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  1.  # 901

    Colocado por: CastelaDas várias correntes, também se podia falar do naturalismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismoe lembrar-nos por exemplo, das Caldas...
    Concordam com este comentário:CMartin
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    Muito bem "buscado". Obrigada Castela.
    Concordam com este comentário: Flica
  2.  # 902

    (Flica, e todos, atente aqui no que diz o texto do link do Castela !)

    Naturalismo (não confundir com naturismo ou com filosofia naturalista) é uma escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que se pode declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin.

    O naturalismo como forma de conceber o universo constitui um dos pilares da ciência moderna, sendo alvo de considerações também de ordem filosófica."
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Flica
  3.  # 903

    Acredito na teoria de Darwin. Acredito também que o Homem é produto de hereditariedade e do seu ambiente. Acredito igualmente no enriquecimento cultural proporcionado pelo "vivenciando" e "experienciando" o mundo (cultural, neste caso).

    Flica, penso que mais do que falar do Naturalismo na arquitectura, ou até em vez disso, o Castela se estará a referir à nós, ao Homem, e ao tipo de Arquitectura (ou outra coisa qualquer: Arte, Literatura, etc..) que aprecia terá a ver com o nosso "Grand Tour" (se os nossos "olhos" tiveram a oportunidade e a experiência de viajar, de se cultivarem, de ganharem mundo ...) aliado ao ambiente que nos foi proporcionado, a hereditariedade, a teoria de Darwin..faz de nós umas ou outras pessoas, menos ou mais sensíveis á apreciação das artes, da arquitectura,por exemplo.
    Extremamente bem posto, eu acho, desta forma pelo Castela.
    Concordam com este comentário: Flica
  4.  # 904

    Colocado por m.arq : Por cada guru ( obviamente para quem quer ) temos uma ditadura.
    Os nossos 2 gurus são mt parecidos. Xiiiiii!
    Corbusier mais tarde desenhou " ronchamp ". Siza e Souto Moura, estarão "mortinhos" para q lhes larguem os pés, pois o mundo pula e avança. Siza até já desenhou- Fundação Iberê Camargo -

    Cmps!


    Caro m.arq,
    Mas o problema não é por se ser guru.
    Um guru não é porque quer, é porque antes de mais o reconhecemos como tal, por mérito atribuído pelos restantes. Ninguém é guru sózinho. Não pode um guru ter receio de perder um estatuto nem pode se deslumbrar consigo próprio ou sequer com os seus feitos ou obras. Nem tem medo de errar. ("Portugal hoje,o medo de existir " acho uma leitura interessante por exemplo).
    Aí deixa de ser guru torna-se um humano que trabalha com medo, como todos nós e um guru sabemos, só faz por amor.
    Nunca pode ser ditador nem quereria sê-lo.
    Pelo menos para mim um guru é isto assim. Acima de tudo - inspira-nos a sermos bons, melhores. Dá-nos asas. Não nos abafa. É um exemplo motivador, inspirador. Nunca pode ter os defeitos pequeninos e mesquinhos guardados para os medíocres porque até não tem essa necessidade.

    Se calhar estou a falar só de Nelson Mandela e de Ghandi
    :oP
    Mas guru para mim não é só o saber ou o feito, é também o ser um Grande Homem. Um exemplo. Quase irrepreensível na postura também.

    Sendo diferente disto, não pode ser guru. Será outro o termo mais apropriado.
  5.  # 905

    Colocado por: m.arq.
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    A Fundação Iberê Camargo, sediada na cidade brasileira de Porto Alegre, é uma entidade cultural cujo objetivo é conservar, catalogar e promover a obra do pintor gaúcho Iberê Camargo (1914 - 1994).

    História

    A Fundação foi criada em 1995 pela viúva de Iberê Camargo, Maria Coussirat Camargo, para quem ele deixou seu acervo artístico. Em 1996, decidiu-se construir uma nova sede para a Fundação, então situada na antiga residência do artista, no bairro Nonoai. Um local foi arranjado quando o governo do Estado do Rio Grande do Sul doou um terreno no bairro Cristal, às margens do Lago Guaíba.

    Entre junho de 1998 e março de 1999, ocorreu a seleção do projeto, tendo sido escolhido o do arquiteto contemporâneo português Álvaro Siza Vieira. O projeto foi a primeira obra de Siza Vieira na América do Sul e levou o arquiteto a vencer, em setembro de 2002, o Prêmio de Leão de Ouro, na Bienal de Arquitetura de Veneza.

