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  1. Colocado por: eu
    Eh pá... "as pessoas não são números" ;)


    Essa frase neste fórum não vinga, isto está cheio de economistas!! :)
    • eu
    • 26 junho 2015
    Colocado por: BricoleiroEssa frase neste fórum não vinga

    Ora bolas, tenho que arranjar um outro "cliché"...
  2. two-rok descontavam por acaso? Não precisa responder, todos sabemos a resposta



    Oh meu caro quem é que disse que descontavam?? se calhar ainda vão dizer que antes queriam ir para o tasco beber cerveja não?
    Não sou eu que, aqui ando a comparar gerações.
    pelo contrario enoja-me, para usar uma expressão que alguém usou atrás, quem se serve disso como arma politica. Faz-lhe lembrar alguém? e olhe que parece que têm muitos seguidores por aqui.
  3. Colocado por: treker666some os descontos efectuados ao longo da sua carreira contributiva, divida o montante total pelo que recebe actualmente e veja quanto tempo de reforma esta efectivamente a pagar com os seus descontos e quanto eventualmente iremos todos nos pagar para si.

    Já agora, e porque até "simpatizo" com os dois intervenientes, deixem-me meter a mina colherada. A esta conta atrás referida, para os cálculos serem BEM feitos será preciso acrescentar-lhe mais alguma coisa. Depois de somados os descontos feitos durante décadas pelo trabalhador, é preciso multiplicar por TRÊS (as contribuições para a Segurança Social são uma parte feita pelo trabalhador e duas partes feitas pela entidade patronal). Depois disso é preciso ter em conta a "antiguidade" do dinheiro, isto é, é preciso jogar com o "coeficiente de desvalorização da moeda" e isso levará a fazer multiplicações por 50 por 40 por 30 por 20 etc. Não nos podemos esquecer disso.

    Outra questão: se por acaso um trabalhador com 55 ou 60 anos que estivesse quase a entrar na Reforma tivesse desde a sua juventude trabalhado e descontado para um Fundo Privado que estivesse "fundeado" no BPN ou no BES e visse as suas economias evaporarem de um momento para o outro, como é que se sentiria e como é que iria viver no futuro? A trabalhar até à véspera de morrer?
    Isto para chamar a atenção daqueles que pensam que contribuir para um Fundo Privado é melhor do que contribuir para o Estado.
    Concordam com este comentário: eu
  4. Colocado por: JOCORDepois disso é preciso ter em conta a "antiguidade" do dinheiro, isto é, é preciso jogar com o "coeficiente de desvalorização da moeda" e isso levará a fazer multiplicações por 50 por 40 por 30 por 20 etc. Não nos podemos esquecer disso.

    Não esquecer também que se descontar-mos 100 para a SS só podemos receber 90 de volta. isto considerando que os custos com o pessoal e instalações da SS são 10%, por exemplo.
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Colocado por: jpvngenoja-me

    Você não faz comentário em que não se confesse enojado com isto e com aquilo. Vá tratar-se homem, isso deve ser fígado.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6. Colocado por: Picaretase descontar-mos 100 para a SS só podemos receber 90 de volta. isto considerando que os custos com o pessoal e instalações da SS são 10%, por exemplo.


    Fica por conta de juros do dinheiro adiantado ...

  7. Depois de somados os descontos feitos durante décadas pelo trabalhador, é preciso multiplicar por TRÊS (as contribuições para a Segurança Social são uma parte feita pelo trabalhador e duas partes feitas pela entidade patronal).

    Dos descontos, só cerca de 75% são para a reforma.

    Assim, de um ordenado líquido de 1000, descontos = 110 + 237,50 = 347,50 x ,75 = +-260€.



    Depois disso é preciso ter em conta a "antiguidade" do dinheiro, isto é, é preciso jogar com o "coeficiente de desvalorização da moeda" e isso levará a fazer multiplicações por 50 por 40 por 30 por 20 etc. Não nos podemos esquecer disso.


    Aqui haveria que discutir, mas todos os cálculos feitos assumem isso. Mesmo assim, as contas são fáceis: (assumindo por facilidade de cálculo que o seu salário foi sempre o mesmo do início ao fim da carreira e que não houve inflação) para uma carreira contributiva de 35 anos, a 26% do salário,quantos anos de reforma pagou, assumindo que terá uma pensão de 80% do último vencimento? (sabendo que há quem tenha mais que 100%).

