


    Mas como o preço por kwh não é o único componente da factura...


    quanto ao link
    vi na pagina 3 um quadro que diz que a variação 2014-2013 é de 2.8%...
    na página 7 tem outro quadro que fala da famosa média de €46.5 e apresenta uma variação de €1.21para 2014.... pelas minhas contas nao chega a 2.6% ... a nao ser que a minha calculadora esteja a dar erro :)


    Está a dar erro: 1,21/46,5 = 0,0206215053
  6.  # 6

    ai sim vi que as tabelas comunicadas apresentam o aumento brutal que nada tem haver com os aumentos e explicações dadas....
    Viva as nossas entidades reguladoras....Viva as entidades de defesa do consumidor.. estao a funcionar em pleno..... e prometo que mais nao digo :)


    Por um motivo ou outro, a factura de electricidade incorpora uma série de parcelas resultantes de decisão política e que não resultam do normal funcionamentoe do mercado. C'est la vie.
    • eu
    • 28 janeiro 2014

     # 7

    Colocado por: luisvvPor um motivo ou outro, a factura de electricidade incorpora uma série de parcelas resultantes de decisão política e que não resultam do normal funcionamentoe do mercado

    E parte dessas parcelas devem-se a um péssimo hábito dos políticos: "fazer obra" durante o seu mandato e deixar a fatura para o próximo governo. Foi assim com as PPP e também com o "défice tarifário".
  7.  # 8


    E parte dessas parcelas devem-se a um péssimo hábito dos políticos: "fazer obra" durante o seu mandato e deixar a fatura para o próximo governo. Foi assim com as PPP e também com o "défice tarifário".


    O défice tarifário deve-se a um péssimo hábito, mas não esse, e não apenas dos políticos. Mais que "deixar a factura para o próximo", é o de achar que o preço dos bens deve ser definido politicamente porque é preciso "proteger" alguém.

    O mesmo que sucedeu durante muito tempo com os combustíveis e que depois estimula raciocínios enviesados que equivalem liberalização a aumento de preços.
    Concordam com este comentário: eu, Serge
  8.  # 9


    E parte dessas parcelas devem-se a um péssimo hábito dos políticos: "fazer obra" durante o seu mandato e deixar a fatura para o próximo governo. Foi assim com as PPP e também com o "défice tarifário".


    Outra parte deve-se a delírios e fantasias, e outra parte ainda a engenharia financeira para canalizar receitas para as autarquias.
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 28 janeiro 2014

     # 10

    Colocado por: luisvvraciocínios enviesados que equivalem liberalização a aumento de preços.

    Neste aspeto discordo de si: não considero nada saudável a concertação de preços...

    Quanto ao resto... subscrevo.
  9.  # 11


    Neste aspeto discordo de si: não considero nada saudável a concertação de preços...


    Não é a isso que me refiro, embora já por diversas vezes tenha dito que preços iguais não significam concertação, nem ausência de concorrência.

    O que queria deixar claro é o erro fundamental do raciocínio "Antes da liberalização do preço do produto X era Y e agora aumentou, logo o aumento é uma consequência indesejável (e para muitos, esperada e maldosa) da liberalização".

    Desde logo porque, no caso dos combustíveis, o preço inicial era político - e nos últimos anos variações do preço antes de impostos eram compensadas pela redução dos impostos. Mas também porque o preço das matérias-primas e a carga fiscal são bastante diferentes do que eram.

    No caso da electricidade, a situação é diferente, mas a lógica é em alguns aspectos a mesma - preços políticos só distorcem a informação e dificultam a adequação de comportamentos e perfis de consumo por parte do cliente.
  10.  # 12


    E a ERSE simplesmente esta-se a marimbar para tudo isso..


    Ao contrário, a ERSE é que definiu os preços...
  11.  # 13

    dfserra

    Tomemos o exemplo dos combustíveis e da grande distribuição nomeadamente Pingo doce e Continente. Se é consensual que nos combustíveis há menos concorrência e que muitos acham que a Galp ganha muito, o certo é que as margens de lucro do Pingo Doce e Continente são maiores, e parte dos produtos que vendem são a meu ver bem mais importantes e básicos para a população que os combustíveis. Contudo não vejo quase ninguém a queixar-se dos lucros destas empresas (...)