    Fonte : wiki.
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  6.  # 906

    Colocado por: Flica

    Não compreendo o naturalismo na arquitectura pelo menos na fase em que ele nasceu e se desenvolveu nos outros campos: literatura,pintura...na escultura sim,como até o Castela exemplifica mas na arquitectura nao vejo. Existe agora uma tendência urbanística de jardins verticais mas isso não assenta propriamente nos princípios naturalistas do sec xix. ?
    r.


    Flica,
    O tópico é mais do "gosto" do que de arquitectura. Mas ainda que fosse só de arquitectura, será muito redutor pensar em arquitectura sem pensar em outras possíveis áreas de influência, como a arte, por exemplo.
    Depois, não poderá ser por exemplo a escultura, parte integrante de uma arquitectura? (só decorativa??)
    Ou indo um pouco mais fundo, tomando o naturalismo como uma visão mimética da realidade exterior, e pensando na arquitectura como uma integração no espaço, não poderá ter cabimento aqui o naturalismo?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Flica
  7.  # 907

    Colocado por: CMartinAcredito na teoria de Darwin. Acredito também que o Homem é produto de hereditariedade e do seu ambiente. Acredito igualmente no enriquecimento cultural proporcionado pelo "vivenciando" e "experienciando" o mundo (cultural, neste caso).

    Flica, penso que mais do que falar do Naturalismo na arquitectura, ou até em vez disso, o Castela se estará a referir à nós, ao Homem, e ao tipo de Arquitectura (ou outra coisa qualquer: Arte, Literatura, etc..) que aprecia terá a ver com o nosso "Grand Tour" (se os nossos "olhos" tiveram a oportunidade e a experiência de viajar, de se cultivarem, de ganharem mundo ...) aliado ao ambiente que nos foi proporcionado, a hereditariedade, a teoria de Darwin..faz de nós umas ou outras pessoas, menos ou mais sensíveis á apreciação das artes, da arquitectura,por exemplo.
    Extremamente bem posto, eu acho, desta forma pelo Castela.


    Também. Embora não me agrade uma certa carga "pretensiosa" que essa visão possa encerrar.
    Ma a intenção principal tem mais a ver com o que respondi ao Flica acima, como mais um dado a ter em conta, para o "gosto" e para a "arquitectura".
    Concordam com este comentário: Flica
  8.  # 908

    Colocado por: Castela

    Flica,
    O tópico é mais do "gosto" do que de arquitectura. Mas ainda que fosse só de arquitectura, será muito redutor pensar em arquitectura sem pensar em outras possíveis áreas de influência, como a arte, por exemplo.
    Depois, não poderá ser por exemplo a escultura, parte integrante de uma arquitectura? (só decorativa??)
    Ou indo um pouco mais fundo, tomando o naturalismo como uma visão mimética da realidade exterior, e pensando na arquitectura como uma integração no espaço, não poderá ter cabimento aqui o naturalismo?
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Flica

    Castela,
    Tem razão o tópico trata do "gosto" mas por um lado eu vinha ainda na senda do Vitruvio e por outro enquanto na literatura por ex. via claramente o nosso querido Eça , o Alberto Caeiro (mais do que Pessoa ele mesmo), na escultura estava presente o seu próprio exemplo, na arquitectura eu não vislumbrava nada, pelo menos à época de tal corrente, por isso solicitei ajuda😊. Bem sei que as correntes de pensamento, embora transversais, não têm forçosamente de se revelar em todas as artes. Estou a lembrar-me que por exemplo o art nouveau ou o art deco não tiveram expressão visível na literatura contemplando além da arquitectura, o mobiliário, joalharia etc, não se reflectiu portanto em todos os campos. Com isto também estou a concluir que o naturalismo poderia não estar presente na arquitectura mas podia estar e eu não saber ou não ver. Agradeço o seu ponto de vista, a maneira como o expôs, e concordo em absoluto com essa forma tão real de nos projectarmos.
    Concordam com este comentário: Castela
  9.  # 909

    Colocado por: Flica
    Bem sei que as correntes de pensamento, embora transversais, não têm forçosamente de se revelar em todas as artes. s.


