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  1.  # 381

    Colocado por: PandRCMartin, já viu isto:

    https://www.homify.pt/livros_de_ideias/631925/projecte-a-sua-casa-como-le-corbusier-o-faria


    PandR,
    Estive a ler e então, de acordo com Le Corbusier existem 5 pontos para a arquitetura moderna, e de acordo, elas serão:
    1 - Solo liberto ou caminhar livre ( elevação da casa por pilotis, em que a casa ficando suspensa por pilares ou colunas, permite repor ao solo o espaço que a ele tiraríamos com a construção. Permite libertar o solo.)
    2 - Plantas livres (open space e planta sem definição prévia de espaços, onde apenas são projectados os pilares, e havendo paredes podem ser derrubadas para realocação dos espaços )
    3 - Fachadas livres (fachada com abertura màxima em vidro)
    4 - Janelas livres ( ou em fita em que as janelas cobrem a totalidade da fachada dum edifício, em vez de janelas aqui e acolà na vertical, o objectivo parece ser a maior entrada de luz de forma homogénea e permitir fachadas mais limpas sem interrupções / ornamentação desnessària por parte de janelas..)
    5 - Coberturas livres ( e circulàveis, sendo também este espaço transformado em espaço útil da casa. Fazem-se nas coberturas terraços jardim para libertar o solo para outras utilizações. ...( ? )).

    O PandR teve algum objectivo em mostrà-lo , estava a pensar alguma coisa quando o fez ?
  2.  # 382

    Colocado por: monicaa

    Se considerarmos a arquitetura como uma arte então teremos de encontrar um outro termo para aquilo que escapa ao conceito.
    O conceito arte surge na sua origem aplicado ao saber fazer, ao artesão que dominava a técnica, daí que ainda hoje muitas das ocupações são consideradas uma arte, veja que o trolha pode ser um artista pelo dominio da sua arte, ou seja pelo saber fazer, trata-se portanto de um conceito estreitamente ligado à técnica. O mesmo se passava na pintura e nas outras artes, que mais não eram que o domínio da técnica, a arte era vista e estava sob o escrutínio da critica tecnicista. Só no inicio do séc.XX a arte se liberta da norma técnica e tende a objetivar-se como sensação sinestésica, evocando o que está para lá do visto.
    Por isso é que hoje não consideramos qualquer tela pintada uma obra de arte, nem tão pouco o fazemos quando nos deparamos com um réplica perfeita, não obstante concordarmos que tenha sido feita com arte, o tal saber fazer.

    Para que possamos chegar a algum lado na sua reflexão é necessário começar por estabelecer as devidas distinções aos conceitos utilizados.

    Disse eu: "Podia ter sido feita com arte? Podia, mas não foi."
    Pergunto agora: É uma obra de arte? Está feita com arte?


    Mt interessante.
    Cmps!
  3.  # 383

    Colocado por: monicaa
    O paralelismo belo-bom, feio-mau é um erro, um preconceito.
    O bom não é uma qualidade do belo, as belezas estéreis de significado são exemplo disso.
    Por outro lado pode eventualmente o belo ser uma qualidade do bom, mas isso implica que o belo não seja nem a perfeição nem a harmonia


    O classicismo diz-nos que existem na beleza 3 princípios, o bom - o verdadeiro - o belo. Acho que esta é a verdadeira beleza.
    E não acho que seja um preconceito ou visão preconceituosa. Acho que tudo o que vem depois da beleza clássica interpretada desta forma é que é, comparativamente, subjectivo.

    Quando falo de sensação serà a sensação prazerosa, o prazer que nos dà contemplar algo belo.

