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  1.  # 501

    As fraudes:

    Há dias, agarrado como lapa ao poder e em desespero de causa, mas também e, certamente, com o objectivo de dar cobertura a uma qualquer manobra que inviabilize a constituição de um governo do PS, como é natural e legítimo, Passos Coelho veio defender a revisão da Constituição e a realização de novas eleições.

    Provocatoriamente, apelidou a solução governativa que resulta dos compromissos entre os quatro partidos que são a maioria na Assembleia da República e representam a maioria do voto popular, como uma fraude.
    O PCP, reafirmando que não há nenhuma razão política ou institucional que possa ser invocada para questionar essa solução governativa do PS, chama a atenção de que:

    -Fraude é fazer das eleições de deputados para a Assembleia da República, uma eleição para Primeiro-ministro;

    - fraude é querer governar contra a vontade da maioria dos deputados e sem respeitar a vontade da maioria que existe na Assembleia da República;

    - fraude é utilizar a inexistente e falsa regra que o partido mais votado tem direito a governar e o direito a passar obrigatoriamente na Assembleia da República mesmo quando minoritário;

    - fraude é defender que há votos de primeira, que são os seus, e votos de segunda, que são os dos outros, simplesmente para servir as suas conveniências;

    - fraude é defender a tese de que há partidos que têm o monopólio do poder, ungidos numa espécie de direito divino, e outros condenados à condição de proscritos;

    - fraude é dizer antes das eleições uma coisa para enganar o povo e depois no governo fazer outra, como sempre fizeram PSD/CDS, em 2011 e agora. Essa prática de manter escondida aquela que é a sua verdadeira agenda e programa políticos assentes no prosseguimento do assalto aos rendimentos dos trabalhadores e do povo;

    - fraude é esse enorme embuste que foi a prometida devolução da sobretaxa do IRS que PSD/CDS foram alimentando antes das eleições - uma manobra para captar votos - e que agora se traduz em nada;

    - fraude é nomear mais de 100 amigos à pressa nos últimos dias antes das eleições para altos cargos da Administração Pública;

    - fraude é ir a correr assinar o acordo de venda da TAP, sendo governo de gestão e com poderes limitados;

    - fraude é continuar a canalizar milhares de milhões de euros de dinheiros públicos para a banca, tirando à boca e ao bolso dos portugueses que vivem do seu trabalho. É o ex-Secretário de Estado dos Transportes saltar à última da hora do comboio das privatizações dos transportes para liderar a venda do Novo Banco. Desse banco que esta semana, tal como era previsível, vai apresentar mais uma factura de recapitalização de quase 1 400 mil milhões de euros para o povo pagar;

    - fraude é assumir o compromisso solene e a obrigatoriedade de governar de acordo com a Constituição e coleccionar um sem número avultado de decisões de inconstitucionalidade;

    - fraude é dizerem que tinham soluções para resolver os problemas do País e acabarem por o deixar de rastos e na cauda da Europa, mais endividado, com o desemprego real a atingir mais de um milhão e cem mil portugueses, com níveis dramáticos de precariedade e de pobreza, com crescentes desigualdades sociais, com a negação a milhões de portugueses de condições de vida dignas e com meio milhão de portugueses forçados à emigração. Um País sufocado por um aumento brutal de impostos sobre o trabalho. Com uma economia que andou mais de uma década para trás e com milhares de encerramentos de empresas. Com serviços públicos degradados e direitos sociais das populações amputados, nomeadamente à saúde, à educação e à segurança social.
    • eu
    • 18 novembro 2015

     # 502

    LOL... tanta propaganda bacoca e demagógica
    Concordam com este comentário: treker666, two-rok, Erga Omnes, Carvai, scarecrow
  2.  # 503

    Então o meu caro concordará quando digo que só se encontra uma solução estável com novas eleições, de preferência com as duas coligações a irem a votos