    É verdade, ainda que se possam sempre encontrar analogias ou reminiscências, mas teria que se escavar muito mais fundo e estabelecer comparações de índole já mais pessoal. Demasiado talvez. :)
    Concordam com este comentário: Flica
  10.  # 910

    Colocado por: CMartino, ainda em vida, que melhor cumpra os princípios enunciados por Vitrúvio: solidez, beleza e funcionalidade

    CMartin
    Sabe que eu acho que seria importantíssimo que a finalidade do prémio fosse mesmo essa? Já viu como isso poderia mudar a concepção desses bairros? Esses bairros que são também as nossas cidades. Seria uma motivação para os arquitectos e envergonharia os organismos públicos que continuassem a deixar construir o lixo habitual, porque nesses bairros além de arquitectura nenhuma, eles são fruto do pior mau gosto, jamais inventado, e impera sobretudo a péssima qualidade dos materiais, para não falar no "roubar" do essencial: o "roubar"no ferro e noutros... porque a inspecção é do tipo " quem é que guarda o guarda?"... Até que não seria uma má ideia!!! Vendo bem...
    Concordam com este comentário: CMartin
  11.  # 911

    Colocado por: Castela
    Também. Embora não me agrade uma certa carga "pretensiosa" que essa visão possa encerrar.


    Percebo perfeitamente, Castela, aliás já uma vez o tinha referido, sobre o "olho clínico", lembra-se (?), esse desconforto, também o vejo assim. E sim, como um pretensiosismo potencial - mas - nem sempre o é. Depende eu acho do objectivo, no sentido de nunca se querer menosprezar os outros enaltecendo os próprios, de facto acho isso de horrível gosto :o), que diz-nos logo com quem estamos a conversar.
    Concordam com este comentário: Castela
  12.  # 912

    Colocado por: Flica
    CMartin
    Sabe que eu acho que seria importantíssimo que a finalidade do prémio fosse mesmo essa? Já viu como isso poderia mudar a concepção desses bairros? Esses bairros que são também as nossas cidades. Seria uma motivação para os arquitectos e envergonharia os organismos públicos que continuassem a deixar construir o lixo habitual, porque nesses bairros além de arquitectura nenhuma, eles são fruto do pior mau gosto, jamais inventado, e impera sobretudo a péssima qualidade dos materiais, para não falar no "roubar" do essencial: o "roubar"no ferro e noutros... porque a inspecção é do tipo " quem é que guarda o guarda?"... Até que não seria uma má ideia!!! Vendo bem...


    Claro que sim seria uma excelente ideia Flica! Mas é utópico. O mundo não se move por isso nem se compadece, sabe bem!

    Ainda assim vem mesmo a calhar, na Sexta-feira passada deu um filme na Sundance, este:
    The Architect is a 2006 American drama film directed by Matt Tauber in which architect Leo Waters (Anthony LaPaglia) is confronted by angry residents of a housing complex he designed. The buildings have created a culture of crime in the neighborhood and the residents want them pulled down.

    Basicamente é um filme precisamente sobre o que a Flica propõe, um arquitecto de renome, usa Le Corbusier como inspiração, para erguer um bairro social da modernidade a mando do estado. Não funciona. É um bairro doente, em que há suicídios, drogas, pobreza, enfim, nada mudou nem melhorou face aos restantes bairros sociais, e então trata também a luta de uma das moradoras para que o bairro seja deitado abaixo..coisa que acaba por acontecer.

    Mas é mais do que isso, Parece que os tais prédios sociais, para as massas, com inspiração Corbusier, mais do que serem bonitos, antes eram estranhos, faziam parte de quem lá morava, parece que neles culminava dor, escuridão, como se tivessem sido os próprios moradores a dá-los à luz, aos prédios, como se tivessem saído do seu ventre, é uma apropriação que fazemos da nossa arquitectura, sabe, é o que eu acho, é irremediável, para o bem ou para o mal, tornamo-la nossa, um reflexo de nós próprios.
    É o que fazemos com a nossa casa, os nossos bairros, as nossas cidades, é psicossomático, é o que eu acho.

    E se calhar, vendo assim desta forma, afinal, até existirá Naturalismo também na Arquitectura.
    Concordam com este comentário: Flica
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  13.  # 913

    Colocado por: CMartin

    Claro que sim seria uma excelente ideia Flica! Mas é utópico. O mundo não se move por isso nem se compadece, sabe bem!

