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  1. Colocado por: eudanobrega, estarei a ver uma evolução da sua opinião ?


    Não. :-) Mas isso é um parênteses demasiado grande para abrir aqui.
  2. Colocado por: danobregaA completa desregulação do mercado de trabalho só tem uma consequência, uma corrida para o fundo. A pressão do mercado para baixar os preços do serviço/produto (nem é do patrão, é do mercado) iria criar uma bola de neve de degradação das condições de trabalho. Para conseguir combater este efeito só fazendo-o de forma colectiva.

    A desregulação do mercado de trabalho e o fim do SMN seriam os passos mais acertados para reduzir o desemprego de maneira substancial, porque para quem está empregado, pouca influência traria e sabe porquê? Porque ao contrário dessa sua afirmação que seria "uma corrida para o fundo", 90% dos empregados tem melhores salários que o SMN e provavelmente melhores condições de segurança no emprego que as mínimas previstas.
  3. Colocado por: J.FernandesA desregulação do mercado de trabalho e o fim do SMN seriam os passos mais acertados para reduzir o desemprego de maneira substancial, porque para quem está empregado, pouca influência traria e sabe porquê? Porque ao contrário dessa sua afirmação que seria "uma corrida para o fundo", 90% dos empregados tem melhores salários que o SMN e provavelmente melhores condições de segurança no emprego que as mínimas previstas.


    Não tenho dúvidas que neste momento a protecção laboral é uma das causas pelas quais a taxa de desemprego não baixa mais depressa. Mas não é preciso confundir as coisas. Eu não falei do SMN, falei da total ausência de regras.

    Na minha área, apesar de haver falta de mão de obra, há uma enorme pressão para baixar salários. Se acabar com as regras, ou se permitir que se quebrem contratos, a remuneração vai baixar apenas para se aumentar o rendimento de capital. E não é por isso que vai haver menos desemprego, porque ainda estamos numa situação de emprego pleno.
  4. Colocado por: danobregaNão tenho dúvidas que neste momento a protecção laboral é uma das causas pelas quais a taxa de desemprego não baixa mais depressa. Mas não é preciso confundir as coisas. Eu não falei do SMN, falei da total ausência de regras.

    SMN e legislação laboral são duas faces da mesma moeda, influem as duas na taxa de desemprego.


    Colocado por: danobregaSe acabar com as regras, ou se permitir que se quebrem contratos, a remuneração vai baixar apenas para se aumentar o rendimento de capital.

    Se a remuneração não baixar por impedimentos legais como é que julga que se vai dar a volta à situação? A resposta parece-me óbvia: menos contratações e não renovação de alguns contratos a prazo.
    • eu
    • 29 setembro 2014 editado
    Colocado por: danobregaSe acabar com as regras, ou se permitir que se quebrem contratos, a remuneração vai baixar apenas para se aumentar o rendimento de capital

    Você viu (finalmente?) a luz... ;)
    • eu
    • 29 setembro 2014 editado
    Colocado por: J.FernandesA desregulação do mercado de trabalho e o fim do SMN seriam os passos mais acertados para reduzir o desemprego de maneira substancial

    Isso é mais uma crença ideológica do que um facto comprovado.

    Aliás, se vir a lista de Países com menores taxas de desemprego, encontra lá Países com muita regulação (e outros com pouca regulação) o que indicia claramente que o que condiciona a taxa de desemprego são outros fatores que não a regulação do trabalho.
  5. A posição de força está do lado de quem pode dizer "não", ou seja, está em ambos os lados. Os acordos são bilaterais.

    Vamos supor, um empregador que tenha recebido 10 ou 20 nãos de seguida, começará certamente a subir a fasquia (fosse qual fosse o valor que estivesse a propor, justo ou injusto, não interessa para o caso).

    Da mesma forma que com um potencial funcionário, a coisa funcionaria ao contrário, aplicando a mesma lógica.

    PS: estou à vontade para falar assim, pois o funcionário que temos ganha menos 29€ mensais do que eu (salário base, bem mais do que o SMN), e eu desconto mais para o IRS, portanto, a única posição de força que tenho é algumas vezes já ter tomado a decisão de lhe pagar o salário e deixar o meu para mais tarde. O dele nunca falhou, felizmente. Podia passar dias a falar sobre as "posições de força" dos empregadores, mas seria tempo perdido, penso eu de que... Todos temos razões de queixa, mas em contextos diferentes.
  6. há coisas tão obvias que até já há mais de um seculo nasceram dai ideologias em reação a isso mas um tanto radicais ( o comunismo).
    por isso é de certa forma um pouco estéril querer debater as coisas pois tende-se a estar/cair para um lado ou outro da barricada com posições mais radicais. o que não leva a nada consensual. é a chamada luta de classes lá no fundo, que está subjacente.
  7. Colocado por: J.FernandesSe a remuneração não baixar por impedimentos legais como é que julga que se vai dar a volta à situação? A resposta parece-me óbvia: menos contratações e não renovação de alguns contratos a prazo.


    Não leu o que eu escrevi. Estava a falar de uma situação de emprego pleno, onde a redução de remuneração apenas serve para aumentar o rendimento de capital. Se o J.Fernandes acha que a garantia do rendimento de capital deve ser superior à garantia do rendimento do trabalho, eu não concordo. O rendimento do trabalho não pode ser manipulado, sem mais nem menos, para tentar garantir as taxas de lucro do rendimento do capital.
  8. Colocado por: two-rokA posição de força está do lado de quem pode dizer "não", ou seja, está em ambos os lados. Os acordos são bilaterais.


    two-rok, não posso querer que estejas a comparar a capacidade de dizer que não:

    Não, eu não quero comprar mais o teu trabalho.

    com

    Não, eu não quero vender-te o meu trabalho nessas condições.