    Pode perfeitamente ser qualquer imagem ou qualquer conteúdo. As tais mãos gretadas ou os meus animais empalhados, podem não ser grotescos (daí eu ter colocado a sua imagem) porque um tema negativo pode de facto e apesar disso ser belo e proporcionar-me um sentimento bom. Se for arte.
    Isto, a meu ver, tem a ver mais com a arte (o equilibrio, a harmonia, a proporção da medida, as cores..) do que propriamente com o tema. É independente do tema.
    Tem a ver com a arte com que foi trabalhado o objecto, mais do que o objecto em si.
    Olhe, exactamente como acontece com a construção. O objecto é uma casa, se for uma bela casa, feita com arte, então é uma arquitectura..como vimos..
    Se não é apenas uma construção.

    PS. A imagem do zé, seja com base no tema ou independente do tema, não tem beleza, nem era entendida para ter era para demonstrar precisamente a falta de beleza como pensamento fora da caixa. Belo não é. Um exemplo que o zé utilizou também para demonstrar que belo está nos olhos de quem vê..(e esta frase popular para mim não passa dum "facilitismo" que nos é conveniente).
  4.  # 384

    Colocado por: m.arq

    Mt interessante.
    Cmps!


    Qual será a 6ª arte ou a 8ª? E vamos lá, na arte da música será artista o violoncelista ou o compositor?
    Cmps!
  5.  # 385

    Colocado por monicaa

    Diz o que nós sabemos. Fala de uma geração que se esforça por negar a passagem do tempo, somos adeptos do "clean" e dos anti-rugas, e a nossas construções hão-de morrer parecendo nunca ter vivido.
    Concordam com este comentário:CMartin

    Sabe o que eu acho? Algures esta reflexão irà desaguar nas massas, no consumo, na globalização...
  6.  # 386

    ARQUITECTURA - DEFINIÇÃO

    Uma definição precisa de arquitetura é impossível, como já foi ressaltado, dada a sua amplitude. Como as demais artes e ciências, ela passa por mudanças constantes. No entanto, o excerto a seguir, escrito por Lúcio Costa (arquitecto, urbanista e professor)costuma gozar de certa unanimidade quanto à sua abrangência.

    "Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a germinação do projeto, até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada.
    A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."


    Fonte :https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arquitetura
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1, monicaa
  7.  # 387

    Colocado por: CMartinARQUITECTURA - DEFINIÇÃO

    Uma definição precisa de arquiteturaé impossível, como já foi ressaltado, dada a sua amplitude. Como as demais artes e ciências, ela passa por mudanças constantes. No entanto, o excerto a seguir, escrito por Lúcio Costa (arquitecto, urbanista e professor)costuma gozar de certa unanimidade quanto à sua abrangência.

    "Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a germinação do projeto, até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada.
    A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."


    Fonte :https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arquitetura


    Mt Bom ,Mt Bem e Mt Fixe!
    Cmps!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1
  8.  # 388

    CMartin

    Qnd tiver tempo, vá até ao pós- modernismo ...
    Concordam com este comentário: CMartin
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1
  9.  # 389

    Colocado por: m.arqCMartin

    Qnd tiver tempo, vá até ao pós- modernismo ...
    Concordam com este comentário:CMartin


    Hei-de là chegar...depois espero conversar consigo sobre ele...sem ser por meias palavras!
    :o)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1
  10.  # 390

    Colocado por: CMartinPandR,
    Estive a ler e então, de acordo com Le Corbusier existem 5 pontos para a arquitetura moderna, e de acordo, elas serão:
    1 - Solo liberto ou caminhar livre ( elevação da casa por pilotis, em que a casa ficando suspensa por pilares ou colunas, permite repor ao solo o espaço que a ele tiraríamos com a construção. Permite libertar o solo.)
    2 - Plantas livres (open space e planta sem definição prévia de espaços, onde apenas são projectados os pilares, e havendo paredes podem ser derrubadas para realocação dos espaços )
    3 - Fachadas livres (fachada com abertura màxima em vidro)
    4 - Janelas livres ( ou em fita em que as janelas cobrem a totalidade da fachada dum edifício, em vez de janelas aqui e acolà na vertical, o objectivo parece ser a maior entrada de luz de forma homogénea e permitir fachadas mais limpas sem interrupções / ornamentação desnessària por parte de janelas..)
    5 - Coberturas livres ( e circulàveis, sendo também este espaço transformado em espaço útil da casa. Fazem-se nas coberturas terraços jardim para libertar o solo para outras utilizações. ...( ? )).