    Ainda assim vem mesmo a calhar, na Sexta-feira passada deu um filme na Sundance, este:
    The Architect is a 2006 American drama film directed by Matt Tauber in which architect Leo Waters (Anthony LaPaglia) is confronted by angry residents of a housing complex he designed. The buildings have created a culture of crime in the neighborhood and the residents want them pulled down.

    Basicamente é um filme precisamente sobre o que a Flica propõe, um arquitecto de renome, usa Le Corbusier como inspiração, para erguer um bairro social da modernidade a mando do estado. Não funciona. É um bairro doente, em que há suicídios, drogas, pobreza, enfim, nada mudou nem melhorou face aos restantes bairros sociais, e então trata também a luta de uma das moradoras para que o bairro seja deitado abaixo..coisa que acaba por acontecer.

    Mas é mais do que isso, Parece que os tais prédios sociais, para as massas, com inspiração Corbusier, mais do que serem bonitos, antes eram estranhos, faziam parte de quem lá morava, parece que neles culminava dor, escuridão, como se tivessem sido os próprios moradores a dá-los à luz, aos prédios, como se tivessem saído do seu ventre, é uma apropriação que fazemos da nossa arquitectura, sabe, é o que eu acho, é irremediável, para o bem ou para o mal, tornamo-la nossa, um reflexo de nós próprios.
    É o que fazemos com a nossa casa, os nossos bairros, as nossas cidades, é psicossomático, é o que eu acho.

    E se calhar, vendo assim desta forma, afinal, até existirá Naturalismo também na Arquitectura.
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    1- Todos os dias
    2- Essa coisa do naturalismo na arquitectura já foi descarregado pela CMartin aí atrás quando do Romantismo.
    3- Essa anedota dos apartamentos para pessoas tão ligadas á terra (q viviam em bairros de lata), por aqui aconteceu com os prédios de chelas em q as pessoas se viram na contingência de ter uma horta do tamanho da banheira. Qlqr dia esses apts. ainda vão valer $, basta "centralidade" e uma ou outra coisa qlqr.
    4- Cada vez q participo neste tópico, detesto o "je ne sais quoi", preferia a arquitectura q se explica. Aceito, afinal é o único tópico em q se fala de Arq.
    5- É preciso voltar à casinha do sinal de trânsito da pag 1. Nunca fui a Marrocos, tlvz essa placa por lá n exista (?).
    6- Estou "amuado" pq ngm comentou a planta no #905.
    7- Está a acontecer Arquitectura nos dias de hj. Tão Natural. É coisa barrôca? Pos-Moderna? Sem dúvida. Stijl , nouveau....estamos assim com palavras parecidas ao passado ? O CICLO tá a ciclar.
    8- Claro q pensar é o + barato, depois escrever, compôr música ou pintar, ....a Arquitectura vem mt depois.
    9- N tenho nada para o nove.

    10- Cmps!
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  14.  # 914

    Colocado por: m.arq
    4- Cada vez q participo neste tópico, detesto o "je ne sais quoi", preferia a arquitectura q se explica. Aceito, afinal é o único tópico em q se fala de Arq.
    6- Estou "amuado" pq ngm comentou a planta no #905.
    10- Cmps!


    Eu não consigo encontrar explicação para esta arquitectura - por exemplo - sem ser ir buscá-la ao tão detestável je ne sais quoi (que o PandR também não aprecia por acaso..)
    Como olhar para isto objetivamente e com seriedade racional? Explique-me m.arq como olha-là !?
      12_014_TWU_Uitkijktoren_Tielt-Winge_33.jpg
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  15.  # 915

    Colocado por: m.arqAgora qnd. possível ver :
    Giro d'Italia 2016 .

    Cmps!


    giro d'italia 2016
    https://youtu.be/EftyRjYW8L0
  16.  # 916

    Colocado por: m.arq


    2- Essa coisa do naturalismo na arquitectura já foi descarregado pela CMartin aí atrás quando do Romantismo.

    10- Cmps!


    Ok, alguém tem que fazer o esforço para a compilação, eu deixo este, (de tempos mais recentes) que sou preguiçoso... https://www.facebook.com/brightside/videos/847804978681580/
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  17.  # 917

    Colocado por: m.arq
    2- Essa coisa do naturalismo na arquitectura já foi descarregado pela CMartin aí atrás quando do Romantismo.

    Uhmm..(?)