    Na primeira situação, onde o trabalhador tem a liberdade de dizer que não e não trabalhar para alguém, esse alguém não perde nenhum direito por ai além.
    Na segunda situação, se o trabalhador não tem o direito a negar trabalhar para alguém em determinadas circunstâncias, estamos a falar de escravatura.

    Tentar usar o facto de ambos poderem dizer que não, como se fosse o mero não que conferisse uma igualdade de circunstâncias às duas situações, é um cair um bocado no ridículo. Para além de que, de facto, muitas vezes o trabalhador não pode dizer que não.
  9. Qual é o trabalhador que "não tem o direito a negar trabalhar para alguém em determinadas circunstâncias" e seja alvo de escravatura? Estou a falar de situações normais e remuneradas, a escravatura (pelo menos portuguesa) já acabou há uns "anitos".
  10. Cuidado que essa luz são os faróis do comboio que se aproxima a grande velocidade.
  11. Faltou esta citação no post anterior:

    Colocado por: euVocê viu (finalmente?) a luz... ;)
  12. Colocado por: danobregaEstava a falar de uma situação de emprego pleno, onde a redução de remuneração apenas serve para aumentar o rendimento de capital.

    O facto de neste momento haver pleno emprego é irrelevante para o caso, daqui a um mês a situação poderá estar alterada para um ou outro lado.


    Colocado por: danobregaO rendimento do trabalho não pode ser manipulado, sem mais nem menos, para tentar garantir as taxas de lucro do rendimento do capital.

    Não pode porquê? Se as empresas querem reduzir a massa salarial e estão contratualmente impedidas de o fazer, há outras formas de o conseguir, não necessariamente mais eficazes e rápidas. Depois de o fazer provavelmente já não haverá pleno emprego.
  13. Colocado por: J.FernandesNão pode porquê?


    Porque a esmagadora maioria das pessoas, que são os trabalhadores, não reconhece esse direito.
  14. Colocado por: euVocê viu (finalmente?) a luz... ;)


    O J.Fernandes parece ser anarcocapitalista, e considero-me anorco sindicalista/libertário socialista.

    Não vi luz nenhuma, continuo mais ou menos dentro do "meu" ideal.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu

  15. Quanto ao facto de a entidade patronal estar em posição de força relativamente á parte laboral, pode quanto muito dizer que nem sempre é assim, já não poderá dizer que não é maioritariamente assim.


    Creio que essa conclusão é no mínimo discutível. As estatísticas apontam para um total de cerca de 4,5 milhões de empregados, dos quais cerca de 700 mil são FP.
    Do total, fala-se de cerca de 425 mil afectados pelo aumento do SMN. Admitindo que não houvesse funcionários a ganhar o SMN no Estado, serão então cerca de 11% do total dos privados.
    Com tamanha força e poder negocial atribuídos às entidades patronais, e com patrões tão incompetentes e impreparados, parece bizarro que perto de 90% dos empregados possam ganhar acima do SMN. Repare que estamos a falar de um país em que 60% da população não tem o secundário completo, o que aponta para mão-de-obra qualificada escassa, e alguma abundância de indiferenciados.

  16. Luisvv e as fábricas da Embraer, a OGMA, as oficinas da TAP, etc?
    Na minha zona até já chegou a ter um fábrica de ultraleves. É preciso é investidores com capacidade, porque o resto faz-se.

    Sim, o que têm? Olhe, por cá, ali para os lados do Tagus Park, faz-se e programa-se a manutenção das aeronaves da Netjets, uma empresa do grupo Berkshire Hathaway, do Warren Buffet. Coisa de luxo, aviões partilhados, etc. Gente bem paga, com ritmos de trabalho intensos, recrutada em várias empresas (Portugália, p.ex) e mesmo nas FAP. Mas a empresa não rende, e só se mantém porque a casa-mãe nos EUA a suporta. Há coisa de 2 anos, foi uma razia no pessoal, e não estão livres de voltar a acontecer o mesmo em breve.



    A FAP é a única Força Aérea do mundo que tem a capacidade e está devidamente certificada a fazer a modernização dos F-16 e olha que não é só colocar uma peça ou duas. As próprias turbinas são desmontadas e quando são remontadas são já outro modelo com capacidades muito diferentes. Isto tudo com a prata da casa. Em breve vão começar a fazer o mesmo a 2 F-16 bilugares para a Força Aérea Romena.

    Isso é tudo óptimo, mas é preciso que dê lucro.
  17. Colocado por: euAliás, se vir a lista de Países com menores taxas de desemprego, encontra lá Países com muita regulação (e outros com pouca regulação) o que indicia claramente que o que condiciona a taxa de desemprego são outros fatores que não a regulação do trabalho.

    Já viu o top5 de países da OCDE onde é mais fácil despedir?

    1. Nova Zelândia - taxa de desemprego 6,4%
    2. EUA - 7,3%
    3. Canadá - 7,1%
    4. R. U. - 7,2%
    5. Chile - 6,0%

    Não me parece que haja trabalho escravo nestes países e a taxa de desemprego faz inveja aos campeões europeus da "protecção laboral": Portugal, Espanha, Itália e Grécia.
    Concordam com este comentário: two-rok
  18. Colocado por: danobregaPorque a esmagadora maioria das pessoas, que são os trabalhadores, não reconhece esse direito.

    Mas para reduzir a despesa com salários não preciso de baixar o vencimento de ninguém, basta-me despedir trabalhadores.
 
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