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      Tyrande
    • 30 setembro 2014 editado
    Colocado por: Picareta
    Enfim...



    Enfim o que? Onde está o espanto?
    Para variar, vai a Autoeuropa de exemplo:
    http://economico.sapo.pt/noticias/autoeuropa-paga-mais-de-2-milhoes-de-premios-aos-trabalhadores_186563.html

    Prêmios aos trabalhadores por atingirem objetivos. Quantas o fazem?
    Ou melhor, quantas, que o podem fazer, fazem-no?
    Tá quieto ou mal...
  1. As respostas estão aí para quem as quiser procurar.

    Uma parte da resposta:

    - População entre os 25 e os 64 anos que completou pelo menos o ensino secundário na Alemanha - 86,3%

    - Em Portugal - 40,0%

    - Média europeia (28) - 75,2%

    (Pordata)
  2. Não faço ideia da percentagem de Empresas que em Portugal distribuem parte dos lucros pelos empregados, por isso só posso falar da minha experiencia. Em cerca de 30 anos de trabalho em 6 empresas multinacionais e nacionais de alguma dimensão todas elas pagaram prémios quando tinham lucros no ano anterior. As 2 multinacionais onde trabalhou a minha mulher também sempre fizeram isso. Aliás foi muito graças a esses prémios que amortizava-mos as dividas da casa e quando fomos ambos para o desemprego não devíamos nada a ninguém.
    É claro que muitos dos meus colegas preferia gastar em férias nas Caraíbas, carros novos, etc mas isso foram opções de vida.
  3. A questão dos prémios também faz cada vez menos sentido com esta carga fiscal. O prémio é em grande parte para o fisco.
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: two-rokOs portugueses são muito menos empreendedores do que os alemães.
    Acredito que hajam portugueses com óptimas ideias, mas acho que estão quase todos à espera que alguém lhes dê um salário certo todos os meses, pois é mais cómodo e dá menos chatices.

    Concordo absolutamente. Mais que um problema de formação, é um problema cultural: nós (de uma forma geral) não temos uma cultura de risco e de empreendedorismo.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesA globalização é muita linda e é mote para muitos lirismos, mas também é uma evidência que no espaço extra-comunitário as taxas aduaneiras, as medidas protecionistas, os limites à e/imigração e as barreiras ao movimento de capitais continuam a ser a regra. Se acha que é mentira experimente exportar azeite para o Brasil, ser emigrante no Canadá ou Austrália e repatriar os dividendos de uma empresa sediada em Angola.

    Continuar a negar a globalização dessa forma é enterrar a cabeça na areia...

    Colocado por: J.FernandesQuando deixar de tentar negar evidências que entram pelos olhos dentro - falta de escolaridade e formação da mão de obra - você vai encontrar a resposta.

    Essas são as "suas evidências"... O que não falta em Portugal são licenciados desempregados...
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: TyrandePara variar, vai a Autoeuropa de exemplo:

    Os trabalhadores da Auto Europa devem ser alemães, certo?

    Sim, porque se fossem Portugueses, não teriam escolaridade e a produtividade da fábrica seria baixa.
  4. Colocado por: euContinuar a negar a globalização dessa forma é enterrar a cabeça na areia...

    Eu nunca neguei a globalização, apenas lhe estou a dizer que, ao contrário do que você erradamente pensa, a globalização não trouxe liberdade de circulação de pessoas, bens e capitais, em todo o mundo, tal e qual na UE.

    Colocado por: euO que não falta em Portugal são licenciados desempregados...

    Não tenho dúvida disso, mas grande parte deles são licenciados em áreas que para pouco servem, tipo relações internacionais, letras, sociologia, geografia,.....
  5. Colocado por: euOs trabalhadores da Auto Europa devem ser alemães, certo?

    Sim, porque se fossem Portugueses, não teriam escolaridade e a produtividade da fábrica seria baixa.

    Lá voltamos à Autoeuropa. Podemos apontar as excepções que quisermos, mas se tomarmos o país como um todo a conclusão é sempre a mesma: baixa produtividade e baixa qualificação da mão de obra.


  6. http://en.wikipedia.org/wiki/Appeal_to_motive:)



    Não, apenas a reciclagem de expressões antigas: "Para quem só sabe usar martelo, todo problema é um prego." ou " É difícil fazer um homem compreender algo quando seu salário depende, acima de tudo, que não o compreenda"

    ;-)

  7. Não é da ganância dos patrões, é da ganância dos consumidores. Impede-se que os consumidores tenham acesso a produtos ou serviços produzidos com mão de obra explorada de forma desumana. O conceito de "desumano" é um conceito abstracto e evolui juntamente com a cultura.

    Na verdade não impede. De uma forma ou de outra, retira do mercado de trabalho os menos produtivos, ou os que são percepcionados como de menor produtividade. A "exploração" (que na verdade é a compra e venda de trabalho por preço inferior ao que um terceiro considera justo) é trocada por uma barreira à entrada e permanência no mercado de trabalho, e por essa via à obtenção de competências/experiência/etc que permitam sair do buraco.