    NAUTILUS SHELL HOUSE: UMA CASA DE FANTASIA
    PUBLICADO EM ARQUITETURA POR DIANA RIBEIRO

    Foi na Natureza, uma das suas principais inspirações, que o arquitecto Javier Senosiain se baseou para desenvolver este projecto. A casa Nautilus tem o formato de uma concha em espiral, pois o objectivo era que os seus moradores pensassem estar “a viver dentro de um caracol”. Considerada um dos grandes exemplos da arquitectura orgânica, este espaço singular transformou cada divisão num ambiente quase mágico.

    Na Cidade do México, entre vários edifícios mas rodeada de um enorme espaço verde e com uma privilegiada vista para as montanhas, foi construída a casa Nautilus. Este projecto da autoria de Javier Senosiain não deixa ninguém indiferente devido ao seu curioso design.

    O arquitecto, que frequentemente se inspira na Natureza para os seus trabalhos, desenvolveu a planta desta casa a partir da imagem de um caracol. A Nautilus, apresenta, pois, o formato de uma concha em espiral, tanto no exterior como no interior. Toda a moradia foi também projectada segundo as ideias de Frank Lloyd Wright e Antonio Gaudi. Javier baseou-se nos princípios da arquitectura orgânica, presentes na obra de ambos. Daí a sua atenção às necessidades de quem habita a casa, ao espaço em redor e à influência que a própria arquitectura tem nos habitantes.
    Tal como outra casa, a Nautilus possui todas as divisões normais: quarto, sala de estar, sala de jantar, cozinha e casa-de-banho. A diferença é que não existem separações internas entre cada uma e os pisos são ligados por uma escada em espiral. Exactamente quando se entra, temos a escada à nossa frente. E já dentro, para além da percepção do espaço interior, vemos que o exterior continua presente: as plantas ocupam o largo corredor e o reflexo dos vitrais da fachada principal ilumina-o. Este jogo de formas, cores e luzes é igualmente inspirados nos detalhes de Gaudi.

    Em casa, nada é paralelo. Nem as paredes, nem mesmo o chão. O arquitecto refere que viver aqui é uma experiência a três dimensões, num ambiente tranquilo e fluido, dominado pelas formas curvas e algumas surpresas. Por exemplo, a sala de estar emerge desde o interior do jardim e a mesa da sala de jantar é puxada da própria parede.

    Como se os moradores estivessem numa viagem, basta pisar as escadas para prosseguir caminho. No piso seguinte, vamos encontrar a sala de estar e uma sala de estudo, com vista para as montanhas. Na parte traseira e mais reservada da Nautilus estão os quartos, a casa-de- banho, os closets e a cozinha. “O meu objectivo era que pensassem estar a viver como um caracol, andando de divisão em divisão…”.

    Construída com materiais em cimento e aço, a forte estrutura da casa dispensa grandes manutenções e oferece uma boa resistência a tremores de terra. O seu sistema de ventilação permite ainda que a temperatura ambiente se adeque às estações do ano. Quando se abre a porta e o ar entra, fica mais frio ou mais quente conforme seja Verão ou Inverno. Javier não podia ter ficado mais satisfeito com o resultado final: “Quando vi, fiquei muito surpreendido por ser o que tinha idealizado”. Esta casa, quase retirada de um conto de fantasia, é habitada por um casal e dois filhos.


    © obvious: http://obviousmag.org/archives/2011/08/nautilus_shell_house_uma_casa_de_fantasia.html#ixzz492n4DuEs
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  18.  # 918

    NATURALISMO, ARQUITECTURA

    Fonte :https://prezi.com/m/iozzq76g-f7l/naturalismo/
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  19.  # 919

    Naturalismo
    BROADACRE CITY
    FRANK LLOYD WRIGHT

    " (…) the future city will be
    everywhere and nowhere, and it
    will be a city so greatly diferent
    from the ancient city or any city of
    today that we will probably fail to
    recognize its coming as the city at
    all."
  20.  # 920

    BROADACRE CITY
    FRANK LLOYD WRIGHT

    A GRANDE CIDADE DA INDUSTRIALIZAÇÃO - UM CONTEXTO, UMA CRÍTICA, AS PROPOSTAS - I

    « (…) — E as grandes cidades? O que
    fizeram delas? Londres que…da qual li que era a
    moderna Babilônia da civilização, parece ter
    desaparecido.
    — Bem — disse o velho Hammond — talvez,
    depois de tudo ela se pareça mais com a antiga
    Babilônia que com a “moderna Babilônia” do
    século XIX. Mas pouco importa. Afinal, há uma
    grande população entre o lugar onde estamos e
    Hammersmith, e o senhor ainda não viu a parte
    mais densa da cidade. (…)»