    Contas grosseiras, menos de 12 anos.
    • jpvng
    • 26 junho 2015 editado
    Colocado por: J.Fernandes
    Você não faz comentário em que não se confesse enojado com isto e com aquilo. Vá tratar-se homem, isso deve ser fígado.



    Incomoda-o? ainda bem, fico satisfeito. Em relação ao ir tratar-se olhe para si mesmo.

  8. Outra questão: se por acaso um trabalhador com 55 ou 60 anos que estivesse quase a entrar na Reforma tivesse desde a sua juventude trabalhado e descontado para um Fundo Privado que estivesse "fundeado" no BPN ou no BES e visse as suas economias evaporarem de um momento para o outro, como é que se sentiria e como é que iria viver no futuro? A trabalhar até à véspera de morrer?
    Isto para chamar a atenção daqueles que pensam que contribuir para um Fundo Privado é melhor do que contribuir para o Estado.


    Talvez se sentisse como um trabalhador que descontou X anos para a Seg.Social a contar com uma reforma e que de repente se viu com menos do que previa. E que depois ainda sofreu mais uns cortes, directos e indirectos, porque o seu "banco/Estado" faliu...
  9. Colocado por: luisvvDos descontos, só cerca de 75% são para a reforma.


    Colocado por: luisvvpara uma carreira contributiva de 35 anos, a 26% do salário,quantos anos de reforma pagou, assumindo que terá uma pensão de 80% do último vencimento? (sabendo que há quem tenha mais que 100%).

    Pressupostos errados/enviesados para assim poder justificar o seguinte:
    Colocado por: luisvvContas grosseiras, menos de 12 anos.



    Colocado por: luisvvporque o seu "banco/Estado" faliu...


    Só que os BANCOS já faliram vários e alguns outros poderão ainda falir. ESTADOS não falem assim, pois não?
    Se falir o Banco onde eu tinha a minha Reforma, só haverá depois um outro BANCO a poder valer-me, chama-se ESTADO. Entretanto alguém se abotoou com o meu dinheiro ...
  10. Colocado por: JOCORSó que os BANCOS já faliram vários e alguns outros poderão ainda falir. ESTADOS não falem assim, pois não?

    Pois não, no caso dos estados é pior - a contribuição vai aumentando, a pensão expectável a receber no futuro vai diminuindo e como se não fosse já bastante mau, a s.s. tem de recorrer, crescentemente, a outras fontes de financiamento, como por exemplo o orçamento de estado, ou seja, mais impostos.
    E, os futuros beneficiários/contribuintes têm de assistir a este esbulho, impávidos e serenos, sem poder sair do sistema.

    Enquanto que no caso dos bancos, uma falência afectará apenas os seus depositantes/investidores, no caso do estado somos todos os afectados, como aliás, nos está a acontecer precisamente agora.
    Concordam com este comentário: two-rok
  11. Só que os Estados tambem podem falir, caso da Grécia neste momento. Bem podem imprimir outro dinheiro mas com uma desvalorização de 30% ou mais.
    Aliás o que se passar na Grécia vai decidir as nossas eleições. Os reformados e os FP que perderam 5 ou 10% do que ganhavam não vão querer perder o resto. O medo é um enorme catalisador de votos...
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  12. Colocado por: J.FernandesEnquanto que no caso dos bancos, uma falência afectará apenas os seus depositantes/investidores,

    Quer dizer que se uma pessoa, mil pessoas , vinte mil pessoas que acreditaram num BANCO que foi à falência,ficarem sem modo de subsistência, se deverão arranjar sem ajuda dos seus concidadãos que não tiveram o azar de apostar no cavalo errado ?

    Não é esse o País onde eu quereria viver ... e tenho a certeza que a maior parte das pessoas pensa como eu.



    Qual o Estado que já faliu (comparando com a falência do BPN ou do BES)?


    Colocado por: J.Fernandescomo aliás, nos está a acontecer precisamente agora.

    Quantos de nós já morreram por esse motivo? O mesmo já não diríamos se as vítimas da falência de Bancos tivessem os seus fundos de reforma nos falidos.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  13. Colocado por: JOCORQuer dizer que se uma pessoa, mil pessoas , vinte mil pessoas que acreditaram num BANCO que foi à falência,ficarem sem modo de subsistência, se deverão arranjar sem ajuda dos seus concidadãos que não tiveram o azar de apostar no cavalo errado ?

    Não é esse o País onde eu quereria viver ... e tenho a certeza que a maior parte das pessoas pensa como eu.