    Boa tarde!
    É preciso explicar [o inexplicável (??!!), a meu ver] que o(s) processo(s) como uma e outras chegam a tão fabulosos lucros serão muito variados. Uma muito grande contribuição é o pagamento das "rendas", que a EDP recebe através do O.C., pago com os impostos de todos, ou estou enganada? Na grande distribuição são os fornecedores, melhor... as marcas, que comportam uma substancial fatia dos lucros destas grandes empresas. A propósito: a colocação dos produtos nas prateleiras é paga pela marca. Não é por acaso que as que ficam ao nível dos olhos do cliente, pagam mais do que as que lhe estão abaixo ou acima, onde este é obrigado a baixar-se, ou a pôr-se em bicos de pés para chegar aos produtos. Depois tudo o que é topo ou gôndola com mercadoria em destaque, paga aluguer de espaço. Os folhetos publicitários são bastante comparticipados pelas marcas (fornecedores). Tem ainda, no final do ano, o chamado "rapel" que dá a essas empresas lucros extraordinários. Quem paga, a gente sabe, é o consumidor final ainda que de modo transversal. Mas quem não for consumidor não paga, parece-me; não é o que acontece com a EDP: a carga dos sobrecustos que aumenta os encargos dos contribuintes.
  12.  # 14

    Cara Maria Rodrigues,

    Não entendi o que quis dizer com O.c. Induzi orçamento de estado, já que falou em impostos.
    Posso estar enganado, mas acho que a única contribuição do OE será eventualmente para as tarifas reduzidas dos clientes desfavorecidos, as rendas são pagas pelos clientes.

    Mas quanto é a margem de lucro da EDP? Se a EDP não tivesse lucro acha que eletricidade baixava de forma relevante? O problema da eletricidade não é propriamente o lucro da EDP nem a falta de concorrência mas uma série de outros problemas muitos criados pelos políticos.

    Quanto aos supermercados, como ficou provado após a inspeção da ASAE no famoso dia 1 de maio do Pingo doce, a grande parte dos produtos são vendidos mais do dobro que o supermercado os compra. Nada que me tenha surpreendido, basta visitar algumas mercearias e pequenos mercados, para encontrar produtos 20 a 30% abaixo das grandes superfícies, e obviamente não estão a perder dinheiro.
    Claro que depois têm os custos de funcionamento, mas é um exemplo entre outros que mostra que em mercados pretensamente concorrenciais os lucros são maiores do que na eletricidade e combustíveis.
  13.  # 15

    Se retirarmos dos combustíveis a parte dos impostos, e da eletricidade os impostos diretos e camoflados com diversas taxas, o preço real era muito inferior, aqui é que está a grande coponente do elevado custo, e não é a concorrêmncia e a falta de lucros que resolve esta componente.
  14.  # 16

    Colocado por: dfserraCaro Pedro, nem sempre a concorrência é boa...

    A concorrência é SEMPRE boa...

    Colocado por: dfserraConcordo que a EDP e as empresas produtoras de energia são protegidas, basta ver que não é possível a um particular produzir energia se houver ingesão de energia na rede. Contudo é otópico pensar que se o mercado fosse totalmente liberalizado que apareceriam logo duas ou 3 empresas distribuidoras e que o preço baixava. Em casos localizados até poderia acontecer, mas de forma maciça ninguém faria isso.

    Eu acho utópico pensar-se que, caso fosse possível, não apareceriam empresas a produzir e vender electricidade ou agua por ramal próprio...

    Colocado por: dfserraSe o problema é apenas nosso, dê-me então exemplos de cidades ou países com várias redes de distribuição de eletricidade no mesmo local. E Já agora com várias redes de distribuição de água.

    Eu nunca disse que o problema é apenas nosso...mas não é por a Holanda legalizar drogas que Portugal o deveria fazer...

    Dou-lhe só um exemplo de varias redes/ramais a passar á porta de clientes que geram uma concorrência terrível...e...espasme-se...não é preciso sair de Portugal...Falo das zonas em grandes centros que têm cabovisao, vodafoneTv, Zonfibra, meofibra,etc...É uma guerra com descontos e promoções anualmente para manter os clientes...Cada vez a oferecer mais velocidade e canais a um custo inferior...Este é UM exemplo do que seria se o mesmo fosse com luz, agua,etc...É tão simples...

    Colocado por: dfserraQuanto a PT, Postes não sei, mas não conheço nada que impessa que um operador coloque fibra onde quiser, existem umas 3 ou 4 empresas que prestam esse serviço em vários pontos do país, e não conheço nada que impessa colocar no resto.