    O século XIX, era da industrialização, revelou-se marcante no modo de crescimento e desenvolvimento das grandes cidades. Se procurarmos instituir uma charneira entre aquilo a que poderemos chamar de cidade tradicional e a cidade contemporânea, essa charneira acontece na época da revolução industrial, o momento de viragem onde nada nem ninguém poderia permanecer indiferente às profundas transformações que ocorreram a todos os níveis: científico, tecnológico, económico,político, social e, obviamente, ao nível do urbano.

    Não será necessário aprofundar o facto de que, com a industrialização e a instalação de áreas industriais na cidade e à sua volta, o êxodo rural por parte da população que procurava na vida urbana melhores condições de vida foi abrupto e intenso, de tal modo que as grandes cidades viram-se incapazes de responder convenientemente a tão brusco desvio no sentido dos acontecimentos. Quanto ao sentido da adaptação, ela revelou a necessidade de responder rapidamente às questões que emergiam na nova classe social do «proletariado industrial» nomeadamente o problema de alojar os grandes fluxos de população recentementechegados, e sem que houvesse tempo para planear ou apresentar frentes de ataque ao problema.

    Uma cidade que se viu a braços com um aumento demográfico sem comparação, com uma expansão incontrolável do seu tecido urbano, que viu proliferar em si bairros residenciais para o operariado desprovidos de qualquer infraestruturação ou condições mínimas de salubridade. Uma cidade que se viu incapaz de lutar contra a especulação desenfreada de terrenos, que viu os seus espaços se densificarem em construções amontoadas, os seus limites desaparecerem debaixo de uma invasão crescente das áreas rurais suas envolventes, ocupadas por novos complexos industriais e diversas áreas residenciais.

    Mumford descreve a situação de regresso ao campo como maneira de fazer face às condições de insalubridade e promiscuidade que se viviam na cidade: «o impulso de escapar ao ambiente industrial era comum» diz, e a questão encontrava-se em possuir meios financeiros para o fazer. Se as vantagens de um ambiente campestre passaram a estar fortemente presentes no modo de vida procurado mas em que as regalias citadinas não queriam ser perdidas, o que aconteceu foi um real êxodo da população mais favorecida do centro da cidade para as àreas verdes nas orlas urbanas. O subúrbio ganha, assim, neste contexto que formalizava a ideia de uma
    vida saudável, perto da natureza, em liberdade e independência, a importância queaté então não tinha.

    Tal como Mumford faz ver, a noção de subúrbio não é recente; ele «torna-se visível quase tão cedo quanto a própria cidade, e talvez explique a capacidade de
    sobrevivência da cidade antiga, frente às condições insalubres que predominavam dentro dos muros».

    No entanto, foi de facto no séc. XVIII (finais do séc. XVIII,
    princípios do séc. XIX) que a necessidade de fugir à cidade e arranjar uma residência saudável junto à vegetação, com ar puro e jardim, se tornou mais imperiosa e inadiável. Um tipo de subúrbio que, segundo Mumford, se pode caracterizar como «a forma colectiva da casa de campo».
    Embora estes privilégios acabassem por ficar limitados a um pequeno estrato da população com condições económicas mais favoráveis, o que é certo é que o êxodo
    suburbano se reflectiu grandemente na ordem espacial da cidade e na sua relação com o campo. De qualquer modo, o aparecimento de uma rede de transportes públicos, nomeadamente o caminho de ferro, veio acentuar a situação alargando as possibilidades de uma vida suburbana a um sector maior da população e, consequentemente, aumentando a extensão destas áreas predominantemente habitacionais que se infiltravam, progressivamente, em terrenos rurais.
    A procura de lazer e de um ambiente higiénico e saudável para fazer crescer a vida familiar eram, assim, as questões chave do povoamento suburbano, completadas por uma forte componente de domesticidade cultivada em torno de uma arquitectura de moradias unifamiliares rodeadas de hortas e jardins particulares, assim como um
    culto da individualidade que se centrava no núcleo familiar ou mesmo no próprio indivíduo.
    No entanto, essa dispersão e alargamento dos limites da cidade não correspondia a uma real descentralização urbana. O que aconteceu foi a expansão das áreas residenciais sem o respectivo acompanhamento no que diz respeito às outras estruturas funcionais urbanas. Uma descentralização parcial que acabou por resultanum maior desequilíbrio entre o centro da cidade e as suas margens, e num aumento e complexificação dos problemas urbanos que já se faziam sentir.