    Não, não concordo. A Assembleia da República é soberana, representa legitimamente a vontade dos eleitores e é lá que deve ser procurada a solução. Enquanto não se esgotarem as possibilidades no actual quadro parlamentar considero ilegítima a marcação de novas eleições.
    Também não concordo quando diz que os partidos se devem apresentar sob a forma de coligação, essa decisão compete a cada partido e os eleitores escolherão em conformidade. Recordo que não há muito o PSD e o CDS se apresentaram a eleições separados, tendo acabado por formar depois (legitimamente) um governo de coligação sem que se visse por parte dos outros partidos e dos seus apoiantes a peixeirada que agora se vê por parte da PAF e de alguns dos seus apoiantes. Quanto à referida estabilidade, não passa de um mau argumento de mau perdedor. Onde esteve a estabilidade no governo anterior quando o Ministro das Finanças se demitiu ou quando o Vice - Primeiro Ministro ameaçou demitir-se irrevogavelmente? No entanto nunca me passou pela cabeça pedir a demissão do governo em nome da estabilidade. Aprendam a viver em democracia e a respeitar as decisões de um parlamento, democratica e legitimamente eleito, quer ele seja ou não o vosso agrado.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  3.  # 504

    A argumentação perspicaz e verdadeira não tem resposta e o insulto é a demonstração do desespero.
    Este governo rejeitado também está desesperado.
  4.  # 505

    Colocado por: cla_pereiraA argumentação perspicaz e verdadeira não tem resposta e o insulto é a demonstração do desespero.

    Onde você vê argumentação perspicaz e verdadeira, eu vejo demagogia barata e discurso panfletário.
    Concordam com este comentário: treker666, two-rok, scarecrow
  5.  # 506

    Colocado por: J.Fernandes
    Onde você vê argumentação perspicaz e verdadeira, eu vejo demagogia barata e discurso panfletário.


    Uma coisa é ser simpatizante de um partido, outra é seguir tudo o que ele diz.
    Deviam de ter vergonha de propor novas eleições ! Não aceitam o resultado destas eleições, negam o voto dos portugueses ! Quando até ficaram contentes com o resultado !
    O que os srs. queriam era governar eternamente sem haver eleições, desrespeitando a maioria do povo e da assembleia da republica.

    Nunca esperei ver a direita desrespeitar a democracia de forma tão frontal.
  6.  # 507

    Colocado por: cla_pereiraO que os srs. queriam era governar eternamente sem haver eleições

    Contra estes factos, não há argumentos.
  7.  # 508

    Acima de tudo o que se nota em Portugal é uma falta de cultura democrática gritante. Como o nosso "clube" não pode governar há que descredibilizar todas as restantes alternativas de forma a tentar evitar aquilo que é visto como uma derrota.

    Portugal é muito maior que qualquer partido ou ideologia. Ser o PS sozinho a formar governo, com o apoio de uma maioria parlamentar, é a melhor alternativa possível a um governo que não conseguiu garantir uma maioria parlamentar e por isso não está em condições de se manter à frente dos destinos do país.

    Caso se verifique que o governo PS não consiga manter a estabilidade que garante ter, volta-se a recorrer aos instrumentos democráticos que a nossa Constituição confere e marca-se novas eleições. Por enquanto, existindo uma alternativa credível e válida, não existe nenhuma razão de superior interesse nacional que justifique que o Presidente da República mantenha um governo de gestão.

    Acima de tudo deve respeitar-se a Constituição da República Portuguesa e a vontade do povo português. Tudo o resto é conversa de aziados que pensam que estamos a discutir preferências clubísticas.
    Concordam com este comentário: j cardoso, cla_pereira, maria rodrigues
  8.  # 509

    Colocado por: cla_pereiraNunca esperei ver a direita desrespeitar a democracia de forma tão frontal.


    É ilegal ou anti constitucional? Não.

    Estão a fazer o mesmo que o Sr. Costa fez, usar o direito que a constituição lhe confere para dar resposta ao cometido pela esquerda da mesma forma.