    Talvez nos grandes centros seja possível passar cabos...De resto, NÃO é possível em Portugal criar uma empresa e rasgar estradas e colocar postes para criar uma rede de telefones e internet...IMPOSSÍVEL criar concorrência á PT...

    Colocado por: dfserraNota prévia, considero muito elevados em Portugal os preços dos combustíveis e eletricidade.

    Fala-se muito da falta de concorrência nos combustíveis e na eletricidade, de que as empresas ganham muito, e de que há concertação de preços.

    Não opinando quando a estas afirmações, o certo é que por diversos motivos alguns sectores de atividade chamam mais a atenção do que outros, e possivelmente injustificadamente.

    Tomemos o exemplo dos combustíveis e da grande distribuição nomeadamente Pingo doce e Continente. Se é consensual que nos combustíveis há menos concorrência e que muitos acham que a Galp ganha muito, o certo é que as margens de lucro do Pingo Doce e Continente são maiores, e parte dos produtos que vendem são a meu ver bem mais importantes e básicos para a população que os combustíveis. Contudo não vejo quase ninguém a queixar-se dos lucros destas empresas, e mesmo quanto à concorrência, basta comparar alguns produtos para se ver que uma boa parte deles é exatamente ao mesmo preço. Para mim este mercado está longe de uma concorrência perfeita devido a existirem 2 grandes players de mercado. E como este mercado existem muitos outros com margens de lucro bem superiores à Galp e à EDP e ninguém se queixa.


    O exemplo que dá é completamente desajustado e afastado de casos como Galp, EDP, Aguas,PT, etc...Ninguém quer saber dos lucros do Pingo Doce ou Continente porque existe concorrência...Eu tenho dezenas de mini, hipermercados e mercados no meu concelho que têm preços diferentes...Se eu quiser compro a fruta no mini ao lado da minha casa que é melhor e mais barata...se quiser compro as verduras no mercado...se quiser compro o produto X no Continente hoje e para a semana compro no Pingo doce pq baixou...Aliás...é bastante clara a ferrada concorrência do sector...

    Se mesmo assim eu achar todos caros e concertados, posso sem qq entrave, abrir um minimercado e produzir eu os meus produtos, ou compra-los a fornecedores em Portugal ou na China...Percebe a diferença?...

    Colocado por: dfserraObviamente que nada disto significa que nada deva ser feito no mercado dos combustíveis e eletricidade, mas apenas que a generalidade das pessoas avalia com critérios diferentes diferentes mercados.


    Como diz e bem aqui, diferentes avaliações/critérios para diferentes mercados...
  15.  # 17

    Colocado por: luisvv

    Ao contrário, a ERSE é que definiu os preços...

    Eu queria dizer que a ERSE esta-se a marimbar para as criticas da comunicação social ou jornais...
  16.  # 18

    dfserra
    Não entendi o que quis dizer com O.c. (...)

    Caro dfserra,
    Enganei-me, está visto! Queria dizer O.E.
    Já agora pode descodificar os CMEC e as receitas de serviços de regulação secundária. Como são pagos e por quem?
    Na realidade o que está aqui em causa são os excessivos aumentos da energia, inflacionados pelas alcavalas que a EDP, com o beneplácito do governo, leia-se dos governos, faz recair sobre os consumidores. E que estará para além da inflacção, apregoada pela ERSE.
  17.  # 19

    preços politicos hehe....mas isto é para enganar cegos.
  18.  # 20

    Pedro Fernandes, uma rede de eletricidade, e ainda mais uma de canalização, é muito diferente de uma rede de telecomunicações. Se fosse assim tão fácil haver múltiplas redes de eletricidade e água, certamente que já alguém em algum pais tinha feito. Os mercados não são todos iguais, é uma regra básica da economia.

    E não é verdade que a concorrência é sempre boa, é quando realmente o mercado permite que haja realmente concorrência. Estou convencido que na eletricidade é mais barato haver menos concorrência e um bom regulador, do que haver concorrência. Agora entre haver concorrência ou ter um mau regulador, aí não sei. Temos é de exigir um bom regulador, que o estado não impute uma infindável série de taxas, é melhor do que ter uma pseudo concorrência já que este mercado não permite mais.
    A EDP tem toda a rede instalada, tem apenas de fazer manutenção, se a ERSE impusesse que o pagamento à EDP distribuição seja apenas dos custos de manutenção, acha que alguém conseguiria investir numa rede própria, assumir os custos de instalação e de manutenção e cobrar menos que os custos apenas da manutenção da EDP?
 
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