    O luis acha que devíamos tolerar que alguém aceite trabalhar sem qualquer remuneração?

    Em abstracto, sim. Se o trabalhador achar que é melhor para ele, quem sou eu para o impedir? Na verdade, há muita gente que não terá nunca uma oportunidade de mostrar que pode cumprir determinadas funções e produzir valor, e que só o consegue através de estágios e outras formas de contornar regras...

    (é um bocado chato, porque vai contaminar o resto da discussão, mas enfim..)

  8. Isso não é bem assim.
    Quantas empresas repartem os lucros que obtiveram no ano transato com os seus funcionários? .

    Boa pergunta. Tem estimativas, ou fala de cor?



    Mas muitas empresas cortam gastos quando obtêm prejuízos, ou pior, apenas quando não faturam tanto €€€ quanto o ano transato (leia-se, despedem).
    Ou seja, em muitos casos, quando corre bem para a empresa, não acontece nada aos funcionários. Limitam-se a manter os empregos, e upa upa. Quando corre mal, funcionário rua...

    As empresas não existem para gerar emprego. A função da empresa, do ponto de vista accionista, é gerar retorno. Tal como o trabalho, o capital busca remuneração, e se esta não é a desejada, voa para outro negócio. E da mesma forma que ninguém estranha se um empregado mudar de emprego para ganhar mais, não devia ser encarado com estranheza o capital procurar obter mais retorno - seja tornando o negócio mais eficiente, seja fechando e partindo para outra.
    Concordam com este comentário: two-rok

  9. Enfim o que? Onde está o espanto?
    Para variar, vai a Autoeuropa de exemplo:


    Ainda bem que dá esse exemplo. Quanto desses objectivos e do lucro da Autoeuropa resulta de terem parte dos trabalhadores em formação, com custos suportados por terceiros?
    Concordam com este comentário: two-rok
  10. Muitas vezes referem a autoeuropa como exemplo de sucesso e modelo a seguir. Será que teria sobrevivido sem as ajudas que recebeu do estado?
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: PicaretaMuitas vezes referem a autoeuropa como exemplo de sucesso e modelo a seguir. Será que teria sobrevivido sem as ajudas que recebeu do estado?

    Outra vez? Até parece que foi a única empresa a receber ajudas do estado. Há décadas que existem programas de ajudas às empresas, no valor de milhares de milhões de euros.

    Mas a autoeuropa não é a única empresa em Portugal com alta produtividade. Existem centenas de exemplos... deviam era ser milhares e milhares de exemplos.
    • eu
    • 30 setembro 2014 editado
    Colocado por: J.FernandesEu nunca neguei a globalização, apenas lhe estou a dizer que, ao contrário do que você erradamente pensa, a globalização não trouxe liberdade de circulação de pessoas, bens e capitais, em todo o mundo, tal e qual na UE.

    Para a discussão, o que interessa é a circulação de bens e capitais e não propriamente de pessoas. E, ao contrário do que diz, existe uma grande facilidade de circulação de capitais e principalmente bens. Basta ir a um qualquer mercado e ver a origem dos produtos. Até fruta de Israel ou legumes de Marrocos aparece em abundância...

    Negar isto, é inqualificável...

    E nem tudo é alta tecnologia. Um exemplo relevante: porque é que a Espanha produz e exporta muito mais legumes que Portugal? Porque é que muitas grandes explorações de olival em Portugal, estão a ser criadas e geridas por... Espanhóis?
  11. Colocado por: euOutra vez? Até parece que foi a única empresa a receber ajudas do estado. Há décadas que existem programas de ajudas às empresas

    Não era aí que eu pretendia chegar, eu só pretendia saber se a autoeuropa conseguiria sobreviver sem ajudas do estado.


  12. Outra vez? Até parece que foi a única empresa a receber ajudas do estado. Há décadas que existem programas de ajudas às empresas, no valor de milhares de milhões de euros.
    Mas a autoeuropa não é a única empresa em Portugal com alta produtividade. Existem centenas de exemplos... deviam era ser milhares e milhares de exemplos.


    De frango não é a única. Mas lá está, com leis de alfaiate, não me recordo de muitas...
  13. Colocado por: euNegar isto, é inqualificável...

    Inqualificável é você insistir que a livre circulação de bens e capitais única que existe na UE, é comum a muitos outros países do mundo.
    • Neon
    • 1 outubro 2014
    Colocado por: J.FernandesNão disse que acabam com o desemprego, mas podem fazer com que diminua ou não aumente tanto, nomeadamente o desemprego jovem e de pessoas sem qualificações.