    Se é correcto eticamente? Para mim a resposta é não, mas o que a esquerda quer fazer muito menos é.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  9.  # 510

    Colocado por: j cardosoRecordo que não há muito o PSD e o CDS se apresentaram a eleições separados, tendo acabado por formar depois (legitimamente) um governo de coligação sem que se visse por parte dos outros partidos e dos seus apoiantes
    bom dia acho que compara o incomparável , quem ganhou as eleições foi o PSD e foi este que governou o país , a coligação que aconteceu foi para poupar serviço pois na mesma poderia ter sido eleito um governo sem maioria que neste caso passado no parlamento tinha o voto da bancada do CDS ... ou seja foi criar uma maioria num governo que tinha ganho as eleições ... muito diferente de colocar 3 derrotados a governar um país !!!!! para mim que volto a dizer que não tenho orientação politica algumas porque esta não existe em Portugal acho que a solução mais inteligente e viavel é e será as novas eleições , não vejo o porquê do medo ...
  10.  # 511

    Colocado por: BricoleiroÉ ilegal ou anti constitucional?


    É irrelevante. Até podiam atirar-se para o chão e fazer birra que isso não ia mudar os factos.

    A coligação PaF, ao contrário do PS, não está em condições de governar e por isso o presidente só tem que cumprir com as suas obrigações e indigitar António Costa para formar governo.
    Concordam com este comentário: cla_pereira
  11.  # 512

    Colocado por: j cardosoconsidero ilegítima a marcação de novas eleições.

    Ilegítima porquê? Quando o novo PR tiver a possibilidade de dissolver a assembleia e se achar que estão preenchidas as condições para isso, parece-me perfeitamente legítimo que tome essa opção. Nem vale a pena lembrar que em 2004 o PR dissolveu uma assembleia em que havia uma estável maioria absoluta a sustentar um governo.


    Colocado por: j cardosoRecordo que não há muito o PSD e o CDS se apresentaram a eleições separados, tendo acabado por formar depois (legitimamente) um governo de coligação sem que se visse por parte dos outros partidos e dos seus apoiantes a peixeirada que agora se vê por parte da PAF e de alguns dos seus apoiantes.

    Imagino que tivesse havido alguma peixeirada se um dos partidos dessa coligação fosse assumidamente anti-democrático, anti-europeísta e inimigo da iniciativa privada.
    Esperava-se é que agora houvesse muito mais peixeirada por parte do PS centro-esquerda, confrontado pela tomada de poder de um extremista que quer juntar o PS com os sociais-fascistas do PCP e do BE. Mas o cheiro do poder é demasiado inebriante.

    Colocado por: j cardosoOnde esteve a estabildade no governo anterior quando o Ministro das Finanças se demitiu ou quando o Vice - Primeiro Ministro ameaçou demitir-se irrevogavelmente?

    Nem sei porque se continua a usar este argumento. Afinal o governo não durou a legislatura completa?!
    Concordam com este comentário: two-rok
  12.  # 513

    O nosso Presidente, depois de um fim de semana prolongado pela Madeira voltou ao serviço!
    O país pode esperar... é preciso é ter calma!
  13.  # 514

    Colocado por: Bricoleiro

    É ilegal ou anti constitucional? Não.

    Estão a fazer o mesmo que o Sr. Costa fez, usar o direito que a constituição lhe confere para dar resposta ao cometido pela esquerda da mesma forma.

    Se é correcto eticamente? Para mim a resposta é não, mas o que a esquerda quer fazer muito menos é.


    Meu caro, a PàF venceu e o que é que isso interessa ? Nada. Porque não são eleições para 1º ministro. O que conta são os 230 deputados e como entram em entendimento.
    O que é que a "esquerda" fez de errado meu caro ? Nada. O PàF tem 38% e não tem apoio de ninguém e o Cavaco deu-lhes posse !
    O PS tem 32% e tem apoio de 18%, sim sr, tem de lhes dar posse. É trigo limpo.

    Andamos nisto há 1 mês e meio, a discutir a mesma coisa ! Estão em fase de negação, a próxima será de aceitação.

    O Cavaco devia ter vergonha, acha mais importante ir para a Madeira do que decidir o próximo governo.

    Por último, deixar uma nota sobre "ilegal ou anti constitucional", o que um constitucionalista já veio a público dizer é que não é constitucional este governo continuar e explicou porquê.
    O governo é de gestão quando é formado. Se houver uma moção de rejeição aprovada, as suas funções cessam e tem de ser formado novo governo. O que o Cavaco está a fazer é adiar a única solução possível e que é a solução natural das formações de governo.
  14.  # 515

    Colocado por: simples

    É irrelevante. Até podiam atirar-se para o chão e fazer birra que isso não ia mudar os factos.