    Uma cidade cada vez mais esfumaçada. Um ideal romântico que exaltava o culto pela natureza. Mas sobretudo um desejo crescente de conseguir uma nova vida, saudável e de lazer, incentivado pelas novas ideias medicinais e por uma mentalidade higienicista. São estes os factores que motivam um crescimento urbano desordenado, demasiado rápido para ser consciente, uma expansão urbana desenfreada que começa a alastrar nas áreas verdes em redor, rompendo os limites tradicionais da cidade. Um crescimento descontrolado para um centro urbano onde não bastavam já os problemas relacionados com o pesado ambiente da industralização, uma cidade superpopulada, sobrecondensada, poluída e desordenada.

    Não se trata tanto aqui de fazer uma crítica ou caracterizar a fundo o problema da cidade industrial ou o seu modo de alastramento suburbano, mas antes de procurar formalizar um contexto que permita enquadrar não só a proposta urbanística de Frank Lloyd Wright, mas fundamentalmente a generalidade de um tempo que, e já a caminho do nosso século, originou novas proposições urbanas, novos modos de encarar a cidade, de a projectar e planear. Até porque estes novos valores e tendências que se começam já a delinear neste crescimento espontâneo ou não-planeado da cidade, tais como o lazer ou a procura de espaços verdes, e mesmo um certo culto por uma vida que se centrava no núcleo familiar, revelam-se de extrema importância na percepção dos modelos urbanísticos que tomaram lugar em finais do século XIX, inícios do século XX, e das opções urbanas essenciais à percepção da cidade actual.

    A cidade tradicional, contida entre muros, centralizada, já tinha cumprido a sua função. Mas, o momento apresentava novas necessidades, outras tendências de
    vida, um quadro geral da época que tinha sido sujeito a uma transformação radical. E a cidade, perdida neste enquadramento de metamorfose, de revolução, encontrava-se desadequada para acompanhar as profundas alterações. O desenvolvimento e crescimento da cidade aconteceu desregrado, confuso, diria que ainda não-consciente do momento e das suas implicações. O contexto geral era de crise: uma crise urbana, uma crise social devida a uma sociedade em transformação e em
    instabilidade.
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    Um ambiente de crítica que se instalou em toda a sociedade novecentista e do princípio do século, nomeadamente na esfera de especialistas e estudiosos da matéria urbana e social advinha de um generalizado reconhecimento da situação de crise. Um contexto de crítica que levou os espíritos mais atentos a manifestarem-se, a estudarem a situação e a apresentarem, muitos deles, propostas de resolução.
    Os sintomas da mudança eram patentes: a ordem social encontrava-se em intensa revolução; as novas tecnologias, assim como os modernos meios de transporte e respectivas infraestruturas penetravam velozmente nos modos de vida tradicionais; a estrutura e imagem urbanas alteravam radicalmente os seus traços fundamentais e a cidade ameaçava invadir os campos.

    A emergência de uma «nova ordem» social, económica, urbana, estava à superfície, e a primeira expressão desse pressentimento começou por meio de manifestações e
    críticas de diversos autores, onde pairava um sentimento de preocupação e de desgosto perante o rumo dos acontecimentos.

    «Le Corbusier denuncia “um mundo doente”, uma cidade (Paris) crispada que se torna impotente…(sem) cirurugião para a operar. Mesmo sem diagnóstico”; ele afirma:”Todas as cidades do mundo estão doentes”, e no entanto “um diagnóstico é possível: dizer onde, como e com que é que é preciso agir.”»

    Já Frank Lloyd Wright «afirma que “toda a secção, não importa de que plano de uma grande cidade” evoca “o corte de um tumor canceroso”»

    Howard, por seu lado, escreve que «O Que É pode impedir por algum tempo O que Deveria Ser, mas não pode deter a marcha do progresso. Essas cidades superpopulosas cumpriram sua missão; elas eram o que de melhor podia ser construído por uma sociedade em grande medida baseada no egoísmo e na avidez.»