    O PandR teve algum objectivo em mostrà-lo , estava a pensar alguma coisa quando o fez ?


    Apenas gosto e concordância com (quase) tudo. E ter-me lembrado dos seus temas quando estava a ler.
    1-ideia interessante de levitação da casa.
    2-Acho interessante o open-space mas os interiores demasiadamente abertos sem qualquer separação (que pode ser feita por móveis ou elementos amovíveis) já não é do meu agrado.
    3-Vidro q.b. ...
    4-Utilização correta da luz sim, sem dúvida.
    5-A utilização da cobertura para mim fazia sentido o armazenamento da água da chuva para utilização futura.
  11.  # 391

    Colocado por: monicaa
    Concordo consigo e com tantos outros que consideraram o estudo prévio da moradia do PandR aberrante, mas só na medida em que as opções não estão devidamente justificadas.


    As minhas opções ou as da arquiteta?

    Colocado por: monicaa
    Não foi considerada a possibilidade conceptual da incoerência como tema arquitetónico, ainda que pudesse ser justamente a incoerência a expressão pretendida. Para os interiores procuraram-se algumas justificações e argumentos, como no caso do duplo pé direito, que foram apresentados e contra-argumentados, mas no final prevalece o gosto muito particular do cliente. Não há mal nenhum nisso, mesmo que seja considerado aqui pela maioria "mau gosto",. Já o mesmo não pode dizer-se de quem fez a composição, que tem a responsabilidade, e em princípio competência, para dar um bom corte à coisa.


    Não percebi a parte do mau gosto.

    Colocado por: monicaa
    Para finalizar e incapaz de me descolar do projeto do PanR, a quem desde já agradeço, o que realmente me incomoda no projeto é a relação do imóvel com o restante espaço. É o modo como um só edifício unifamiliar pode destruir a personalidade de uma rua inteira. É um edifício demasiado egocêntrico, sem ser icónico, desrespeita a envolvente e o espaço público - Não é a Rua da Casa dos Bicos, não é a Rua 31 de Janeiro é a Rua da casa esquisitamente moderna.


    Sendo um lote de gaveto, na parte maior em contacto com a estrada, nessa rua não está nada ainda construído. Por outro lado, e penso que já foi dito algo parecido, não poderá um só edificio unifamiliar dar personalidade a uma rua inteira?
    • PandR
    • 11 abril 2016 editado

     # 392

    Colocado por: monicaaE por isso estamos a falar de uma construção e não de arquitetura.


    Acho que está aqui a resposta:

    Colocado por: CMartin
    "Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a germinação do projeto, até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada.
    A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."
    Concordam com este comentário: monicaa
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 393

    Colocado por: monicaaAXN não se trata de gostar ou não gostar, que não tem aqui relevância nenhuma, trata-se de conseguir criar simbioses sem perder a sua própria personalidade


    E é a Sª que define essa simbiose? E se eu acho que a simbiose deve ser azul e a sª diz que deve ser amarelo?

    Eu não quero que se ponham todas as casas antigas abaixo, mas também não aceito que se deva preservar tudo (desde que o imóvel seja de considerável interesse histórico ou patrimonial), só porque é antiga...
    Concordam com este comentário: monicaa
  12.  # 394

    Respostas ao post #410 do PandR:

    1 - Em primeiro lugar quero pedir desculpa pelo termo utilizado "aberrante", é um exagero, não referente à sua obra em particular. Foi um modo de pegar na reflexão que aqui se desenvolve a partir do extremo.
    Quando à justificação do projeto, parece-me que o PandR o tem muito bem justificado. Já a concepção formal, da competência da arquiteta, parece pouco trabalhada e desenvolvida.

    Não deixo por isso de o felicitar, de desejar que a obra corresponda com as suas expectativas e que uma vez instalado seja feliz.