    Ok ainda indo ao encontro do que defende...a ausência de SMN e a não regulamentação podem fazer com que o emprego se reduza ou que não aumente...sim pode, é matematicamente possivel.....num cenário hipotético com o que pago a 3 trabalhadores reduzindo 25% a cada um e canalizando esse corte para um 4.º elemento (não levando em conta outras obrigações, só para simplificar aquilo que quero questionar) posso com o "mesmo gasto" ter 4 trabalhadores.
    Mas será assim tão simples e directo?
    Muito bem, e agora se reduzir mais 20% a cada um já posso meter 5?....e no final qual a vantagem disto? será que reduzimos efectivamente o desemprego ou impedimos o seu aumento? considera mesmo que a empresa tem mais produtividade? porque na realidade é isso que vai ser determinante...se independentemente de a empresa ter 5 ou 500 funcionarios, queremos é saber se ela vai ser e rentavel. Porque não o sendo, fecha com os maleficios que isso tem para todos e por conseguinte também para a taxa de desemprego.

    Colocado por: J.FernandesEu falei no SMN, nunca disse que todos temos de baixar o nosso salário.


    Desculpe falou também, ou melhor, VOCÊ DEFENDE A AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO LABORAL

    VER AQUI

    Colocado por: J.FernandesA desregulação do mercado de trabalho e o fim do SMN seriam os passos mais acertados para reduzir o desemprego de maneira substancial, porque para quem está empregado, pouca influência traria e sabe porquê? Porque ao contrário dessa sua afirmação que seria "uma corrida para o fundo", 90% dos empregados tem melhores salários que o SMN e provavelmente melhores condições de segurança no emprego que as mínimas previstas.


    A falta de regulamentação, quer se queira quer não, implica que eu, você ou qualquer outro, sejamos descartaveis quando inseridos no mercado da oferta e da procura. Ainda mais se o agente decisor for ignorante e apenas olhar para a questão salarial e não ponderar outras vantagens ou beneficios de quem "ofereçe" um serviço laboral (destreza, experiencia, conhecimento, organização, assiduidade e pontualidade, motivação, espirito de sacrificio, vontade de vestir a camisola)


    Colocado por: two-rok- Pessoas em início de carreira, seja ela qual for. Estão a trabalhar mas ainda não produzem o suficiente para ganhar o SMN e ao mesmo tempo estão a adquirir formação, ou pelo menos experiência.
    - Pessoas que entram numa empresa à experiência, uma empresa que contrate alguém não sabe se está a contratar alguém competente/produtivo.
    - Pessoas em que o seu agregado familiar não dependa delas, por exemplo, jovens que ainda morem em casa dos pais.
    - Empresas criadas recentemente, com finanças muito apertadas e em que ainda não se vislumbra grande coisa no horizonte.

    Isto são situações que agradecem que o estado não complique.


    Não entendo o que o facto de alguem não ter familia dependente ou o facto de morar em casa dos papás, tem a ver com o pagamento de um salário justo pelo desempenho prestado.
    Quem me diga que uma pessoa deve ser paga consoante aquilo que produz, ainda consigo perceber, agora este argumento não.

    E já agora relativamente à empresa criada recentemente, com finanças apertadas e que não se vislumbra nada no horizonte...Estou a ver que seria assim como um trabalhador sem experiencia, alguem sem formação, alguem em inicio de carreira e sem pratica? Consegue vislumbrar aqui algum paralelismo?


    Colocado por: luisvvNão são teorias, são factos.

    Mistura a parte com o todo e o todo com a parte :)
    Os números com mais incorrecção ou menos incorrecção são factos, as suas conclusões "do bizarro" sobre os numeros são teorias
    E isto é um facto :)

    Colocado por: luisvvE no entanto, com uma quantidade generosa de mão-de-obra pouco qualificada

    A mão de obra qualificada vai mudando de ares, provavelmente para nunca mais cá voltar. O porquê, não me pergunte a mim! Embora fosse um bom raciocinio de algumas pessoas fazerem

    Colocado por: luisvvTemos duas opções: se alguém avalia o seu trabalho nesse valor e aceita, tudo bem. Se não aceita, a empresa continuará com uma vaga por preencher.
    Da mesma forma, se eu puser um artigo à venda na minha montra com determinado preço, e ninguém o comprar, posso entender como um sinal de que o preço não está adequado. Tenho sempre a alternativa de baixar o preço, ou esperar uns tempos para vender. Se, pelo contrário, a minha loja se encher de gente a esgatanhar-se para comprar, sou capaz de entender que talvez esteja na altura de aumentar o preço.


    Precisamente
    Por conseguinte vamos cair na questão inicial que estou a debelar com o jfernandes, que é de que lado maioritariamente está o poder negocial na relaçao empregado patrão?.
    Enquanto o emprego for escasso o pessoal esgadanha-se e baixa a fasquia para o conseguir...ora, se tudo é legitimo...em ultima analise alguem pode achar que ganhar 600 € é melhor que ganhar zero, e como tal predispor-se a desempenhar essa tarefa por esse valor ou até mesmo por menos.
    O reverso da medalha só existirá num cenário em que a procura da mão de obra supera-se claramente a oferta. Ainda que possam existir actividades em que este cenarios eja possivel, eles são escassos dai que maioritariamente o poder está enlencado no patronato por força das leis de mercado.
 
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