    A coligação PaF, ao contrário do PS, não está em condições de governar e por isso o presidente só tem que cumprir com as suas obrigações e indigitar António Costa para formar governo.



    O PS está em condições de governar?
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  15.  # 516

    Colocado por: LuisPereiraO nosso Presidente, depois de um fim de semana prolongado pela Madeira voltou ao serviço!
    O país pode esperar... é preciso é ter calma!

    Os que se queixam de se estar a perder tempo, foram os mesmos que levaram mais de um mês para assinar uma espécie de contratos promessa de acordo com duas páginas e meia de slogans e intenções vagas.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok, Bricoleiro
  16.  # 517


    Onde esteve a estabildade no governo anterior quando o Ministro das Finanças se demitiu ou quando o Vice - Primeiro Ministro ameaçou demitir-se irrevogavelmente?


    Ficou onde estava.



    O PS tem 32% e tem apoio de 18%, sim sr, tem de lhes dar posse. É trigo limpo.



    O PS tem apoio? Olhe que não parece. De um lado o PS diz que não passa pela cabeça de ninguém não pagar a dívida, do outro logo lhe respondem que não se pode falar assim da dívida. De um lado o PS diz que é um acordo para uma legislatura, do outro logo lhe respondem que logo se verá como será o Orçamento para 2016.
    Concordam com este comentário: two-rok
  17.  # 518


    Por último, deixar uma nota sobre "ilegal ou anti constitucional", o que um constitucionalista já veio a público dizer é que não é constitucional este governo continuar e explicou porquê.
    O governo é de gestão quando é formado. Se houver uma moção de rejeição aprovada, as suas funções cessam e tem de ser formado novo governo.


    As funções não cessam, só cessam quando tomar posse novo governo.


    O que o Cavaco está a fazer é adiar a única solução possível e que é a solução natural das formações de governo.


    A solução natural seria o PS, o PC e o BE formarem governo.
    Concordam com este comentário: two-rok
  18.  # 519

    O problema do PSD e do CDS não é se o PS tem um governo estável.
    Porquê, querem que o governo do PS seja estável para poder governar à vontade durante 4 anos sem o PSD e CDS a "chatear" ? Não sejam ingénuos, o povo não é assim tão estúpido.

    Quiserem um acordo com o PS, ele não deu.
    O PS entrou em acordo com BE, PCPe PEV e agora é "ilegitimo". Têm boa solução, emigrem !
  19.  # 520

    Ilegítima porquê?

    Porque não foram esgotadas todas as possibilidades dentro do actual quadro parlamentar.

    Nem vale a pena lembrar que em 2004 o PR dissolveu uma assembleia em que havia uma estável maioria absoluta a sustentar um governo.

    E daí? Um possível erro do passado não justifica outro erro

    Imagino que tivesse havido alguma peixeirada se um dos partidos dessa coligação fosse assumidamente anti-democrático, anti-europeísta e inimigo da iniciativa privada.

    Anti democrático é a sua classificação e soa um bocado a mofo. Caso não tenha reparado estamos em 2015, não e consta que o PCP ande aí a pregar golpes de estado. Não lhe agrada o partido? Faça como eu, não vote neles.
    Antí-europeísta? Já vi muita gente do CDS-PP a pregar contra o Euro - também são anti-europeístas ou a esses desculpa porque estão ideologicamente perto de si? Inimigo da iniciativa privada? Não se informou bem, tanto quanto sei defendem que certos sectores devem ser públicos mas não defendem o fim da iniciativa privada. Ao que sei o mesmo pensa o J Fernandes. Não é verdade que acha que a Justiça deve estar a cargo do estado? Qualquer neoliberal diria que o J Fernandes está aqui contra a privatização da justiça - pergunte ao Luísvv.

    Nem sei porque se continua a usar este argumento


    Vá ver a pergunta que me foi feita e que deu origem, a esta resposta, vai ver que percebe.

    Afinal o governo não durou a legislatura completa?!

    E muito legitimamente, a meu ver, o que não invalida que tenha vivido momentos de alta instabIlidade
 
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