    2 - A parte de "mau gosto", foi propositadamente colocado entre aspas, pois não estou a julgar o seu gosto. Queria sim evidenciar que não se deve sentir condicionado só porque a maioria não comunga do seu gosto. A multiplicidade é salutar e torna a existência menos monótona.

    3 -
    Colocado por: CMartinPrincípio 19

    A primeira tarefa de toda a arquitetura urbana e do paisagismo é a definição física das ruas e dos espaços públicos como lugares de uso comum.


    Se não existissem regras camarárias para o urbanismo, nada impedia que a excentricidade de um proprietário o levasse a construir uma habitação unifamiliar de quatro pisos numa rua de casas térreas. Legitimava afirmações como: "Não me meto nos gostos dos outros e por isso não admito que não se metam nos meus".

    Se a sua casa é a primeira da rua, a discussão sobre o tecido urbano existente é descabida.
  13.  # 395

    Colocado por: CMartinUm exemplo que o zé utilizou também para demonstrar que belo está nos olhos de quem vê..(e esta frase popular para mim não passa dum "facilitismo" que nos é conveniente).


    Para si o belo é um estereotipo. De preferência clássico.
    Concordam com este comentário: CMartin
  14.  # 396

    Colocado por: AXN

    E é a Sª que define essa simbiose? E se eu acho que a simbiose deve ser azul e a sª diz que deve ser amarelo?


    É o urbanismo que impondo limites, impõe que as discrepâncias não se acentuem. Estas regras limitam também certas excentricidades dos proprietários porventura egoístas e capazes de considerar que o sol quando nasce já não é para todos (ex.: regras de altura máxima edificável).
  15.  # 397

    Quando numa sociedade o bom senso não impera, torna-se necessária a lei para garantir a paz.

    ref. "O homem é o lobo do homem" Thomas Hobbes
    • AXN
    • 11 abril 2016

     # 398

    Colocado por: monicaaÉ o urbanismo que impondo limites, impõe que as discrepâncias não se acentuem. Estas regras limitam também certas excentricidades dos proprietários porventura egoístas e capazes de considerar que o sol quando nasce já não é para todos (ex.: regras de altura máxima edificável).


    Aonde eu falei que discordo das leis e regras? Só falei de gostos

    Volto a reafirmar, desde que a lei e regras urbanísticas me permitam, qual o porque de eu não poder construir uma casa que "destoe" dos vizinhos?

    Um pequeno exemplo: a algum tempo passei por uma moradia em que o telhado era de cor verde (tipo verde musgo), e a dos vizinhos era todos telha da cor normal, se eu gosto? Não, mas certamente os donos dessa casa gostam. O que é que os vizinhos tem de haver com isso?

    E mais, ainda bem que existem essas pessoas excêntricas, ou com gostos "fora do vulgar".
  16.  # 399

    Colocado por: AXN

    Aonde eu falei que discordo das leis e regras? Só falei de gostos

    Volto a reafirmar, desde que a lei e regras urbanísticas me permitam, qual o porque de eu não poder construir uma casa que "destoe" dos vizinhos?

    Um pequeno exemplo: a algum tempo passei por uma moradia em que o telhado era de cor verde (tipo verde musgo), e a dos vizinhos era todos telha da cor normal, se eu gosto? Não, mas certamente os donos dessa casa gostam. O que é que os vizinhos tem de haver com isso?

    E mais, ainda bem que existem essas pessoas excêntricas, ou com gostos "fora do vulgar".


    Olá AXN, segure esse pensamento, acho que o que iremos ver a seguir é capaz de trazer algumas respostas..
    Ou como dizem os ingleses "hold that thought, chum".
  17.  # 400

    Colocado por: m.arqCMartin

    Qnd tiver tempo, vá até ao pós- modernismo ...
    Concordam com este comentário:CMartin
    Estas pessoas agradeceram este comentário:marco1


    Aqui vamos nós...segurem-se e cintos apertados se faz favor !

    :o)
 
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