    E porque acha que os outros concidadãos não estariam, de modo voluntário, prontos a prestar a sua ajuda a quem ficasse sem reforma por motivo de falência de um banco? Eu tenho a certeza que estariam, e em grande número.

    Mas se houvesse gente em condições de ajudar é porque teriam diferente sistema de pensões. O que não faz sentido é, obrigatoriamente, todos terem os ovos no mesmo cesto, de modo que se houver problemas, perdem todos...e deixa de haver gente que possa ajudar.

    Colocado por: JOCORQual o Estado que já faliu (comparando com a falência do BPN ou do BES)?

    Vários casos e provavelmente teremos mais um proximamente (Grécia), que quando não tiver dinheiro para pagar pensões deixará muita a gente a questionar-se.
  14. Colocado por: J.FernandesEu tenho a certeza que estariam, e em grande número.

    A dar-lhes umas coroas quando fossem tocar-lhes à porta com o chapéu na mão?



    Colocado por: J.FernandesMas se houvesse gente em condições de ajudar é porque teriam diferente sistema de pensões. O que não faz sentido é, obrigatoriamente, todos terem os ovos no mesmo cesto, de modo que se houver problemas, perdem todos...e deixa de haver gente que possa ajudar.

    Isto pode explicar em grande medida o seu pensamento aqui explanado. Ficamos entendidos ...


    Mas, já agora, só por curiosidade, qual é mesmo o SEU Banco? Sim, para ter esta tese deve ser o "dono" de algum Banco,


    Colocado por: J.FernandesVários casos e provavelmente teremos mais um proximamente (Grécia), que quando não tiver dinheiro para pagar pensões deixará muita a gente a questionar-se.


    Nada disso. Antes de lhe faltar o dinheiro para as Pensões vai faltar-lhe o dinheiro para pagar à Alemanha e à França. Se for à falência (que é muito diferente da falência de Bancos) deixará de pagar juros e só andarão mais às aranhas alguns (poucos) meses.

    Mas claro que se a Grécia fosse "à falência" Portugal não ficaria em muito bons lençóis.

  15. O Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social publicou esta semana uma Avaliação Actuarial do Sistema Previdêncial da Segurança Social. Este Estudo efectua uma análise à sustentabilidade financeira de longo prazo, apresenta estimativas da dívida implícita do sistema e quantifica as taxas contributivas de equilíbrio geral do sistema.
    Há muitos anos que não era divulgado publicamente um estudo com estes objectivos. Em meu entender este Estudo é fundamental, não apenas pela sua oportunidade, mas porque é necessário dispormos de um diagnóstico oficial actualizado e rigoroso. Por outro lado, num momento em que está na agenda do País a discussão do tema das pensões, este diagnóstico deve constituir um ponto de partida para um debate sério sobre o futuro do sistema e, em particular, das pensões.
    Qualquer reforma a fazer ao sistema de pensões implica necessariamente que se conheça o montante das responsabilidades com pensões que não tem cobertura financeira através de contribuições e quotizações e das reservas financeiras do sistema, neste caso o Fundo de Estabilização da Segurança Social.
    Não surpreendem os resultados. Este Estudo confirma com mais detalhe e explicação os resultados constantes dos últimos relatórios de sustentatibilidade financeira da segurança social publicados com as propostas do orçamento do estado e as projecções de relatórios europeus que têm sido elaborados sobre variáveis que influenciam os sistemas de pensões.
    O Estudo mostra que o sistema previdêncial de segurança social não é financeiramente sustentável no longo prazo. A dívida implícita calculada avalia a dimensão da ruptura do sistema, evidencia que as receitas projectadas não são suficientes para financiar as despesas com as prestações sociais projectadas, incluindo as pensões, tendo em conta as condições de atribuição e as regras de cálculo em vigor.
    A existência de défices ao longo do período do Estudo - 2013 a 2060 – corresponde a dívida explícita futura, cuja resolução passará sempre pelos rendimentos das gerações futuras, seja pelo aumento de contribuições e impostos e/ou redução de benefícios, seja pelo aumento de dívida pública para financiar aqueles défices. Este desequilíbrio financeiro coloca obviamente problemas de equidade intergeracional, porque serão, justamente, as gerações futuras que pagarão a factura.
    O Estudo mostra qual teria que ser o aumento da taxa contributiva geral (TSU) para assegurar o equilíbrio financeiro de longo prazo, ou seja, para eliminar os défices projectados.
    a) As estimativas da dívida implícita oscilam entre 293.295 milhões €, que correspondem a 172,7% do PIB, e 130.767 milhões €, que correspondem a 77,0% (dependendo das taxas de desconto utilizadas, no primeiro caso 3% e no segundo caso 5%).
    b) As estimativas apontam para uma taxa contributiva geral de equilíbrio de 42,41%, ou seja, mais 8,43% que a actual taxa contributiva (TSU, excluindo a parcela da administração que vale 0,77%).
    c) O Estudo apresenta outros resultados muito importantes para um debate que leve a mudanças em particular no sistema de pensões. A evolução da taxa de substituição global irá sofrer uma significativa redução: evoluirá de cerca de 60% em 2014 para cerca de 45% em 2060, de acordo com a aplicação das condições e regras de cálculo das pensões em vigor.
    Este Estudo é um bom ponto de partida para o debate sobre a reforma do sistema previdêncial da segurança social, em particular das pensões. O Estudo precisa de ser discutido, as dúvidas devem ser levantadas e respondidas, todos os esclarecimentos para a sua compreensão devem ser resolvidos.
    Não é possível o País não querer encarar ou ignorar os graves problemas financeiros e de equidade do sistema. Aqueles que persistem em negar que há problemas e que tudo pode ficar na mesma são agora convocados a apresentarem os seus próprios estudos e projecções, com a transparência que se exige neste tipo de exercícios, para demonstrarem as suas teses de que não são necessárias mudanças..