    «Ora, hoje (…) a antiga “grande cidade” resulta caduca. Como um velho navio ou um velho edifício irremedialvelmente inadaptado a nossas necessidades atuais, a cidade continua a prestar serviço, habitada porque não temos coragem de rejeitá-la e de
    permitir que o espírito do tempo, do lugar e do homem construa as novas cidades, de que tanto precisamos.», diz Wright.

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    «A sociedade industrial é urbana. A cidade é o seu horizonte. Ela produz as metrópoles, conurbações, cidades industriais, grandes conjuntos habitacionais. No
    entanto, fracassa na ordenação desses locais (…)»
    Françoise Choay, ao iniciar deste modo o seu livro O Urbanismo. Utopias e Realidades, acentua a importante marca que a revolução industrial imprimiu no processo de desenvolvimento da cidade, no desvio radical do seu tradicional caminho e no nascimento de um novo modo de encarar o crescimento e a formação da cidade e que fez nascer a disciplina de urbanismo
    .

    Prossegue dizendo que «a sociedade industrial tem especialistas em planeamento urbano». Porque a cidade, produto da era da industrialização, passa a ser vista como objecto de estudo científico, de consideração teórica singular, sujeita a planos de ordenamento, teóricos e
    desenhados. A cidade é agora um objecto estético e técnico específico, com uma ordem e qualidade próprias. Uma ordem que urgia ser questionada, reestruturada.
    As reacções surgiram com propostas inovadoras; umas que tendem mais para as ordens socio-políticas e económicas, outras que se revelam mais pelas preocupações técnicas e estéticas; umas mais cépticas perante esta nova era tecnológica e industrial, outras enquadrando já as técnicas modernas como parte fundamental dos seus modelos; umas mais moderadas, outras completamente radicais propondo o arrasamento completo da antiga cidade e recusando qualquer solução intermédia. De qualquer modo, a dificuldade encontrava-se em dar forma e sentido objectivos ao problema que emergia da sociedade industrial e do seu quadro construído e, neste aspecto, as diversas propostas vão situar-se em função do seu carácter mais ou menos prático, acabando, muitas delas, por cair na dimensão da utopia.

    Françoise Choay vem sistematizar as diversas propostas e ideias urbanísticas que surgiram neste contexto da industrialização, dando-lhes uma ordem e posição no
    conjunto. Emergem, então, os modelos progressistas e culturalistas que, consoante a inclinação das diversas propostas, se caracterizam, essencialmente: os primeiros
    revelando uma postura mais racional e movendo-se orientados, de acordo com o espírito iluminista, por uma ideia de progresso, pelo ideal de um homem e ordem tipo
    e ainda pelo ideal de uma absoluta auto-transparência social; os segundos demonstrando uma postura mais nostálgica e romântica e recusando qualquer tipificação da humanidade ou da arte.
    Progressistas são, por exemplo, Tony Garnier com La cité industrielle, Le Corbusier com La ville radieuse ou Walter Gropius e ainda, enquanto pré-urbanistas Owen, Fourier ou Carlyle; culturalistas são Camillo Sitte, Ebenezer Howard e Raymond Unwin enquanto que os seus predecessores são, essencialmente, Pugin, Ruskin e Morris.
    De qualquer modo, é importante referir que esta divisão em modelos não constitui uma separação e análise rígidas; as propostas têm nuances, têm nebulosas, têm transmutações.

    No entanto, nesta grelha sistemática de pospostas urbanísticas, um outro modelo surge: o modelo naturalista que isola Frank Lloyd Wright e a sua proposta de Broadacre City no quadro geral. «Muito radicalmente utópico para prestar-se a uma realização», o modelo de Wright inaugura uma nova perspectiva da cidade que vem
    responder à era e sociedade industrial e revela-se, pela natureza original e fictícia das suas ideias, e pela sua extraordinária visão, um marco importante no enquadramento global da disciplina do urbanismo. A sua proposta deriva daquela a que Choay chama de corrente antiurbanista americana e coloca-se, desde logo, ao
    lado de um ponto de vista naturalista, embora reconheça a pertinência das novas técnicas e tecnologias numa sociedade industrial na «Era da Máquina».
    Desta feita, não só não recusa as extraordinárias invenções que a era do progresso suporta,
    como ainda estrutura toda a sua proposta em torno dessas mesmas novidades tecnológicas.


    Fonte : home.fa.utl.pt › ~ccavaco › BroadacreCity
 
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