    http://quartarepublica.blogspot.pt/2015/06/pensoes-e-seguranca-social-avaliacoes.html

  16. Pressupostos errados/enviesados para assim poder justificar o seguinte:


    Não são errados nem enviesados. A referência à manutenção do ordenado ao longo da carreira, por troca com a ausência de inflação servem apenas para retirar da equação a inflação, sem distorcer o raciocínio. Quando muito enviesam o raciocínio no sentido contrário ao meu argumento, na medida em que a progresso na vida profissional tende a reflectir-se em melhor remuneração.
    Mas o meu ponto mantem-se: é fácil perceber que durante muitos anos os descontos não eram suficientes para os benefícios que geravam.


    Só que os BANCOS já faliram vários e alguns outros poderão ainda falir. ESTADOS não falem assim, pois não?

    Claro que falem. Para todos os efeitos um Estado que corta pensões e ordenados faliu e está a reestruturar a sua dívida. Com algumas diferenças, claro, como o facto de ao contrário dos bancos os credores não poderem ser ressarcidos através da massa falida. Ou de, ao contrário dos bancos, os Estados poderem passar a terceiros os custos das suas falências.



    Se falir o Banco onde eu tinha a minha Reforma, só haverá depois um outro BANCO a poder valer-me, chama-se ESTADO. Entretanto alguém se abotoou com o meu dinheiro ..
    .


    Tem muitas formas de constituir poupanças para a reforma e muitas não passam por bancos.

    E lamento informar que a contrapartida da existência desse Banco-Estado é você ficar sem reforma na mesma, se falir outro banco que não o "seu".
    Concordam com este comentário: two-rok

  17. Quer dizer que se uma pessoa, mil pessoas , vinte mil pessoas que acreditaram num BANCO que foi à falência,ficarem sem modo de subsistência, se deverão arranjar sem ajuda dos seus concidadãos que não tiveram o azar de apostar no cavalo errado ?
    Não é esse o País onde eu quereria viver ... e tenho a certeza que a maior parte das pessoas pensa como eu.

    A sua ideia é curiosa: como o Estado não se dissolve, as responsabilidades ficam cá, está tudo bem. Acontece que o Estado reformula, corta, diminui, e produz resultados semelhantes...



    Qual o Estado que já faliu (comparando com a falência do BPN ou do BES)?

    com as devidas diferenças, todos.



    Quantos de nós já morreram por esse motivo? O mesmo já não diríamos se as vítimas da falência de Bancos tivessem os seus fundos de reforma nos falidos.

    Eu ia jurar que tenho ouvido e lido que a austeridade mata...
    Concordam com este comentário: two-rok

  18. Nada disso. Antes de lhe faltar o dinheiro para as Pensões vai faltar-lhe o dinheiro para pagar à Alemanha e à França. Se for à falência (que é muito diferente da falência de Bancos) deixará de pagar juros e só andarão mais às aranhas alguns (poucos) meses.

    Mas claro que se a Grécia fosse "à falência" Portugal não ficaria em muito bons lençóis.


    Que optimista. Supõe que deixando de pagar e saindo do euro manterá orçamentos equilibrados, o que está por provar.
    Concordam com este comentário: two-rok
 
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